A produção do conhecimento é reflexo de demandas que emanam cotidianamente na sociedade. Nas ciências sociais são constantemente fomentadas discussões sobre os aspectos políticos, econômicos e sociais enfatizando seus rebatimentos na dinâmica da sociedade, na vida dos cidadãos e nas profissões. É assim que, a conjuntura de cada momento histórico tem influenciado as produções teóricas das diferentes áreas do conhecimento. Tomando por referência o, Serviço Social constata-se que, entre outros, os objetos de estudos são direcionados para os fundamentos da profissão, as áreas de atuação profissional, elencando os desafios e retrocessos que as políticas sociais enfrentam, além de se debruçarem sobre objetos que se articulam com análises acerca das diferentes expressões da questão social.
As pesquisas no Serviço Social têm demarcado as implicações da contraditória dinâmica capitalista elencando não só os avanços e conquistas, mas também os limites e retrocessos das políticas sociais. Para Prates e Prates (2009) a pesquisa é necessária e fundamental para desmitificar o processo de reprodução de desigualdades, ciclos transgeracionais de pobrezas, de violação e retrocesso de direitos frutos da sociedade capitalista. Nesse sentido, os objetos de estudos mesmo com suas especificidades convergem para analisar problemáticas que se relacionam com a atual configuração da gerência do Estado na intervenção das expressões da questão social.
Ressalta-se que os objetos de estudos não se limitam a funcionalidade de políticas sociais, buscam entender problemáticas que envolvem exploração de trabalho, questão ambiental, violência contra mulheres, etc. Em se tratando do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal de Sergipe (PROSS/UFS) tem-se uma gama de objetos preocupados em entender a política de saúde, educação, os fundamentos da profissão e o trabalho. As pesquisas desenvolvidas na área do Serviço Social contribuem não só para o fortalecimento da profissão, mas possibilitam o fomento de respostas sobre as demandas que emergem da relação capital-trabalho subsidiando o exercício profissional.
Esse artigo tem como objetivo analisar a produção de conhecimento do programa Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe (PROSS/UFS) no período de 2021-2022, através de um levantamento no site do PROSS/UFS das dissertações que foram defendidas nos respectivos anos. A análise aborda as duas linhas de pesquisa: “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social” e “Políticas Sociais, Movimentos Sociais e Serviço Social”. Trata-se de uma pesquisa exploratória com fontes bibliográfica e documental que teve uma abordagem quanti-qualitativa com base no método materialismo histórico-dialético. O artigo se estrutura em dois tópicos centrais, além da introdução e considerações finais.
Na introdução foi realizada uma contextualização da produção de conhecimento em Serviço Social elencada com o contexto do PROSS/UFS. O primeiro tópico traz uma discussão sobre da trajetória da pós-graduação em Serviço Social. O segundo tópico analisa especificamente a produção teórica do PROSS/UFS nos anos de 2021 e 2022 com o objetivo de verificar quais tem sido as principais tendências dos objetos de estudos. Foi observado que nesses dois anos foram defendidas vinte dissertações cujas temáticas se direcionam para a área da saúde, raça/etnia, trabalho, educação, produção de conhecimento. As considerações finais enfatizam a contribuição do PROSS/UFS para o acúmulo do arcabouço teórico do Serviço Social e como as pesquisas estão vinculadas com a dinamicidade da realidade e com o Estado em que se insere o programa.
1 A PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO DA ÁREA
O Serviço Social, enquanto profissão inserida na divisão sociotécnica do trabalho coletivo, tem como objeto de trabalho as expressões da questão social, que se explicitam nas desigualdades oriundas da contradição entre capital e trabalho. Dada a direção social da profissão, que atua no enfrentamento desse fenômeno, o desvendamento destas refrações é primordial para contribuir com a construção de um novo patamar de sociabilidade, por isso, a investigação se torna cada vez mais necessária no exercício profissional dos/as assistentes sociais, devendo ser garantida na formação profissional, conforme estabelecem as Diretrizes da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa Para o Serviço Social (ABEPSS).
Prates e Prates (2009, p. 113) apontam que “não há como pensar em educação crítica ou trabalho profissional competente, sem processos investigativos, sem uma formação e a introjeção de atitudes investigativas”. Nessa direção, os autores afirmam que os processos investigativos se realizam em diferentes níveis de formação, mas é na pós-graduação o seu principal lócus de aprofundamento.
A institucionalização da pós-graduação em Serviço Social no Brasil ocorreu durante o período da ditadura militar, que impôs mudanças no exercício e na formação profissional, concomitante a um processo de renovação da profissão no país. De acordo com Netto (1996), no período do regime militar, o Serviço Social se inseriu no âmbito universitário e passou a se aproximar das Ciências Sociais, principalmente da Sociologia, a Psicologia e a Antropologia, o que lhe permitiu um acúmulo de uma perspectiva crítica que deu base para que os/as profissionais assumissem uma postura de questionamento do Serviço Social tradicional. Vale destacar que, no início da década de 1960, o Serviço Social brasileiro participou do movimento de reconceituação juntamente com profissionais de Serviço Social da América Latina para repensar a profissão tendo como ponto de partida a reflexão do contexto socioeconômico e político latino-americano. No Brasil, segundo Netto (1996), foi denominado de Movimento de Renovação as direções assumidas pela profissão a partir deste marco temporal.
Nesse contexto, os primeiros cursos de mestrado foram aprovados na década de 1970, sendo, em 1972, os da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e o da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), em sequência o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1976, o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em 1977, o da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1978 e o da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em 1979. Na década de 1980 esse processo teve continuidade com a abertura de outros cursos de mestrado e do primeiro curso de doutorado, em 1982, na PUC-SP (KAMEYAMA, 1988). O desenvolvimento desse nível de formação acompanhou um movimento de ruptura com o conservadorismo no interior da profissão, que exigia o rompimento com o paradigma positivista que orientava as ações profissionais, separando o conhecimento da intervenção na realidade social (YAZBEK; SILVA, 2005). É a partir da década de 1980 que ocorre a construção coletiva do projeto ético político do Serviço Social com marcos fundamentais, entre eles, a incorporação da teoria social de Marx no currículo de 1982, a reafirmação desta apropriação teórico-metodológica nas Diretrizes Curriculares de 1996, a revisão do Código de Ética e da lei de regulamentação da profissão.
Pode-se afirmar que a consolidação da pós-graduação na área inscreveu-se no processo da criação de um novo projeto profissional, comprometido com os interesses da classe trabalhadora, no bojo das lutas pela redemocratização brasileira. Com a finalidade de assumir uma perspectiva crítica e totalitária da realidade social, a partir dos anos 1980 a profissão estabeleceu uma efetiva interlocução com o marxismo, que vai incidir na direção social da profissão e na própria formação profissional seja na graduação ou na pós-graduação.
A incorporação do referencial marxista contribuiu para aprofundar dimensões da profissionalidade do Serviço Social (YAZBEK, 2018) e pôs avanços à profissão com a revisão e a criação do Código de Ética de 1993 e a reforma curricular que culminou nas Diretrizes Curriculares de 1996, instituindo “as dimensões investigativa e interventiva como princípio formativo e condição central da formação profissional e da relação teoria e realidade” (ABEPSS, 1996, p. 61). De acordo com Silva (2007), a interlocução entre o Serviço Social e o marxismo tem sido aprimorada e sistematizada na produção de conhecimento, contudo, vale ressaltar que a hegemonia da tradição marxista na formação e na produção teórica do Serviço Social constituiu-se a partir de um amplo debate entre a categoria profissional, que afirma o pluralismo de matrizes do pensamento na profissão.
Para Yazbek (2009), foi no espaço da pós-graduação que o Serviço Social se apropriou do debate intelectual contemporâneo no âmbito das Ciências Sociais e no qual se desenvolveu na pesquisa acerca da natureza de sua intervenção, de seus procedimentos, sua formação, sua história e a realidade onde se insere como profissão. Foi esse avanço que permitiu a profissão ser reconhecida enquanto área de conhecimento, a partir de 1985, pelas agências de fomento à pesquisa, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). Assim, tendo alcançado sua maturidade intelectual na década de 1990, reconhece-se que a profissão, ao longo das últimas décadas, tem avançado em termos de pesquisa e produção de conhecimento, especialmente no espaço da pós-graduação.
[...] o significativo crescimento e produtividade da pós-graduação referente à área do Serviço Social tem suprido a área da graduação com pesquisas, periódicos e livros, que são fundamentais à formação dos profissionais da área, debatendo os mais diversos temas, enfrentando polêmicas, posicionando-se por meio do conjunto Conselho Federal de Serviço Social (CFESS)/Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) e da Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social (ABEPSS), participando de lutas por direitos, contribuindo na constituição e na qualificação de políticas públicas, nos seus processos de avaliação, no debate acerca do Estado, do fundo público, da gestão pública, do controle social e dos movimentos sociais (PRATES, 2015, p. 3).
Esse avanço tem como contraponto a precarização e privatização da educação superior brasileira, que vem passando por contrarreformas a fim de atender os interesses do grande capital, “em que a produção de conhecimento e sua aplicabilidade em forma de tecnologia e produtos sociais se tornam um imperativo” (CABRAL NETO; CASTRO, 2013, p. 350-351). Nesse cenário, a produção de pesquisas é direcionada para uma perspectiva produtivista, em que são priorizadas as áreas rentáveis para o mercado, como as Engenharias e as Ciências Biológicas e da Saúde.
Conforme dados apresentados por Carvalho Neto e Engler (2018), as Engenharias tiveram 30,3% de investimentos para bolsa no exterior; 20,6% para bolsa no país e 80,6% de auxílio à pesquisa, enquanto as Ciências Sociais Aplicadas tiveram 2,79% de investimento para bolsa no exterior; 6,96% para bolsa no país e 9,23% de auxílio à pesquisa, no montante de investimentos do CNPQ no ano de 2016. Tais dados corroboram a afirmação de Dupas (2001, p. 117) de que “não se investe em cientistas, técnicos e equipamentos para saber a verdade, mas para aumentar o poder” (DUPAS, 2001, p. 117). Com isso, as pesquisas das áreas sociais sofrem com a insuficiência de recursos, tanto que muitas pesquisas do Serviço Social são realizadas sem financiamento, uma vez que os recursos não contemplam todos/as os/as discentes com bolsas de pós-graduação.
Nessas condições, o grande desafio que se coloca para o Serviço Social no espaço da formação profissional, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação, é o de caminhar na direção oposta, sendo resistência ao avanço do capital sobre o ensino superior e a produção de conhecimento. Essa tarefa exige “uma grande envergadura teórica e racionalidade política” (SILVA, 2010, p. 428), que tem sido construída paulatina e exitosamente pelos/as profissionais e pesquisadores da área, através do avanço em termos de pesquisa e do acúmulo teórico crítico, norteado hegemonicamente pela teoria social de Marx. Nessa direção, buscou-se analisar como está configurada a produção de conhecimento do PROSS/UFS, nos anos de 2021 e 2022, enfatizando as relações com o universo das temáticas abordadas ao longo de sua trajetória de doze anos.
2 A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO DO PROSS/UFS EM 2021 E 2022
Nesse tópico serão analisadas as dissertações que foram defendidas no Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Sergipe (PROSS/UFS) no período de 2021-2022. Até o final do ano de 2022, o Programa contava com um acervo de 101 (cento e uma) dissertações, sendo que deste total, (9) nove defendidas em 2021 e (11) onze em 2022. O mapeamento das dissertações faz parte do projeto de iniciação científica desenvolvido gradativamente desde 2015, sob a coordenação de docente do PROSS e uma das autoras do artigo, contando com a participação de discentes da graduação e da pós, inclusive egressas do projeto que continuam participando da pesquisa e deste artigo. O contato inicial com as dissertações ocorre através da página eletrônica do PROSS/UFS, onde encontram-se disponíveis os trabalhos em formato pdf. A partir de roteiro de pesquisa as dissertações são lidas e passam por um processo de classificação da linha de pesquisa e da temática geral de estudo. Convém ressaltar que a classificação das dissertações nas respectivas linhas é feita por meio da vinculação entre o/a orientador/a da pesquisa e a linha de pesquisa a qual o/a docente pertence. E, para indicar a temática, a equipe de pesquisa faz um debate tomando por base alguns critérios utilizados tais como, título, palavras chaves, objetivos, acrescidos de uma leitura atenta de alguns itens básicos a exemplo, do resumo, introdução e considerações finais.
O PROSS tem como área de concentração “Serviço Social e Política Social” e duas linhas de pesquisa. Dados anteriores da pesquisa revelam que os quantitativos gerais de dissertações defendidas em cada linha são correlatos, mas analisando ano a ano, constata-se uma variação. Por exemplo, a linha de pesquisa I - “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social” obteve apenas (2) duas dissertações em 2021 e (6) seis em 2022, totalizando (8) oito nesse período. A linha de pesquisa II - “Políticas Sociais, Movimentos Sociais e Serviço Social” em 2021, obteve (7) sete e (5) cinco em 2022, totalizando (12) doze. O Quadro 1 apresenta o quantitativo de dissertações defendidas durante o período de 2013-2022 mostrando que uma tem 50 e outra, 51 dissertações defendidas.
QUADRO 1 - Dissertações defendidas entre 2013 a 2022 das linhas de pesquisa “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social” e “Políticas Sociais, Movimentos Sociais e Serviço Social”
Ano de defesa |
Dissertações da linha de pesquisa I “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social” |
Dissertações da linha de pesquisa II “Políticas Sociais, Movimentos Sociais e Serviço Social” |
Dissertações das duas linhas de pesquisa do PROSS/UFS |
2013 |
05 |
03 |
08 |
2014 |
07 |
07 |
14 |
2015 |
05 |
04 |
09 |
2016 |
07 |
04 |
11 |
2017 |
01 |
05 |
06 |
2018 |
07 |
05 |
12 |
2019 |
05 |
05 |
10 |
2020 |
06 |
05 |
11 |
2021 |
02 |
07 |
09 |
2022 |
06 |
05 |
11 |
TOTAL |
50 |
51 |
10 |
Fonte: Elaborado pela equipe de pesquisa a partir de análise documental.
Percebe-se a partir do Quadro 1, que o total de dissertações das linhas de pesquisa tem um quantitativo muito próximo, mas ao longo dos anos esse quantitativo apresenta algumas pequenas discrepâncias, sendo os mais evidentes nos anos de 2017 e 2021, em que a linha de pesquisa “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social” teve um número muito inferior à da linha “Políticas Sociais, Movimentos Sociais e Serviço Social”. Já em anos como 2014 e 2019 as duas linhas apresentaram a mesma quantidade de trabalhos.
A distribuição dos discentes entre as linhas de pesquisa, prioritariamente, é feita pela relação do objeto de estudo com as diretrizes da linha, no entanto, também é considerada a disponibilidade dos/as docentes para orientação das dissertações, o que por vezes pode implicar em uma mudança na linha de pesquisa indicada no ato da inscrição, mas são feitos ajustes para que a pesquisa contemple elementos pertinentes à sua respectiva linha.
Na linha “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social”, as duas dissertações encontradas no ano de 2021 tinham o tema trabalho. No ano de 2022 as temáticas das seis dissertações envolveram objetos de pesquisa vinculados a saúde, trabalho, produção de conhecimento e raça/etnia. Percebe-se, através do somatório, uma incidência do tema trabalho no quadro das dissertações dos dois anos analisados. O Quadro 2 apresenta os títulos das dissertações da respectiva linha de pesquisa.
QUADRO 2 – Dissertações da linha “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social”
Nº |
ANO |
TÍTULO |
AUTOR (A) |
ORIENTADOR (A) |
TEMÁTICA |
01 |
2021 |
Relação Capital-Trabalho: a exploração da força de trabalho na economia de compartilhamento |
Bianca Gonçalves Santos Lima |
Nailsa Maria Souza Araújo |
TRABALHO |
02 |
2021 |
A Inserção do Assistente Social, Técnico Administrativo, nas Instituições de Ensino Superior em Sergipe |
Carolina Sampaio De Sá Oliveira |
Prof.ª Dr.ª Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves |
TRABALHO |
03 |
2022 |
Silenciamento e invisibilidade: os determinantes na construção do termo violência obstétrica no Brasil e a relação com o Serviço Social |
Juliane Barbosa Tavares
|
Vera Nubia Santos |
SAÚDE |
04 |
2022 |
A Exploração do trabalho das mulheres negras na base da acumulação do capital transnacional em Sergipe: O caso do setor de telemarketing |
Karla Maria Cardoso Araújo Freitas |
Prof.ª Dr.ª Tereza Cristina Santos Martins |
ETNIA/RAÇA |
05 |
2022 |
Sobre Desmontes Na Política De Saúde Mental No Brasil: Aproximações em Publicações do CFESS e na Pós-Graduação na Área de Serviço Social no Nordeste (2016-2020) |
Gabrielle Pereira Dos Santos |
Vera Nubia Santos |
SAÚDE |
06 |
2022 |
Expressões da Questão Social Que Atingem as Mulheres Negras no Trabalho Doméstico em Sergipe |
Mayara Augusta Monteiro Ramos |
Prof.ª Dr.ª Tereza Cristina Santos Martins |
ETNIA/RAÇA |
07 |
2022 |
Estudo Sobre a Desvalorização Profissional a Partir da Discriminação Salarial dos(as) Assistentes Sociais: Análise de Editais de Instituições Públicas em Sergipe (2011-2021) |
Leislayne Lima de Almeida |
Prof.ª Dr.ª Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves |
TRABALHO |
08 |
2022 |
Serviço Social Frente às Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação: uma Análise a Partir de Dissertações E Teses (1990-2021) |
Susana Almeida Rodrigues |
Prof.ª Dr.ª Maria da Conceição Vasconcelos Gonçalves |
PROD. CONHECIMENTO |
Fonte: Elaborado pela equipe de pesquisa a partir de análise documental.
Percebe-se a partir dos títulos das dissertações que embora haja a centralidade de uma temática na pesquisa, que corresponde a sua classificação nas categorias temáticas, há uma transversalidade em relação a outros temas. Nota-se, por exemplo, um debate articulado entre trabalho, questão racial e gênero nas dissertações 4 e 6. No caso da dissertação 5, há uma relação com a saúde mental e com a produção de conhecimento em Serviço Social. A dissertação 8, por sua vez, centra-se na produção de conhecimento, mas também relaciona nuances importantes do mundo do trabalho contemporâneo, considerando o impacto das tecnologias no exercício profissional de assistentes sociais. Em relação a temática trabalho há 3 dissertações, a dissertação 1 apresenta um debate mais vinculado aos fundamentos do trabalho com base na teoria social de Marx, a dissertação 2 sinaliza para as diferentes possibilidades de inserção do/a assistente social no exercício profissional vinculado as instituições de ensino superior e a dissertação 7 apresenta uma análise da desvalorização profissional tomando por base os editais de instituições públicas que convocam para a inserção no mundo do trabalho.
Na linha de “Políticas Sociais, Movimentos Sociais e Serviço Social” as temáticas das dissertações identificadas no ano de 2021 foram saúde, trabalho, fundamentos, educação, assistência social e meio ambiente. A temática saúde foi a única que esteve presente em duas dissertações, as demais tiveram apenas uma dissertação. No ano de 2022 as temáticas das dissertações foram saúde, gênero/violência/exploração, questão agrária/urbana, raça/etnia. Também nesse ano a temática saúde se destacou estando presente em duas dissertações. O que evidencia a incidência da temática saúde nos dois anos analisados. O Quadro 3 apresenta os títulos das dissertações da referida linha de pesquisa.
QUADRO 3 - Dissertações da linha “Políticas Sociais, Movimentos Sociais, Serviço Social”
Nº |
ANO |
TÍTULO |
AUTOR |
ORIENTADOR |
TEMÁTICA |
01 |
2021 |
“Política Pública de Saúde, uma análise sobre o acesso dos usuários à atenção primária na zona rural do município de Monsenhor Hipólito/PI |
Edinara Fernanda de Jesus Costa |
Prof.ª Dr.ª Nelmires Ferreira da Silva |
SAÚDE |
02 |
2021 |
“Programa De Residência Universitária Na UFS: Avanços e desafios para a permanência a partir da visão dos/as residentes” |
Tatiane Campos Nascimento Plínio |
Prof.ª Dr.ª Vânia Carvalho Santos |
EDUCAÇÃO |
03 |
2021 |
“Ontologia e essência humana em Lukács” |
Antônio Gonzaga da Silva Júnior |
Prof.ª Dr.ª Nelmires Ferreira da Silva |
FUNDAMENTOS |
04 |
2021 |
“O Serviço Social na Luta contra a precarização do Sistema Único de Assistência Social em Sergipe: Uma análise do acirramento dos desmontes de 2016 a 2020” |
Miriam Santos Prescinca Correia |
Prof.ª Dr.ª Nelmires Ferreira da Silva |
ASSISTÊNCIA |
05 |
2021 |
“Internações Psiquiátricas no Nordeste Brasileiro no Período de 2010 a 2020” |
Érica da Silva Mendonça |
Prof.ª Dr.ª Vânia Carvalho Santos |
SAÚDE |
06 |
2021 |
“O Saneamento Ambiental Na Encruzilhada Entre Direito Social E Negócio: análise do chamado “novo” marco legal do saneamento” |
Francisco Vieira do Nascimento Neto |
Prof.ª Dr.ª Josiane Soares Santos |
MEIO AMBIENTE |
07 |
2021 |
“Precarização E Divisão Sexual Do Trabalho: particularidades de catadores/as de resíduos sólidos no contexto brasileiro” |
Tatiane Cravo de Melo |
Prof.ª Dr.ª Maria Helena Santana Cruz |
TRABALHO |
08 |
2022 |
“Diferenciais de gênero no adoecimento mental da população do município de Aracaju/SE” |
Victoria Hellen Feitoza Luz |
Prof.ª Dr.ª Maria Helena Santana Cruz |
GÊNERO |
09 |
2022 |
“Pesquisa e produção do conhecimento em Serviço Social: o foco na reforma agrária popular no Brasil |
Taiane Almeida do Nascimento |
Prof.ª Dr.ª Nelmires Ferreira Da Silva |
AGRÁRIA |
10 |
2022 |
“Expressões do racismo ambiental no bairro Santa Maria em Aracaju-SE” |
Rafaela dos Santos Silva |
Prof.ª Dr.ª Josiane Soares Santos |
ETNIA/RAÇA |
11 |
2022 |
“População com HIV e Aids: traços da realidade socioepidemiológica em Aracaju/SE” |
Cleverton Alves de Souza |
Prof.ª Dr.ª Vânia Carvalho Santos |
SAÚDE |
12 |
2022 |
“Assistência às mulheres soropositivas (HIV/Aids) na atenção básica no município de Itabaiana- SE” |
Maria Edilma de Jesus Santos |
Prof.ª Dr.ª Maria Helena Santana Cruz |
SAÚDE |
Fonte: Elaborado pela equipe de pesquisa a partir de análise documental.
Nota-se que as temáticas principais das dissertações aparecem articuladas com outros temas diferentes. A temática da dissertação 08, articula o debate entre gênero e saúde mental, mas a equipe de pesquisa decidiu em inseri-la na temática de gênero por ser mais debatido no conjunto dos itens que compõem a dissertação. A dissertação 09 traz uma análise da produção do conhecimento acerca da reforma agrária; A dissertação 07 articula a precarização do trabalho com a divisão sexual e a dissertação 10 aborda a questão racismo ambiental, uma categoria que perpassa o debate racial e a questão ambiental. A transversalidade nas temáticas tem sido uma característica que aparece recorrente nas dissertações, o que deixa evidente que as produções abarcam a diversidade de seus objetos de estudos, compreendendo as problemáticas da realidade na sua essência.
Conforme o Quadro 4, nota-se que a saúde tem sido a temática com maior evidência no PROSS/UFS, identificada em 16 dissertações no período de 2013-2022. Nos anos analisados ela aparece em 6 dissertações das duas linhas de pesquisas, sendo 2 da Linha I e 4 da Linha II. Em relação aos objetos de estudos encontram-se a doença mental, as doenças sexualmente transmissíveis e estudo sobre o acesso à política. Outra temática expressiva foi trabalho, que apareceu em (4) quatro dissertações das linhas, com ênfase na Linha I, que teve (3) três trabalhos e (1) uma da Linha 2. O tema raça/etnia, apesar de pouco expressivo no total de dissertações entre 2013-2022, teve incidência nos anos de 2021 e 2022, somando (3) três dissertações nesse período, cuja (2) duas foram da Linha I e (1) uma da Linha II. As temáticas educação, assistência social, gênero/violência/exploração, questão agrária/questão urbana e meio ambiente só foram encontradas em dissertações da Linha II, com uma de cada tema citado, enquanto o tema produção de conhecimento só apareceu em (1) uma dissertação da Linha I.
QUADRO 4 – Temáticas das dissertações de 2021 e 2022 por linha de pesquisa
TEMÁTICAS |
DUAS LINHAS DE PESQUISA |
LINHA 1
|
LINHA 2
|
TOTAL DAS DUAS LINHAS
|
|
2013–2022
|
2021-2022 |
2021-2022 |
2021-2022 |
SAÚDE |
16 |
02 |
04 |
6 |
TRABALHO |
15 |
03 |
01 |
4 |
FUNDAMENTOS- FORMAÇÃO PROFISSIONAL- PROJETO ÉTICO POLÍTICO |
15 |
|
01 |
1 |
EDUCAÇÃO |
14 |
|
01 |
1 |
ASSISTÊNCIA SOCIAL |
07 |
|
01 |
1 |
GÊNERO – VIOLÊNCIA EXPLORAÇÃO |
07 |
|
01 |
1 |
CONTROLE SOCIAL- PARTICIPAÇÃO- GESTÃO DE POLÍTICAS |
06 |
|
|
|
QUESTÃO AGRÁRIA – QUESTÃO URBANA |
06 |
|
01 |
1 |
RAÇA – ETNIA |
04 |
02 |
01 |
3 |
MEIO AMBIENTE |
03 |
|
01 |
1 |
PREVIDÊNCIA |
03 |
|
|
|
PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO |
03 |
01 |
|
1 |
SÓCIO-JURÍDICO |
02 |
|
|
|
TOTAL |
101 |
08 |
12 |
20 |
Fonte: Elaborado pela equipe de pesquisa a partir de análise documental.
A predominância da temática saúde pode ser em decorrência do perfil de trabalhadores dos discentes do PROSS/UFS que articulam seus objetos de estudos com as experiências profissionais, ou como no caso da dissertação “População com HIV e Aids: traços da realidade socioepidemiológica em Aracaju/SE” que foi fruto da experiência de estágio obrigatório. Além disso articula-se com a atual conjuntura em que a saúde estar inserida com parcos recursos públicos que incidem em problemáticas para os profissionais e usuários da política como a precarização dos serviços e das condições de trabalho. Nessa direção, Bravo (2023) afirma que as contrarreformas que a saúde vivencia é um elemento justificável para o alto índice de produções teóricas no Serviço Social pois é através da cultura da crise que se tem justificado e disseminados os cortes orçamentários e a lógica da privatização.
A primazia da temática saúde no PROSS/UFS tem acompanhado a tendência dos demais programas de pós-graduação em Serviço Social. Conforme Ramos, Adriano e Souza (2018) a partir de uma pesquisa realizada na plataforma CAPES de dissertações de mestrados e teses de doutorados das principais universidades do Rio de Janeiro e São Paulo, Brasília e nas principais revistas na área do Serviço Social identificou-se que,
a grande parte 53%, aborda mais especificadamente a “Política de Saúde”, 36% abordam o “Serviço Social e Saúde”, 5 % abordam os sujeitos usuários da Política de Saúde, 4 % sobre “Trabalho e 13 Anais do 16º Encontro Nacional de Pesquisadores em Serviço Social Saúde”, e somente 2% referente às “Lutas e Movimentos Sociais”. [..]. Esta constatação pode nos indicar que parte destas reflexões são retiradas de experiências do cotidiano de trabalho nos grandes hospitais, ou seja, este espaço de trabalho que pode se configurar como o lugar onde os profissionais vem produzindo conhecimento sobre a saúde (RAMOS; ADRIANO; SOUZA, 2018, 12).
O tema trabalho aparece como o segundo mais predominante na produção de conhecimento do PROSS/UFS entre os anos de 2013 e 2022 e da mesma forma ocorreu nos anos de 2021 e 2022. É interessante observar que o tema não incide apenas na linha “Trabalho, Formação Profissional e Serviço Social”, pelo contrário, também aparece com frequência na outra linha de pesquisa do Programa, que tem em suas diretrizes a abordagem de políticas e movimentos sociais. O estudo de Lara (2008, p. 48) pontuou que,
As discussões sobre trabalho e política social estão centradas na contradição latente da sociedade burguesa, pois as políticas sociais são simultaneamente conquistas sociais da classe trabalhadora e formas amenizadas e conciliatórias de o Estado burguês combater a desigualdade social, por meio de mecanismos institucionais de redistribuição de renda.
Entre 2021 e 2022, as dissertações com a temática trabalho apresentam discussões relacionadas aos processos de trabalho de assistentes sociais, a precarização do trabalho e as transformações do mundo do trabalho. No total de pesquisas sobre o tema no âmbito do Programa temos ainda dissertações sobre trabalho e sindicalismo, a categoria trabalho na formação profissional, trabalho e lutas sociais e trabalho feminino. Tal classificação vale-se dos eixos temáticos utilizados por Lara (2008).
O estudo de Closs (2015) mostra que o tema trabalho tem tido ênfase nas pesquisas publicadas em periódicos do Serviço Social, da mesma forma que, posteriormente ao tema políticas sociais, o tema trabalho faz parte da maioria de linhas de pesquisa dos programas de pós-graduação em Serviço Social, como salientam os estudos de Iamamoto (2004) e Prates, Closs e Carraro (2016). Com isso, analisa-se que o PROSS/UFS está em consonância com a tendência identificada por esses estudos, uma vez que o Programa apresenta uma linha de pesquisa relacionada ao trabalho, bem como tem sido uma discussão recorrente nas suas dissertações.
A temática raça/etnia quando comparado as temáticas de saúde e trabalho tem aparecido poucas vezes nas dissertações do PROSS/UFS, acumulando um total de (04) quatro dissertações. Até o ano de 2020 tinha-se apenas (01) uma dissertação acerca dessa temática, só em 2021 que se tem (02) duas dissertações e (01) uma em 2021. Essa temática apareceu pela primeira vez, em 2018, com uma discussão acerca do silenciamento da questão étnico-racial no Serviço Social brasileiro. A questão étnico/racial tem sido alvo de importantes discussões e intervenções dentro da categoria profissional, contudo a produção de conhecimento ainda é incipiente. Em sua análise, Marques Júnior (2013, p. 18) afirma que isso se dá devido a “pouca quantidade de professores universitários do Serviço Social pesquisando sobre questão racial, a subalternidade dessa questão frente a outras tidas como prioritárias, a ideologia da democracia racial presente no contexto nacional”.
No tocante aos aspectos metodológicos, foi possível verificar que, predominantemente, o tipo de pesquisa utilizado nas dissertações foi a pesquisa bibliográfica e a documental, geralmente associadas. A maioria utilizou a pesquisa bibliográfica para construção do referencial teórico e as fontes documentais serviram para encontrar as respostas para os objetivos da pesquisa. De acordo com Cellard (2008), a análise documental tem a vantagem de eliminar, em parte, qualquer influência que possa ser exercida pelo/a pesquisador/a. Já em número menos expressivo, alguns estudos recorreram a pesquisa empírica, tendo sido submetidos ao Comitê de Ética anteriormente a sua realização.
Outro ponto constatado foi a recorrência à abordagem quanti-qualitativa na maior parte das dissertações analisadas. Por vezes há um equívoco de que as pesquisas sociais não trabalham com dados quantitativos, uma vez que precisam de um estudo qualitativo do objeto. No entanto, os dados qualitativos e quantitativos não se excluem, mas se complementam (MINAYO, 2000). Prates (2012) endossa essa afirmação quando sinaliza que o real se constitui por aspectos quantitativos e qualitativos (objetividade e subjetividade), sendo necessária a interconexão entre ambos para contemplar o objeto como unidade dialética, coerente com o método de investigação materialista histórico-dialético, que é hegemônico nas dissertações analisadas e na maior parte da produção de conhecimento da área. De acordo com Silva (2007, p. 295-296),
O marxismo pode, também, apropriar-se de inúmeros temas de altíssima relevância social por meio do Serviço Social. Os assistentes sociais fazem parte de uma categoria profissional que, como poucas profissões, atua nos rincões da sociedade burguesa madura e com as múltiplas e complexas mazelas sociais recriadas globalmente por esta ordem societária. Esta base empírica, advinda do exercício profissional, é de extrema riqueza, ainda que careça, inegavelmente, de reconstrução crítica.
Percebe-se que a produção de conhecimento do PROSS/UFS tem, em sua centralidade, uma perspectiva analítica crítica da realidade social, de modo a compreender a totalidade dos objetos de pesquisa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O PROSS/UFS ao longo de seus doze anos vem contribuindo com a produção de conhecimento da área de forma compatível com a dinâmica da sociedade e com outros programas correlatos. Os dados expostos no artigo, e especialmente no Quadro 4 enfatizam que no período de 2013 a 2022, quatro temáticas apresentam mais de 10% do total das 101 (cento e uma) dissertações defendidas. São elas, saúde com 16 (dezesseis) dissertações, trabalho com 15 (quinze), fundamentos, formação profissional, projeto ético político com 15 (quinze), e educação com 14 (quatorze) dissertações defendidas. Observa-se que, em 2021 e 2022, 20 (vinte) dissertações foram defendidas e que estão em destaque as temáticas saúde com 6 (seis), trabalho com 4 (quatro) e raça/etnia com 3 (três) dissertações. Esta última, pode-se afirmar que é uma temática emergente no programa. Outro dado que chama atenção na análise das dissertações é quanto a fundamentação teórica da pesquisa ter por base o método materialismo histórico. Em relação aos procedimentos metodológicos constata-se o uso predominante da pesquisa bibliográfica e da pesquisa documental, as pesquisas empíricas estão presentes em menor número, sempre com o aval do Comitê de Ética.
O PROSS/UFS é um programa que se caracteriza por ter discentes da graduação que se aproximam da pesquisa através de experiências na iniciação científica, no Programa de Educação Tutorial em Serviço Social (PET) e trabalhadores/as que retornam à universidade com inquietações fruto das experiências de trabalho. Com isso, os objetos de estudos prevalecem em áreas que mais se destacam dentro do Serviço Social, a temática saúde, por exemplo, se constitui enquanto uma das áreas que mais concentra assistentes sociais e que no PROSS/UFS tem um número expressivos de docentes que pesquisam na área.
Relevante é apreender que a produção de conhecimento do PROSS, oriunda das pesquisas desenvolvidas para obtenção do título de mestre, está em consonância com o debate contemporâneo e tem se tornado em subsídios para novas pesquisas e para fomentar a formação e o exercício profissional.
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