1 Introdução
De acordo com Little (1999), a autonomia do aluno é uma capacidade de reflexão crítica, de tomada de decisões e de agir de forma independente, assim como é esperado do ser humano ao longo de sua vida. A autonomia do aluno é assumida, dessa forma, como a própria tomada de consciência de que ele pode ser responsável pelo seu processo de aprendizagem e, por isso, analisar criticamente todo conteúdo e discussão estabelecida em sala de aula de modo a selecionar o que lhe será válido e útil para a sua comunicação linguística.
A autonomia do aluno pode ser desenvolvida em sala de aula através de diferentes atores e elementos. Um desses elementos é o livro didático que é um dos diversos materiais que podem ser utilizados em sala de aula para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de uma língua. Sendo assim, cabe ressaltarmos que ele é um elemento de uso constante tanto pelo professor quanto pelo aluno, influenciando diretamente no modo como o processo de ensino da língua será realizado.
No que concerne ao ensino de língua inglesa, o livro didático, desse modo, necessita ser produzido tendo como um de seus pilares a autonomia do aluno. Esse elemento precisa ser considerado como intrínseco à produção de livros de língua inglesa, pois será de fundamental relevância para que o aluno se reconheça como ser construtor do seu próprio conhecimento e desenvolva o seu senso crítico perante as suas ações e as que o rodeia.
Contudo, precisamos ter em mente que em um livro didático, estamos analisando um ensino de língua inglesa guiado por diretrizes, procedimentos e parâmetros pré-determinados. Isso ocorre porque em um livro didático o método utilizado já foi selecionado, os objetivos estabelecidos, os conteúdos estipulados, as atividades desenhadas, entre outros. Desse modo, o aluno não participa na escolha e seleção desses itens, mas através desses elementos pré-fixados, ele/ela pode, ou não, dependendo da forma como o livro é estruturado, desenvolver uma atitude mais ativa em relação ao seu aprendizado.
Nesse sentido, a estrutura e organização dos livros didáticos precisa possibilitar que os alunos possam utilizá-los sozinhos, sem a presença constante de um professor, e que seja possível que eles entendam como o livro está organizado e quais os objetivos deste. Além disso, os materiais didáticos que se preocupam com o desenvolvimento da autonomia do aluno precisam capacitá-lo para atuar, acompanhar e avaliar ativamente no seu aprendizado.
Precisamos compreender que ao longo de um processo de aprendizagem, o educando necessita não apenas estar ciente dos conteúdos que serão trabalhados pelo seu professor, mas também ter a consciência dos assuntos que já domina e daqueles que devem ser revisados. Ao identificar os pontos que possui dificuldades ou não, o aluno verifica como está o seu desempenho em relação ao seu aprendizado e pode organizar melhor os seus estudos.
O acompanhamento do aprendizado auxilia o aluno a desenvolver a sua autonomia, pois possibilita que este faça uma autoaveriguação do seu conhecimento e reflita criticamente sobre a sua formação. Desse modo, o professor não será o único responsável por identificar e informar ao aluno como está o seu desempenho e no que ele precisa melhorar, pois o próprio se avalia e detecta os seus erros e acertos.
Esse acompanhamento pode ser feito através da autoavaliação e do automonitoramento. A autoavaliação refere-se à identificação objetiva do aprendizado. Através desta, o aluno identifica, em termos quantitativos, o que sabe e o que está com dificuldade. A automonitoração, por sua vez, condiz com a reflexão do aluno em relação ao seu aprendizado. Em livros didáticos, a autoavaliação pode ser exemplificada pelas unidades de revisão e o automonitoramento pelas seções de reflexão sobre o aprendizado.
Nesse sentido, com o objetivo de averiguar se e como os livros didáticos voltados para o ensino de língua inglesa incorporam aspectos que viabilizem o aluno a analisar o seu aprendizado, foram selecionados e estudados livros didáticos de diferentes países e continentes para o presente estudo.
2 Os livros didáticos e os critérios de avaliação dos aspectos de análise do aprendizado
A necessidade de buscar livros usados em diferentes países partiu do princípio de que, na atualidade, a língua inglesa recebe o status de língua do mundo, fato esse que pode gerar consequências na prática de ensino do idioma e em como os livros didáticos são elaborados. Diante disso, selecionamos ao menos um livro didático de cada continente, com exceção da Antártida, sendo escolhidos: 1) três países das Américas – Brasil, Guiana Inglesa e Chile; 2) três países da Oceania – Nova Zelândia, Austrália e Samoa; 3) dois países da África – África do Sul e Tanzânia; 4) dois países da Ásia[i] – Síria e China, representada por Hong Kong e 5) um país da Europa – Portugal. Esses países foram delimitados não apenas pela localização geográfica, mas também por seus materiais possibilitarem o exame de livros didáticos que são empregados para o ensino da língua inglesa em suas diferentes perspectivas, seja como língua materna ou língua adicional (segunda língua ou língua estrangeira).
Nesse sentido, os livros didáticos foram separados em três categorias de acordo com a perspectiva de ensino da língua: como primeira língua, como segunda língua e como língua estrangeira. Cada uma dessas categorias é composta por um conjunto de quatro livros didáticos, um de cada país, sendo a divisão feita da seguinte forma: 1) ensino de inglês como primeira língua – África do Sul, Austrália, Guiana Inglesa e Nova Zelândia; 2) ensino de inglês como segunda língua – África do Sul, Hong Kong, Samoa e Tanzânia; 3) ensino de inglês como língua estrangeira – Brasil, Chile, Portugal e Síria.
Salientamos que a África do Sul encontra-se em duas categorias distintas, pois, nesse país a língua inglesa é ensinada nas escolas tanto como primeira língua, quanto como primeira língua adicional (segunda língua). Desse modo, diferentemente do que ocorre com os demais países, foram escolhidos dois livros didáticos ali usados, um para o ensino do inglês como primeira língua e outro como segunda língua. Essa escolha foi feita para verificar se com a mudança do contexto de uso da língua o livro didático apresenta, ou não, modificações em relação à abordagem e às diretrizes utilizados para a sua elaboração e apresentação do conteúdo.
Todos os livros didáticos selecionados foram elaborados e produzidos para o uso em escolas em sua concepção tradicional[ii] e pertinentes ao ensino secundário[iii]. Assim, foram selecionados os seguintes livros para o ensino da língua inglesa:
QUADRO 01 – LIVROS SELECIONADOS PARA A PESQUISA
PRIMEIRA LÍNGUA |
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País |
Livro |
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África do Sul |
Solutions for all - English Home Language Grade 10 Autores: S. Kerr e J. Unterslak. Editora / Ano: Macmillan South Africa, 2011. |
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Austrália |
Oxford English 4 – Knowledge and skills Autor: Paul Grover Editora / Ano: Oxford University Press Australia & New Zeland, 2013. |
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Guiana Inglesa |
Fun with Language Book 6 Autores: Landomae Fraser, Megan Richmond, Florence Sukhdeo, Donna Chapman e Esther Ramchurjee. Editora / Ano: Ministry of Education, Guyana, 2004. |
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Nova Zelândia |
English Level 2 Autores: Tracey Lean, Emma Lumb, Pam Ryan, Lesley Shepherd e JoAnn Stephens. Editora / Ano: ESA Publications (NZ) Ltd., 2013. |
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SEGUNDA LÍNGUA |
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País |
Livro |
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África do Sul |
Study & Master – English First Additional Language Grade 10 Autor: Peter Lague Editora / Ano: Cambridge University Press, 2012. |
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Hong Kong |
Upstream Beginner A1+ Autores: Virginia Evans e Jenny Dooley Editora / Ano: Stanford House Publications (HK) Ltd., 2014. |
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Samoa |
English Year 10 Books 1, 2 e 3[iv] Autores: Graeme Lay et. al. Editora / Ano: Ministry of Education, Samoa, 2001/2002. |
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Tanzânia |
English in Use 1 Autores: Barbara Webb e Neville Grant Editora / Ano: Pearson Education, 2006. |
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LÍNGUA ESTRANGEIRA |
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País |
Livro |
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Brasil |
Way to Go! 1 Ensino Médio Autores: Kátia Tavares e Claudio Franco Editora / Ano: Editora Ática, 2013. |
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Chile |
Teens Club 1º Médio Autor: Lina Alvarado Jantus Editora / Ano: Ediciones R&B, 2013. |
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Portugal |
Mash Up 10 Autores: Angelina Torres e Isabel Vieitas Editora / Ano: Areal, 2013. |
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Síria |
English for Starters 10 Autor: Simon Haines Editora / Ano: York Press, 2010. |
|
Fonte: autoria própria
Frise-se que elementos que possibilitam que o aluno analise e avalie o seu aprendizado podem ser apresentados de diferentes formas nos livros didáticos. Portanto, na nossa averiguação, não buscamos analisar um único elemento do livro, mas todo e qualquer componente que pode vir a auxiliar o aluno a acompanhar o seu desenvolvimento. Desse modo, a nossa investigação calcou-se nos seguintes critérios de análise para verificar se e como os materiais observam os requisitos da autoavaliação e do automonitoramento:
QUADRO 02 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
Critérios |
1.1 Incentivo à autoavaliação 1.2 Estímulo ao automonitoramento |
Fonte: autoria própria
Nessa perspectiva, investigamos se e como os livros didáticos inserem componentes, recursos e/ou atividades que incentivam o aluno a se autoavaliar e que o estimule a refletir sobre o seu processo de aprendizagem. Além disso, no caso da autoavalição, verificamos se o material realmente possibilita que o aluno se autoavalie com esses recursos, analisando, por exemplo, se além de disponibilizar atividades de autoavaliação também veiculam as respostas dessas atividades para os alunos. Ou seja, para a avaliação dos livros foi considerado não apenas o fato de os materiais inserirem recursos pertinentes à análise do aprendizado, mas se é possível que o aluno realmente faça essa análise de forma independente, sem o auxílio do professor.
3 Parâmetros para a interpretação dos livros didáticos
Através do Quadro 02 apresentado anteriormente, verificamos que o estudo sobre é composto por dois critérios de análise: a) incentivo à autoavaliação, intitulado de Critério 1.1 e b) estímulo ao automonitoramento, denominado de Critério 1.2. Para cada um desses critérios foram delimitados parâmetros específicos para a avaliação dos livros didáticos, conforme demonstram os Quadros 03 e 04 abaixo:
QUADRO 03 – PARÂMETROS DE INTERPRETAÇÃO DO CRITÉRIO 1.1 – AUTOAVALIAÇÃO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
|||
Critério 1.1 Incentivo à autoavaliação |
|||
Parâmetro |
Descrição |
Nota |
|
1 |
Ao longo de todo o livro são disponibilizados recursos que permitem a autoavaliação de forma regular e independente do auxílio do professor |
Todas as unidades do livro possuem atividades para a autoavaliação, tornando o autoexame um hábito para o aluno. Ademais, o material dispõe as respostas das atividades para os alunos fazerem a correção. |
10 |
2 |
Ao longo de todo o livro são disponibilizados recursos que permitem a autoavaliação de forma regular e, em parte, sem o auxílio do professor |
Todas as unidades do livro possuem atividades para a autoavaliação, tornando o autoexame um hábito para o aluno. Contudo, nem todas as respostas das atividades estão disponíveis para os alunos. |
9 |
3 |
Em diferentes momentos do livro é disponibilizado um grande número de recursos que permitem a autoavaliação independentemente do auxílio do professor
|
A maioria das unidades do livro possuem atividades para a autoavaliação, tornando o autoexame um hábito para o aluno. Ademais, o material dispõe as respostas das atividades para os alunos fazem a correção. |
8 |
4 |
Em diferentes momentos do livro é disponibilizado um grande número de recursos que permitem a autoavaliação e, em parte, sem o auxílio do professor. |
A maioria das unidades do livro possuem atividades para a autoavaliação, tornando o autoexame um hábito para o aluno. Contudo, nem todas as respostas das atividades estão disponíveis para os alunos. |
7 |
5 |
Em algumas partes do livro disponibiliza recursos que permitem a autoavaliação independentemente do auxílio do professor |
Apenas algumas das unidades ou bloco de unidades inserem atividades de autoavaliação. Essas atividades estão dispostas em um percentual inferior a 50% das unidades do material. Ademais, o material dispõe as respostas para os alunos fazerem a correção. |
6 |
6 |
Em algumas partes do livro disponibiliza recursos que permitem a autoavaliação, em parte, sem o auxílio do professor. |
Apenas algumas das unidades ou bloco de unidades inserem atividades de autoavaliação. Essas atividades estão dispostas em um percentual inferior a 50% das unidades do material. Contudo, nem todas as respostas das atividades estão disponíveis para os alunos. |
5 |
7 |
Disponibiliza, de forma esporádica, recursos que permitem a autoavaliação independentemente do auxílio do professor |
Poucas unidades ou bloco de unidades inserem atividades de autoavaliação. Essas atividades estão dispostas em um percentual inferior a 25% das unidades do material. Ademais, o material dispõe as respostas para os alunos fazerem a correção |
4 |
8 |
Disponibiliza, de forma esporádica, recursos que permitem a autoavaliação, em parte, sem o auxílio do professor. |
Poucas unidades ou bloco de unidades inserem atividades de autoavaliação. Essas atividades estão dispostas em um percentual inferior a 25% das unidades do material. Contudo, nem todas as respostas das atividades estão disponíveis para os alunos. |
3 |
9 |
Disponibiliza recursos que poderiam ser utilizados para o aluno se autoavaliar, mas o aluno fica dependente do auxílio do professor |
O material insere atividades de autoavaliação, contudo, não dispõe as respostas das mesmas para os alunos, impedindo que o aluno atue de forma autônoma. |
2 |
10 |
Não disponibiliza recursos para a autoavaliação |
O material não insere atividades que possibilitem a autoavaliação. |
0 |
Fonte: autoria própria
QUADRO 04 – PARÂMETROS DE INTERPRETAÇÃO DO CRITÉRIO 1.2 – AUTOMONITORAMENTO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
|||
Critério 1.2 Estímulo ao automonitoramento |
|||
Parâmetro |
Descrição |
Nota |
|
1 |
Ao longo de todo o livro são disponibilizados recursos que incentivam o automonitoramento de forma regular |
Todas as unidades do livro possuem recursos que encorajam o automonitoramento, tornando esse acompanhamento um hábito para o aluno. |
10 |
2 |
Em grande parte do livro são disponibilizados recursos que incentivam o automonitoramento de forma regular |
A maioria das unidades do livro possuem recursos que encorajam o automonitoramento, tornando esse acompanhamento um hábito para o aluno. |
7.5 |
3 |
Em algumas partes do livro disponibiliza recursos que incentivam o automonitoramento |
Apenas algumas das unidades ou bloco de unidades possuem recursos que encorajam o automonitoramento. Essas atividades estão dispostas em um percentual inferior a 50% das unidades do material. |
5 |
4 |
Disponibiliza, de forma esporádica, recursos que incentivam o automonitoramento |
Poucas unidades ou bloco de unidades possuem recursos que encorajam o automonitoramento. Essas atividades estão dispostas em um percentual inferior a 25% das unidades do material. |
2.5 |
5 |
Não disponibilizam recursos que incentivam o automonitoramento |
O material não insere recursos que possibilitem o automonitoramento. |
0 |
Fonte: autoria própria
Desse modo, após o exame individualizado e o levantamento dos dados de cada material didático, os livros foram pontuados de acordo com os parâmetros especificados. Tendo em vista que os dados encontrados se referem a um conjunto reduzido de elementos, decidimos por uma exposição conjunta dos resultados, contrastando desde o início a forma como os materiais possibilitam ou não que o educando acompanhe o seu processo de aprendizagem.
Ressaltamos, ademais, que para a análise dos critérios foi necessário o exame não apenas do livro do aluno, mas de todo material disponível ao educando. Portanto, nos casos em que se aplicam, foram analisados os livros do aluno, os cadernos de exercício, caderno de gramática e livro de leitura.
4 Avaliação conjunta dos livros didáticos
No que concerne à análise comparativa dos requisitos sobre a análise do aprendizado, inicialmente, realizamos uma análise para verificarmos se os materiais possuíam elementos que abrangessem os requisitos da autoavaliação e da automonitoração. Com base nesse levantamento separamos os volumes em quatro categorias (Quadro 05): a) materiais que englobam o requisito da autoavaliação, b) livros que não contemplam o quesito da autoavaliação, c) volumes que estimulam a automonitoração e d) obras que não incorporam o critério de automonitoramento.
QUADRO 05 - CATEGORIAS DE AVALIAÇÃO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
|||
AUTOAVALIAÇÃO |
AUTOMONITORAMENTO |
||
SIM |
NÃO |
SIM |
NÃO |
|
|
|
|
Fonte: autoria própria
A partir dessas categorias, foi possível identificar de que forma os livros abrangem os critérios e pontuá-los de acordo com os parâmetros estabelecidos nos Quadros 03 e 04, apresentados anteriormente.
4.1 Critério 1.1 – Incentivo à autoavaliação
Conforme evidenciado pelo Quadro 05, 05 (cinco) dos 12 (doze) livros selecionados não incorporam o incentivo à autoavalição, sendo estes os materiais utilizados na Austrália, na África do Sul (L1), na África do Sul (L2), na Nova Zelândia e em Samoa. Sendo assim, esses volumes receberam nota 0 (zero) em relação ao Critério 1.1 – Incentivo à autoavaliação.
Ainda em relação ao Critério 1.1, identificamos que as obras usadas no Brasil, no Chile, na Guiana Inglesa, em Hong Kong, em Portugal, na Síria e na Tanzânia contemplam, de algum modo, o quesito da autovaliação. Nos livros do Brasil, do Chile, da Guiana Inglesa, de Hong Kong e da Tanzânia esse requisito é observado através da disponibilização de unidades e/ou seções de revisão inseridas no livro do aluno (Student’s Book). Os livros do Brasil e do Chile possuem 04 (quatro) unidades de revisão, o de Hong Kong 05 (cinco) e os volumes da Guiana Inglesa e da Tanzânia dispõem de 06 (seis) unidades cada.
Além das unidades de revisão, o livro do Chile ainda insere, após a explicação gramatical de cada unidade, uma seção de revisão denominada de Let’s Check. De acordo com a descrição do material, essa seção tem como objetivo possibilitar que o aluno verifique o seu desempenho em relação ao conteúdo gramatical trabalhado.
Através desses elementos, unidades e seção de revisão, os alunos podem revisar os assuntos já trabalhados e verificar aqueles que precisa revisar, realizando, portanto, uma análise objetiva dos conteúdos que aprendeu até aquele momento. Essa análise é intitulada de objetiva, pois toma como fundamento a quantidade de acertos e erros dos educandos. Em alguns livros, como no caso dos materiais do Chile e de Hong Kong, esse fato fica ainda mais evidenciado, pois, após a correção das questões a atividade de revisão é pontuada. Conforme pode ser demonstrado através da unidade e da seção de revisão do livro do Chile, a pontuação de sua atividade indicará ao aluno como está o seu desempenho.
Contudo, é necessário ressaltar que, apesar de os livros do Brasil, do Chile, da Guiana, de Hong Kong e da Tanzânia apresentarem elementos que estimulam ao aluno a autoavaliar o seu aprendizado, estes não o fazem de maneira plena. Isto ocorre, pois o aluno não tem acesso às respostas dessas atividades, portanto, a sua autoavaliação continua dependente da figura do professor.
Nesse caso, o aluno só poderá se autoavaliar se o professor disponibilizar as respostas das questões ou, então, corrija a atividade do aprendiz. Em qualquer uma dessas situações, o educando não estaria sendo estimulado a desenvolver a sua autonomia, e, em alguns casos, essa atividade de revisão poderia acabar como qualquer outro exercício do livro e não como um elemento para que o aluno se autoavalie. O processo de correção de sua atividade faz parte da autoavaliação do estudante, pois, de certa forma, ao corrigir a sua própria atividade este acaba, mesmo que indiretamente, analisando os seus acertos e erros.
Desse modo, os livros do Brasil, Chile, Guiana Inglesa, Hong Kong e Tanzânia foram pontuados seguindo os parâmetros do Quadro 03, com a nota 2 (dois) no que concerne ao critério de incentivo à autoavaliação. Esses materiais cumprem esse requisito de forma parcial, pois, apesar de terem como componentes unidades e/ou seções de revisão, o que possibilitaria que o aluno se autoavaliasse, não disponibilizou as respostas para que o próprio possa corrigir as suas atividades.
Ainda em relação aos elementos utilizados para propiciar a autoavaliação, os materiais de Portugal e da Síria se distinguem dos demais livros citados pelo fato de que além dos livros do aluno, os cadernos de exercício (Workbook) também apresentam atividades que possibilitam a análise do aprendizado. No que concerne ao livro do aluno, os materiais de Portugal e da Síria possuem 04 (quatro) unidades de revisão. No caderno de exercício, o livro da Síria inclui 04 (quatro) seções de revisão denominadas de Progress Test. O caderno de exercício de Portugal disponibiliza 05 (cinco) seções de revisão, também intituladas de Progress Test e 05 (cinco) seções de diagnóstico.
Ressaltamos que esses elementos de revisão estão organizados tomando como parâmetro os módulos temáticos aos quais estão vinculados[v]. Sendo assim, para cada módulo temático o livro da Síria apresenta uma seção de revisão e o volume de Portugal disponibiliza uma seção de diagnóstico e uma seção de revisão. As seções de revisão de ambos os materiais possuem como intuito consolidar os assuntos trabalhados nas unidades de conteúdo, portanto, apresentam atividades de leitura, gramática, vocabulário e escrita. A seção de diagnóstico do livro de Portugal tem como objetivo verificar, antes da realização das atividades regulares do caderno de exercício, o conhecimento de gramática do aluno.
No entanto, enfatizamos que, apesar de apresentarem elementos adicionais que podem vir a propiciar a autoavaliação do aluno, assim como ocorre nos livros mencionados anteriormente, os livros da Síria e de Portugal não possibilitam a análise do aprendizado de uma forma completa. O livro da Síria apresenta o mesmo problema que os livros do Brasil, Chile, Guiana Inglesa, Hong Kong e Tanzânia, ou seja, disponibiliza atividades que incentivam à autoavaliação, mas não concedem aos alunos às respostas destas. Portanto, o material da Síria foi pontuado com a mesma nota dos demais, 2 (dois), no que tange ao critério incentivo à autoavaliação.
No que concerne às respostas dos elementos de revisão, o livro de Portugal se diferencia dos demais, pois, apesar de não disponibilizar as repostas das unidades de revisão presentes no livro do aluno (Student’s Book), os alunos têm acesso às respostas das seções de diagnóstico e das seções de revisão constantes do caderno de exercício (Workbook). Assim sendo, mesmo que de modo parcial[vi], o aluno tem como fazer uma autoavaliação do seu aprendizado, sem precisar do suporte do professor para conceder-lhe as respostas ou corrigir as suas atividades. Tendo em vista essa distinção, o material de Portugal recebeu nota 7 (sete) no quesito incentivo à autoavaliação.
Diante do exposto, concluímos a avaliação conjunta em relação ao quesito incentivo à autoavaliação e explicitamos, através do Quadro 68 abaixo, as notas conferidas a cada um dos livros didáticos:
QUADRO 06 – INTERPRETAÇÃO CRITÉRIO 1.1 – AUTOAVALIAÇÃO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
||
Critério 1.1 - Incentivo à autoavaliação |
||
Livros |
CRITÉRIO 1.1
|
|
Título |
Local de Uso |
|
Solutions for all English Home Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
Oxford English 4 - Knowledge and Skills |
Austrália |
0 |
Fun with Language – Book 6 |
Guiana Inglesa |
2 |
English – Level 2 |
Nova Zelândia |
0 |
Study & Master English First Additional Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
Upstream – Beginner A1+ |
Hong Kong |
2 |
English Year 10 – Book 1, 2 e 3 |
Samoa |
0 |
English in Use 1 |
Tanzânia |
2 |
Way to Go! 1 |
Brasil |
2 |
Teens Club 1° Medio |
Chile |
2 |
Mash Up 10 |
Portugal |
7 |
English for Starters 10 |
Síria |
2 |
Fonte: autoria própria
Conforme apresentado na descrição dos materiais, o livro de Portugal, Mash Up 10, é o que melhor abrange o Critério 1.1 – Incentivo à autoavaliação, pois, mesmo que não seja de forma completa, disponibiliza recursos (atividades e suas respostas) que possibilitam o aluno se autoavaliar.
4.2 Critério 1.2 – Estímulo ao automonitoramento
Em relação ao Critério 1.2 - Estímulo ao automonitoramento, verificamos através do Quadro 05 mencionado anteriormente, que apenas 02 (dois) dos 12 (doze) materiais selecionados englobam esse quesito, sendo estes os livros usados no Brasil e na Síria. Os livros utilizados nesses países são os únicos que disponibilizam ao aluno recursos que o instigam à reflexão sobre o seu processo de aprendizagem. Os materiais incentivam o aprendiz a realizar essa reflexão de forma contínua e regular ao longo de todo o ano letivo.
No material do Brasil, essa automonitoração é feita com o auxílio da seção Thinking about learning, presente no livro do aluno. O livro Way to Go 1 insere uma seção de reflexão para cada duas unidades de conteúdo, totalizando 04 (quatro) seções de automonitoração.
Verificamos que a seção Thinking about learning é dividida em 04 (quatro) partes: 1) What can I do now?, 2) What words/expressions have I learned?, 3) What learning resources have I used? e 4) What do I need to do in order to improve my learning?. Desses 04 (quatro) itens, 02 (dois) são centrais para que o aluno monitore o seu aprendizado: What can I do now? e What do I need to do in order to improve my learning?.
Através do item What can I do now? o aluno realiza uma análise do que ele aprendeu a fazer após o estudo dos assuntos das unidades de conteúdo. Essa análise requer uma reflexão crítica sobre como o educando se sente desempenhando certas funções ou utilizando determinadas estruturas. Portanto, para esse exame, os alunos não se baseiam no critério objetivo de acerto e erro utilizado para a autoavaliação, mas em parâmetros subjetivos relacionados ao modo como os alunos se sentem ao realizar as atividades: com confiança (with confidence), bem (well) e com alguma dificuldade (with some difficulty).
O item What do I need to do in order to improve my learning?, por sua vez, estimula o aluno a refletir sobre como ele pode aprimorar o seu aprendizado. Desse modo, o material insere o aluno como sujeito responsável pela sua formação, o qual deve agir de forma ativa, não reconhecendo a figura do professor como sujeito detentor de todo o conhecimento. O livro incentiva o aluno a se questionar e a identificar de que forma ele próprio pode melhorar os seus estudos.
Diferentemente da obra do Brasil, que insere no livro do aluno os recursos para a automonitoração, o material da Síria disponibiliza o elemento de análise do aprendizado no caderno de exercícios. O volume se utiliza da seção denominada de Learning Log para estimular que o aluno se automonitore. Ao final de cada seção de revisão, intitulada de Progress Test, o material disponibiliza um Learning Log, totalizando 04 (quatro) seções de automonitoração. O Learning Log tem como objetivo estimular o aluno a refletir sobre o seu aprendizado, avaliando o seu desempenho e suas impressões em relação aos objetivos do módulo temático, aos textos, às atividades de áudio, aos exercícios de escrita, à gramática e ao vocabulário.
Assim como no livro do Brasil, essa reflexão se baseia em critérios subjetivos, sendo utilizados os seguintes parâmetros para a análise: ‘fácil’ (easy), ‘difícil’ (difficult), ‘útil’ (useful), ‘sem utilidade’ (not useful), ‘interessante’ (interesting) e ‘desinteressante’ (not interesting). O aluno, portanto, realiza uma análise não apenas do seu processo de aprendizagem, mas também em como determinado conteúdo e/ou função lhe é útil ou não, assim como se lhe tem relevância ou não. Desse modo, o aluno estabelece quais objetivos e atividades do módulo temático são mais importantes para o seu aprendizado individual, o auxiliando na organização dos seus estudos.
A partir dessa descrição, constatamos que os livros do Brasil e da Síria englobam em sua completude o critério de estímulo à automonitoração, sendo graduados, portanto, com a nota 10 (dez). Os demais livros selecionados para essa pesquisa, contudo, não incorporam esse critério, razão pela qual receberam nota 0 (zero), conforme demonstra o Quadro 07 abaixo:
QUADRO 07 – INTERPRETAÇÃO CRITÉRIO 1.2 - AUTOMONITORAMENTO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
||
Critério 1.2 - Estímulo ao automonitoramento |
||
Livros |
CRITÉRIO 1.2
|
|
Título |
Local de Uso |
|
Solutions for all English Home Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
Oxford English 4 - Knowledge and Skills |
Austrália |
0 |
Fun with Language – Book 6 |
Guiana Inglesa |
0 |
English – Level 2 |
Nova Zelândia |
0 |
Study & Master English First Additional Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
Upstream – Beginner A1+ |
Hong Kong |
0 |
English Year 10 – Book 1, 2 e 3 |
Samoa |
0 |
English in Use 1 |
Tanzânia |
0 |
Way to Go! 1 |
Brasil |
10 |
Teens Club 1° Medio |
Chile |
0 |
Mash Up 10 |
Portugal |
0 |
English for Starters 10 |
Síria |
10 |
Fonte: autoria própria
[i] Os continentes são divididos em sub-regiões, tendo em vista a diversidade regional em relação a aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. No que concerne o continente asiático é comum dividi-lo nas seguintes sub-regiões: Sudeste Asiático, Oriente Médio, Leste Asiático, Ásia Central e Ásia Meridional. Os países selecionados neste trabalho, Síria e China, se enquadram, respectivamente, como representantes do Oriente Médio e Leste Asiático (SAMPAIO, 2010).
[ii] Os livros didáticos analisados são aqueles utilizados em instituições de ensino regulares e não em cursos livres ou de extensão, mas naquelas instituições onde se objetiva a formação geral do aluno.
[iii] Tendo em vista as diversas nomenclaturas existentes ao redor do mundo para delimitar o ensino educacional que abrange as séries posteriores à alfabetização, utiliza-se o termo secundário para delimitar as séries que abrangem o ensino fundamental e médio no Brasil.
[iv] Em Samoa, o ensino de língua inglesa, no décimo ano do secundário, é realizado através de um conjunto de três livros sequenciais que são utilizados ao longo de um ano letivo.
[v] Os livros da Síria e de Portugal são compostos por módulos temáticos os quais são subdivididos em unidades de conteúdo. Desse modo, os elementos de revisão aqui descritos possuem como objetivo revisar e reforçar os assuntos trabalhados nos módulos temáticos como um todo.
[vi] O termo parcial refere-se ao fato de que dos três elementos de revisão disponibilizados pelo material de Portugal (unidades de revisão, seções de diagnóstico e seções de revisão) dois concedem aos alunos as respostas das atividades. Ou seja, os alunos não têm acesso a todas as respostas dos elementos de revisão.
5 Considerações finais da descrição e da interpretação sobre a análise do aprendizado nos livros didáticos
Diante do exposto, a avaliação conjunta permitiu que verificássemos o quão desatualizados os materiais selecionados estão em relação à participação do aluno no acompanhamento do seu próprio processo de aprendizagem. Esse fato fica claro a partir do momento que constatamos que 05 (cinco) dos materiais selecionados, um total de 41,6%, não incorporam nenhum dos requisitos. Ou seja, não incentivam a autoavaliação nem o automonitoramento. Nesses livros, portanto, o professor continua sendo o único responsável por avaliar o aluno e informá-lo sobre o que ele precisa revisar e como deve aprimorar os seus estudos.
Além disso, no que concerne o requisito de incentivo à autoavaliação, verificamos que nenhum dos livros o engloba em sua integralidade. Dos 07 (sete) volumes que incorporam de algum modo esse critério, 6 (seis) não disponibilizam as respostas de suas atividades para os alunos e 1 (um) não disponibiliza todas as respostas das atividades. Sendo assim, apesar de instigarem os alunos a se autoavaliarem através das unidades de revisão, os estudantes não possuem acesso às respostas dessas atividades, dependendo do professor para realizarem as correções.
Por fim, no que tange o estímulo ao automonitoramento, apenas 16,6% dos livros, 2 (dois) materiais, inserem recursos que impulsionam o aluno a refletir sobre o seu aprendizado. Desse modo, averiguamos que o padrão adotado pela maioria dos livros, 83,4%, é o de desconsiderar a importância da autorreflexão para o crescimento individual do aluno e para a compreensão deste em relação ao seu próprio processo de aprendizagem.
Desse modo, concluímos a avaliação dos livros didáticos e delimitamos a partir do Quadro 08 abaixo a pontuação final auferida por cada um dos livros selecionados:
QUADRO 08 – INTERPRETAÇÃO FINAL ANÁLISE DO APRENDIZADO
ANÁLISE DO APRENDIZADO |
|
||||
Livros |
Critérios |
PONTUAÇÃO FINAL |
|
||
CRITÉRIO 1.1 Autoavaliação |
CRITÉRIO 1.2 Automonitora-mento |
||||
Título |
Local de Uso |
||||
Solutions for all English Home Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
0 |
0 |
|
Oxford English 4 - Knowledge and Skills |
Austrália |
0 |
0 |
0 |
|
Fun with Language – Book 6 |
Guiana Inglesa |
2 |
0 |
2 |
|
English – Level 2 |
Nova Zelândia |
0 |
0 |
0 |
|
Study & Master English First Additional Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
0 |
0 |
|
Upstream – Beginner A1+ |
Hong Kong |
2 |
0 |
2 |
|
English Year 10 – Book 1, 2 e 3 |
Samoa |
0 |
0 |
0 |
|
English in Use 1 |
Tanzânia |
2 |
0 |
2 |
|
Way to Go! 1 |
Brasil |
2 |
10 |
12 |
|
Teens Club 1° Medio |
Chile |
2 |
0 |
2 |
|
Mash Up 10 |
Portugal |
7 |
0 |
7 |
|
English for Starters 10 |
Síria |
2 |
10 |
12 |
Fonte: autoria própria
Constatamos, portanto, que nenhum dos livros selecionados incorpora em sua integralidade elementos que impulsionem o aluno a analisar o seu aprendizado. De qualquer modo, os volumes do Brasil e da Síria merecem destaque, pois, apesar de não englobarem os critérios em sua totalidade, atingiram uma avaliação satisfatória. Esses dois livros fomentam no aluno a necessidade de acompanhar os seus estudos, o instigando a se automonitorar.
Nesse contexto, o aluno passa, então, a ter uma participação ativa no seu processo de aprendizagem, pois lhe são concedidos recursos que o instigam a refletir sobre o que e como aprendeu, assim como o que ele pode fazer para aprimorar seus estudos. Desse modo, esses materiais disponibilizam alguns recursos que auxiliam o aluno a desenvolver a sua autonomia, o considerando como sujeito responsável pelo seu próprio aprendizado.
[i] Os continentes são divididos em sub-regiões, tendo em vista a diversidade regional em relação a aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. No que concerne o continente asiático é comum dividi-lo nas seguintes sub-regiões: Sudeste Asiático, Oriente Médio, Leste Asiático, Ásia Central e Ásia Meridional. Os países selecionados neste trabalho, Síria e China, se enquadram, respectivamente, como representantes do Oriente Médio e Leste Asiático (SAMPAIO, 2010).
[ii] Os livros didáticos analisados são aqueles utilizados em instituições de ensino regulares e não em cursos livres ou de extensão, mas naquelas instituições onde se objetiva a formação geral do aluno.
[iii] Tendo em vista as diversas nomenclaturas existentes ao redor do mundo para delimitar o ensino educacional que abrange as séries posteriores à alfabetização, utiliza-se o termo secundário para delimitar as séries que abrangem o ensino fundamental e médio no Brasil.
[iv] Em Samoa, o ensino de língua inglesa, no décimo ano do secundário, é realizado através de um conjunto de três livros sequenciais que são utilizados ao longo de um ano letivo.
[v] Os livros da Síria e de Portugal são compostos por módulos temáticos os quais são subdivididos em unidades de conteúdo. Desse modo, os elementos de revisão aqui descritos possuem como objetivo revisar e reforçar os assuntos trabalhados nos módulos temáticos como um todo.
[vi] O termo parcial refere-se ao fato de que dos três elementos de revisão disponibilizados pelo material de Portugal (unidades de revisão, seções de diagnóstico e seções de revisão) dois concedem aos alunos as respostas das atividades. Ou seja, os alunos não têm acesso a todas as respostas dos elementos de revisão.
REFERÊNCIAS
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