- INTRODUÇÃO
Nas discussões a respeito da Educação ao longo da história, encontramos o termo “Currículo” como ponto de partida primordial e fundamental para qualquer que seja a mudança proposta quando existem modificações estruturais na sociedade. Surgem com isso inúmeras teorias, debates e reflexões acerca do Currículo escolar, na tentativa de entendê-lo, contextualizá-lo e principalmente ressignificá-lo de acordo com o que a nova situação exige.
Há várias indagações a serem feitas sobre o currículo presente nas escolas, bem como necessidade de compreender que os currículos não são conteúdos prontos a serem passados aos alunos, como obrigatórios na “grade curricular”. Ele é uma construção e seleção de conhecimentos e práticas produzidas em contextos concretos e em dinâmicas sociais, políticas e culturais, intelectuais e pedagógicas, que expostas às novas dinâmicas e reinterpretados em cada contexto histórico.
Com isso é necessário pensar se o currículo existente nos espaços escolares, visando só o desenvolvimento cognitivo do estudante é suficiente para que o aluno saia com saberes para a vida, ou se é preciso que os currículos sejam repensados para que haja uma formação integral do sujeito.
Queremos discutir currículo, partindo do entendimento desse, como as experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais, e que contribuem para a construção das identidades de nossos/as estudantes (Candau e Moreira,2007). Currículo associa-se, assim, ao conjunto de esforços pedagógicos desenvolvidos com intenções educativas. Alguns pesquisadores acreditam, por um lado, que os alunos(as) devem ser estimulados ao máximo. Por outro lado, entende-se que o excesso de atividades seja prejudicial na medida em que os alunos(as) já não têm o tempo livre para simplesmente brincar.
“A educação, na sua acepção mais ampla, tem objetivos que ultrapassam o raio de ação da escola” (Soares, 2007, p. 136). Para verificar o alcance desse objetivo, é preciso que se tenha uma miríade de olhares sobre inúmeras variáveis,o que ultrapassa o escopo de qualquer estudo acerca da educação. Assim, o presente artigo tem como objetivo fazer uma revisão bibliográfica sobre a teoria do currículo e como as atividades extracurriculares ajudam no processo de formação do discente e uma reflexão acerca da sua não obrigatoriedade nas escolas.
Eccles e Gootman (2002) defendem que a participação em atividades extracurriculares, tais como desporto, artes, oficinas, entre outras, podem proporcionar
oportunidades diversas para o crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes. Estes autores consideram que os horários regulares, a orientação de um adulto, a ênfase no desenvolvimento de competências, a atenção que requer o envolvimento na atividade, as oportunidades e os retornos contribuem para o desenvolvimento positivo dos jovens.
A partir desse momento, é possível ter uma maior compreensão sobre a relevância das atividades extracurriculares no processo formativo, assim como a importância do cumprimento das atividades obrigatórias, pois executam um papel fundamental na formação do/a estudante. Pesquisar e articular os aspectos que esclarecem o desenvolvimento integral dos estudantes é um estudo que demanda dedicação e que trará contribuições significativas para a compreensão daaprendizagem, no sentido de que tanto uma como outra variável tem papel importante no desempenho escolar.
Sobre esse aspecto definimos algumas questões para melhor explicar o problema de investigação, são elas: Quais aspectos da formação escolar dos estudantes são contemplados com o desenvolvimento das atividades identificadas como extracurricular? Qual o lugar dessas atividades no processo de organização do currículo escolar? Como essas ações formativas são inseridas nos planos de trabalho dos professores/ as e quais os efeitos objetivos dessas ações?
2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A TEORIA DO CURRÍCULO
Este capítulo refere-se, à apresentação dos fundamentos teóricos que orientam o estudo da investigação, na perspectiva de refletir sobre os temas Currículo e Educação e identificar, no conjunto da argumentação teórica sobre esse objeto, o lugar e relevência das atividades complementares à formação cognitiva, denominada de forma comum como “atividades extracurriculares”. Com a formulação desse novo campo de estudo em educação, conforme Silva faz referência à obra The Curriculum do autor John Franklin Bobbitt(1918), elaborou-se uma concepção de currículo como um sistema racional de resultados educacionais,produzidos e medidos com rigorosidade.
Nesse sentido, o que se coloca é uma visão fabril de aprendizagem em que os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem devem ser monitorados. Nesse contexto, “o currículo é supostamente isso: a especificação precisa de objetivos, procedimentos e métodos para a obtenção de resultados que possam ser precisamente mensurados” (Silva, 2010, p. 120). No entanto, há uma a multiplicidade de concepções existentes acerca do currículo, tornando-se complexo defini-lo. Apresentaremos neste trabalho as três principais vertentes teóricas acerca da conceptualização desse conceito: as Teorias Tradicionais, as Teorias Críticas e as Teorias Pós- Críticas.
As Teorias Tradicionais são caracterizadas pela priorização de questões técnicas e convencionais na construção e organização curricular. Entende-se o currúculo como um campo neutro, principal foco identificar os objetivos da educação escolarizada, que proporciona uma educação geral, acadêmica, ou seja, formar o trabalhador especializado. Silva (2007) explica que essa teoria teve como representante principal Bobbitt5, autor que desejava que a escola funcionasse como uma empresa industrial ou comercial.
As teorias tradicionais do currículo caracterizam-se pelo rompimento com o modelo padrão clássico humanista de educação e, logo, de currículo, centra-se na essência do intelecto, no conhecimento; homem constituído por uma essência imutável, ensino de caráter verbalista, autoritário e inibidor da participação do aluno, conteúdos enciclopédicos, descontextualizados, valorização do conteúdo, do aspecto intelectual, da disciplina, educação centrada no professor, que deve dominar os conteúdos, ensinar é repassar conhecimentos, aprendizagem é a modificação de desempenho, ensino é processo de condicionamento/ reforço da resposta, através da mecanização do processo.
Nesse sentido, a elaboração do currículo limitava-se a ser uma atividade burocrática, desprovida de sentido e fundamentada na concepção de que o ensino estava centrado na figura do professor, que transmitia conhecimentos específicos aos alunos, esses eram vistos apenas como meros repetidores dos assuntos apresentados. Por muitos anos, a única discussão era sobre a didática do professor, a grande preocupação era de como ensinar e nunca o que ensinar. Tinha-se o pensamento de que o Currículo não podia ser mudado, era algo estático. Hoje sabemos que o Currículo pode ser alterado.
Difundiu-se a ideia de que a percepção crítica das funções e objetivos do currículo é de indispensável relevância para elaboração dele. Silva (2011, p.30) postula que, conforme “as teorias tradicionais eram teorias de aprovação, ajustamento e adaptação”, as teorias críticas eram “de desconfiança, indagação e mudança radical”. Diferentes autores ao redor do mundo defenderam as teorizações críticas da educação. Mesmo alguns deles não terem feito estudos especificamente sobre a questão curricular, colaboraram indiretamente para o crescimento de uma teoria crítica, ao apresentarem as peculiaridades dela.
Essa corrente teórica vê a escola como um instrumento ideológico do Estado que propaga e difunde suas ideias e valores por meio do currículo, influenciando grande parte da população de um país por um extenso período de tempo. O entendimento do currículo deve levar em consideração as questões de identidade e de poder. Nesse contexto, os conteúdose competências oficiais do currículo escolar também é uma questão de classe e, portanto, de capital econômico, social e cultural, conforme pensado em Bourdieu (2012).
De acordo com Gonçalves (2012, p.15) “o currículo é sempre resultado de uma seleção: de um universo mais amplo de conhecimentos e saberes seleciona-seaquela parte que vai constituir precisamente o currículo”. Nesse sentido, aquilo que “constitui o currículo é o resultado de um processo que reflete os interesses particulares das classes e grupos dominantes” (Gonçalves, 2012, p. 15). É preciso pensar nessa seleção de saberes, a fim de saber se contempla as habilidades necessárias para a formação completa do sujeito.
Desse modo, as teorias críticas do currículo surgem como uma alternativa para compreensão do processo de ensino aprendizagem e dos saberes e competências que perpassam o currículo. Colocam-se no lugar da crítica dos conhecimentos até então naturalizados no currículo, entendido, aqui, não só como conteúdos, objetivos, competências, metodologias, etc., mas também como uma práxis pedagógica ligada à dinâmica da vida social, à luta de classes e, portanto, ligado à cultura.
Silva (2010) enfatiza ainda que essas teorias surgem como uma nova forma de “conceptualização”, como um “movimento” que critica a concepção tecnicista de currículo pensada pelos primeiros pesquisadores da área, tais como John Franklin Bobbitt e o Ralph Tyler. Nesse sentido, as teorias críticas do currículo se constituíram/constituem a partir da insatisfação com o modelo de ensino vigente à época, como uma crítica ao modelo tecnocrático de currículo.
Vale destacar a importância da última categoria que analisaremos neste trabalho: as Teorias Pós-Críticas de currículo. Pode-se dizer que as teorias pós-críticas defendem o reconhecimento da pluralidade cultural e diversidade humana, pois elaboram uma concepção de currículo que dialoga com as categorias de identidade, alteridade e diferença.
De acordo com Silva (2016), as Teorias Pós-Críticas são mais problematizadoras que as teorias críticas no que se refere aos processos de dominação social, pois discutem aspectos da dominação e opressão outrora apagadas, tais como as relações de poder materializadas na distinção social, econômica, étnica, cultural, de gênero e de sexualidade. Desse modo, as Teorias Pós-Críticas do currículo destacam as questões de ordem pós-estruturalista, lutando por igualdade e liberdade dos grupos e das identidades marginalizadas; desnaturalizando saberes hegemônicos tradicionalmente materializados no currículo.
Desta maneira, a compreensão acerca das Teorias do Currículo é indispensável, pois, por meio dessa compreensão perceberemos quais são os valores e hábitos que nossos currículos induzem e perpetuam. Somente a partir dessa reflexão, poderemos elaborar currículos verdadeiramente inclusivos.
Nessa perspectiva, subentende-se que exista o currículo formal, manifesto e previsto, que expõe os alunos a determinadas experiências e prevê aulas, trabalhos práticos e exames; e o informal ou oculto, que seria o conjunto de experiências e estímulos que o estudante recebe sem que tenham sido previstos nem planejados pelas instâncias instituídas. Com isso, as atividades extracurriculares são tratadas na literatura sob nomenclaturas, óticas e segmentos distintos que podem indicar a singularidade e a intencionalidade do estudo, entendidas como aquelas que não são concebidas com características obrigatórias, mas se encontram sob a responsabilidade da instituição e fazem parte do currículo de formação do aluno.
3. COMO PENSAR AS ATIVIDADES EXTRACURRICULARES NO ESPAÇO ESCOLAR
O currículo é muito mais do que um documento dizendo a respeito da forma em que os docentes devem atuar em suas salas de aulas, ele influencia a educação, desde o ambiente até a lógica social onde está inserido o discente. Para analisar antropologicamente a dinâmica escolar é preciso observar as particularidades das relações sociais dos sujeitos que a compõem. As atividades extracurriculares estão associadas a propostas de aulas que não fazem parte do currículo básico escolar como componentes curriculares obrigatórios (português, matemática, história...), mas que ajudam no processo de aprendizagem do aluno (a), sendo elas incluídas como atividades complementares.
Desta maneira, elas não são incluídas como disciplinas obrigatórias, mas, essas atividades extracurriculares representam práticas que buscam complementar e harmonizar o currículo das aulas, bem como ampliar os horizontes do conhecimento e sua prática fora do ambiente de sala de aula e garantir a interdisciplinaridade do currículo, sendo componentes curriculares que enriquecem eimplementam o perfil do aluno na sua formação.
De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia:
As atividades complementam e enriquecem a vivência acadêmica e favorecem o processo de formação e que toda atividade cumprida dentro de um projeto pré-elaborado, seja um trabalho de estimulação cognitiva nas diferentes áreas, seja de atividades de desenvolvimento socioafetivo, traz um ganho significativo tanto no desempenho acadêmico quanto na formação geral do indivíduo. Fazem parte desses trabalhos aulas de reforço de conteúdo programático, oficinas de artes (teatro, música, artes plásticas, dança), esportes, arte culinária, artesanatos, marcenaria e feiras culturais, entre outras atividades. (Bombonatto, 2013).
Partindo dessa compreensão, quando essas atividades estão inseridas no âmbito escolar oferecem, experiências diferentes daquelas esperadas em um ambiente de sala de aula tradicional. Assim, uma atividade extracurricular disponibiliza ao aluno novas oportunidades de aprimorar sua experiência escolar. É perceptível que cada vez mais autores defendem a necessidade de implementar atividades de caráter extracurricular obrigatório.
A motivação escolar é determinante para a qualidade da aprendizagem e do rendimento escolar, pois um aluno motivado mostra-se empenhado no processo de aprendizagem escolar, persistindo rumo aos seus objetivos mesmo perante tarefas exigentes (Guimarães & Boruchovitch, 2004.).
Ao verificar essa importância das atividades extracurriculares, é preciso destacar pontos que são importantes no processo educacional, entendendo-o como forma de promoção do desenvolvimento humano da criança. Ou seja, restringir a educação a conteúdos disciplinares é privar os estudantes de alçar voos com suas próprias asas, dessa forma, não é uma maneira de ajudar no crescimento do indivíduo, deve abrir portas e possibilitar ao aluno construir novos conhecimento e aprendizados além do currículo tradicional, o objetivo de atividades extracurriculares para crianças e adolescentes, é também uma forma de interação humana e uma fonte de socialização, onde se constrói importante saberes. A Educação Básica no país é constituída por três etapas6, dentre elas o Ensino Fundamental onde é a etapa mais longa, voltada a alunos de 67 a 14 anos.
Contudo, o artigo 26 da LDB nos faz pensar na importância de definir uma base curricular comum para todos os estudantes de todo o país. Os fundamentos do Currículo visam garantir que todos os alunos adquiram os conhecimentos, competências e valores fundamentais mínimos necessários para se tornarem cidadãos. Ao mesmo tempo, a possibilidade de diversificação permite à escola e ao sistema educativo ajustar o currículo de acordo com as necessidades locais e as características dos alunos. Esta abordagem reconhece que a educação não deve ser uniforme em todos os aspectos, mas deve garantir que todos os alunos tenham acesso a um mínimo de aprendizagem básica. Por meio do Artigo 26, a LDB busca criar um marco regulatório que promova a equidade, a qualidade e a diversidade na educação no Brasil.
Assim, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece habilidades específicas para cada etapa do ensino fundamental, a partir de uma lógica de complexidade partindo de atividades mais simples até as mais complexas, sendo coerente com cada idade e com as possibilidades de cada etapa de desenvolvimento. Desta forma, fornecendo subsídios para que as escolas elaborem seus currículos e Projetos Políticos Pedagógicos (PPP), de modo a garantir uma formação integral aos alunos do Ensino Fundamental.
Com isso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz habilidades específicas de forma concisa para o Ensino Fundamental, divididas por áreas do conhecimento. Em Artes, os alunos exploram e apreciam manifestações artísticas, criando e expressando ideias através das artes visuais, música, dança e teatro, enquanto também conhecem artistas e movimentos culturais. Na Educação Física, eles participam de atividades físicas de maneira saudável e consciente, desenvolvendo habilidades motoras e cognitivas por meio do movimento, além de compreenderem a importância das práticas esportivas.
Apesar de existirem evidências a favor da prática de atividades extracurriculares, vários são os autores que defendem precisamente o contrário e o efeito prejudicial desta prática. Para Holland e Andre (1987) o número total de atividades em que os estudantes estão envolvidos, bem como o tempo em que eles se comprometem com essas atividades são variáveis que têm sido muitas vezes ignoradas na literatura.
Esses autores, em suas pesquisas, puderam contribuir de forma significativa para os estudos sobre as atividades extracurriculares, sobretudo, quando destacaram sobre a importância delas e a relação com os pares, Eccles e Barber (1999) que em sua pesquisa descobriram que os alunos que praticam atividades extracurriculares têm mais amigos com melhores resultados e que pretendem ingressar no ensino superior, o que não acontece com aqueles que não praticam. Defendem que os jovens muitas vezes participam em atividades extracurriculares, porque estão intrinsecamente motivados e isso permite demonstrar esforço, persistência e concentração, e explorar a sua identidade (Eccles & Barber, 1999).
Além disso, a interação com outros jovens favorece o estabelecimento de comportamentos pró-sociais. Mahoney e Stattin (2000) sugerem que quanto mais tempo os jovens passam a praticar atividades extracurriculares, menos tempo têm para serem aliciados por comportamentos problemáticos. Desse modo, podemos perceber a importância das atividades extracurriculares e seus benefícios para os jovens e que participar dessas atividades proporciona um pensamento crítico, e uma mentalidade voltada para a faculdade e outros cursos de formação.
Essas atividades extracurriculares podem trazer os seguintes benefícios: aprimorar talentos individuais, ao se envolverem em atividades de interesse e para as quais já possuem habilidades; promover o trabalho em equipe e as habilidades de liderança, ao desenvolverem habilidades de colaboração, comunicação e resolução de problemas em conjunto, estimular a responsabilidade e a disciplina, ao aprenderem a gerenciar seu tempo de forma eficaz para cumprir prazos e compromissos, melhorar competências sociais e emocionais, ao lidarem com desafios, aprenderem a controlar o estresse, superarem a timidez e evoluírem nas habilidades de comunicação.
Para que todas essas habilidades sejam aproveitadas pelos discentes são necessários participar de: cursos de idiomas , no qual aprender uma língua estrangeira pode trazer muitos benefícios para os alunos, como ampliar o repertório cultural, desenvolver o raciocínio lógico, melhorar a comunicação e abrir novas oportunidades de estudo e trabalho.
Esportes: Praticar esportes pode melhorar a saúde física e mental dos alunos, além de estimular o trabalho em equipe, a disciplina, a autoestima e a liderança. Alguns exemplos de esportes que podem ser oferecidos são: futebol, basquete, vôlei, natação, judô, ginástica, etc.
Atividades artísticas: As atividades artísticas podem despertar a criatividade, a expressão e o talento dos alunos, além de proporcionar momentos de diversão e relaxamento. Alguns exemplos de atividades artísticas que podem ser realizadas são: pintura, artesanato, música, fotografia, teatro, canto, dança, etc.
Clubes de leitura: Os clubes de leitura podem incentivar o hábito da leitura, ampliar o vocabulário, desenvolver a interpretação e a escrita, além de promover o debate e a troca de ideias entre os alunos. Os clubes de leitura podem escolher livros de diferentes gêneros e autores, de acordo com o interesse e o nível dos participantes e dentre outras atividades.
Espaço maker/Clube de robótica: O espaço maker ou clube de robótica pode estimular o interesse dos alunos pelas ciências, tecnologias, engenharias e matemáticas (STEM), além de desenvolver habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas, inovação e colaboração. Os alunos podem aprender conceitos básicos de programação, eletrônica e mecânica, além de criar projetos práticos usando materiais recicláveis ou kits específicos e dentre outras possibilidades.
A escola é o ambiente em que os estudantes passam a maior parte do tempo, socializam, aprendem as regras básicas de conduta e recebem as orientações necessárias para tomar decisões que irão impactar o seu futuro. Assim, desenvolver atividades extracurriculares, a experiência escolar tende a ser ainda vantajosa.
Com isso, as atividades extracurriculares na escola tem a finalidade de proporcionar uma formação integral aos estudantes, promovendo o desenvolvimento das mais diversas habilidades. Essas práticas complementam as atividades tradicionais, possibilitando que os sujeitos tenham experiências com conteúdos que vão além dos limites da sala de aula e que podem assegurar uma formação ainda mais completa
3.1 Base Nacional Comum Curricular ( BNCC): suas implicações nas atividades extracurriculares na formação dos alunos(as).
O Documento da BNCC inicia a sua justificativa com os marcos legais desde o Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, a importância de uma base nacional comum curricular para o Brasil, com o foco na aprendizagem como estratégia para fomentar a qualidade da Educação Básica em todas as etapas e modalidades, e ainda referindo-se a direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.
A necessidade de uma base comum para os Currículos Nacionais está prevista na Constituição de 1988, em termos de “conteúdos mínimos”, na Lei de Diretrizes e Base da Educação n.º 9.394/96, nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental de 9 anos, normatizando que:
Os conteúdos que compõem a base nacional comum e a partediversificada têm origem nas disciplinas científicas, no desenvolvimento das linguagens, no mundo do trabalho, na cultura ena tecnologia, na produção artística, nas atividades desportivas e corporais, na área da saúde e ainda incorporam saberes como os que advêm das formas diversas de exercício da cidadania, dos movimentos sociais, da cultura escolar, da experiência docente, do cotidiano e dos alunos (BRASIL, 2013, p. 114).
Triches e Aranda (2015, p. 03) em concordância com Couto (2014), explanam que a “Base é como a estrutura constituinte dos currículos de todos os sistemas e estabelecimentos de ensino e federação”.
A BNCC é um documento normativo, sendo sobretudo, uma política de centralização curricular, a qual define as “habilidades”, as “competências”, os “procedimentos” e a “formação de atitudes” e os “direitos de aprendizagem” que devem nortear o trabalho pedagógico em todas as escolas brasileiras e em todas as etapas da educação básica (da educação infantil ao ensino médio). Obrigatória e com repercussão nacional (Cássio, 2018).
De acordo com a terceira e última versão da BNCC reforçou a ideia de currículo integrado via competências, contextualização e interdisciplinaridade. A competência é definida como a mobilização de conhecimento entendido como conceitos e procedimentos; habilidades como práticas cognitivas e socioemocionais; atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho (Brasil, 2017).
Santos e Primi, (2014, p. 11), discutem que uma educação que prepare as crianças e jovens para os desafios do século 21 deve criar condições para o desenvolvimento do ser humano de forma integral, dando ênfase a todas as competências para o sucesso acadêmico, profissional e pessoal. E necessárioanalisar que ainda o currículo intencional das escolas não leva em consideração o aluno em seu contexto integral. Nora, et al, (2019), discorre sobre os desafios da educação do século 21:
Os desafios da educação contemporânea são grandes no sentido de trazerem ao debate a necessidade de se garantir, além do acesso à escola, a conclusão dos estudos escolares acompanhada da aprendizagem integral. Ou seja, desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais. A educação escolar surge com um importante papel na estratégia de ajudar as crianças e jovens a desenvolverem de forma estruturada e significativa suas competências. (p. 310)
Diante do contexto social e político, os quais estão inseridos se faz necessário se ater nas implicações que estão ocorrendo na educação e em especialaos assuntos que reverberam acerca do currículo e a formação de professores, tendo em vista as contribuições críticas e reflexivas, quanto a essas temáticas que sempre estão sendo citadas em discursos reformistas ou que visam a qualidade educacional.
Diante da indagação trazida por Cericato (2018), sobre o que significa formar um professor, nos leva a refletir acerca de outro questionamento: como requerer as competências exigidas pela BNCC no processo de formação docente? Ao pensar sobre essa temática, se é desejável que o professor proponha a partir da BNCC uma formação diferente aos seus estudantes, que se atém as necessidades de um mundo que vive em constante mudança. Por isso, a necessidade de oferecer ao profissional de educação uma formação diferente, que supere os modelos tradicionais.
É de fundamental importância, oferecer ao estudante um modelo formativo de base cultural sólida, que se ancora em experiências que favorecem leituras de mundo interdisciplinares, fugindo de uma formação conteudista, que se esgota no acumulo de informação. Para tal, se faz necessário uma formação que permita conectar e significar a história de vida de cada indivíduo e o conhecimento acumulado ao longo da história da humanidade.
As atividades extracurriculares são parte fundamental para a formação completa na infância e na adolescência, principalmente neste momento de grandes transformações que ocorre tanto na sociedade quanto no mercado de trabalho. Isso porque elas dão à formação estudantil um escopo cultural, social e intelectual ainda mais amplo do que o que os alunos podem adquirir por meio das disciplinas tradicionais.
Por muito tempo, as escolas limitaram-se a ensinar as disciplinastradicionais, como Ciências, Português e Matemática. A importância delas é inegável! No entanto, o conhecimento disponível na sociedade vai muito além desseescopo educacional. Ao explorar diferentes áreas do cérebro e propor tarefas variadas, as atividades extracurriculares estimulam a reflexão, o protagonismo do estudante, a interpretação e a criatividade. O questionamento se há tempo hábil para que todos os conteúdos descritos na BNCC sejam implementados nas escolas passa a ser um interesse que deve ser considerado quando pensamos em mudança do currículo.
Os estudos de Michael Young, sociólogo britânico, embasam a concepção de currículo adotada na BNCC. Young (2014) afirma que os estudiosos do currículo precisam encontrar resposta para a seguinte pergunta: “O que todos os alunos deveriam saber ao deixar a escola?”. Para o autor, a definição de um currículo nacional é uma estratégia política que visa a assegurar o direito de todas ascrianças ao que ele chama de “conhecimento poderoso”.
Ao perguntar sobre o que os alunos deveriam saber ao deixar a escola o autor reivindica e cobra dos especialistas em currículo respostas a esta questão. Para ele não se deveria pensar o currículo apenas na escola, mas também nas universidades e faculdades.
A resposta varia conforme a teoria do conhecimento tomada como base de um determinado currículo, o que dependerá da correlação de forças estabelecida frente o que é “uma boa pessoa ou uma boa sociedade”. E essa correlação de forças tem implicações nas atitudes e práticas de professores frente o currículo,uma vez que pensar no conhecimento poderoso apontado por Young requer um trato diferenciado com o conhecimento. Fica em aberto a questão de como professores formados por meio de currículos “tradicionais” podem construir conjuntamente com seus alunos e transmitir conhecimento poderoso.
Pensando nessa perspectiva trabalhada nesse tópico, é importante compreender a importância das competências e habilidades da BNCC, já que apenas o desenvolvimento cognitivo não contempla o desenvolvimento integral do estudante. Para isso, é necessário analisarmos essas habilidades que contemplarão uma formação completa.
Com isso, pensar as habilidades cognitivas estão relacionadas à capacidade de compreender, analisar, avaliar e aplicar conhecimentos e conceitos. Elas envolvem habilidades de pensamento crítico, resolução de problemas, tomada de decisões fundamentadas, capacidade de argumentação e criatividade. Essas habilidades são desenvolvidas por meio da exploração de diferentes disciplinas e áreas do conhecimento, estimulando a curiosidade, o questionamento e a busca por aprendizagem ao longo da vida. Entretanto é preciso que o professor ao pensar a didática da sua aula, não faça algo monótono e automático, mas que tenha uma interação com os alunos.
Muitos questionamentos giram em torno das habilidades cognitivas, o que são? De quem é a responsabilidade de desenvolvê-la? Como desenvolver essa habilidade juntamente com atividades extracurriculares que capacite as argumentação e criatividade os estudantes?
Mas para promover o desenvolvimento dessa habilidade da BNCC, é necessário um currículo alinhado com as competências propostas, formação docente adequada, estratégias pedagógicas diversificadas, avaliação formativa e um ambiente escolar que valorize a participação ativa dos estudantes, estimulandoa criatividade, a colaboração e a resolução de problemas do mundo real.
Enquanto as habilidades digitais são relacionadas à literacia digital e ao uso adequado das tecnologias digitais. Elas envolvem a capacidade de acessar, analisar, interpretar, criar e compartilhar informações de forma crítica e responsável. Incluem habilidades de pesquisa, comunicação digital, uso de ferramentas tecnológicas e compreensão dos impactos e desafios da era digital. Essas habilidades são cada vez mais necessárias em um mundo globalizado e digitalizado, onde a tecnologia se faz presente em diversas esferas da vida pessoal e profissional do estudante.
As habilidades socioemocionais são os conjuntos de habilidades que são desenvolvidas no individuo para lidar com suas emoções. E quando se trata do desenvolvimento dessas habilidades a escola exerce um papel muito importante segundo o pensamento de Abed, (2014):
A função da escola vai muito além da transmissão do conhecimento, pois é urgente e necessário fortalecer muitas e variadas competências nas nossas crianças e jovens, que lhe possibilitem construir uma vida produtiva e feliz em uma sociedade marcada pela velocidade das mudanças. Motivação, perseverança, capacidade de trabalhar em equipe e resiliência diante de situações difíceis são algumas das habilidades socioemocionais imprescindíveis na contemporaneidade. (p. 14).
E através desta formação ter como resultado uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. A BNCC visa o desenvolvimento integral do ser humano objetivando o pleno desenvolvimento do estudante, seu crescimento como cidadão e sua qualificação para o trabalho (Brasil, 2018, p. 9). A formação integral através do ser, o resultado de trabalhar o desenvolvimento das competências socioemocionais remetem aprendizagens que incentivem a formação de um ser humano mais preparado para enfrentar os desafios da sociedade, sendo sujeitos mais criativos, autônomos, responsáveis e protagonista. (Nora, et al, 2018, p. 312).
4. CONCLUSÃO
A partir do que a BNCC estabelece como diretriz e como capacidades a ser alcançada pelos estudantes, a escola no momento de estabelecer seu Projeto Politico Pedagogico (PPP) poderia repensar aquelas capacidades ou ações que devem compor o conjunto de ações obrigatórias do que realmente pode ou não ser facultativo ao estudante. No entanto, na compreensão de que o sujeito integral é formado por várias capacidades e para que estas se desenvolvam ,varias ações devem ser desenvolvidas.
A escola precisa ter muita sensibilidade no momento de pensar o que realmente pode ser facultativo, já que não é só a dimensão cognitiva que esta em evidencia no jogo do trabalho pedagógico que se desenvolve na escola. Como estamos falando na perspectiva do desenvolvimento integral da criança e do adolescente, várias atividades que a escola historicamente pensou como sendo facultativo deveria integrar a pauta de ações obrigatórias no trabalho pedagógico. Em função disso, a escola poderia repensar a estruturação do seu PPP, inserindo as atividades extracurriculares nas ações cotidianas dos estudantes já que essas outras práticas desenvolvem o sujeito em outras perspectivas, tais como linguísticas, corporais, relacionais, afetivas e emocionais.
Trazendo essa temática para a contemporaneidade, as atividades extracurriculares podem ajudar os estudantes a se desconectarem das mídias sociais, no qual passam muito tempo presos a tela e seu tempo de socialização é reduzido. Em um mundo cada vez mais conectado, o acesso à internet se mostranão apenas uma ferramenta essencial para estudos,
trabalho e outras atividades ligadas à produção, mas também atraente pela facilidade em encontrar algo que as pessoas gostam: entretenimento.
Entretanto, vários problemas são ocasionados pelo uso excessivo, como dificuldade de sono, falta de sociabilidade e agressividade, exposição a conteúdos que as crianças não têm maturidade emocional para lidar. O uso desses aparelhos pode acarretar transtornos psicológicos como os de ansiedade, bulimia, anorexia e depressão. Inserir diversas atividades no seu cotidiano é mostrar as possibilidades existentes para seu crescimento e é através das atividades extracurriculares que serão promovidos a interação social, cultural e esportiva, como alternativas ao uso excessivo de tela.
De acordo com as análises realizadas por Silva (2010) e Moreira e Candau (2007), é inegável o papel central das atividades extracurriculares no campo da educação. Essas atividades não apenas complementam o ensino formal, mas também enriquecem a jornada educacional dos alunos, proporcionando espaço para o desenvolvimento de competências socioemocionais, a ampliação do conhecimento cultural e a aplicação prática do conhecimento teórico. Incorporadas no currículo escolar de forma colaborativa e planeada, estas iniciativas proporcionam uma abordagem à educação que não só promove o crescimento acadêmico, mas também desenvolve cidadãos confiantes e realizados, preparados para os desafios da vida. Como tal, as atividades extracurriculares constituem uma parte essencial de uma educação completa, proporcionando benefícios duradouros aos estudantes e à sociedade em geral.
Indagações como foram feitas no inicio da pesquisa, como quais aspectos da formação escolar dos estudantes são contemplados com o desenvolvimento das atividades identificadas como extracurricular? Qual o lugar dessas atividades no processo de organização do currículo escolar? Como essas ações formativas são inseridas nos planos de trabalho dos professores/ as e quais os efeitos objetivos dessas ações? Podem ser analisadas e respodidas das seguintes maneiras:
As atividades extracurriculares são importantes para o desenvolvimento integral dos estudantes, pois elas podem ajudar a desenvolver habilidades cognitivas, socioafetivas, psicomotoras, comunicacionais, linguísticas, identitárias e culturais.
Além disso, essas atividades podem ser trabalhadas de diferentes formas, tanto em sala de aula quanto em oficinas, eventos, esportes e dança. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um instrumento fundamental para padronizar as etapas da educação básica brasileira e garantir equidade na qualidade do ensino. Ela é constituída por uma lista de habilidades e competências consideradas importantes para o desenvolvimento dos alunos. As práticas sugeridas têm como foco a aplicação efetiva de novos conhecimentos essenciais no âmbito educacional, dentro e fora da sala de aula. As diretrizes buscam uma construção que envolva todas as dimensões de um ser humano, desde comportamentos educacionais, como pensamentos científicos, até atitudes gerais, como responsabilidade e empatia.
Orientador da produção Prof. Dr. Rodrigo Pereira. Doutor em Educação (UFS/UFAL). Professor Associado na Universidade Federal de Alagoas/Campus do Sertão.
1O livro de John Franklin Bobbitt, publicado em 1918, intitulado The curriculum: a summary of the development concerning the theory of the curriculum, é considerado “como o marco no estabelecimento do currículo como campo especializado de estudos” (SILVA, 2007, p. 22).
2A LDB - Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Art. 21. A educação escolar compõe-se de: I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
3Além disso, a Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de idade.
5. REFERÊNCIAS
ABED. Anita Lilian Zuppo. O Desenvolvimento das habilidades socioemocionais como caminho para a aprendizagem e o sucesso escolar básico. São Paulo: Unesco/MEC, 2014.
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