1 Introdução
A autonomia do aluno pode ser conceituada, de acordo com Little (1991), como a capacidade de planejar, monitorar e avaliar as próprias atividades de aprendizagem. Ela abrange, necessariamente, tanto o conteúdo quanto o processo de aprendizagem, sendo assim, envolve novas ideias, como: desestimular a dependência aluno/professor; eliminar a crença de que o professor é a principal fonte de conhecimento; tornar o aluno capaz de aprender por si mesmo e encorajá-lo a tomar decisões sobre o que aprende; estimular o aprendiz a ter consciência do seu próprio estilo de aprendizagem; mostrar aos educandos a necessidade e a importância de desenvolver estratégias de aprendizagem próprias.
É necessário salientar que este processo de autonomia precisa ocorrer através de um conjunto de forças e permeado por todos os sujeitos e elementos que façam parte do sistema educacional. Sendo assim, apesar de a relação aluno-professor ser o norte para o desenvolvimento da autonomia, esta não é capaz de realizar todo o trabalho sozinha, precisando do suporte de todas as pessoas e objetos envolvidos durante o ensino-aprendizagem.
Podemos citar, portanto, três elementos que possuem relação direta com o desenvolvimento da autonomia do aluno em relação ao ensino de língua inglesa: o governo, a instituição de ensino e o livro didático. O governo se insere a partir do momento em que ele é o responsável por conceber as diretrizes e parâmetros para a prática de ensino de línguas. No caso do ensino de inglês como língua complementar, ele ainda é o responsável pela inserção desta como disciplina a ser ensinada nas escolas regulares e pela escolha dos ideais e valores a serem propagados. Sendo assim, é necessário que o governo vislumbre a autonomia do aluno como meta a ser alcançada para tal objetivo e que esta esteja explicitamente inserida nos parâmetros escolares.
A instituição de ensino se conecta através da forma como se relaciona com os seus aprendizes e professores, assim como pelo modo com que programa as diretrizes instituídas pelo governo. Apesar de vinculada e hierarquicamente sujeita ao governo, a instituição de ensino pode, ou não, postular a autonomia do aluno como meta a ser obtida. Isso ocorre porque apesar de seguir, em teoria, as orientações governamentais, a instituição de ensino pode atuar de forma restritiva e autoritária com os seus alunos e professores, dificultando ou impossibilitando o desenvolvimento de práticas autônomas.
O livro didático, por sua vez, é o elemento que, depois do professor, tem mais contato direto com o aluno e, consequentemente, com o possível desenvolvimento de sua autonomia. Isso porque, na atualidade, o tal material é visto como elemento chave para o ensino de línguas, incluindo a língua inglesa. Através do surgimento e abrangência dos diferentes posicionamentos pedagógicos, emerge a concepção de que para o ensino das línguas não seria suficiente apenas o aluno e o professor, sendo necessário um material capaz de conduzi-los durante o processo de ensino-aprendizagem.
Material didático pode ser definido, de forma sucinta, como todo e qualquer objeto que auxilia os alunos a aprenderem. Portanto, os materiais didáticos podem assumir a forma de livros, dicionários, gramáticas, vídeos, CDs, revistas, jornais, dentre outros. Temos, assim, que o livro didático é apenas mais um dos diversos materiais que podem ser utilizados em um processo de ensino-aprendizagem.
Entretanto, no que concerne ao ensino de línguas estrangeiras, os livros didáticos, foco dessa pesquisa, se encontram, na atualidade, como o principal e, muitas vezes, o único material didático a ser utilizado em sala de aula, influenciando diretamente no modo como o processo de ensino da língua será realizado. Isso ocorre uma vez que “com suas vantagens e desvantagens, eles servem como fonte principal de insumo linguístico e cultural recebido pelo aprendiz, assim como base para uma porção importante da prática de sala de aula” (SIQUEIRA, 2012, p. 322).
Para tanto, o livro didático precisa ser elaborado de modo a conseguir propor um estudo de línguas como algo além de uma mera disciplina e que auxilie o estudante seu desenvolvimento como ser social. Para tanto, o material didático atual precisa ser produzido tendo como um de seus pilares a autonomia do aluno. Esse elemento precisa ser considerado como intrínseco à produção de livros de língua inglesa, pois será de fundamental relevância para que o aluno se reconheça como ser construtor do seu próprio conhecimento e desenvolva o seu senso crítico perante as suas ações e as que o rodeia.
Vários são os elementos no livro didático que podem auxiliar no desenvolvimento da autonomia do aluno, dentre estes está a propagação e estímulo às instruções de aprendizagem. Isto é, as instruções de aprendizagem se relacionam com o papel de motivador do livro didático para que o aluno descubra qual o seu estilo de estudo, assim como para que este utilize-se de recursos que o auxiliam nesse processo, tais como as estratégias de aprendizagem. Para tanto, os materiais precisariam dispor de recursos que auxiliem os alunos a identificarem o seu estilo de aprendizagem e inserirem explanações sobre as estratégias de aprendizagem.
Ao assimilar como se aprende e quais recursos se encaixam ou não no seu perfil, o aluno desenvolve a sua autonomia, pois passa a ter em mãos algumas das ferramentas necessárias para a compreensão do seu processo de aprendizagem. A partir desse conhecimento, o aluno pode aperfeiçoar o modo como aprende e organizar os seus estudos com base nos critérios que melhor se enquadram no seu estilo.
Nesse sentido, com o objetivo de averiguar se e como os livros didáticos voltados para o ensino de língua inglesa incorporam as instruções de aprendizagem como elemento intrínseco, foram selecionados e analisados livros didáticos de diferentes países e continentes para o presente estudo.
2 Os livros didáticos e os critérios de avaliação das instruções de aprendizagem
A necessidade de buscar livros usados em diferentes países partiu do princípio de que, na atualidade, a língua inglesa recebe o status de língua do mundo, fato esse que pode gerar consequências na prática de ensino do idioma e em como os livros didáticos são elaborados. Diante disso, selecionamos ao menos um livro didático de cada continente, com exceção da Antártida, sendo escolhidos: 1) três países das Américas – Brasil, Guiana Inglesa e Chile; 2) três países da Oceania – Nova Zelândia, Austrália e Samoa; 3) dois países da África – África do Sul e Tanzânia; 4) dois países da Ásia[i] – Síria e China, representada por Hong Kong e 5) um país da Europa – Portugal. Esses países foram delimitados não apenas pela localização geográfica, mas também por seus materiais possibilitarem o exame de livros didáticos que são empregados para o ensino da língua inglesa em suas diferentes perspectivas, seja como língua materna ou língua adicional (segunda língua ou língua estrangeira).
Nesse sentido, os livros didáticos foram separados em três categorias de acordo com a perspectiva de ensino da língua: como primeira língua, como segunda língua e como língua estrangeira. Cada uma dessas categorias é composta por um conjunto de quatro livros didáticos, um de cada país, sendo a divisão feita da seguinte forma: 1) ensino de inglês como primeira língua – África do Sul, Austrália, Guiana Inglesa e Nova Zelândia; 2) ensino de inglês como segunda língua – África do Sul, Hong Kong, Samoa e Tanzânia; 3) ensino de inglês como língua estrangeira – Brasil, Chile, Portugal e Síria.
Salientamos que a África do Sul encontra-se em duas categorias distintas, pois, nesse país a língua inglesa é ensinada nas escolas tanto como primeira língua, quanto como primeira língua adicional (segunda língua). Desse modo, diferentemente do que ocorre com os demais países, foram escolhidos dois livros didáticos ali usados, um para o ensino do inglês como primeira língua e outro como segunda língua. Essa escolha foi feita para verificar se com a mudança do contexto de uso da língua o livro didático apresenta, ou não, modificações em relação à abordagem e às diretrizes utilizados para a sua elaboração e apresentação do conteúdo.
Todos os livros didáticos selecionados foram elaborados e produzidos para o uso em escolas em sua concepção tradicional[ii] e pertinentes ao ensino secundário[iii]. Assim, foram selecionados os seguintes livros para o ensino da língua inglesa:
QUADRO 01 – LIVROS SELECIONADOS PARA A PESQUISA
PRIMEIRA LÍNGUA |
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País |
Livro |
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África do Sul |
Solutions for all - English Home Language Grade 10 Autores: S. Kerr e J. Unterslak. Editora / Ano: Macmillan South Africa, 2011. |
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Austrália |
Oxford English 4 – Knowledge and skills Autor: Paul Grover Editora / Ano: Oxford University Press Australia & New Zeland, 2013. |
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Guiana Inglesa |
Fun with Language Book 6 Autores: Landomae Fraser, Megan Richmond, Florence Sukhdeo, Donna Chapman e Esther Ramchurjee. Editora / Ano: Ministry of Education, Guyana, 2004. |
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Nova Zelândia |
English Level 2 Autores: Tracey Lean, Emma Lumb, Pam Ryan, Lesley Shepherd e JoAnn Stephens. Editora / Ano: ESA Publications (NZ) Ltd., 2013. |
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SEGUNDA LÍNGUA |
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País |
Livro |
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África do Sul |
Study & Master – English First Additional Language Grade 10 Autor: Peter Lague Editora / Ano: Cambridge University Press, 2012. |
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Hong Kong |
Upstream Beginner A1+ Autores: Virginia Evans e Jenny Dooley Editora / Ano: Stanford House Publications (HK) Ltd., 2014. |
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Samoa |
English Year 10 Books 1, 2 e 3[iv] Autores: Graeme Lay et. al. Editora / Ano: Ministry of Education, Samoa, 2001/2002. |
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Tanzânia |
English in Use 1 Autores: Barbara Webb e Neville Grant Editora / Ano: Pearson Education, 2006. |
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LÍNGUA ESTRANGEIRA |
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País |
Livro |
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Brasil |
Way to Go! 1 Ensino Médio Autores: Kátia Tavares e Claudio Franco Editora / Ano: Editora Ática, 2013. |
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Chile |
Teens Club 1º Médio Autor: Lina Alvarado Jantus Editora / Ano: Ediciones R&B, 2013. |
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Portugal |
Mash Up 10 Autores: Angelina Torres e Isabel Vieitas Editora / Ano: Areal, 2013. |
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Síria |
English for Starters 10 Autor: Simon Haines Editora / Ano: York Press, 2010. |
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Fonte: autoria própria
Frise-se que as instruções de aprendizagem podem ser apresentadas de diferentes formas nos livros didáticos. Portanto, na nossa averiguação, não buscamos analisar um único elemento do livro, mas todo e qualquer componente que pode vir a auxiliar o aluno a compreender as estratégias e os estilos de aprendizagem. Desse modo, a nossa investigação calcou-se nos seguintes critérios de análise:
QUADRO 02 – CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS INSTRUÇÕES DE APRENDIZAGEM
INSTRUÇÕES DE APRENDIZAGEM |
Critérios |
1.1 Recursos que auxiliem os alunos a identificarem o seu estilo e estratégias de aprendizagem 1.2 Explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua |
Fonte: autoria própria
Para a análise foram considerados não apenas o livro didático do aluno, intitulados de Student’s Book ou Learner’s Book, mas também os demais componentes que o acompanha, tais como caderno de exercício, caderno de gramática e livro de leitura. Nesse sentido, ressaltamos que, apenas os materiais do Chile, Portugal e Síria possuem materiais complementares que estão obrigatoriamente vinculados ao livro do aluno.
3 Parâmetros para interpretação dos livros didáticos
De acordo com o apresentado no Quadro 01, são dois os critérios de análise das instruções de aprendizagem nos livros didáticos: a) recursos que auxiliem os alunos a identificarem o seu estilo e estratégias de aprendizagem, denominado de Critério 1.1 e b) explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua, intitulado de Critério 1.2. Apesar de se referirem a objetos distintos, ambos os critérios possuem como foco a verificação de se e como os livros didáticos incorporam as instruções de aprendizagem. Desse modo, foram utilizados os mesmos parâmetros de aferição de notas para os dois critérios de análise, conforme explicitamos abaixo:
QUADRO 03 – PARÂMETROS DE INTERPRETAÇÃO DOS LIVROS DIDÁTICOS
INSTRUÇÕES DE APRENDIZAGEM |
|||
Parâmetro |
Descrição |
Nota |
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1 |
Disponibiliza elementos ao longo de todo o material de forma ampla e recorrente |
Em todas as unidades são inseridos elementos pertinentes às instruções de aprendizagem |
10 |
2 |
Disponibiliza um grande número de elementos distribuídos em diferentes momentos do livro e de forma recorrente |
Em mais de 50% (cinquenta por cento) de suas unidades são inseridos elementos referentes às instruções de aprendizagem |
7.5 |
3 |
Disponibiliza elementos em alguns pontos do livro |
Em 50% (cinquenta por cento) de suas unidades são inseridos elementos referentes às instruções de aprendizagem |
5 |
4 |
Disponibiliza elementos de forma escassa e pontual |
Em menos de 50% (cinquenta por cento) de suas unidades são inseridos elementos referentes às instruções de aprendizagem |
2.5 |
5 |
Não disponibiliza nenhum elemento |
O material não insere elementos pertinentes às instruções de aprendizagem |
0 |
Fonte: autoria própria
Depreendemos, assim, que a distinção entre um critério de análise e outro se dá não pelo parâmetro de aferição de notas, mas pelo objeto que está sendo averiguado. Ou seja, no Critério 1.1, buscamos verificar se os livros disponibilizam ou não recursos que permitam os alunos identificarem seu estilo de aprendizagem, enquanto que no Critério 1.2, procuramos identificar a presença ou não de estratégias de aprendizagem explícitas para o aluno. Nesse sentido, foi averiguado se e como os livros didáticos inserem elementos que contemplem os Critérios 1.1 e 1.2.
4 Avaliação conjunta dos livros didáticos
Para o levantamento dos dados foi efetuada uma descrição individualizada de cada material didático. Com base nesse levantamento de dados, os materiais foram pontuados de acordo com os parâmetros estabelecidos no Quadro 03. Ressaltamos que os dados colhidos em cada livro didático são concisos e de fácil compreensão, permitindo que a apresentação dos mesmos seja feita de forma contrastiva e organizadas de acordo com os critérios de análise, sejam estes: a) recursos que auxiliem os alunos a identificarem o seu estilo e estratégias de aprendizagem e b) explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua.
4.1 Critério 1.1 – Recursos que auxiliem os alunos a identificarem o seu estilo e estratégias de aprendizagem
O primeiro ponto que deve ser mencionado em relação à correspondência dos elementos encontrados nos livros e os critérios estipulados para é que nenhum dos materiais selecionados auxilia o aluno a identificar o seu estilo de aprendizagem. Os livros não fazem nenhuma menção aos diferentes estilos de aprendizagem e como estes influenciam no processo de aprendizagem do aluno.
A identificação do seu estilo de aprendizagem ajuda o aluno a desenvolver a sua autonomia, pois o auxilia a tomar decisões em relação à sua forma de estudo, a como responder atividades e a como abordar os conteúdos trabalhados. Tendo em vista a ausência desse requisito, todos os livros receberam nota 0 (zero) no item Critério 1.1.
4.2 Critério 1.2 – Explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua
Em relação ao Critério 1.2, explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua, os livros podem ser divididos em três categorias, livros que: a) não contemplam esse quesito, b) inserem o quesito parcialmente, e c) incorporam esse elemento em toda a sua extensão.
QUADRO 04 - CRITÉRIO 1.2 – ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM E ACONSELHAMENTO SOBRE APRENDIZAGEM DE LÍNGUA
INCORPORAM ESSE ELEMENTO EM TODA A SUA EXTENSÃO |
INSEREM O CRITÉRIO PARCIALMENTE |
NÃO CONTEMPLAM ESSE CRITÉRIO |
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|
|
Fonte: autoria própria
Os livros da Austrália, Guiana Inglesa, Portugal e Samoa não inserem a explicitação de estratégias e o aconselhamento sobre aprendizagem de língua como um de seus elementos. Ou seja, esses materiais não fazem nenhuma menção a como os alunos podem utilizar estratégias para responder às atividades e aprender o conteúdo, assim como não os instruem sobre como podem utilizar as estratégias para aprimorar o aprendizado de língua inglesa. Desse modo, foi aferida nota 0 (zero) para essas coleções.
Os livros da Síria e da Tanzânia, por sua vez, contemplam esses elementos de forma parcial, isto é, os materiais inserem esses elementos em alguns de seus componentes, mas não em toda a sua extensão. Ressaltamos, ainda, que enquanto o material da Síria apresenta esses recursos no caderno de exercícios (Workbook), o volume da Tanzânia o faz no livro do aluno (Student’s Book).
Para cada módulo temático do caderno de exercício, o volume da Síria disponibiliza uma atividade que é utilizada para desenvolver no aluno a consciência sobre as estratégias de aprendizagem. Após a realização desta atividade o aluno é direcionado para uma lista de critérios intitulada de Assessment Tool. Através do Assessment Tool o aluno é impulsionado a refletir sobre as suas atitudes em relação ao modo como desempenha os exercícios.
Com base nas diretrizes do Assessment Tool o aluno deve analisar e refletir sobre a forma como desempenha o seu estudo, verificando quais das estratégias que adota são positivas ou não para o seu aprendizado. Esse tipo de monitoramento é de grande importância para o desenvolvimento da autonomia, pois explicita que antes de realizar uma atividade o aluno precisa refletir sobre como deve desempenhá-la, conscientizando-o de que a forma como acessa um exercício e/ou um texto irá ter um impacto no modo como ele aprende.
Ressaltamos, contudo, que o material da Síria disponibiliza apenas 04 (quatro) dessas atividades, sendo duas referentes à habilidade de escrita e duas à habilidade de leitura. Verificamos, assim, que os recursos apresentados por este livro são muito escassos e restritos a apenas dois tipos de habilidades.
O livro da Tanzânia, por sua vez, utiliza-se de dois recursos para fazer a explicitação das estratégias de aprendizagem e o aconselhamento sobre aprendizagem de língua: a) uma seção específica inserida nas unidades de conteúdo e b) outra como parte do conteúdo da unidade.
A seção usada especificamente para esse fim é a Study Better. Essa seção está disposta no sumário e presente em 07 (sete) das 16 (dezesseis) unidades de conteúdo, no caso as Unit 1, Unit 4, Unit 5, Unit 7, Unit 10, Unit 12 e Unit 15. Através dessas seções, os alunos têm acesso as informações e instruções de como eles podem planejar os seus estudos, aprimorar o vocabulário, melhorar o desempenho em atividades de leitura, dentre outros.
Frisamos que essas seções não apenas introduzem ao aluno as estratégias de aprendizagem, mas indicam como elas podem ser utilizadas. Ou seja, após a apresentação da estratégia os alunos são requeridos a realizar uma atividade na qual esta será utilizada.
Além das seções específicas, o material também introduz as estratégias de aprendizagem como parte do conteúdo a ser ministrado em algumas das unidades. Nesses casos, as estratégias são apresentadas como parte inerente do processo de aprendizagem e não como elementos de suporte. Assim como acontece com a seção Study Better, as estratégias são apresentadas e, em seguida, é solicitado que os alunos efetuem uma atividade de consolidação.
Depreendemos, assim, que nesse livro, os alunos, não apenas são expostos à sugestões de como podem aperfeiçoar os seus estudos, mas também a exemplos de como isso pode ser feito. Desse modo, o aluno consegue visualizar como a estratégia sugerida pelo livro pode auxiliá-lo na prática a melhorar o seu aprendizado.
Diante dessa análise comparativa entre o livro da Síria e da Tanzânia, constatamos que existe uma discrepância significativa no modo como cada um desses volumes engloba o Critério 1.2. Conforme evidenciado, o material da Síria insere apenas 04 (quatro) atividades que impulsionam o aluno a refletir sobre as estratégias de aprendizagem, ressaltando-se, ademais, que essas atividades são restritas a apenas duas habilidades (escrita e leitura). O livro da Tanzânia, por sua vez, contempla esse critério através de dois recursos distintos dispostos em diferentes unidades do livro e que abrangem diferentes perspectivas sobre as estratégias de aprendizagem e como o aluno pode utilizá-las para aprimorar os seus estudos.
Por estes motivos, apesar de ambos os volumes incorporarem parcialmente o requisito de explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua, estes não podem ser interpretados da mesma maneira. O livro da Tanzânia foi pontuado com nota 7,5 (sete e meio), pois apesar de disponibilizar um grande número de elementos pertinentes às estratégias de aprendizagem, estes não estão presentes em todas as unidades. Enquanto que o livro da Síria recebeu nota 2,5 (dois e meio), tendo em vista que engloba esse critério de forma muito restrita e quase inexistente, limitada ao Workbook, a apenas duas habilidades (escrita e leitura) e totalizando apenas 04 (quatro) inserções, sendo que o material possui 12 (doze) unidades.
Os livros da África do Sul (L1 e L2), Brasil, Chile, Hong Kong e Nova Zelândia foram pontuados com nota 10 (dez), pois evidenciam as estratégias de aprendizagem e aconselham sobre aprendizagem de língua em todas as suas unidades de conteúdo. Ressaltamos, apenas, que, apesar de todos os volumes contemplarem o Critério 1.2, esses livros utilizam de diferentes recursos para apresentarem esses elementos.
O material da África do Sul (L1), Solutions for All English Home Language Grade 10, utilizado para o ensino de inglês como primeira língua, introduz as estratégias através de três recursos: a) como seção da unidade de conteúdo, b) no Summary da unidade de conteúdo, e c) através do quadro Check myself. Algumas estratégias são trabalhadas como conteúdo ou como parte do conteúdo das unidades e, por isso, são apresentadas nas seções das unidades de conteúdo.
O livro também se utiliza do item Summary para a exibição de algumas estratégias de aprendizagem. O item Summary está localizado ao final das unidades de conteúdo e refere-se a um resumo do que foi trabalhado nestas. Por meio desse item, os alunos têm acesso a uma recapitulação dos principais tópicos, assuntos e estratégias estudados nas unidades.
O último recurso usado por este livro é o quadro Check myself . Através deste os alunos refletem sobre o seu aprendizado, podendo ser utilizado para que os alunos identifiquem os assuntos e habilidades que já dominam, as estratégias que utilizam para a resolução de atividades e a postura que assumem perante o seu aprendizado. A identificação desses elementos é feita em duas partes: inicialmente os alunos observam, com base no Check myself, se utilizam ou não determinada estratégia para, em seguida, serem introduzidos aos motivos pelos quais tais estratégias precisam ser utilizadas. Desse modo, os alunos refletem não apenas se usam ou não as estratégias, mas também sobre a razão de utilizá-las.
O livro Study & Master Grade 10, empregado na África do Sul para o ensino de inglês como língua adicional, insere as estratégias de aprendizagem a partir de três elementos: a) quadros explicativos, b) post-its e c) atividades. Assim como ocorre no livro anterior, algumas estratégias são introduzidas como conteúdo ou parte do conteúdo da unidade. Quando isso ocorre, as estratégias são expostas através de quadros explicativos, denominados de Focus on, que introduzem conteúdo vinculado às áreas estudadas na unidade. Esses quadros estão dispostos ao longo de todas as unidades e explicam conteúdos vinculados a listening, reading, writing, speaking, grammar e literature. Ressaltamos que esses quadros não se referem unicamente à explanação de estratégias. Sendo assim, nem todos os quadros cobrem esse elemento, tais como os quadros Focus on Grammar, os quais se limitam a explicações gramaticais.
Além dos quadros explicativos, o material também se utiliza de post-its para indicar estratégias que os alunos podem utilizar para realizar uma atividade específica. Esses post-its reforçam ou revisam, de forma sucinta, uma estratégia já explicada anteriormente.
Ademais, fora os quadros explicativos e os post-its, o referido material faz uso de algumas atividades da unidade de conteúdo para expor as estratégias de aprendizagem. Nesses casos, a explicação das estratégias antecede as atividades e servem como indicação de como os alunos podem melhorar o seu desempenho.
De forma semelhante ao efetuado nos livros da África do Sul, a obra da Nova Zelândia também não possui apenas um elemento responsável pela exposição das estratégias de aprendizagem e as dispõe de duas formas: a) em seções específicas para esse fim, e b) como parte da explicação do conteúdo. Algumas unidades do livro apresentam as seções A Method of Approach. Essas seções são utilizadas para apresentar estratégias específicas para a resolução de questões do Certificado Nacional de Competência Educacional (the National Certificate of Educational Achievement - NCEA), ao qual os alunos são submetidos ao final do ano letivo. As estratégias de aprendizagem ainda podem ser encontradas como assunto principal de uma determinada seção da unidade.
No volume do Brasil, a unidade introdutória, intitulada de Tips into Practice, refere-se, exclusivamente, à apresentação e aplicação de estratégias de aprendizagem, vinculadas prioritariamente ao desenvolvimento das habilidades de compreensão de textos escritos e orais. Nessa unidade os alunos são expostos a 16 (dezesseis) atividades que abrangem diferentes tipos de textos e explicitam como as estratégias podem ser utilizadas para aprimorar o aprendizado do aluno.
Além dessa unidade, o material do Brasil ainda se utiliza de dois recursos para a exposição de estratégias que são utilizados ao longo das unidades de conteúdo: a) post-its e b) a subseção Writing Guidelines. Através dos post-its, os alunos são expostos a estratégias que os auxiliarão na resolução de algumas das atividades das unidades de conteúdo.
Os post-its não possuem temática específica e podem ser pertinentes às estratégias de listening, writing, vocabulary, reading, speaking, dentre outros. As estratégias presentes no Writing Guidelines, por sua vez, são relativas, exclusivamente, a atividades de escrita. A partir dessas estratégias os alunos recebem informações sobre os requisitos de um texto escrito e os procedimentos que eles podem utilizar para escrever determinados tipos de textos.
Assim como ocorre no livro do Brasil, o material usado no Chile também se utiliza de um recurso genérico pertinente às estratégias de aprendizagem sem uma temática específica e outro direcionado apenas para as atividades de escrita. O recurso utilizado para as estratégias “gerais” são os post-its, denominados de Strategy Spot. Esses post-its possuem como função apresentar ao aluno como ele pode utilizar determinada estratégia para auxiliá-lo na resolução das atividades presentes na unidade.
O elemento referente às estratégias de escrita é o Editing checklist. O Editing checklist refere-se a uma lista de conferência através da qual deve refletir sobre a sua atividade de escrita. A partir da reflexão sobre o seu próprio desempenho, esse recurso auxilia o aluno a revisar o seu texto e a aprimorá-lo, reduzindo a possibilidade de erros.
O material de Hong Kong cumpre o Critério 1.2 através da inserção do quadro explicativo Study Skills ao longo de suas unidades de conteúdo. Por meio do quadro Study Skills, os alunos são expostos a diferentes tipos de estratégias, algumas vinculadas especificamente a uma atividade da unidade de conteúdo (ex: estratégias de leitura para auxiliar o aluno na compreensão de um texto da unidade) e outras referentes ao processo de aprendizagem como um todo (ex: sugestões de como se tornar um melhor aluno).
Diante do exposto, concluímos a avaliação conjunta dos materiais e evidenciamos, através do quadro abaixo, as notas conferidas a cada um dos livros no Critério 1.2:
QUADRO 05 – INTERPRETAÇÃO CRITÉRIO 1.2 – ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM
INSTRUÇÕES DE APRENDIZAGEM |
|
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Critério 1.2 - Explicitação de estratégias de aprendizagem e aconselhamento sobre aprendizagem de língua |
|
||
Livros |
Parâmetro |
|
|
CRITÉRIO 1.2 |
|||
Título |
Local de Uso |
||
Solutions for all English Home Language Grade 10 |
África do Sul |
10 |
|
Oxford English 4 - Knowledge and Skills |
Austrália |
0 |
|
Fun with Language – Book 6 |
Guiana Inglesa |
0 |
|
English – Level 2 |
Nova Zelândia |
10 |
|
Study & Master English First Additional Language Grade 10 |
África do Sul |
10 |
|
Upstream – Beginner A1+ |
Hong Kong |
10 |
|
English Year 10 – Book 1, 2 e 3 |
Samoa |
0 |
|
English in Use 1 |
Tanzânia |
7.5 |
|
Way to Go! 1 |
Brasil |
10 |
|
Teens Club 1° Medio |
Chile |
10 |
|
Mash Up 10 |
Portugal |
0 |
|
English for Starters 10 |
Síria |
2.5 |
Fonte: autoria própria
Verificamos, assim, que, no tocante às instruções de aprendizagem, 06 (seis) dos 12 (doze) livros selecionados apresentam, de forma parcial, elementos que podem auxiliar no desenvolvimento da autonomia do aluno. A explicitação das estratégias de aprendizagem e o aconselhamento sobre aprendizagem de língua são de fundamental importância para que o aluno assuma cada vez mais responsabilidade pelo seu aprendizado, pois esses elementos o auxiliarão a se conscientizar sobre como o aprendizado ocorre e como ele pode fazer uso de determinados recursos e estratégias para ajudá-lo a aprender cada vez mais e de forma mais efetiva.
[i] Os continentes são divididos em sub-regiões, tendo em vista a diversidade regional em relação a aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. No que concerne o continente asiático é comum dividi-lo nas seguintes sub-regiões: Sudeste Asiático, Oriente Médio, Leste Asiático, Ásia Central e Ásia Meridional. Os países selecionados neste trabalho, Síria e China, se enquadram, respectivamente, como representantes do Oriente Médio e Leste Asiático (SAMPAIO, 2010).
[ii] Os livros didáticos analisados são aqueles utilizados em instituições de ensino regulares e não em cursos livres ou de extensão, mas naquelas instituições onde se objetiva a formação geral do aluno.
[iii] Tendo em vista as diversas nomenclaturas existentes ao redor do mundo para delimitar o ensino educacional que abrange as séries posteriores à alfabetização, utiliza-se o termo secundário para delimitar as séries que abrangem o ensino fundamental e médio no Brasil.
[iv] Em Samoa, o ensino de língua inglesa, no décimo ano do secundário, é realizado através de um conjunto de três livros sequenciais que são utilizados ao longo de um ano letivo.
5 Considerações finais da descrição e interpretação sobre as instruções de aprendizagem nos livros didáticos
Com base na avaliação conjunta dos materiais selecionados, verificamos que as instruções de aprendizagem presentes nos livros se restringem à disposição e ênfase nas estratégias de aprendizagem que os alunos podem utilizar para aprimorar o seu aprendizado. Ou seja, a preocupação dos livros está voltada para capacitar o aluno a utilizar recursos e procedimentos que auxiliem no cumprimento de tarefas, na compreensão e uso da língua. Desse modo, verificamos que os materiais desconsideram a necessidade de o aluno identificar o seu estilo de aprendizagem.
Essa discrepância entre o enfoque nas estratégias de leitura e a ausência de considerações sobre o estilo de aprendizagem pode ser basilada através das notas que os livros receberam em cada um dos critérios de análise, conforme demonstramos a seguir:
QUADRO 06 – INTERPRETAÇÃO FINAL INSTRUÇÕES DE APRENDIZAGEM
INSTRUÇÕES DE APRENDIZAGEM |
|
||||
Livros |
Parâmetro |
FINAL |
|
||
CRITÉRIO 1.1 Estilos de Aprendizagem |
CRITÉRIO 1.2 Estratégias de Aprendizagem |
||||
Título |
Local de Uso |
||||
Solutions for all English Home Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
10 |
10 |
|
Oxford English 4 - Knowledge and Skills |
Austrália |
0 |
0 |
0 |
|
Fun with Language – Book 6 |
Guiana Inglesa |
0 |
0 |
0 |
|
English – Level 2 |
Nova Zelândia |
0 |
10 |
10 |
|
Study & Master English First Additional Language Grade 10 |
África do Sul |
0 |
10 |
10 |
|
Upstream – Beginner A1+ |
Hong Kong |
0 |
10 |
10 |
|
English Year 10 – Book 1, 2 e 3 |
Samoa |
0 |
0 |
0 |
|
English in Use 1 |
Tanzânia |
0 |
7,5 |
7,5 |
|
Way to Go! 1 |
Brasil |
0 |
10 |
10 |
|
Teens Club 1° Medio |
Chile |
0 |
10 |
10 |
|
Mash Up 10 |
Portugal |
0 |
0 |
0 |
|
English for Starters 10 |
Síria |
0 |
2,5 |
2,5 |
Fonte: autoria própria
Através do quadro de pontuação final, temos que nenhum livro faz a inserção de considerações sobre os diferentes estilos de aprendizagem, enquanto que 8 (oito) dos 12 (doze) materiais analisados incorporam as estratégias de aprendizagem como elemento a ser trabalhado com os alunos. Desses 8 (oito) livros, 6 (seis) – África do Sul (L1), África do Sul (L2), Brasil, Chile, Hong Kong e Nova Zelândia – fazem a inserção das estratégias de aprendizagem de forma recorrente e em todas as suas unidades, demonstrando a importância que estas possuem para auxiliar e facilitar o processo de aprendizagem da língua estrangeira.
Salientamos, ainda, que, apesar de inserirem um mesmo elemento, explicitação de estratégias de aprendizagem, cada um desses 6 (seis) materiais utilizam diferentes recursos e formatos para fazer a explanação de como estas estratégias são válidas para cada contexto de aplicação e como podem ser utilizadas pelos alunos. Esses materiais foram pontuados com a nota 10 para o Critério 1.2, pertinente às estratégias de aprendizagem, totalizando média final 5. Sendo, portanto, dentro do nosso corpus de análise, considerados os materiais mais adequados para estimular o desenvolvimento da autonomia do aluno.
Diante do exposto, concluímos que apesar de as instruções de aprendizagem serem elementos de suma importância para auxiliarem no desenvolvimento da autonomia do aluno, os livros didáticos ainda não as inserem de maneira adequada e efetiva. A presenças das instruções de aprendizagem nos materiais didáticos voltados para o ensino de língua inglesa ainda é reduzido e realizado de forma superficial.
[i] Os continentes são divididos em sub-regiões, tendo em vista a diversidade regional em relação a aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. No que concerne o continente asiático é comum dividi-lo nas seguintes sub-regiões: Sudeste Asiático, Oriente Médio, Leste Asiático, Ásia Central e Ásia Meridional. Os países selecionados neste trabalho, Síria e China, se enquadram, respectivamente, como representantes do Oriente Médio e Leste Asiático (SAMPAIO, 2010).
[ii] Os livros didáticos analisados são aqueles utilizados em instituições de ensino regulares e não em cursos livres ou de extensão, mas naquelas instituições onde se objetiva a formação geral do aluno.
[iii] Tendo em vista as diversas nomenclaturas existentes ao redor do mundo para delimitar o ensino educacional que abrange as séries posteriores à alfabetização, utiliza-se o termo secundário para delimitar as séries que abrangem o ensino fundamental e médio no Brasil.
[iv] Em Samoa, o ensino de língua inglesa, no décimo ano do secundário, é realizado através de um conjunto de três livros sequenciais que são utilizados ao longo de um ano letivo.
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