A contação de história como recurso pedagógico durante o processo de aprendizagem que proporciona a criança a vivenciar de forma lúdica a magia da narrativa no processo formativo ,ao mergulhar nas aventuras ,dos personagens dos enredos envolvidos os discentes desenvolvem não apenas a capacidade de conhecer ,compreender ,bem como , habilidades de expressão e apoiam vocabulário ,capacidade de imaginação nesse sentido a contação de história como ferramenta de aprendizagem eficaz para cativar os discentes e agregar de forma positiva.
No processo de alfabetização, destacando, que a literatura deve fazer parte das vivências das crianças, de modo que a leitura evidenciada nas contações, possibilite despertar o prazer de ler antes mesmo do processo convencional.
De acordo com Coelho (2000), a literatura tem uma finalidade muito importante dentro do processo de leitura infantil, pois tem o poder transformador voltado para contribuir na formação, seja na escuta, no convívio com leitor, na fala ou no processo de escuta do aluno. Nesse processo, as cotações de histórias fazem parte das estratégias que demostram o desenvolvimento e incentivo à leitura, nas séries iniciais na valorização do desenvolvimento do pensamento e da linguagem. Remete, assim, a significância dessas ações que mobilizam a formação do aluno de acordo com as exigências da atualidade.
Nessa vertente, é necessário o educador ter uma postura voltada para um olhar lúdico, dentre as possibilidades está a contação de história como ferramenta de aprendizagem, pois pode instigar na criança a vontade do querer, do ouvir e do tocar no livro, mas que para isso ocorra de fato a escola, os pais têm a finalidade de auxiliar nessa mediação em parceria com a escola, uma vez que nascemos desprovidos de ideias e necessitamos do meio para nos orientarmos incentivar as possíveis construções (ROUSSEAU, 2004).
Nesse sentido quando traz em sua ideologia que a humanidade nasce inocente ideia de que nascemos livres como uma folha em e branco vem ressaltar que as restrições do meio social ao qual o ser o ser humano e inserido que possivelmente moldam os indivíduos sobre o poder das influências .
É válido ressaltar que quando se é trabalhado a Contações a partir de histórias nas etapas iniciais da formação escolar, mobiliza o despertar da imaginação da criança, o desenvolvimento da autonomia e influencia, principalmente, na formação infantil.
Assim, o ato de contar histórias vem a ensinar de forma dinâmica e lúdica a partir interação discente e a valorização da leitura e, ao mesmo tempo, contribui no auxílio do desenvolvimento psicológico, corroborando no processo de alfabetização e saúde mental do discente. Além disso, amplia o vocabulário, atenção, memória, descoberta da linguagem e a descoberta da identidade da criança, tendo em vista a sensibilidade e adaptabilidade propiciada no processo de descobertas do contexto da leitura e escrita. O presente estudo tem por objetivo central explorar a contação de histórias como recurso pedagógico nas séries iniciais. A ênfase recai sobre a utilização da literatura através da contação de histórias no contexto do ensino fundamental anos iniciais tendo por metodologia a pesquisa bibliográfica buscando embasamento em livros e fontes confiáveis. Assim sendo, quando o professor da educação infantil utiliza abordagens lúdicas que envolvem interações por meio da contação de histórias, enriquece significativamente o processo de ensino e aprendizado das crianças. No entanto, ainda é possível encontrar professores com visões tradicionalistas, que não possuem as habilidades necessárias ou até mesmo não considera a contação de histórias como uma ferramenta eficaz de aprendizagem.
2 A influência da literatura presente nas contações de histórias para a formação discente
A presença da literatura no processo de formação dos alunos é fortemente discutida a partir da inserção da prática da leitura em sala de aula com a finalidade de estimular o desenvolvimento do hábito direcionada à essa prática. Nesse contexto, o contato da criança com a leitura promove alguns benefícios que podem ser identificados a partir da capacidade em entender melhor o mundo ao seu redor, refletir criticamente acerca da realidade, facilidade em escrever e interpretar, criar e recriar. Desse modo, esses elementos são indispensáveis na formação de alunos enquanto cidadãos para cumprir as demandas sociais da atualidade.
De acordo com Lajolo e Zibermam (2009), a construção de livros essencialmente para crianças, satisfizeram, antes de tudo, um sistema pedagógico e político para a formação infantil. Dessa forma, o saber educativo adentrou nas literaturas infantis transpondo um caráter relevante para justificar a importância da leitura durante essa fase, não perdendo de vista os valores incutidos nelas e a formação de cidadãos para determinada época. Entretanto, posteriormente, a literatura passou a ser considerada um elemento útil para o desenvolvimento humano da criança e possibilita a expansão do seu ser para que se torne um adulto equilibrado e feliz.
Assim, a inserção de práticas voltadas ao desenvolvimento da leitura, é constituída de elementos que norteiam a aplicabilidade e a funcionalidade do ato de ler na escola. Para tanto, é importante considerar que a leitura é uma ação exterior ao indivíduo e precisa ser estimulada, principalmente, quando se refere à formação de leitores. Isso faz recair a responsabilidade sob os professores no que tange ao desenvolvimento da leitura enquanto hábito a ser incorporado.
Abramovich (1989) discute a literatura como instrumento de grande relevância dentro do processo de desenvolvimento da criança, bem como a valorização da escuta de histórias e a colaboração da sua identidade, pois é por meio da leitura que “atores sociais ” conhece o mundo relacionando-o às suas experiências vividas com a capacidade imaginação. Por isso, inevitavelmente, o desenvolvimento de estratégias direcionadas à prática da leitura na escola, deve contemplar o envolvimento cognitivo do sujeito enquanto ser ativo.
Fernandes (2011) salienta a necessidade de abranger a potencialidade da subjetividade da literatura durante a formação, e que os professores precisam desconstruir práticas as quais valorizam a presença da literatura enquanto recortes a serem utilizados nas análises gramaticais. É preciso pensar a figura do professor no fortalecimento do hábito da leitura enquanto essencial, porque é o responsável mais direto no processo de mediação entre o leitor e o livro na escola.
Coelho (2000) afirma que a literatura infantil contribui na educação frente a formação do aluno, viabilizando a competência o incentivo a escuta e leitura para, no processo de aprendizagem do aluno no meio social. Portanto, é necessário que os docentes mantenham um conhecimento em sintonia com as novas mudanças, a fim de desenvolver uma perspectiva sólida que reflita uma visão de mundo contemporânea. Quando se trata de literatura, é importante reconhecer que algumas visões são produtos resultantes de modelos sociais de determinada época, podendo ser reproduzidas.
Nesse sentido, os educadores devem cultivar uma compreensão que seja atualizada e esteja alinhada com a evolução da sociedade, para que possam transmitir aos alunos não apenas os conteúdos literários, mas também uma análise crítica das perspectivas presentes na literatura, considerando seu contexto histórico e social.
Dado o impacto significativo na vida dos estudantes, o desenvolvimento do hábito da leitura exige que as escolas invistam tanto pedagogicamente quanto administrativamente em projetos que estimulem os alunos. Esses estímulos devem ocorrer tanto em sala de aula, desde as séries iniciais, quanto em ambientes externos. No entanto, a ausência de práticas e propostas coerentes que promovam a apropriação da leitura como uma atividade constante e prazerosa representa um desafio para a formação crítica e reflexiva dos alunos (MAMEDE, 2013). Nesse sentido, "quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê". Isso significa que a falta de leitura pode levar a uma incapacidade de compreender e se posicionar diante das questões sociais. Portanto, é fundamental superar essa lacuna e incentivar ativamente os alunos a se envolverem na leitura, não apenas como uma habilidade, mas como uma ferramenta para a construção de uma perspectiva crítica e informada sobre a sociedade.
Portanto, a escola deve desenvolver projetos de incentivo à leitura, visando envolver os alunos e promover a relevância social da literatura, destacando seu valor por meio da aplicação de estratégias pedagógicas. Essas estratégias devem ser fundamentadas nas necessidades reais dos alunos, buscando despertar o interesse deles para participar ativamente dessa prática. Dessa forma, a escola será capaz de cumprir sua função real e potencial de ser um ambiente que promove o estímulo e o prazer pela leitura. Além disso, esse compromisso contribui para o desenvolvimento dos processos de aprendizagem que têm na leitura um ponto central.
3 A escola e a literatura infantil
A utilização da literatura no contexto da mediação da aprendizagem dos alunos é essencial para garantir o desenvolvimento de habilidades que englobem as experiências de leitura e integrem elementos do aspecto cognitivo, intelectual e moral do indivíduo, por meio da construção de relações e reflexões nesse campo. Portanto, a escola tem a responsabilidade de promover o contato com a leitura desde cedo, de modo a fortalecer e incentivar o gosto pela leitura e o prazer em ler.
Assim, a literatura infantil teve seu início com Fonélon na segunda metade do século XVII, com a função de transformar narrativas da tradição oral em textos escritos (SILVA, 2008). A França foi um marco no que diz respeito à literatura direcionada ao público jovem, com obras traduzidas por Perrault e os irmãos Grimm. Esse movimento se expandiu e se consolidou no contexto da Revolução Industrial na Inglaterra, no século XVIII (LAJOLO; ZEBERMAN, 2007).
A literatura infantil surgiu a partir concepção do ser criança, pois foi necessário reconhecer suas necessidades e características próprias dessa fase (SILVA, 2008), e foi difundida pelo emergir da burguesia quanto classe social. Entretanto, o objetivo dessa literatura era de cunho moralizante a fim de transmitir valores (LAJOLO; ZEBERMAN, 2009) com objetivo de criar de um tipo de sujeito necessário para a nova ordem social.
Abramovich (1989) destaca a literatura como um instrumento de grande relevância no processo de desenvolvimento da criança. Ela ressalta a importância de ouvir histórias para a formação da identidade, uma vez que a leitura permite ao sujeito explorar o mundo e relacionar suas experiências pessoais com a capacidade de imaginação. Nesse contexto, a implementação de estratégias voltadas para a prática da leitura nas escolas deve considerar o envolvimento cognitivo do aluno como um ser ativo. Esse envolvimento é enriquecido pela introdução de elementos presentes nas histórias em quadrinhos, que permitem a percepção de diversos aspectos nos âmbitos cognitivo, intelectual e social. As histórias em quadrinhos atrelam os princípios e vivências da sociedade, abrangendo a realidade das crianças.
Durante a escolarização, a literatura deve ocupar um espaço privilegiado proporcionado pela prática docente, especialmente, quando na utilização da diversidade de gêneros para incorporar o estudo dos elementos no processo de ensino-aprendizagem. Maia (2007) argumenta que esses textos são excelentes para a apropriação da língua escrita, assim como a criação de jovens leitores, pois, para o autor, o contato inicial com a leitura é proveniente de textos que se relacionam com a realidade a fim de despertar a curiosidade dos educandos.
Nessa perspectiva, Lucas (2011) corrobora com o pensamento de Maia (2007) quando afirma que os primeiros momentos da aula são importantes para agregar uma história e levar os alunos a refletirem sobre os aspectos apresentados a partir do contato estabelecido nesse momento. Dessa maneira, o incentivo está intimamente ligado à curiosidade, ao encanto, à fantasia e à reflexão sobre os aspectos da realidade incorporados na literatura que o professor utiliza. Isso possibilita que os alunos participem ativamente por meio de recontos, produções textuais e diversas interpretações, que por sua vez podem ser compartilhadas socialmente.
Maia (2007) ressalta que, durante o processo de ensino-aprendizagem, o intuito de utilizar a literatura como eixo disparador também precisa aproximar os alunos a uma cultura letreada. Nesse sentido a alfabetização não facilita apenas a compreensão e interpretação bem como mensagens vinculadas a sociedade, possibilitando a participação mais ativa no debate público, assim por meio do incentivo dos professores, as crianças podem manifestar a reescrita atribuindo aspectos particulares de interpretação a fim de perceber o significado do que está escrevendo, além de potencializar a apropriação da língua escrita.
Siqueira (2008) ainda aborda essa atividade leva a criança ao desejo da leitura das histórias pois o aluno fica encantado pela história quando o professor utiliza o artifício que se concentram na percepção dos elementos isto coloca-os no universo onde se passa a história. Além desse enfoque, Bastos e Nogueira (2012) oferecem uma análise mais profunda sobre o papel da literatura na promoção do pensamento crítico dos leitores. Eles afirmam que a integração dessa literatura no processo de educação possibilita às crianças uma compreensão ampliada do mundo ao seu redor. Isso ocorre quando elas estabelecem conexões entre as mensagens presentes no texto, sua vivência interna e suas interações com os colegas, contribuindo para a desconstrução de estereótipos.
Nessa perspectiva, a inserção de práticas voltadas ao desenvolvimento da leitura é constituída de elementos que norteiam a aplicabilidade e a funcionalidade do ato de ler na escola. Para tanto, é importante considerar a leitura como uma ação exterior ao indivíduo e precisa ser estimulada, principalmente, quando no refere a formação de leitores. Assim, recai a compromisso sob os docentes em relação ao desenvolvimento da leitura enquanto hábito a ser incorporado a ser iniciado com os processos de contações para permitir o encontro com imaginação e reflexão da realidade (COSTA, 2013).
De acordo com Pimentel (2007), a escola necessita criar situações para que os discentes tenham contato com a leitura, como algo experiencial Para tanto, uma imensa força operacional necessita ser desenvolvida para transformar a biblioteca em um espaço ativo a fim de aprimorar os índices de leitura mediante a ampliação do espaço e fornecimento de recursos capazes de potencializar essa prática. Por isso, as atividades vinculadas à cotação de história permitem que os alunos pensem criticamente, saibam organizar ideias e façam uso da imaginação.
Corroborando, Coelho (2000) afirma que literatura infantil contribui na educação frente a formação do aluno viabilizando a demanda de aprendizagem e uso social. Assim, faz-se necessário que os docentes mantenham um conhecimento em sintonia com novas mudanças para obter, assim, um olhar com uma assim a literatura e importante associar que algumas visões são de fato parte decorrentes de modelos de uma sociedade de uma época que possam vim a ser reproduzidos.
A presença da literatura no processo de formação dos alunos é fortemente discutida a partir da inserção da prática da leitura em sala de aula com a finalidade de estimular o desenvolvimento do hábito direcionada a esse estímulo. Nesse contexto, o contato da criança com a leitura promove alguns benefícios que podem ser identificados a partir da capacidade em entender melhor o mundo ao seu redor, refletir criticamente acerca da realidade, facilidade em escrever e interpretar, criar e recriar. Desse modo, esses elementos são indispensáveis na formação de alunos enquanto cidadãos para cumprir as demandas sociais da atualidade.
De acordo com Cavalcanti (2009), a literatura é um elemento útil para o desenvolvimento humano da criança e possibilita a expansão do seu ser para que se torne um adulto equilibrado e feliz. Diante disso, o contexto da sala de aula se torna um espaço essencial para a aproximação dos alunos com a leitura mediante ao encanto proposto por meio de uma estratégia dialógica com o aluno que também expõe as suas opiniões a partir das suas realidades.
A capacidade de ler, gostar e se identificar com o que é lido, retoma a ideia da funcionalidade da leitura para formação do leitor, bem como, para a transformação do indivíduo. Nessa perspectiva, o conceito de letramento literário é discutido a partir da premissa de tornar significativo o hábito da leitura desde que seja ensinado, além disso, faz repensar sobre a função social da literatura desempenhada nos mais variados espaços.
Além disso, o letramento literário não está vinculado somente a habilidade de ler diversos gêneros literários, mas envolve a capacidade de entendê-los e identificar a sua significação para a vida, Para tanto, é importante que a funcionalidade social da literatura seja trabalhada de forma adequada na escola para garantir o desenvolvimento das capacidades direcionadas à leitura para fazer parte das faculdades e ações dos indivíduos.
Entretanto, a realidade de muitas escolas de educação básica apresenta uma distância das propostas as quais asseguram o desenvolvimento da leitura de forma instigante associada ao processo de ensino-aprendizagem de modo a envolver alunos e professores. Dessa forma, Costa (2013) ressalta que a escola ao não ensinar o aluno a ler, provoca prejuízos expressivos em sua formação. Para tanto, este espaço precisa entender como esse processo de ensinar a ler acontece para auxiliar os estudantes a partir da interação que a leitura favorece.
A partir do desenvolvimento do hábito da leitura prazerosa e formadora, é que a escola precisa investir pedagogicamente e diretamente em iniciativas que estimulem os alunos fazê-la, tanto em sala de aula desde a etapa inicial, quanto em espaços fora dela. Entretanto, quando não existem práticas e propostas e/ou coerentes que incentivam a incorporação da leitura enquanto atividade constante e prazerosa, a formação crítica e reflexiva do discente torna-se um desafio. De acordo com Mamede (2013), o gosto pela literatura é ampliado com a utilização dos elementos introduzidos em histórias, a exemplo, as fábulas, ao possibilitar a percepção de diversos aspectos no sentido cognitivo, intelectual e social.
Portanto, a inserção da literatura é essencial para o desenvolvimento de uma aprendizagem contextualizada em torno dos parâmetros que potencializam as habilidades dos alunos durante a sua formação. Nesse sentido, a escola precisa compreender a finalidade e os benefícios da literatura durante esse processo formativo para promover experiências significativa apropriadas para seu nível de compreensão, como uma abordagem que busca de modo reflexivo compreender os ritmos e interesses de cada discente.
4 Estratégias para contação de história na educação infantil
Contar histórias é um ato verdadeiramente mágico, uma arte que abrange uma diversidade de ferramentas destinadas a capturar a atenção dos ouvintes e realizar algo extraordinário que brota de dentro, transmitindo significado profundo. Esse processo exige do educador uma dose considerável de espontaneidade, uma conexão íntima com sua narrativa, expressões corporais que transmitam envolvimento, e vai além, requerendo recursos bem empregados e tempo de preparação. O professor, ao mergulhar nesse universo, busca não apenas atender, mas encantar seu público-alvo, especialmente quando se trata de capturar a atenção dos receptores. Como afirmado por Abramovich (1997), a cotação de histórias não deve ser um esforço desprovido de planejamento. Nesse contexto, a preparação torna-se imperativa para evitar lacunas na comunicação do professor ou mesmo a frustração entre os estudantes, já que estes são sensíveis a qualquer falha na transmissão da mensagem contida na narrativa.
A habilidade de contar histórias, quando empregada como recurso pedagógico, requer uma sincronia cuidadosa por parte do educador. É essencial que o professor esteja plenamente imerso na estratégia, de modo a cativar o aluno e incitar a imaginação deste mesmo após a conclusão da narrativa. Além de oferecer esse momento de envolvimento, o docente, ao explorar a prática da cotação de histórias, possui a oportunidade de fomentar novas abordagens pedagógicas. Entre essas possibilidades, estão a utilização do teatro, a promoção de releituras por parte dos alunos, o estímulo à expressão artística através do desenho, bem como a promoção da leitura, entre outras alternativas enriquecedoras.
O mediador necessita de clareza ao contar uma história ou mesmo analisar leitura do aluno no processo o da literatura e um momento da aquisição e construção da linguagem em fase de alfabetização. Nesse contexto, é fundamental que o professor adote uma abordagem objetiva ao ler o texto, indo além da simples didatização. O educador não deve ser o único protagonista desse momento; ao contrário, é crucial que ele estimule a participação ativa dos alunos, promovendo uma interação enriquecedora. A estratégia de contação exige mediação cuidadosa, infundida de intencionalidade e emanação de afeto, criando assim um ambiente propício para despertar o interesse da criança
No processo pedagógico na educação infantil contem variedades de livros. Nesse sentido o educador antes de fazer uso do livro como necessita fazer uma análise do material, seja ele livro didático, PDF, material em HQ etc., pois nessa etapa de alfabetização há diversas histórias para atender a o processo precisa conter a faixa etária direcionada para o público alvo de aluno para que o discente consiga compreender consequentemente necessita conter uma linguagem objetiva com clareza.
Conforme Coelho (1999) pontua, os contos de fadas constituem uma arena em que as crianças mergulham na magia do lúdico, entrelaçando-se com os personagens das histórias. Nesse sentido, as fábulas desempenham um papel fundamental ao incitar a imaginação intrínseca na criança, permitindo-lhe vivenciar experiências ricas e envolventes, especialmente quando exploradas de maneira intencional e direcionada.
As fábulas, em sua essência, frequentemente capturam o encantamento característico da fase pré-mágica, abrangendo o período aproximado dos três anos de idade. Durante essa etapa, as narrativas conseguem instigar a sensação de magia na criança, graças à sua habilidade de incorporar repetições significativas no tecido textual. Essas repetições, cuidadosamente inseridas nas situações acessíveis ao aluno e vinculadas à sua esfera afetiva e ao contexto social, ressoam particularmente nesse grupo etário. A criança, já dotada de uma autonomia perceptível, nessa idade, começa a requisitar a reiteração da história, e essa repetição continua a ter relevância até os seis anos. Além disso, as fábulas carregam consigo uma dimensão moral, a qual é transmitida de forma contextualizada, uma vez que seus personagens frequentemente são animais. Isso dá margem à atribuição de vozes e sons aos personagens, enriquecendo ainda mais a experiência narrativa.
Nesse contexto, é de extrema relevância que a prática de contar histórias, empregada como estratégia na educação infantil, seja imbuída com elementos que cativem as crianças. Essa abordagem requer uma atenção meticulosa, considerando tanto a seleção de conteúdo atrativo como a sua apresentação. O educador deve ser sensível às nuances, cuidando de gestos, entonação vocal e movimentos corporais, uma vez que o corpo em si comunica uma linguagem vital. Além disso, é imperativo que o educador esteja atento à escolha das palavras, evitando vocabulários inadequados para a faixa etária das crianças. Para que o professor exerça com eficácia o papel de instrumento didático-pedagógico, é essencial manter-se atualizado e comprometido em criar momentos mágicos e inesquecíveis, enriquecendo assim a experiência das crianças.
Existem outros recursos muitos discutido de aprendizagem bem como: Teatro, desenhos, dobraduras, fantoches, materiais reciclados, uso de aplicativos, plataformas oline isso de acesso para facilitar uso e acesso ao conhecimento eletrônico dentre outros validos enraizar que o local para fazer uma conotação de história deve ser um local pensado não pode conter ruídos e sugerível na maioria das vezes que seja em local aberto. Sendo assim agradável para o aluno na fase de alfabetização.
5 A literatura no processo de alfabetização da criança
A aprendizagem está diretamente ligada a utilização do código escrito enquanto instrumento de utilidade social para os indivíduos, e é presenciada desde muito cedo, mais especificamente na Educação Infantil mediante a responsabilidade assegurada pela escola para esta finalidade. Deste modo, é importante considerar as situações vivenciadas pelas crianças no que tange o acesso à cultura escrita, bem como as diferentes formas de serem introduzidas nesse universo. Em destaque, com a preocupação de estabelecer relações entre o que é escrito e a sua função social a partir das atividades propostas, primordialmente, nas contações de histórias.
Alfabetizar configura-se como necessidade macro no contexto da educação formal da criança. Dessa forma, é possível descrever esse processo a partir da precisão para nortear a aquisição do código escrito (FERREIRO; TEBEROSKY, 1999). Nesse contexto, a identificação das letras necessárias para a construção de palavras, sentenças e textos são parte da denominação “alfabetização”. Cujo são construídos em um ambiente social cujo processo deve ser contínuo de compreensão.
É importante ressaltar algumas preocupações que os docentes apresentam no ato de alfabetizar em detrimento das dificuldades de propor a aproximação da criança ao código escrito para seu possível desenvolvimento. No cotidiano escolar, muitos recorrem aos métodos tradicionais de alfabetização que focaliza na mecanicidade e codificação da escrita de forma isolada. No entanto, são estratégias discutidas na qual engloba diversas possibilidades que se atrelam à codificação e decodificação dos signos a partir da utilização de textos infantis.
Nessa perspectiva, a necessidade de propostas que são capazes de contemplar a função da escrita mediante ao acesso a textos contados, possibilita a compreensão do uso desse instrumento em diversos segmentos da sociedade. Para tanto, é preciso compreender que a escrita é um instrumento nas vivências sociais e atribui influências a partir do seu uso coerentemente assegurado a partir das necessidades da sociedade.
Soares (1999) enfatiza a necessidade da utilização da leitura no processo de desenvolvimento da escrita, uma vez que, o sentido proposto é apreciado e é capaz de instigar a criticidade mediante a identificação das estruturas apresentadas partir do discurso escrito. Assim, a incorporação da leitura não se reduz necessariamente ao que é apresentado de forma escrita e posto a ler, pois o próprio conhecimento de mundo diante das experiências antecede a leitura da palavra (FREIRE, 2011).
Nesse contexto, torna-se evidente a influência do construtivismo no processo de alfabetização, pois considera o amadurecimento da ordem cognitiva como guia para o desenvolvimento das habilidades internas e externas do indivíduo. A abordagem que enfatiza a alfabetização por meio de textos, proporcionando um contato direto com diferentes tipos de leitura, viabiliza o estabelecimento de relações significativas com a evolução da linguagem escrita. De acordo com Francioli (2010), essa perspectiva propõe uma análise da progressão da escrita, alinhando-se aos estudos da renomada pesquisadora Emília Ferreiro, também reconhecida pelas suas "hipóteses da escrita.
A evolução da escrita percorre cinco níveis: o primeiro apresenta os traços da escrita reproduzidos pelas crianças em formas de garatujas; o segundo nível, conhecido como pré-silábico, a criança é capaz de diferenciar os números das letras e consegue identificar as letras a partir dos sons manifestados na língua oral; no terceiro nível, conhecido como silábico, contempla a capacidade de interpretar a letra a seu modo, atribuindo o valor de sílaba a cada uma, pois atrela ao valor sonoro; no quarto nível, o silábico-alfabético, a criança compreende identifica as sílabas mediante a percepção total da lógica do nível anterior; no quinto nível, chamado de alfabético, a criança apresenta o domínio do valor das letras e das sílabas, (re)construindo o sistema linguístico mediante a sua organização.
A partir das estratégias propostas no processo de alfabetização de crianças, é importante sugerir atividades que contemplem a escrita dentro de contextos e possibilitem as compreensões acerca das vivências a serem introduzidas mediante ao contato com textos e histórias infantis de modo que os alunos sejam incorporados no mundo da fantasia. Por isso vale destacar a necessidade de os professores possibilitarem momentos oportunos para as crianças se expressarem por meio da sua escrita e do seu próprio modo (FERREIRO, 2011).
Nessa perspectiva, a aproximação da criança com a escrita, a partir de textos e até mesmo da utilização da literatura, apresenta-se como uma ferramenta relevante para essa etapa na educação infantil, em destaque, levando em conta as suas concepções para a formação humana do indivíduo diante do encantamento. Além disso aponta a literatura a partir das histórias contadas, enquanto elemento fundamental para a percepção e construção de valores, caráter e compreensão do aluno, diante da sensibilidade proporcionada pelo imaginário. Essa contextualização vivenciada nos seguimentos da sociedade promovida pelas histórias ampliam a necessidade e função da escrita para o desenvolvimento na alfabetização.
Romão e Viégas (2017) a relevância de levar em consideração os métodos e estratégias para o desenvolvimento da escrita e da leitura, vinculando também a função social da escrita nas atividades propostas. Dessa forma, é preciso ter a compreensão da aplicabilidade dos princípios que regem a noção de letramento e sua relação com os contextos sociais e culturais vivenciados pelos indivíduos a partir da satisfação das suas vivências por meio do sistema comunicativo e dos elementos que compõe esse sistema.
Portanto, as relações entre o processo de alfabetização no que tange ao ensino do código escrito e a necessidade da leitura proposta a partir da utilização das histórias, possibilita o desenvolvimento da escrita de forma mais sólida, garantindo também a identificação dos níveis da escrita dos alunos nos contextos que evidenciam tais identificações por meio de atividades solidificando esse processo. Desse modo, é importante compreender a importância de um ambiente alfabetizador capaz de promover o contato da criança, desde muito cedo, com diferentes textos e atividades promovendo o desenvolvimento significativo da escrita.
A prática de leitura no ambiente escolar engloba um conjunto de estratégias que possibilita a incorporação de um hábito que é exterior ao indivíduo a partir da utilização de elementos suficientemente capazes para despertar o envolvimento dos alunos nas atividades voltadas à leitura. Nesse contexto, é essencial que a escola, em seu pleno compromisso pela formação humana, atrele as práticas formativas à utilização da literatura enquanto instrumento necessário para o despertar crítico e reflexivo diante das novas demandas sociais.
Nesse contexto, ressalta-se que o profissional docente é o principal responsável em planejar e aplicar atividades que despertem nos alunos o desejo e interesse de maneira que sintam prazer em realizar leituras e, consequentemente, a prática da escrita. Para tanto, é preciso um compromisso da parte do professor em prol da mudança educacional e social para que sua prática esteja acompanhada de uma didática de ensino eficaz, inovadora e crítica.
Por isso, os projetos de leitura na escola precisam proporcionar um conjunto de atividades que contemplam o desenvolvimento do hábito da leitura que necessita ser iniciado na sala de aula. Dessa forma, o contato do aluno com a literatura por meio da escolha de livros possibilita a prática da função social da literatura associando ao letramento literário mediante a identificação pessoal e a funcionalidade da leitura nas mais variadas esferas sociais.
Nessa perspectiva, a presença dos textos, especialmente infantis, durante a contação de história promovem o contato com o imaginário essencialmente necessário para a formação humana das crianças. Isso porque promove a capacidade de refletir a funcionalidade da escrita em diversos contextos. Esse momento de significação admite uma postura coerente por parte do professor, pois integra a responsabilidade de ensinar e acompanhar o desenvolvimento de competências de forma significativa, incorporando o sentido do que é feito e lido.
A contação de histórias infantis para auxiliar na identificação dos níveis de escrita da criança, manifesta o comprometimento necessário para o desenvolvimento da escrita a partir da aplicação de atividades essenciais com objetivo de nortear esse processo. Assim, ao invés de tratar a alfabetização com estratégias de ensino isoladas, configura-se na incorporação de ferramentas a promoção da significação diante dos contextos em que se manifestam.
Sendo assim, a escola e a prática docente têm a responsabilidade de planejar e adotar abordagens inovadoras, incorporando em seu trabalho o elemento da diferença. Isso implica englobar atividades de leitura que abordem diversas temáticas e também estimular a criação de produções literárias. A literatura, dada a sua poderosa influência sobre os indivíduos, desempenha um papel fundamental na formação não apenas durante o processo de alfabetização, mas também na construção do caráter, moldando comportamentos, expressões e linguagens de maneira distinta e vibrante.
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