Introdução
Durante séculos, as mulheres foram consideradas submissas aos homens e ideologicamente eram preparadas para agradá-los. Além de cuidar do lar, precisavam estar visualmente impecáveis dentro das suas vestes, com um sorriso que deveria mostrar a satisfação em suas faces para seus maridos. Luísa, personagem da obra de Eça de Queiroz, é um desses exemplos. Ela casou-se com Jorge, homem de classe média alta, com quem vivia em uma grande monotonia matrimonial. Além disso, também era o modelo estereotipado da perfeição feminina do século XIX: bela, jovem e muito bem-educada, trazendo bons costumes de casa, tornando-se agradável aos olhos dos dogmas pregados pela Igreja Católica.
A importância de discutir sobre a obra ´´O Primo Basílio´´ está relacionada à realidade social do século XIX que traz à tona o tratamento que era dado às mulheres. Ao longo da ficção, é visível como a masculinidade dos homens surte efeitos negativos no feminino. O autor traz em sua obra, através do Estilo Realista, a desigualdade de gênero, ou seja, a falta de reconhecimento social quando se tratava das mulheres, e o endeusamento do homem, podendo-se afirmar que tais reflexos vêm da Idade Média, de um período extremista e cristão.
Assim, objetiva-se que a obra, ao ser de fato apresentada ao aluno em sala de aula, faça com que ele, sob um olhar crítico, compare as personalidades dos seus personagens, percebendo que o autor procurou mostrar a reciprocidade e as divergências entre os diálogos deles. Assim, será possível perceber o quanto as atitudes dos homens soam superiores as das mulheres na ficção.
Para situar o leitor, é preciso levar em consideração que este artigo será dividido em quatro partes: na primeira, será enfatizada a importância de mostrar aos alunos, através do diálogo em sala de aula, que o tratamento dado às mulheres, a partir dos dogmas da igreja, na Idade Média, acaba se estendendo ao século XIX; na segunda etapa, mostra-se que trazer a obra de Eça de Queiroz para a sala fará com que os alunos percebam a presença da masculinidade na sociedade sob a perspectiva do estilo realista; na terceira, serão colocados em pauta alguns dos resultados dentro das considerações finais; e, na última das partes, serão colocadas as referências usadas para o desenvolvimento do trabalho.
A permanência do discurso machista entre os séculos
Mostrar aos alunos como era a sociedade na Idade Média e no século XIX, através do diálogo, vai fazer com que estes tenham uma base de como as mulheres eram vistas pela Igreja Católica. Os dogmas católicos influenciaram na continuação do discurso machista na sociedade, já que colocavam a mulher em segundo plano quando comparada ao homem. Ao levar esta questão para a sala de aula, não se tem o objetivo de apresentar ao aluno um olhar de repúdio à religião em si, mas de mostrar como seus fiéis, em ambas as épocas, valeram-se dos prestígios sociais adquiridos para consagrar a mulher como ser inferior. A explicação discursiva para isso, segundo Orlandi, é que “é dentro da memória discursiva que se compõe a materialidade de tudo que já se foi dito [...] e é através do interdiscurso que o sujeito significa” (ORLANDI,2000). Assim, os homens, ideologicamente formados por crenças católicas, faziam das mulheres suas submissas, já que para a igreja, as mulheres deveriam se submeter ´´ a seus maridos, como ao Senhor, pois o marido é o chefe da mulher, como Cristo é o chefe da Igreja, seu corpo, da qual ele é o Salvador. Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos´´(EFÉSIOS, 5:22-24). Durante a Idade Média, as mulheres permaneceram sem ser reconhecidas como cidadãs e por isso não possuíam direitos. Assim, suas falas e opiniões não eram se quer ouvidas ou respeitadas, não possuíam direito à fala ou à liberdade de expressão, não podiam votar ou serem votadas. Além disso, eram estereotipadas a um modelo de perfeição inexistente que era voltado ao lar, e mesmo assim, seus maridos eram os que mediavam se as esposas estavam fazendo os trabalhos de donas de casa de maneira correta.
Sobre os valores patriarcais e o silenciamento da mulher no Período Medieval Carla Casagrande traz que:
as mulheres [...] se mantiveram quietas e silenciosas entre as paredes das casas, das igrejas e dos conventos, ouvindo homens industriosos e eloquentes que lhes propunham preceitos e conselhos de toda a espécie. Os sermões dos pregadores, conselhos paternos, os avisos dos directores espirituais, as ordens dos maridos, as proibições dos confessores, por mais eficazes e respeitáveis que tenham sido nunca nos restituirão a realidades das mulheres às quais se dirigiam, mas com toda a certeza faziam parte dessa realidade: as mulheres deveriam conviver com as palavras daqueles homens a quem uma determinada organização social e uma ideologia muito definida tinham entregue o governo dos corpos e das almas femininas. Uma parte da história das mulheres ouviram ser-lhes dirigidas, por vezes com arrogância expedita, outras vezes com carinhosa afabilidade, em qualquer caso com preocupada insistência( CASAGRANDE, 1990, p. 99).
As considerações feitas pela estudiosa só vêm a somar à ideia de que os discursos machistas dogmatizados foram enraizados e comtemplados durante séculos, já que será visto mais adiante que estes se mantiveram fortes no século XIX.
Sobre as metodologias que o professor deve usar para apresentar tais questões anteriormente discutidas aos alunos, o leitor pode-se perguntar: “por que estimular o aluno a reconhecer o discurso machista através do diálogo?”. Imbernon traz que é importante “recuperar uma pedagogia da pergunta e não só da resposta, favorecedora de uma aprendizagem baseada mais no diálogo do que no monólogo. Falamos de imaginação, de capacidade, de estímulo, etc. algo que aprendemos com a nova escola do séc. XXI” (Imbernon, 2000, p. 89). Assim, faz sentido que o professor insista no diálogo como metodologia, já que ele favorece o ato de pensar e refletir de maneira crítica dos alunos diante da questão social apresentada, neste caso, o machismo.
A masculinidade e o Estilo Realista pautados na obra O Primo Basílio
Sabe-se que aquilo que é construído durante toda uma vida não se apaga de uma hora para outra. Assim, os alunos não sairão com seus pensamentos totalmente transformados em defesa da igualdade de gênero depois de uma aula de literatura, já que eles possuem outras marcas sociais, seja as de casa, das suas religiões ou do que viram nas mídias sociais, por exemplo. Na verdade, a transformação discursiva acontece com o tempo, mas o mais importante é que ela acontece, pois “não há começo absoluto nem ponto final para o discurso” (37, Orlandi). A missão do professor nesse sentido é trazer a literatura e compará-la com o discurso que os alunos já conhecem para que estes reflitam diariamente sobre as ideologias que os cercam:
“Honestidade intelectual significa estar disposto a reformular posições diante de no vas informações, a questionar nossas opiniões e a questionar posições que constituem modas intelectuais - a forma mais poderosa de dogmatismo. Terceiro, uma atitude de curiosidade intelectual implica em adotar perspectivas múltiplas, para examinar questões sob várias óticas. (Carraher, 2011, p. 21)”
Assim, ao mostrar aos alunos que Eça de Queiroz, em sua obra ´´O Primo Basílio´´, traz as personagens femininas a partir de uma definição do estilo realista, estes passarão a entender que o machismo era de fato presente naquela época. A ideia é que o aluno reflita de maneira crítica sobre o século XIX e as suas marcas.
PELLEGRINI traz em seu artigo que:
o realismo foi compreendido como um modo de representar com precisão e nitidez os detalhes de um quotidiano burguês. Desse modo, seu sentido técnico não pôde fugir de conteúdos referentes à realidade concreta dessa classe social (e também da classe proletária, a quem comumente se relaciona o naturalismo), em oposição a assuntos lendários e/ou heróicos, ligados à aristocracia, que alimentavam as narrativas anteriores.(PELLEGRINI, 2007, pág 138)
Assim, os alunos ao reconhecerem as características realistas na obra perceberão que as personagens Leopoldina e Luísa são reconhecidas por suas diferentes personalidades, o que demonstra uma reflexão sobre a imagem de como eram vistas algumas mulheres da época. Luísa, por exemplo, apesar de estar vivendo em uma monotonia conjugal, ao desejar viajar, sair daquela zona de conforto e ao se ver consolada pela companhia do primo Basílio por sentir falta do marido, é atacada socialmente. Assim, os alunos devem perceber junto ao professor que a personagem foi uma das principais vítimas da masculinidade no enredo.
De maneira geral, objetiva-se que o aluno reconheça que a mulher, mesmo sendo vítima, acaba sendo atacada por outros personagens na obra, sendo julgada como infiel e nada além disso.
Sobre a fidelidade conjugal e alguns dos demais comportamento femininos, Sodré traz como as mulheres deveriam ser vistas e quais comportamentos deveriam seguir naquela época:
o amor contido, a fidelidade ao marido, o amparo à família, o amor materno, o governo da casa, cabendo-lhe fundamentalmente a guarda da conduta das filhas que devem ser mantidas longe da freqüência de companhias inadequadas e da participação em festas ou danças. Relativamente às filhas, as mães, elas próprias sob a custódia do marido, reproduzem a mesma atitude repressiva, voltada para a mesma finalidade: preservar o corpo feminino de qualquer contacto que ataque o valor fundamental, a castidade. O controlo da sexualidade das filhas surge de facto como âmbito privilegiado da pedagogia materna, o único do qual a mãe, seja como for, é responsável, independentemente até da sua própria moralidade: as mulheres más, observa Filipe de Novara, podem ser, como mães, até melhores que as boas, hábeis como são em reconhecer nas filhas os sinais da ‘loucura’ que já experimentaram directamente. Mas quando a iniciativa pedagógica vai para além da simples custódia para se dotar de conteúdos propriamente educativos, já não pode ser apanágio feminino e transfere-se decisivamente para a figura paterna(SODRÉ, 2004, p. 05).
Levando em consideração ao que foi dito, fica evidente o quanto o sexo feminino deveria ser contido e moldado aos dogmas da época. Disso isso, o professor deve propor aos alunos a reflexão do porquê o personagem Jorge foi contra a amizade de Leopoldina com sua esposa. Eles perceberão que Leopoldina traz a firmeza de uma mulher independente emocionalmente, que, mesmo sendo massacrada pelas críticas sociais, não deixa de tomar decisões por si própria, características que não eram bem vistas pelos homens do século XIX, já que uma mulher livre e emponderada naquela época era considerada infiel aos dogmas cristãos.
Segundo Regina Jardim:
Ao longo da história ocidental sempre houve mulheres que se rebelaram contra sua condição, que lutaram por liberdade e muitas vezes pagaram com suas próprias vidas. A Inquisição da Igreja Católica foi implacável com qualquer mulher que desafiasse os princípios por ela pregados como dogmas insofismáveis. Mas a chamada primeira onda do feminismo aconteceu a partir das últimas décadas do século XIX, quando as mulheres, primeiro na Inglaterra, organizaram-se para lutar por seus direitos, sendo que o primeiro deles que se popularizou foi o direito ao voto (JARDIM,2009).
Levando em consideração a imagem que os homens lhe atribuíram, Leopoldina ao encarar a sociedade vestindo o que gostava, falando o que queria e lutando para ser livre é enxergada, principalmente pelos homens como ´´desavergonhada´´(QUEIROZ, pág 30). e ´´pão e queijo´´ (QUEIROZ, pág 30).
A partir da comparação de Leopoldina a Luísa, é factível que os alunos percebam que ambas possuem desejos semelhantes: o de liberdade social; e que, diferentemente das mulheres, os homens no século XIX eram enxergados como os verdadeiros heróis, cidadãos capacitados a manter a sociedade e o lar a prosperar. Com o personagem Jorge, a retratação, não era diferente, seu título social era o de homem de família por ser aquele que trabalha e traz ´´o alimento para mesa´´, inclusive, seus vizinhos e amigos nunca trouxeram à tona ou questionaram o porquê do ´´pobre´´ Jorge sumir e passar dias sem escrever para a esposa ou de nunca se colocar no lugar da figura feminina e sempre culpar e a condená-la por tudo.
Além disso, ele era o típico machista da época e usa também do diálogo para ameaçar a esposa em público:
E, então, invocou a opinião de Jorge. Não lhe parecia que o bom Ernesto devia perdoar? — Eu, Conselheiro? De modo nenhum. Sou pela morte. Sou inteiramente pela morte. E exijo que a mates, Ernestinho! D. Felicidade acudiu, toda bondosa: — Deixe falar, Sr. Ledesma. Está a brincar. E ele então que é um coração de anjo! — Está enganada, D. Felicidade — disse Jorge, de pé diante dela. — Falo sério e sou uma fera! Se enganou o marido, sou pela morte. No abismo, na sala, na rua, mas que a mate. Posso lá consentir que, num caso desses, um primo meu, uma pessoa da minha família, do meu sangue, se ponha a perdoar como um lamecha! Não! Mata-a! É um princípio de família. Mata-a quanto antes! (Queiroz, 1878, Pág. 28)
Trazer à tona este diálogo é fazer com que os alunos percebam o quanto os corpos femininos eram desvalorizados. Jorge precisava ameaçar a esposa diante de todos para que os que estavam presentes percebessem que ele era maior que ela, em outras palavras, usar da conduta patriarcal foi uma maneira de Jorge conseguir se expressar de forma superior à própria esposa.
Outro personagem que merece destaque ao ser discutido em sala de aula é o primo Basílio que, além de objetificar mulheres, também vive a menosprezar sua própria cidade natal e tudo que está inserido nela, principalmente o sexo feminino. Em uma de suas falas ele traz que:
Vocês aqui usam umas luvitas de dois botões, a ver-se o punho, um horror! De resto pelo que tinha visto, as mulheres em Lisboa cada dia se vestiam pior! Era atroz! Não dizia por ela; até aquele vestido tinha chique, era simples, era honesto. Mas em geral era um horror. Em Paris! Que deliciosas, que 9frescas as toaletes daquele verão! Oh! Mas em Paris!... Tudo é superior! Por exemplo, desde que chegara ainda não pudera comer. Positivamente não podia comer! — Só em Paris se come — resumiu (Queiroz: O Primo Basílio. Pág. 43)
Basílio aproveita-se da condição de uma mulher fragilizada emocionalmente, pelas condições da construção ideológica sócio-histórica masculino da época, para galantear Luísa.
Por fim, os alunos ao discutir a obra em sala de aula junto ao professor tomarão ciência do machismo estrutural através das personagens Dona Felicidade e Juliana, as quais apesar das discrepâncias sociais possuem algo em comum: o desejo de ter um marido, questão que advém do mesmo contexto histórico da época, em que as mulheres eram submersas à inteligência masculina e ao estereótipo de que elas eram inferiores aos homens desde a posição social à racionalidade, inclusive, Juliana, em suas falas, vive culpando as ex-patroas pelo seu insucesso financeiro, mas quase nunca os seus patrões.
Considerações finais
Assim, pode-se concluir que os alunos, ao terem contato com a obra O Primo Basílio, perceberão que, apesar de se tratar de uma ficção, trata-se de uma obra realista, sendo apenas um exemplo do que ocorria com as mulheres na Idade Média e no século XIX. Reconhecendo a ausência de direitos ao gênero feminino.
Nas épocas, as mulheres eram obrigadas a se submeterem ao discurso masculino enraizado nas sociedades, e, apesar das falas tanto de Jorge quanto de Basílio serem individuais, os efeitos de sentidos discursivos são resultados da mesma ideologia e do mesmo processo discursivo sócio-histórico.
Além disso, os alunos reconhecerão que Luísa e Leopoldina representam o retrato da força feminina por suportarem toda aquela pressão ideológica que definia que ser mulher é ser frágil, sem inteligência e sem vontades. Muito pelo contrário, a voz e o discurso de empoderamento feminino já incomodava e começava a ressoar seus princípios. As mulheres, apesar do patriarcalismo tentar apagá-las por séculos, resistiram também ao século XIX ao protestarem pelo corpo e seu intelecto. Excomungadas, resistiam com a vida aos dogmas que a igreja pregava e que o governo e a sociedade acatavam, e assim fizeram significar os seus nomes.
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