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Atuação Do Professor De Língua Portuguesa Na Aplicação Da Sequência Didática Sob O Viés Dos Multiletramentos

Antonio Marcos Feitosa Gomes

Este artigo tem o objetivo de analisar como o professor de Língua Portuguesa recorre aos multiletramentos utilizando o gênero textual artigo de opinião. O corpus analisado é o livro didático de uma escola pública Estadual em Minas Gerais. Procura-se responder a seguinte pergunta: como o professor de Língua Portuguesa em sua práxis desenvolve a competência linguística do aluno em relação ao estudo do gênero textual artigo de opinião, por meio de sequências didáticas? Esta é uma pesquisa qualitativa-interpretativa, empírica e bibliográfica que analisa a execução das sequências didáticas no estudo do gênero textual e como eles recorrem ao uso de diversos multiletramentos para o êxito na aprendizagem colaborativa dos alunos no Ensino Médio. Nesse viés, nosso arcabouço teórico firma-se nos construtos axiais da obra de Bakhtin (1990). Para Bakhtin, a realidade é essencialmente contraditória e em permanente transformação, ao aproximar a pesquisa deste autor, podemos compreender de que modo o dialogismo nos gêneros textuais pode ser evocado nas diversas linguagens e contextos sociais contidas nas práticas discursivas desses professores que vivenciam suas experiências escolares. A pesquisa mostrou que as práticas dos multiletramentos necessitam avançar no sentido de acompanhar as mudanças nos textos multimodais às quais os alunos estão em contato.

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Como citar este trabalho

GOMES, Antonio Marcos Feitosa. Atuação do Professor de Língua Portuguesa na Aplicação da Sequência Didática sob o Viés dos Multiletramentos. Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2023 . ISSN: 1982-3657. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/607-atua%C3%A7%C3%A3o-do-professor-de-l%C3%ADngua-portuguesa-na-aplica%C3%A7%C3%A3o-da-sequ%C3%AAncia-did%C3%A1tica-sob-o-vi%C3%A9s-dos-multiletramentos. Acesso em: 16 out. 2025.

Atuação do Professor de Língua Portuguesa na Aplicação da Sequência Didática sob o Viés dos Multiletramentos

1 Introdução

 

A presente pesquisa tem como objetivo geral ressaltar observações na maneira que um professor de Língua Portuguesa que atua no 2º ano do Ensino Médio da rede pública de ensino no município de Canindé, Estado de Sergipe tem recorrido aos processos de multiletramentos no

 

gênero textual, artigo de opinião por meio de sequência didática. Com esse propósito, será verificada a sequência didática proposta no livro didático, desse modo, os dados interpretativos apresentados neste trabalho surgiram da práxis pedagógica do docente em solicitar um novo gênero textual a partir do gênero primário. Sendo assim, fazer tal discussão possibilita obter informações e sugestões de solução ou melhor aprimoramento no ensino da Língua Portuguesa com gênero textual.

Ademais, esta recomendação se ampara no arcabouço teórico fundamentado nos princípios do Interacionismo Sociodiscursivo - ISD (DOLZ; SCHNEUWLY, 1996/2004), (BAKHTIN, 1953/1997), Gênero textual (OLIVEIRA, 2010; BEZERRA, 2022), e a perspectiva dos multiletramentos (ROJO, 2012).

Sobre os objetivos específicos cabe apontar:

    1. Identificar a execução da sequência didática na preparação da aula com o gênero textual artigo de .
    2. Analisar na sequência didática se há uma teoria dos multiletramentos que facilite o desenvolvimento da aprendizagem na prática social do aluno.
    3. Investigar se o gênero textual é aplicado como um instrumento para o ensino entre as práticas sociais e os objetos escolares, alinhando-se aos pressupostos da Escola de Genebra, que apresentam propostas didáticas, considerando o gênero como um instrumento de mediação entre as práticas sociais e os objetos escolares.

Para além disso, a pesquisa justifica-se pela necessidade de discutir o ensino da Língua Portuguesa no que diz respeito aos avanços dos estudos dos letramentos ao longo do processo histórico, social, cultural, levando em conta como o professor atuante da rede pública de ensino, tem recorrido aos processos de multiletramentos no gênero textual: artigo de opinião com intuito de popularizar a ciência como prática discursiva, conforme defende Motta (2009).

Igualmente, é necessário pontuar na análise dos dados sobre o papel do professor nesse contexto, além é claro, verificar se a práxis docente instiga um aprendizado colaborativo, sob o viés dos multiletramentos. Adotou-se nesta pesquisa uma abordagem qualitativa, empírica e  bibliográfica que investiga a prática do professor de Língua Portuguesa em sala de aula, na escola pública onde atua e como recorre ao uso de diversos multiletramentos para o êxito na aprendizagem colaborativa de seus alunos.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

 

 

 

A priori, este artigo procura responder a seguinte pergunta de pesquisa como o professor de Língua Portuguesa em sua práxis docente tem desenvolvido a competência linguística do aluno em relação ao estudo do gênero textual artigo de opinião por meio de sequências didáticas?

A posteriori, cabe salientar que os estudos dos gêneros textuais são importantes, conforme sugere Amy J. Devitt ao afirmar que “as pessoas podem usá-los sem estar conscientes do papel deles em apoiar ou inibir suas motivações e objetivos; ou podem usá-los com total consciência de como eles podem manipular os desavisados”. Nesse sentido, o professor que trabalha com projetos ou livro didático, pode fazer

O conceito de Gênero textual aqui defendido é fundamentado nos construtos axiais de Bezerran (2022) Bakhtin (1953/1997), em que assevera dadas condições, específicas para cada uma das esferas de comunicação verbal, geram um dado gênero, ou seja, um dado tipo de enunciado, relativamente estável do ponto de vista temático, composicional e estilístico. O autor defende a premissa de o gênero ser um construto social, cujo fim é atender uma necessidade. Da mesma forma, Marcuschi (2008) reconhece o propósito comunicativo dos gêneros, “quando dominamos  um gênero textual, não dominamos uma forma linguística e sim uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares”. (MARCUSCHI, 2008, p. 154)

Diante disso, a pesquisa procura também, compreender a práxis do professor como um mediador no processo de ensino aprendizagem, conforme defende Vygostky ( XXXX) comentários feitos pelos alunos: Língua Portuguesa é complexa e como aprender sem complicações? A resposta pronta normalmente está na forma como cada professor domina a norma culta para interagir com os pares de maneira satisfatória na construção de conhecimentos.

Essa investigação traz uma pesquisa bibliográfica que possui o corpus, o livro didático, em que procura analisar a sequência didática, cujo tema âncora é o gênero textual Artigo de Opinião. Dentro do rigor científico, por meio de estudos já realizados o que já foi apurado sobre o tema em questão e o que se pretende contribuir. Neste entendimento, Alyrio (2009) confirma que “a pesquisa bibliográfica é o passo inicial na construção efetiva do processo de investigação, quer dizer, após a escolha de um assunto é necessário fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado”.

Acrescentando-se também ao arcabouço teórico, este trabalho trouxe para o diálogo epistemológico os teóricos Soares ( 1995) Rodrigues (1993), Lambert (1992) e Montes (2000). Aos quais se dedicam, principalmente nos construtos axiais no estudo do gênero textual e a aplicação de

 

uma sequência didática.

Ao longo dos anos, mudanças no ensino da Língua Portuguesa acontecem durante os anos de experiência profissional e tenho visto muitos avanços e retrocessos. Estudos e pesquisas recentes sobre letramentos, educação, tecnologias e mídias digitais têm estado presente nas escolas instigando novos projetos, visando à participação ativa de professores e alunos nas práticas cotidianas que são fortemente marcadas pelas diversidades cultural, linguística e tecnológica, que envolvem, portanto, os múltiplos conhecimentos, competências e habilidades estão nos procedimentos dos sujeitos que ensinam e aprendem. Ensinar e aprender, hoje, supõe um paradigma educativo que considere a conectividade, a colaboração, interatividade e a mediação.

O corpus analisado cujo tema âncora é o gênero textual Artigo de foi especificado por meio de subtemas como: Multiletramentos, Gêneros Textuais.

As seções estão alicerçadas no eixo central já referido, os textos que tecem este trabalho resultam de estudo de caso, e trazem significativas contribuições que instigam os leitores a investigar novas abordagens e os convidam a uma análise crítica dos multiletramentos em Língua Portuguesa e o papel do professor nesse contexto do processo de aprendizagem significativa e colaborativa.

 

3 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Na busca de atingir os objetivos propostos, definiu-se a metodologia numa abordagem qualitativa, empírica e bibliográfica. Em que será analisada uma sequência didática do livro didático, tendo em vista a mediação do professor no auxílio do aluno pra produzir um gênero textual em situações comunicativas que permitam ir além da escrita, a partir de uma situação comunicativa. Sobre isso evidencia Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004, p. 97) “uma sequência didática tem, precisamente, a finalidade de ajudar o aluno a dominar melhor um gênero de texto, permitindo-lhe, assim, escrever ou falar de uma maneira mais adequada numa dada situação de comunicação”.

No que tange à metodologia aqui escolhida segundo Gil (2010, p.17), a pesquisa científica é o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. Já Marconi e Lakatos (2007, p. 157) trazem uma reflexão quanto à importância de direcionar a pesquisa científica para o conhecimento da realidade.

 

A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Para Minayo (2001), a pesquisa qualitativa “trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis”.

A mesma autora sustenta que as características da pesquisa qualitativa são:

 

objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências.

 

Sendo assim, esta pesquisa, tem um método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades que são analisadas das sequências didáticas.

Diante disso, fazer Ciência é pesquisar pressupostos que possam ser testados e verificados por procedimentos sistemáticos, por pesquisadores da área e todos interessados na questão. Mas os pressupostos podem ser confirmados ou refutados durante o processo de pesquisa, mas ambos podem favorecer o desenvolvimento científico levando à formulação de novas formas de pensar e à busca de novas respostas para a pesquisa. (LAKATOS; MARCONI, 1991).

Para além disso, a realização desse trabalho científico, lançou-se mão da abordagem qualitativa-interpretativa, conforme, Denzin (2006) a pesquisa qualitativa é em si mesma um campo de investigação, empírica e um vasto estudo bibliográfico que investiga as práticas desses professores na produção das sequências didáticas no estudo do gênero textual em questão e como eles recorrem ao uso de diversos multiletramentos para o êxito na aprendizagem colaborativa de seus alunos.

O foco na rica percepção individual humana, experiência e construção de sentido que é a característica da pesquisa qualitativa, portanto, não se encaixa bem com uma preocupação mais instrumental em descobrir e provar “o que funciona” e ser capaz de generalizar as melhores práticas de gerenciamento. Em vez disso, a pesquisa qualitativa-interpretativa é desenvolvida sobre a suposição epistemológica de que os fenômenos psicológicos e sociais são inerentemente complexos e entrelaçados, a tal ponto que os separar em variáveis mensuráveis é impossível, ou difícil na melhor das hipóteses (Bryman, 1984; Denzin e Lincoln, 2011).

 

Além do mais, Denzin (2006) considera a pesquisa qualitativa-interpretativa uma atividade situada que localiza o observador no mundo, portanto, o autor entende que a pesquisa qualitativa consiste num conjunto de práticas materiais e interpretativas que dão visibilidade ao mundo.

É neste viés, que se buscou esta estratégia de pesquisa, pois conforme afirma Denzin (2006) “a pesquisa qualitativa envolve o estudo do uso e a coleta de uma variedade de materiais empíricos”[...], tais como o estudo de caso, experiência pessoal, história de vida, entrevista”[...]. Tais materiais empíricos descrevem momentos e significados rotineiros e problemáticos na vida dos indivíduos.

Somando a isso, essa perspectiva argumenta que o comportamento humano não é causado por leis uniformes da natureza, mas por sujeitos sencientes e criativos imbuídos de entendimentos distintos do mundo em que vivem e agem (WEINBERG, 2014, p. 49). Nessa perspectiva epistemológica, o conhecimento é obtido por meio de uma descrição aprofundada de tais fenômenos e é feito a partir da perspectiva dos indivíduos envolvidos, pois se acredita que eles próprios são os produtores de tais fenômenos (BRYMAN, 1984).

Assim, a teoria desempenha um papel central na pesquisa qualitativo-interpretativa, uma vez que as informações obtidas a partir das análises da sequência didática permitem a validação das teorias existentes ou, mais provavelmente, fornecem a base para fazer modificações nelas a fim de explicar melhor o fenômeno em estudo (AHRENS; CHAPMAN, 2006).

Por fim, as análises presentes neste trabalho, oriundas da sequência didática sobre o gênero textual Artigo de Opinião aponta um fator que é baseada na acepção de que apresenta a relevância de trabalhar com as sequências didáticas para o ensino de gêneros é a maior flexibilidade para o uso por parte do professor em comparação aos livros didáticos, conforme exposto por Rojo (2013).

 

4 PROCEDIMENTOS ENVOLVIDOS NA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

A concepção de sequência didática adotado por este pesquisador, é o defendido por Dolz; Schneuwly (2004) em que os procedimentos envolvidos no modelo da sequência didática devem partir da 1. Apresentação da situação, 2. Produção inicial e a Produção final. Tal sequência ancora- se no paradigma de espiral em que se pode retornar um gênero estudado anteriormente.

5 ANÁLISES E DISCUSSÕES

Figura 1 – Sequência Didática – Apresentação da Situação

 

 

[Imagem local removida]

Fonte: Livro didático de Língua Portuguesa – Livro do professor – Sistema de Ensino Positivo.

 

Na figura 1 percebe-se a apresentação da situação, segundo Dolz; Schneuwly (2004) de uma sequência didática no qual mostra-se os objetivos da Unidade que nortearão a prática do professor no estudo Gênero textual em destaque. Em seguida começa a execução da sequência didática, em que solicita aos alunos uma análise de duas capas de revistas sem mencionar qual tipo específico e a que público é dirigido, posteriormente faz-se indagações, tais como, se tais publicações são facilmente encontradas em bancas de jornais e qual delas tem maior probabilidade de atrair o público adolescente.

Pretende-se com isso fazer um levantamento dos conhecimentos prévios dos alunos sobre o gênero artigo de . Essa estratégia mobiliza conceitos de gêneros e nota-se o nível de habilidade de

 

leitura dos estudantes, por exemplo ao se questionar qual leitura é mais fácil e ágil, qual linguagem é mais informal. Isso é relevante pois aproxima o leitor/aluno do gênero, criando assim, uma identidade no qual ele irá comparar com sua prática social. Diante disso, os gêneros são instrumentos para o ensino, eles não são o foco do ensino na língua. Por meio deles se constrói a aprendizagem. É o que Vigostky (XXXX) chamou de ZDP – Zona de Desenvolvimento Proximal, no qual a aprendizagem ocorre na interação entre o sujeito e objeto do conhecimento, mediado pelo professor.

 

Figura 2 –Sequência didática: Produção inicial do gênero textual.

 

 
 
 

 

Fonte: Livro didático de Língua Portuguesa – Livro do professor – Sistema de Ensino Positivo.

 

A figura 2 apresenta a continuação da sequência didática para o gênero artigo de , o que se percebe ao se fazer várias indagações iniciais, dando pistas. O linguista e Antropólogo Gumpers é convicto que tais pistas são portadoras de informação e realizam-se na interação. Elas diferem das palavras. Gumpers, privilegia a inferência conversacional.

 

As indagações apresentadas no texto contêm várias pistas, levando o aluno a inferir as respostas pelo contexto sociocultural. Ademais, tem-se também uma imagem de uma abelha com um chip em seu corpo ao lado do texto, cujo pano de fundo estar na cor verde contrastando com a cor marrom da abelha.

Tem-se a junção da linguagem verbal e a não verbal em que esta traz um conjunto de informações que podem ser inferidas pelo aluno ao ser provocado pelo professor, que atuará como mediador no processo de ensino aprendizagem, sobre isso, afirma Vigostky (1988) e começará a entender as características dos multiletramentos no gênero estudado. Neste sentido, Rojo (2012) aponta que “um texto composto de muitas linguagens e que exigem capacidade e práticas de compreensão e produção de cada uma delas para fazer ressignificá-las. Logo, os multiletramentos possuem algumas funcionalidades na ótica de Rojo: são interativos, são textos híbridos.

A mesma autora defende que “os multiletramentos na proposta pedagógica aborda questões específicas desse processo, a questão dos letramentos, entendidos como conjunto de práticas sociais históricas de leitura e de escrita, não são neutros, mas que se consolidam nos contextos sociais.

 

 

Figura 3 - Sequência didática: Produção final

 

 

[Imagem local removida]

 

A figura 3 traz a produção final da sequência didática trabalhada pelo professor de Língua Portuguesa, nesta atividade é possível analisar que o aluno pode migrar de um gênero textual para outro gênero textual, o resumo, cujas características são bem peculiares. Neste aspecto o professor demonstra competência em transitar entre gêneros e assim conseguir mostrar que ambos os gêneros dialogam. Esse movimento permite ao professor aplicar retomar o gênero anterior, neste caso o Gênero de , conforme exemplificado na figura 4.

Figura 4 – A sequência pelo grupo de linguagem e educação.

 

 

 

 

 

 

 

 

6  As análises apresentas neste trabalho investigativo apresentou reflexões sobre da prática de um professor de Língua Portuguesa, experiente na docência do Ensino Médio em uma Instituição Pública Estadual em Sergipe.

A análise da prática apresentada permitiu observar que, durante a aula na disciplina de Língua Portuguesa tenha foi enfatizado a necessidade de propor trabalhos que surgissem das necessidades dos alunos, no momento da execução da sequência didática esse critério tentou se aproxima ao máximo da prática social do aluno, no entanto, encontrou-se algumas barreiras por tratar-se de uma situação distante com a realidade imediata.

O professor atuou como mediador tentando aproximar ao máximo o gênero e a ciência à prática do social do aluno, o que atingiu em parte. De sorte qualquer modo, a sequência didática considerou os contextos multimodais abordando a realidade da sala de aula.

A pesquisa mostrou que as práticas dos multiletramentos necessitam avançar no sentido de acompanhar as mudanças nos textos multimodais às quais os alunos estão em contato.

 

 

 

 

 

 

 

 

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