Metadados do trabalho

Escola Do Campo: Análise Reflexiva De Singularidades Em Uma Escola Da Zona Rural No Município De Lagarto-Se

Marcelo dos Santos Bezerra; Marie Jolly Nascimento Pinto; Orlane Santana Coelho

Esse estudo versa mostrar características específicas acerca da educação campesina e o perfil do professor que atua na Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, localizada no Povoado Várzea dos Cágados em Lagarto/SE, marcado por parte da comunidade não possuir terras próprias, mas onde existem plantações, criações de animais, casas de farinha entre outras atividades agrícolas, como também trabalhadores da indústria que está localizada próxima à localidade. As reflexões são referentes às discussões ocorridas no Curso de Aperfeiçoamento Escola da Terra – UFS/MEC, na cidade de Itabaiana/SE. Assim, partiu-se da hipótese que na escola supracitada não há uma educação do campo, ou seja, acontece uma educação urbana numa localidade rural haja vista ser considerada zona de expansão, por estar no entorno da cidade, como também sofre influência urbana por possuir um quadro de docentes que nunca fizeram parte da população do campo. A metodologia utilizada foi a de pesquisa em material bibliográfico agregado a pesquisa de campo. Para tal alguns autores foram imprescindíveis, como Caldart, Freire, Arroyo, Novaes, Santos, Silva e Souza dentre outros foram fundamentais para a edificação dessa investigação.

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Como citar este trabalho

BEZERRA, Marcelo dos Santos; PINTO, Marie Jolly Nascimento; COELHO, Orlane Santana. Escola Do Campo: Análise Reflexiva De Singularidades Em Uma Escola Da Zona Rural No Município De Lagarto-SE. Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2023 . ISSN: 1982-3657. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/614-escola-do-campo-an%C3%A1lise-reflexiva-de-singularidades-em-uma-escola-da-zona-rural-no-munic%C3%ADpio-de-lagarto-se. Acesso em: 16 out. 2025.

Escola Do Campo: Análise Reflexiva De Singularidades Em Uma Escola Da Zona Rural No Município De Lagarto-SE

A Educação do Campo teve sua origem das experiências dos povos do campo, através de um longo processo de lutas em resposta às desigualdades educacionais e da ausência de escolas de qualidades que garantissem o direito por uma educação específica que leva em consideração a cultura e os conhecimentos do homem e da mulher do campo (SANTOS; SILVA e SOUZA, 2013). As reivindicações por uma educação própria, ou seja, uma educação do campo causou inúmeros debates em vários setores da sociedade, com o propósito de articular e criar políticas educacionais especificas para atender às populações campesinas em suas mais variadas formas de produção da vida- agricultores, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos, assentados e acampados da Reforma Agrária, quilombolas, caiçaras, indígenas e outros.

As mobilizações e os movimentos sociais da população do campo, juntamente com a sociedade brasileira consolidam, em parte, esse processo de luta com a promulgação da Constituição Federal em 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9.394 de 1996, as Conferências Nacionais por uma Educação do Campo, Criação do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) e as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação do Campo, desdobrando-se em inúmeras ações e programas em favor a população do campo.

A partir dos processos de conquistas de políticas documentais para as escolas do campo e das modificações expostas na forma de organizar a educação nesta modalidade é que emergiu a proposta de estudar o perfil da educação do campo de uma escola rural do município de Lagarto, SE.

Desse modo, esse estudo versa mostrar características peculiares acerca da educação campesina e o perfil do professor que atua na Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, localizada no Povoado Várzea dos Cágados em Lagarto/SE, marcado por parte da comunidade não possuir terras próprias e trabalhar em indústria situada próxima a localidade. As reflexões são referentes às discussões ocorridas no Curso de Aperfeiçoamento Escola da Terra – UFS/MEC, na cidade de Itabaiana/SE. Assim, partiu-se da hipótese que na escola supracitada não há uma educação do campo, ou seja, acontece uma educação urbana numa localidade rural, considerada zona de expansão por estar no entorno da cidade.

A presente pesquisa foi realizada em dois momentos. O primeiro foi feito um levantamento bibliográfico onde foram feitas leituras de artigos, teses, livros, legislação vigente e documentos referentes à temática abordada. A pesquisa bibliográfica segundo Severino (2007) é aquela que se desenvolve tentando explicar a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos. Posteriormente teve um caráter exploratório e analítico no qual os dados coletados foram organizados, analisados, interpretados e confrontados com a literatura científica. Para tal alguns autores foram imprescindíveis, como Caldart, Freire, Arroyo, Novaes, Santos, Silva e Souza dentre outros foram fundamentais para a edificação dessa investigação.

Análise da Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho no Município de Lagarto- SE na perspectiva da Educação Campesina

 

 

O município de Lagarto, está localizado na região centro-sul do estado de Sergipe, a uma latitude 10º55'02" sul e a uma longitude 37º39'00" oeste, estando a uma altitude de 183 metros. Possui uma área de 1.036 Km²7 e está situado na microrregião agreste. A hidrografia do município é composta pelos rios Vaza-Barris, Piauí, Jacaré, Piauitinga de Cima, Machado e Caiça, pelos riachos Oiti, Pombos, Flexas e Urubutinga. No seu solo, há riquezas minerais exploradas e inexploradas: argila, calcário, mármore, enxofre, e pedras de revestimento segundo os dados do site, http://www.lagarto.se.gov.br/. Hoje o município possui mais de 100 povoados e uma população estimada pelo IBGE para 2017 de 101.579 habitantes, com densidade demográfica de 104,84 hab/km² (BRASIL,2022).

A Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, está situada no povoado Várzea dos Cágados no município de Lagarto é uma escola pública de referência em qualidade de educação, que está sempre buscando atender a comunidade num resgate à cidadania. Pertencente a uma comunidade simples de trabalhadores rurais, onde existem plantações, criações de animais, casas de farinha entre outras atividades agrícolas, como também trabalhadores da indústria que está situada próxima a localidade.

A Unidade de Ensino é composta por 8 turmas, sendo 3 turmas da educação infantil 1 (Uma) turma de 3 anos e 1 (uma) de 4 anos e a 1 (uma) de 5 anos, 5 (cinco) do ensino fundamental I – do 1º ao 5º ano, deixando específico que não possui classes multisseriadas. A escola é composta pela equipe diretiva: diretor, coordenadora pedagógica, secretária escolar, 9 professores efetivos, 1 auxiliar de educação e 7 na equipe de apoio. No entanto, por estar em uma zona de expansão da cidade (entorno), vem perdendo características de escola campesina.

Segundo Souza 2015,

É possível observar que a menor parcela da população brasileira reside no campo. No entanto, de acordo com o IBGE, em torno de 15,65% da população brasileira reside no campo, o que corresponde a algo em torno de 30 milhões de pessoas, que em termos absolutos é algo bem significativo e expressivo. Dentre os moradores do campo brasileiro, podemos destacar: os agricultores familiares ou camponeses, os posseiros, arrendatários, remanescentes de quilombos, ribeirinhos, indígenas e os trabalhadores assalariados ou temporários que de alguma forma, mesmo residindo muitas vezes nas periferias das cidades mantém uma relação com o campo. (SOUZA, 2015, p. 3729)

 

Acerca dessa demanda existente é que a escola do campo tem que ter características que a diferencie de uma educação generalizada. Todavia vale enfatizar que para educar sistematicamente é necessário que haja a soma de um conjunto de valores, ideias, princípios, conhecimentos teóricos e baseados na experiência, como também que seja apoiado na cultura de uma sociedade, que acrescenta valores em diferentes fases do desenvolvimento sociocultural.

É preciso fazer essa acepção para que haja um enfoque diferenciado entre a escola do campo e do processo de ensino-aprendizagem nela desenvolvido, pois, em linhas gerais percebem-se altos índices de rodízio de docência e a carência de políticas educacionais distintas, que apontem o incentivo de uma educação campesina que efetivem um trabalho voltado para necessidade real que o indivíduo do campo tem em sua formação, dentro do contexto em que está inserido.

Em virtude desses aspectos, a escola do campo está deixando a desejar no que se propunha a seus alunos e descumprindo sua missão que é a de transformar vidas. O problema é complexo de ser elucidado, tendo em vistas a necessidade de uma reunião coesa, tanto intrínseca como extrinsecamente a exemplo da alteração da matriz curricular, políticas educacionais nas áreas que se relacionam com o campo, formação continuada dos docentes, melhoramentos na estrutura física das unidades escolares, transporte seguro, e políticas macroeconômicas que visem ao desenvolvimento do campo como um todo.

Porém sabe-se que uma mudança nesse nível é quase impossível ocorrer de uma hora para outra, uma vez que o campo sempre foi visto através de uma ótica paradigmática de inferioridade, sendo segregado da sociedade, e reduzido a educação de má qualidade. De acordo com Arroyo, 2010:

Uma das riquezas [...] é apontar para a necessidade de mudar a visão negativa do campo e de seus povos, a fim de mudar a visão das escolas. É também ver e captar que o campo está vivo, que é um dos territórios sociais, políticos, econômicos e culturais de maior tensão, e que os povos do campo, em sua rica diversidade afirma-se como sujeitos políticos em múltiplas ações coletivas. (ARROYO, 2010, p. 11)

 

Roseli Caldart (2008), uma das maiores autoras sobre educação do campo no Brasil, entende que é cogente a expansão da função social da escola e a desvinculação de currículos desprovidos de conhecimento significativo, de vida social, cultural, política, no qual o alunado faça uma ponte entre os conhecimentos adquiridos e o meio em que está inserido, ou seja, apresente uma contextualização lógica.

É fato que a realidade da escola do campo é complexa e heterogênea.  Mesmo que o paradigma da complexidade esteja ainda se construindo, Morin (1990) lembra que ela se caracteriza pela consciência da não exclusão, o que contradiz a concepção clássica de cientificidade. Outro ponto que tem relevância são as imensas modificações sociais, culturais, políticas, econômicas e ambientais ocorridas tanto no campo quanto na cidade em consequência dos avanços da ciência e tecnologia, que por sua vez tem acirrado grandes modificações na área da produção, necessitando da inserção de novas tecnologias agrícolas e uma gama de possibilidades na produção de novas constituições de organização social e produtiva e, por conseguinte, a edificação de inovações nas relações entre as pessoas e delas com o meio ambiente.

Desse modo há uma enorme dificuldade em relacionar as partes com o todo. Percebe-se que a elaboração de propostas curriculares que se afastam da realidade sociocultural dos camponeses acaba colaborando para que “muitas pessoas passam a negar sua própria condição campesina, influenciadas pela ideologia do campo como elemento de atraso sociocultural e econômico” (MACHADO, 2009, p. 194).

Nessa conjectura se enquadra a Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, não como negação de fato da situação campesina, mas com vários diferenciais como uma escola do campo seriada, o que foge à regra da maioria dos casos das escolas do campo, e pela localização geográfica, por estar no entorno da cidade, sendo considerada zona de expansão, e por 90% dos professores não pertencerem à zona rural.

Seria por deveras interessante que emergisse a construção de novo projeto de educação do campo específico para essa realidade, que brotasse no chão em que pisam indivíduos rurais, a partir de suas vivências, identidades, valores, culturas, sonhos e utopias. Contudo esse movimento ainda representa um desafio, pois no interim desse germinar não é fácil elaborar um projeto que considere todos os anseios e as necessidades dos distintos grupos sociais grupos sociais que vivem na comunidade da Várzea dos Cágados.

 

Diagnóstico da formação dos professores, localidade onde reside, utilização do livro didático e calendário escolar da Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho

 

 

 A Educação do campo é uma modalidade que se faz necessário um processo pedagógico voltado para as peculiaridades da população campesina, levando em consideração sua identidade histórica, percepções e realidade local e regional. O planejamento pedagógico para as escolas do campo deve ser diferenciado, adaptado à diversidade da vida no campo. Diante do exposto, fez-se um estudo reflexivo na Escola Municipal Monsenhor Jason B. Coelho, dando ênfase na localidade onde reside os professores e formação e prática docente.

Em pesquisa realizada na Secretaria Municipal da Educação de Lagarto, verificou-se que 33% do número de docente que atuam na E.M Monsenhor Jason B. Coelho residem na zona rural (campo) e 67% zona urbana (cidade). Como pode ser visto no gráfico 1.  Tal situação torna-se uma preocupação para o processo de ensino e aprendizagem da comunidade atendida, uma vez que, a maioria desses docentes não conhece a realidade vivida no contexto da comunidade campesina. Segundo Alencar (2010) a falta de conhecimento da realidade dos docentes e as atividades realizadas nas escolas do campo transportada da cidade, não valoriza a história e os conhecimentos da vida no campo.

           

 

 

 

 

Gráfico 1: Área de residência dos docentes da E.M. Monsenhor Jason B. Coelho

Em analise a formação do corpo docente da E.M. Monsenhor Jason B. Coelho percebe-se que a grande maioria possui graduação (92%) e que uma pequena porcentagem tem apenas magistério (8%). Em destaque no gráfico 2

Tanto os professores com nível de graduação, quanto os que possuir apenas o magistério desta unidade de ensino são habilitados para a prática docente, porem muitos apresentam dificuldades para atuarem nas escolas do campo por possuir uma formação generalista da área especifica de formação. Para Antunes e Rocha (2010) a realidade das escolas das campo exige que os professores possuam conhecimentos para construir práticas educacionais especificas para os educandos campesinos, ou seja, um profissional com uma formação mais ampliada.

Ainda segundo Arroyo (2009) o exercício da prática docente nas escolas do campo exigi formas especificas de ensinar e educar. São características peculiares no modo de ensinar em escolas com turmas multisseriadas ou multi-idades.

 

 

Gráfico 2: Análise da formação dos docentes da E.M. Monsenhor Jason B. Coelho

 

 

Em relação a formação continuada, percebe-se 83% (gráfico 3) dos docentes da E.M Monsenhor Jason B. Coelho não deram continuidade aos estudos. Apenas 17% (gráfico 3) buscaram-se aperfeiçoar nos estudos.

 

Gráfico 3: Análise da formação continuada dos docentes da E.M. Monsenhor Jason B. Coelho

 

 

A Formação Continuada segundo Nóvoa apud Correia e Lima (2010), tem como principal objetivo propor discussões teóricas e práticas que possam colocar os profissionais atualizados em termos de novas metodologias e que possa contribuir para a sua atividade profissional.

Com relação a formação continuada de professore Chimentão (2009) define este processo como continuidade da formação inicial e tem como objetivo o aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade profissional docente e que possa assegurar um processo de ensino-aprendizagem de melhor qualidade aos educandos.

A busca pela formação continuada para a prática docente leva muitas vezes os professores refletirem o que ensinar de acordo com a peculiaridade dos seus discentes, aproximando desta forma a pratica pedagógica com a realidade vivenciada pelos alunos. Para Oliveira

(2016), o ato de refletir a prática exercida na sala de aula é de grande importância para o surgimento de uma ressignificação do conceito de professor, de aluno, de aula e de ensino-aprendizagem.

CONSIDERAÇÕES

 

A pesquisa em questão teve como cunho verificar as singularidades acerca da educação campesina e o perfil do professor que atua na Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, localizada no Povoado Várzea dos Cágados em Lagarto/SE, marcado por parte da comunidade não possuir terras próprias e trabalhar em indústria situada próxima a localidade. As reflexões são referentes às discussões ocorridas no Curso de Aperfeiçoamento Escola da Terra – UFS/MEC, na cidade de Itabaiana/SE.

Foi observado que a comunidade no entorno da Escola Municipal Monsenhor Jason Barbosa Coelho, não nega o fato da situação campesina, porém todos comungam que esta unidade de ensino possui vários diferenciais, o primeiro a ser descartado é a seriação, incomum nas demais escolas do campo com seu porte, e pela localização geográfica, por estar no entorno da cidade, sendo considerada zona de expansão, e por 90% dos professores não pertencerem à zona rural.

Lamentavelmente, é fato que grande parte das escolas do referido município, não possuem uma matriz curricular adequada para a educação do campo, e uma quantidade generosa dos professores atuantes que não tem formação específica para esta modalidade de ensino. Outra problemática que preocupa estudiosos da escola campesina é a falta de contextualização na aplicação da educação do/no campo.

Neste sentido, Faleiro e Assis (2017, p. 175) esclarecem que “Nesta perspectiva, a contextualização é fundamentada enquanto abordagem de ensino que considera os espaços cotidianos da vida dos sujeitos envolvidos nos processos de formação.” Os professores nunca devem esquecer que nenhum aluno é uma tábua rasa, e que todos possuem um conhecimento prévio.

Não se quer discentes oriundos de uma educação tradicional, que castra e condiciona. Necessita-se daqueles que expõem seus pensamentos, trazem uma hipótese sobre determinada problemática, analisam, opinam, discutem, criticam e fazem do mundo um lugar melhor.

É nesta prática que a contextualização é crucial, além de permitir uma relação direta com o cotidiano do aluno do campo respeita seu conhecimento prévio, ocasionando “inter-relação entre o conhecimento científico e o conhecimento da realidade concreta do estudante o “senso comum” (FALEIRO; ASSIS, 2017, p. 175), consequentemente um aprendizado significativo.

No caso específico da escola analisada os alunos avançam no quesito aprendizagem, visto que os professores procuram trabalhar práticas diferenciadas, todavia eles precisam efetivar a contextualização com/para o campo.

Para que essas realizações sejam efetivadas, ou seja, o docente consiga relacionar os conteúdos com o cotidiano campesino, Brasil (2007), esclarece que o Ministério da Educação inicia várias ações no intuito de reformular a educação básica para melhoramento de sua qualidade, iniciando pela formação de professores, juntamente com o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Dentre essas ações, foi manter parceria várias Instituições de Ensino Superior (IES), uma delas a Universidade Aberta do Brasil (UAB), que oferta cursos de extensões, aperfeiçoamento, especializações e ainda formação inicial para educadores de escola campesina, posteriormente a criação de Licenciatura em Educação do Campo). (CARVALHO, 2011)

O docente que possuir uma formação nas Licenciaturas da Educação do Campo poderá sem sombra de dúvida, contextualizar a conexão entre a vida do campo e os conhecimentos acadêmicos, acolhendo a cultura de seus discentes que de forma direta irá propiciar uma valorização de seu território (SILVA E GADELHA, 2012).

Em suma, diante destes fatos, é notória a relevância de uma reflexão urgente sobre a educação do/no campo, formação inicial e continuada objetivando um cidadão consciente de seus direitos e sua cultura, sendo capaz de críticas construtivas diante da sociedade que o circunda

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