Os estudos sobre a problemática da organização social e sua construção sejam abundantes, (Berger e Luckmann, 1966; Pedro Jaime e Fred Lucio, 2018; Reinvaldo Dias, 2012; Tolbert e Zucker, 2007) uma análise sobre a particularidade desse processo na contemporaneidade, ademais na adoção de modelos sustentáveis.
Nessa perspectiva, pretende-se abordar as dimensões desse processo, tomando como enfoque as ações de desenvolvimento sustentável, promovidas em âmbito global, destacando para isto, a relevância das identidades sociais e pessoais para argüição de um plano de ação para sociedade mundial. Portanto, compreender o surgimento das instâncias, que compartilham a responsabilidade na formação de elementos essenciais para composição da realidade e das estruturas das representações dos indivíduos no mundo contemporâneo.
Neste sentido, as transformações culturais e sua substantiva expansão, haja vista a revolução comunicativa vivenciada pelas sociedades globais, uma dimensão que deve ser considerada a partir de seus impactos, seja este, na identidade do sujeito ante ao papel como ator social.
As questões de antemão suscitadas, acerca da função das instituições sociais no processo de socialização, e este, por sua vez, solidificador dos pilares institucionais são alguns dos pontos abordados na formulação teórica de Berger e Luckmann, para compreensão do papel destas instituições a partir dos agentes que nelas atuam.
Não obstante, a consideração sobre as leituras realizadas por Luckmann e Berger no processo socializador em vista do paradigma elencado destacam a relevância do trabalho elaborado pelos autores, tendo em vista a concepção funcionalista anteriores sobre o processo socializador.
Ademais, a abordagem utilizada para interpretação do processo de construção social da realidade corrobora para compreensão da socialização por meio da mudança social, em contrapartida a reprodução da ordem, como em outras teorias que concernem ao assunto.
A relevância para o esquadrinhamento da temática baseia-se na necessidade de cerceamento das estruturas sociais que fundamentam as representações dos modelos de socialização na contemporaneidade.
As considerações realizadas a partir dos teóricos do início do século passado defrontam as dimensões da modernidade como fomentador nas relações sociais e sua reestruturação a partir das configurações deste deslocamento. Essa nova arquitetura social tende a definir formas distintas de reflexão e percepção do indivíduo perante o mundo, tendo em vista a multiplicidade de informações dispostas.
Nesse sentido, a sistematização das novas tendências, a partir de uma leitura cultural sobre o processo de construção social como proposto por Berger e Luckmann permite uma análise aproximada e crítica entre a dimensão social e individual e as influências atuantes nestes.
Posto isto, a produção de conhecimentos a partir de um modelo institucional definido, tal qual, a Organização das Nações Unidas – ONU por meio de sua proposta a Agenda 2030 através do estabelecimento de um modelo de atuação sustentável concebido pela sociedade mundial, é exposto como um reflexo da organização dos indivíduos a partir de uma ordem social que influencia profundamente a constituição de um novo indivíduo perante a realidade que a este pertence.
Assim, a pesquisa pretende analisar diferentes produções teóricas relevantes a temática, em especial o trabalho de Berger e Luckmann e suas reflexões sobre o processo de construção social e as instituições, objetivando relacionar as considerações existentes com o processo de socialização contemporâneo.
Como contribuição, a pesquisa pretende suscitar, novas reflexões e estudos voltados a problemática, através da construção de considerações recentes, enfatizando os limites das considerações clássicas diante de um novo segmento sobre a formação das identidades culturais e consequentemente as instituições, propondo compreender o surgimento de diferentes instâncias para o processo de socialização.
Dessarte, ao objetivo geral incumbe refletir o processo de socialização na contemporaneidade no que tange a organização das instituições, utilizando como parâmetro a construção social de um modelo sustentável proposto pela agenda 2030, realizando a respectiva análise a partir das considerações teóricas de Peter Berger e Thomas Luckmann no tocante a socialização.
Em uma perspectiva colaborativa, a sistematização das principais tendências relacionadas à temática e expostas na pesquisa, pretendem a construção de novas metas e apontamentos para continuidade de indagações acerca do tema delimitado.
Aos objetivos específicos é disposto:
- Analisar as principais tendências que caracterizam as transformações culturais ocorridas no último século;
- Contextualizar sociologicamente o surgimento das instituições e seu caráter no funcionamento das sociedades;
- Conceituar a Agenda 2030 e o desenvolvimento do modelo sustentável como resultado da expansão cultural entre as sociedades globais;
- Abordar a particularidade do processo de socialização moderno a partir das considerações de Berger e Luckmann;
Ao tratar da definição de metodologia os autores Lakatos e Marconi (2007, p.43) aludem que a pesquisa científica é considerada como: “um procedimento formal com método de pensamento reflexivo e requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
Desta forma, utiliza-se a pesquisa com a finalidade de obtenção de respostas a questões tratadas especificamente, produzidas por meio de artigos, monografias, entre outras formas de pesquisa.
O presente trabalho é um estudo articulado entre o tipo bibliográfico a partir da metodologia qualitativa, que, que, empregado na pesquisa social, tem como intuito a discussão de apontamentos estratégias e interação de conhecimento a área de estudo investigada.
Quanto a natureza da pesquisa, se constitui como básica, focada no melhoramento das teorias científicas através da compreensão dos fenômenos, tendo em vista o aumento do conhecimento científico.
Aos instrumentos de pesquisa bibliográfica para coleta de dados, em primeiro momento destaca-se a análise bibliográfica, constatando os principais pontos de estudo e selecionando diferentes argüições para embasamento da questão, buscando para isto, o máximo tratamento de dados possível. Entre os instrumentos a serem utilizados estão: artigos e periódicos do site Scielo, livros físicos e digitais, fichamentos próprios, e sínteses.
Assim, a metodologia abordada, pretende a utilização de periódicos, literaturas, documentos, bibliografias, ao passo que, reúne indicadores, números demais meios exploratórios para embasamento de colocações e avaliação do objeto de estudo, de modo que, venha a contribuir para criação e reelaboração de concepções, sobre determinada área do conhecimento, no mais, para as ciências sociais
Entre os possíveis resultados a serem alcançados, a pesquisa almeja preliminarmente, contribuir para produção de conhecimentos, respectivos as ciências sociais, tendo como enfoque a construção social das instituições na contemporaneidade, buscando para isto, um enfoque nas recentes organizações tais como a ONU e seu ambicioso projeto sustentável, a agenda 2030.
No mais, demonstrar a partir de uma visão sociológica a instauração das instituições permitirá compreender a dimensão do seu papel no universo social e interno dos indivíduos, enquanto atuantes nestas relações. Contextualizar as novas estruturas sociais no crescente espaço de transformações materiais e tecnológicas, aos existentes estudos teóricos da configuração social, remonta as contínuas adaptações dos indivíduos através dos tempos aos ditames institucionais.
A análise da disposta questão, corrobora para ambientação dos paradigmas sociológicos, e a compreensão das estruturas culturais que determinam as disposições sociais, acerca da criação e segmento de um modelo institucional, tal qual a agenda 2030 em seu plano de desenvolvimento sustentável, demonstrando que o indivíduo na condição de sociedade, considera outros interesses ao invés dos fins individuais por meio dos sistemas de representação.
Deste modo, objetiva-se, explicar a importância das instituições na formação da identidade social e individual, haja vista os papéis propostos pelas instituições e sua tendência a articulação e negociação de interesses, valores e referencias entre os sujeitos.
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A vida cotidiana e o conhecimento compartilhado sofrem variações e dependem da realidade em que o sujeito está situado, a realidade de um sujeito e a de outro podem variar mesmo habituando o mesmo espaço, logo o mesmo espaço também sofre mutações do que é cotidiano e o que se conhece.
O homem da rua habitualmente não se preocupa com o que é "real" para ele e com' o que "conhece", a não ser que esbarre com alguma espécie de problema. Dá como certa sua "realidade" e seu "conhecimento". O sociólogo não pode fazer o mesmo, quanto mais não seja por causa do conhecimento sistemático do fato de que os homens da rua tomam como certas diferentes "realidades", quando se passa de uma sociedade a outra. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 12).
Defendido por Berger e Luckmann a importância do saber e estudo sociológico, a partir da necessidade de estudar as diferentes realidades, sejam elas objetivas ou subjetivas. A sociologia do conhecimento observa justamente as diferenças entre as sociedades, naquilo em que conhecem e as tomam por conhecimento.
O que é "real" para um monge tibetano pode não ser "real" para um homem de negócios americano. O "conhecimento" do criminoso 'é diferente do "conhecimento" do criminalista. Segue-se que aglomerações especificas da "realidade" e do "conhecimento" referem-se a contextos sociais específicos e que estas relações terão de ser incluídas numa correta análise sociológica desses contextos. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 13).
A sociologia do conhecimento se ocupa em tudo aquilo que é considerado conhecimento para a sociedade e aos diferentes tipos de realidade, seja a realidade do monge tibetano ou do criminoso, precisando, sobretudo, olhar para essa perspectiva de forma a não interferir e sem pré-conceitos.
Sendo assim, a sociologia do conhecimento deve acima de tudo ocupar-se com o que os homens "conhecem” como "realidade" em sua vida cotidiana, vida não teórica ou pré-teórica. Em outras palavras, o “conhecimento" do senso comum, e não as "idéias", deve ser o foco ·central da sociologia do conhecimento. E precisamente este "conhecimento" que constituiu o tecido de significados sem o qual nenhuma sociedade poderia existir. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 29-30).
O cotidiano por sofrer suas variações é visto de diversas maneiras pelos homens, assim como descrito por Berger e Luckmann “A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade interpretada pelos homens e subjetivamente dotada de sentido para eles na medida em que forma um mundo coerente”. O indivíduo toma para si aquele que é coerente e o sociólogo a sua análise.
Igualmente, aquilo que faz parte da realidade também é considerado aliado ao real e como verdade.
A consciência é sempre intencional; sempre "tende para" ou é dirigida para objetos. Nunca podemos apreender um suposto substrato de consciência enquanto tal, mas" somente a consciência de tal ou qual coisa. Isto assim é, pouco importando que o objeto da experiência seja experimentado como pertencendo a um mundo físico externo ou apreendido como elemento de uma realidade subjetiva interior. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 37).
A consciência é um fator importante para descrever e orientar sobre o que conhecemos e em situar a realidade presente. Ademais, a consciência é capaz de transitar em diferentes realidades, em suma se tem consciência das múltiplas realidades.
Objetos diferentes apresentam-se à consciência como constituintes de diferentes esferas da realidade. Reconheço meus semelhantes com os quais tenho de tratar no curso da vida diária como pertencendo a uma realidade inteiramente diferente da que têm as figuras desencarnadas que aparecem em meus sonhos. Os dois conjuntos de objetos introduzem tensões inteiramente diferentes em minha consciência e minha atenção com referência a ele é de natureza completamente diversa (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 37-38).
O zen budista Haemin Sunim (2017) diz que “Aquilo em que a mente presta atenção se torna o nosso mundo”, logo a consciência e o cotidiano se tornam a realidade e o conhecimento, sendo assim o mundo do indivíduo. Através das múltiplas realidades da qual se tem consciência, há aquela que é a realidade por excelência (BERGER E LUCKMANN, 1966, p. 38) sendo ela a realidade da vida cotidiana.
Apreendo a realidade da vida diária como uma realidade ordenada. Seus fenômenos acham-se previamente dispostos em padrões que parecem ser independentes da apreensão que deles tenho e que se impõem à minha apreensão. A realidade da vida cotidiana aparece. Já objetivada, isto é, constituída por uma ordem de objetos que foram designados como objetos antes da minha entrada na cena. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 38).
Dito isso, a realidade ordenada e por excelência é uma realidade objetiva, no qual ao estar inserido nesta realidade, os conhecimentos, cultura e práticas já estão definidos antes mesmo da concepção do indivíduo, no qual ao se inserir já passa a fazer parte de uma realidade designada. O ser consciente agora dotado de uma realidade e conhecimento designado, destituído de significado a partir da linguagem estão inteiramente integrados ao cotidiano, experimentado de diversas maneiras.
A realidade da vida cotidiana está organizada em torno do "aqui" de meu corpo e do "agora" do meu presente. Este "aqui e agora" é o foco de minha atenção à realidade da vida cotidiana. Aquilo que é "aqui e agora" apresentado a mim na vida cotidiana é o realissimum de minha consciência. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 39).
A zona mais próxima e intima é a vida cotidiana na qual a pessoa pertence, sendo acessível à manipulação e o mundo que está ao alcance para modificar, no qual a atenção está focada naquilo que estou fazendo e vou fazer para modificar este mundo. Além do mais, é possível estar interessado em um cotidiano do qual não se pertence, mas que podem potencialmente serem modificados, porém estas zonas são menos interessantes e menos urgentes.
Em suma, estou integralmente ligado ao mundo em que pertenço, sendo acessível a manipulação, de maior interesse e urgência, assim como a loja em que trabalho, a escola que estudo e os bares que costumo frequentar, mas simultaneamente posso estar interessado no espaço cômico, na vida de um ator famoso. Esses interesses são particulares e dependem do tempo e lazer de cada indivíduo. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 39-40).
A realidade da vida cotidiana, além disso, apresenta-se a mim como um mundo intersubjetivo, um mundo de que participo juntamente com outros homens. Esta intersubjetividade diferencia nitidamente a vida cotidiana de outras realidades das quais tenho consciência. Estou sozinho no mundo de meus sonhos, mas sei que o mundo da vida cotidiana é tão real para os outros quanto para mim mesmo. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 40).
A vida cotidiana é experimentada, pois está em interação e comunicação com os demais, por mais que experimentada de forma diferente por cada um, ainda assim todos compartilham do mesmo cotidiano, sendo assim os demais também estão presentes no “aqui e agora” e possuem interesses privados em áreas distintas do cotidiano em que vivem, por conseguinte a interação comum dentro de um cotidiano se transforma no que dizemos de senso comum.
A estrutura temporal da vida cotidiana coloca-se em face de uma facticidade que tenho de levar em conta, isto é com a qual tenho de sincronizar meus próprios projetos. O tempo que encontro na realidade diária é contínuo e finito. Toda minha existência neste mundo é continuamente ordenada pelo tempo dela, está de fato envolvida por esse tempo. Minha própria vida é um episódio na corrente do tempo externamente convencional. (BERGER; LUXKMANN, 1966, p. 45).
Tudo o que se refere a vida cotidiana já estava designado antes do nascer de cada indivíduo e permanecerá após sua morte, se tornando infinito, mas o conhecimento adquirido e o tempo de cada um são finito, sendo assim os projetos, modificações e interesses particulares todos finitos. Além do mais, por mais próximo que uma pessoa é da outra e que ambas compartilhem a mesma realidade da vida cotidiana, as formas de experimentar essa realidade jamais serão idênticas.
Minha subjetividade é acessível a mim de um modo em que a dele nunca poderá ser, por mais próxima que seja nossa relação. Meu passado é acessível na memória com uma plenitude em que nunca poderei reconstruir o passado dele, por mais que ele o relate a mim. Mas este "melhor conhecimento" de mim mesmo exige reflexão. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 48).
A interação face a face está ligada naquilo em que eu vejo e interpreto no outro, posso achar alguém hostil, mas na realidade estou projetando uma interpretação minha sobre o outro e não pode ser tomada como verdade.
Por outro lado apreendo o outro por meio de esquemas tipificadores mesmo na situação face a face, embora estes esquemas sejam mais "vulneráveis" à interferência dele do que em formas "mais remotas" de interação. Noutras palavras, embora seja relativamente difícil impor padrões rígidos à interação face a face, desde o início está já é padronizada se ocorre dentro da rotina da vida cotidiana. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 49).
Berger e Luckmann caracterizam essa interação face a face como uma maneira tipificadora, na qual eu enxergo o outro com os estereótipos ao qual eu os atribuo referente ao seu lugar na vida cotidiana, acontecendo isso de forma recíproca. (BERGER E LUCKMANN, 1966, p. 50)
Nas situações face a face tenho a evidência direta de meu companheiro, de suas ações, atributos etc. Já o mesmo não acontece no caso de contemporâneos, dos quais tenho um conhecimento mais ou menos digno de confiança. Além disso, tenho de levar em conta meus semelhantes nas situações face a face, enquanto posso voltar meus pensamentos para simples contemporâneos, mas não estou obrigado a isso. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 51).
Sendo assim, a realidade social da vida cotidiana é apreendida através das tipificações, a partir da comunicação face a face, no qual ambas as partes estão no “aqui e agora”. Toda estrutura social é formada a partir desse esquema proposto por Berger e Luckmann, sendo elementos essenciais e compõem a realidade da vida cotidiana.
Diferente dos outros animais, o homem não possuiu um ambiente específico no mundo, a espécie humana é capaz de transitar por diferentes ambientes e não se obriga a estar em um espaço fixo.
Refere-se ao caráter biologicamente fixo de sua relação com o ambiente, mesmo se for induzida uma variação geográfica. Neste sentido, todos os animais não humanos, enquanto espécies e enquanto indivíduos, vivem em mundos fechados, cujas estruturas são predeterminadas pelo equipamento biológico das diversas espécies de animais. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 70).
Contudo, toda atividade humana está sujeita ao hábito, toda ação que se repete do decorrer do cotidiano se torna um hábito, sendo assim um padrão.
Hábito implica além disso que a ação em questão pode ser novamente executada no futuro da mesma maneira e com o mesmo esforço econômico. Isto é verdade na atividade não social assim como na atividade social. Mesmo o indivíduo solitário na proverbial ilha deserta torna habitual sua atividade. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 77).
O hábito é para o homem, em sua esfera biológica, um caminho, sobre qual decisão tomar ou o que fazer a respeito de determinado assunto. Dessa mesma maneira se tem a institucionalização, através do hábito, sendo assim a institucionalização ocorre com a reciprocidade dos hábitos compartilhados, se tornando assim acessível a todos do mesmo grupo social do qual pertencem.
Uma lei que é criada e imposta na sociedade a partir do momento que se necessitada de tal para hábitos que são compartilhados de forma coletiva. A institucionalização é produto do hábito e tem caráter de regrar esses padrões.
Geralmente as ações repetidas uma vez, ou mais, tendem a se tornarem habituais até certo ponto, assim como todas as ações observadas por outro necessariamente envolvem alguma tipificação por parte deste outro. Contudo, para que se realize a espécie de tipificação recíproca que acabamos de descrever é preciso que haja uma situação social duradoura, na qual as ações habituais dos dois, ou mais, indivíduos se entrelacem. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 83).
A institucionalização é um passo primordial para o desenvolvimento comunitário, visto que os hábitos e a rotina são conduzidos pela institucionalização que regem as regras e as condutas a serem seguidas pelos indivíduos. Para que ocorra o desenvolvimento comunitário toda população da mesma realidade social precisa estar de acordo e seguir a institucionalização para que isso ocorra, assim como materializar os objetivos da Agenda 2030 proposta pela ONU.
O desenvolvimento comunitário com viés na concretização dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), nada mais são que um conjunto de hábitos a serem desenvolvidos, sendo assim uma sociedade como realidade objetiva.
Tudo isto muda no processo de transmissão à nova geração. A objetividade do mundo institucional "espessa-se" e "endurece" não apenas para os filhos, mas (por um efeito de espelho) para os pais também. O "Lá vamos nós de novo" torna-se agora "E assim que estas coisas são feitas” Um mundo assim considerado alcança a firmeza na consciência. Torna-se real de maneira ainda mais maciça e não pode mais ser mudado com tanta facilidade. Para os filhos, especialmente na fase inicial de sua socialização, este mundo torna-se o mundo. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 85).
O hábito, assim como a institucionalização são processos que transmitem de geração para geração, assim como de pessoa para pessoa dentro da mesma geração e realidade compartilhada. Dito isso, a Agenda 2030 é um projeto proposto em 2015 que tem por ambição que suas metas sejam efetivadas até o ano de 2030, sendo assim como já analisado, o tempo estimado é o tempo que relativamente, transmite hábitos, ações e políticas públicas criadas ou estimuladas para que as metas sejam cumpridas e que além de cumpridas sejam mantidas durante o tempo e por gerações.
Só nesse ponto é possível falar realmente de um mundo social, no sentido de uma realidade ampla e dada, com a qual o indivíduo se defronta de maneira análoga à realidade do mundo natural. Só desta maneira, como mundo objetivo, as formações sociais podem ser transmitidas a uma nova geração. Nas fases iniciais da socialização a criança é completamente incapaz de distinguir entre a objetividade dos fenômenos naturais e a objetividade das formações sociais. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 85).
O mundo institucional é desta maneira, experimentado de maneira objetiva, a tradição da institucionalização e sua existência é dada do mesmo modo como a realidade já existente antes de nascermos e sua permanência mesmo depois de nossa morte, sendo assim os caminhos para o desenvolvimento comunitário e aos hábitos que levarão ao atingir a meta dos objetivos da Agenda 2030.
Importante ter em mente que a objetividade do mundo institucional por mais maciça que apareça ao indivíduo é uma objetividade produzida e constituída pelo homem. O processo pelo qual os produtos exteriorizados da atividade humana adquirem o caráter de objetividade é a objetivação. O mundo institucional é a atividade humana objetivada, e isso em cada instituição particular. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 87)
Logo, o homem, sua realidade e a maneira que a experimenta são um produto social. Dessarte, ao analisar o homem é necessário antes se desenvolver através dos produtores que o produz e dos quais o faz pertencer a realidade objetiva.
A realidade objetiva é independe da consciência, ela já pertencia ao mundo e continuará a pertencer independente da finitude do homem. Em “Humanismo e Verdade”, de 1904 (cf. JAMES, 1909, p.68). James defende que nossos pensamentos não ‘fazem’ a realidade, que a realidade ainda estaria lá de alguma forma se nossos próprios pensamentos fossem aniquilados.
Sendo este conhecimento socialmente objetivado como conhecimento, isto é, como um corpo de verdades universalmente válidas sobre a realidade, qualquer desvio radical da ordem institucional toma caráter de um afastamento da realidade. Este desvio pode ser designado como depravação moral, doença mental ou simplesmente ignorância crassa. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 93).
Diante disso, não seguir conforme a institucionalização, as distinções terão conseqüências para o indivíduo, assim sendo, o que a sociedade admite como conhecimento e verdade deve ser co-extensivo a todos, passando de geração a geração tornando uma realidade objetiva.
A socialização nunca é completamente bem sucedida. Alguns indivíduos habitam o universo transmitido de maneira mais definida do que outros. Mesmo entre os "habitantes" mais ou menos autorizados, haverá sempre variações idiossincrásicas na maneira como concebem o universo justamente porque o universo simbólico não pode ser experimentado como tal na vida cotidiana, mas transcende esta última por sua própria natureza, não é possível "ensinar" sua significação pela maneira direta. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 144).
Os mecanismos de mantimento do universo são os próprios produtos da atividade social, assim como todas as formas que o legitima. A legitimação é elaborada de forma posterior as intuições, assim para que sejam existentes e habituadas. Desta maneira para a efetivação da Agenda 2030, para que haja o mantimento de hábitos após o ano de 2030 é necessário sua posteriorização, sendo de suma importância as políticas públicas que visam e beneficiam concretizar os objetivos estabelecidos pela Agenda 2030.
Da mesma maneira que a realidade é objetiva também é subjetiva, o ponto de vista e a maneira que eu experimento a realidade e o transfiro são subjetivos, sendo assim antes da realidade ser objetiva para um indivíduo ela é subjetiva.
Contudo, o indivíduo não nasce membro da sociedade. Nasce com a predisposição para a sociabilidade e torna-se membro da sociedade. Por conseguinte, na vida de cada indivíduo existe uma sequência temporal no curo da qual é induzido a tomar parte na dialéticada sociedade. O ponto inicial deste processo é a interiorização, a saber, a apreensão ou interpretação imediata de um acontecimento objetivo como dotado de sentido, isto é, como manifestação de processos subjetivos de outrem, que desta maneira torna-se subjetivamente significativo para mim. (BERGER E LUCKMANN, 1966, p.173-174).
A realidade subjetiva e interiorização, neste caso, são entendidas na seqüência da qual em primeiro se compreende os seus semelhantes e em segundo lugar a apreensão do mundo social dotada de sentido. Igualmente, assumir o mundo da qual os outros já existem antes é necessário assumir em si mesmo, do qual esse processo é particular e individual, sendo assim a vida cotidiana se torna experimentada por cada um de maneira diferente, mesmo que dentro da mesma objetividade.
Somente depois de ter realizado este grau de interiorização é que o indivíduo se torna membro da sociedade. O processo ontogenético pelo qual isto se realiza é a socialização, que pode assim ser definida como a ampla e consistente introdução de um indivíduo no mundo objetivo de uma sociedade ou de um setor dela. A socialização primária é, a primeira socialização que o indivíduo experimenta na infância, e em virtude da qual torna-se membro da sociedade. A socialização secundária é qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 175).
A proposta da Agenda 2030 é que todos sejam beneficiados, no qual o mundo sustentável será experimentado de maneira igual por todos, o que cabe neste caso a maior dificuldade do projeto. O mundo social para Berger e Luckmann é filtrado de particularidades, logo, por exemplo, uma criança de classe inferior não absorve da mesma perspectiva que outra criança inferior, pois ambas absorvem primeiramente de seus pais, e mais drasticamente a diferença de uma criança de classe superior.
Em suma, é necessário haver equidade nas ações de políticas públicas para que a Agenda 2030 seja o mais próximo disso, experimentada por todos de mesma maneira.
De fato, a identidade é objetivamente definida como localização em um certo mundo e só pode ser subjetivamente apropriada juntamente com este mundo. Dito de outra maneira, todas as identificações realizam-se em horizonte que implicam em um mundo social específico. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 177).
A realidade da vida cotidiana se mantém pela rotina que é regrada, de certo modo, pela institucionalização. Ademais disso, a realidade é uma troca entre os indivíduos, tendo como principal ferramenta a linguagem. A forma de linguagem que a Agenda 2030 deve exercer ao chegar aos deferentes tipos de realidade também influência sua compreensão subjetiva pelos demais, a fim de alcançar seus objetivos na realidade objetiva.
A realidade subjetiva depende assim sempre de estruturas especificas de plausibilidade, isto é, da base social específica e dos processos sociais exigidos para sua conservação. Só é possível o indivíduo manter sua autoidentificação como pessoa de importância em um meio que confirma esta identidade; uma pessoa só pode manter sua fé católica se conserva uma relação significativa com a comunidade católica, e assim por diante. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 205).
Estar na realidade subjetiva é mesmo estando longe da sua realidade inicial, mesmo que seja por muito tempo, ainda possuir hábitos, crenças e idéias que pertencem à realidade inicial. A institucionalização do local não interfere na institucionalização primária e realidade objetiva inicial. Todavia, a Agenda 2030 precisa ter caráter global, no qual mesmo o indivíduo mudando sua realidade, ainda assim manterá hábitos que visam manter as metas da agenda promovendo um mundo sustentável em qualquer lugar do mundo e para todos.
Uma sociedade na qual os mundos discrepantes são geralmente acessíveis em lima base de mercado acarreta particularidades constelações da realidade e da identidade subjetivas. Haverá uma consciência geral cada vez maior da relatividade de todos os mundos, inclusive o do próprio indivíduo que é então subjetivamente apreendido como “um mundo” e não como “o mundo”. Segue-se que a conduta institucionalizada do Indivíduo será apreendida como “um papel" do qual pode desligar-se em sua própria consciência e que desempenha com finalidade de manobra. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 227).
Apesar da realidade distinta não interferir na realidade primária, o indivíduo pode utilizar da realidade distinta para determinadas finalidades, sendo assim uma forma de manipulação. Este caso está muito inserido na realidade contemporânea, no qual os indivíduos passam a representar aquilo que não é o proposto e aqui que supõe que são. Sendo assim há o pluralismo de realidade e identidade.
Da pesquisa verifica-se que na análise de Berger e Luckmann frente à construção social da realidade e os estudos feitos a partir da realidade objetiva e subjetiva se analisam que a experimentação individual do mundo é particular para cada um e depende de fatores como a criação parental na primeira infância e em que contexto social este indivíduo está inserido, no qual designa seus hábitos e costumes.
O projeto da Agenda 2030 proposto pela ONU é um conjunto de metas e objetivos a serem cumpridos até o ano de 2030 que visa promover a sustentabilidade, desigualdade social e um mundo mais igualitário. Para que haja a concretização é necessário que os estados promovam políticas públicas voltadas à materialização dessas metas.
Tendo em vista a importância dos temas tratados pela Agenda 2030, o empenho da ONU nas questões ambientais e também, a grandiosidade do projeto em pauta, é evidente que, deve haver uma mobilização global, em prol da realização do mesmo, por meio de instrumentos de predominância local, que é o caso das políticas públicas.
Sobretudo, as políticas públicas são a institucionalização proposta por Berger e Luckmann, a partir delas ao decorrer do tempo se transformam em hábitos e costumes que serão passados no decorrer das gerações, por conta disto, se observa o longo prazo apresentado da Agenda 2030. A partir das análises os hábitos são observáveis e transferidos, no qual contempla a realidade subjetiva e objetiva e faz parte de toda vida cotidiana daqueles que dividem o mesmo comum.
Como resultado da pesquisa verifica-se a dificuldade em implementar a mesma realidade objetiva e os hábitos que as acompanha a todas as realidades existentes no mundo, visto que o que é sustentável para uma vida cotidiana pode não ser para outra, ademais cada vida cotidiana experimentara o mundo sustentável de uma maneira. A proposta da agenda de promover a sustentabilidade, desigualdade e um mundo mais igualitário a todos, é difícil, mas não impossível.
Minha subjetividade é acessível a mim de um modo em que a dele nunca poderá ser, por mais próxima que seja nossa relação. Meu passado é acessível na memória com uma plenitude em que nunca poderei reconstruir o passado dele, por mais que ele o relate a mim. Mas este "melhor conhecimento" de mim mesmo exige reflexão. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 48).
Sendo assim, os três pilares da agenda são entendidos de maneira distintas a cada realidade, isso também se dá pela linguagem, logo a maneira que a Agenda 2030 dialoga com suas propostas é precisa ser dinâmica e inclusiva, a Agenda 2030 precisa manter várias formas de linguagem para abranger o máximo de realidades possíveis.
Como resultado com base nas pesquisas, verifica-se que se partindo da construção social do modelo de desenvolvimento sustentável na perspectiva sociológica de Berger e Luckmann é possível a efetivação da Agenda 2030, como mencionado, para isso sendo necessário analisar as particularidades das realidades.
Ao tratar da VIDA COTIDIANA E CONHECIMENTO, a pesquisa aborda a vida cotidiana e o conhecimento, ambos sofrem variações e dependem da realidade situada do indivíduo. Em suma, a vida cotidiana é todo aquele local onde o sujeito está inserido, sendo ele vila, cidade, bairro, entre outros, mesmo vários indivíduos habituando a mesma vida cotidiana à realidade e como experimentam essa vida é individual e sofre mutações, assim como o que conhecem e partilham de conhecimento, o que é “real” e tomado como verdade para um pode alterar até mesmo dentro da vida cotidiana e, principalmente, em realidades distintas.
A realidade da vida cotidiana está organizada em torno do "aqui" de meu corpo e do "agora" do meu presente. Este "aqui e agora" é o foco de minha atenção à realidade da vida cotidiana. Aquilo que é "aqui e agora" apresentado a mim na vida cotidiana é o realissimum de minha consciência. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 39).
Dessa maneira se destacou a importância do dialogo da Agenda 2030 em analisar as particularidades, como exposto por Berger e Luckmann e defendido a sociologia do conhecimento. No mesmo capítulo cita a importância da consciência, em orientar o que se conhece e situar o sujeito na realidade presente. A consciência situa no presente, mas também tem capacidade de transitar em diferentes realidades.
Ademais, é possível manipular a própria realidade, ter interesses em realidades distintas e, analisado no terceiro capítulo, uma das realidades contemporâneas é o pluralismo de realidade e identidade, na qual o sujeito também manipula realidades distintas. A Agenda 2030 é uma proposta de não apenas mudar uma realidade, mas também distintas realidades.
Ao analisar a SOCIEDADE COMO REALIDADE OBJETIVA, observa-se a realidade objetiva, sendo aquela que está sujeita ao hábito e, por conseguinte a institucionalização, que visa regrar e monitorar esses hábitos. Logo, é um passo essencial para o desenvolvimento comunitário, criando um panorama com a Agenda 2030, tendo como objetivo promover esse desenvolvimento comunitário através da institucionalização, por meio de políticas públicas adotadas pelo estado.
Portanto, essa vida cotidiana institucionalizada é experimentada de maneira objetiva, sendo um padrão entre todos e que independe da consciência, no qual já estava designado antes do nascituro e pós-morte de cada indivíduo e que se transmite de geração para geração.
Tudo isto muda no processo de transmissão à nova geração. A objetividade do mundo institucional "espessa-se" e "endurece" não apenas para os filhos mas (por um efeito de espelho) para os pais também. O "Lá vamos nós de novo" torna-se agora "E assim que estas coisas são feitas” Um mundo assim considerado alcança a firmeza na consciência. Torna-se real de maneira ainda mais maciça e não pode mais ser mudado com tanta facilidade. Para os filhos, especialmente na fase inicial de sua socialização, este mundo torna-se o mundo. (BERGER; LUCKMANN, 1966, p. 85).
Na analise da SOCIEDADE COMO REALIDADE SUBJETIVA, identifica-se que antes de uma realidade ser objetiva ela precisa ser subjetiva, desta maneira o subjetivo é o conhecimento e a maneira que experimento o mundo e o transfiro para outra pessoa. É como eu me compreendo e compreendo o mundo ao meu redor. Sendo assim a mudança de hábitos para a concretização da Agenda 2030 precisa primeiro ser mudada no indivíduo e depois em coletivo.
Toda forma de compartilhar as realidades expostas por Berger e Luckmann, são através da linguagem, ocorrendo assim a troca de experiências e conhecimentos entre pessoas. Conseqüentemente, a importância das diversas formas de comunicação que a Agenda 2030 deve ter em dialogar com realidades distintas, porque é a partir dela que se cria o contato, vínculo e se compreende o estar no mundo.
Berger e Luckmann conceituam como a realidade se distingue e como os vínculos funcionam, sendo eles por base da linguagem, hábito e institucionalização e com base nisso é possível construir maneiras que auxiliem a visibilidade da Agenda 2030 e como ela pode operar em diferentes realidades, com intuito de que todos usufruam dentro de seus particulares de um mundo mais sustentável, menos desigual e mais igualitário.
Ante o exposto podemos concluir que Berger e Luckmann conceituam e dividem a realidade de duas formas, sendo objetiva e subjetiva. Ambas as realidades são mantidas pela institucionalização que são produtos humanos e tem caráter de regrar os hábitos humanos.
Igualmente, estar em sociedade não significa que os indivíduos presentes experimentem de forma igual, cada pessoa experimenta a realidade de forma particular, mesmo que com características parecidas. Ademais, a consciência é capaz de atravessar diferentes realidades e tem conhecimento que existem diversas realidades além da realidade experimentada, conseqüentemente o indivíduo é capaz de manipular sua própria realidade, mas também pode ter interesse em realidades distintas.
Sendo assim, os objetivos da Agenda 2030 a serem concretizados nada mais são que um conjunto de hábitos a serem desenvolvidos pela sociedade, sendo um hábito que se materializará através da institucionalização por meio de políticas públicas. A subjetividade humana é capaz de atravessar qualquer realidade sem modificar a realidade primária, por isso a importância e urgência que a Agenda 2030 seja implantada de forma global.
Em vista disso, a Agenda 2030 precisa dialogar e compreender as particularidades de cada vida cotidiana, as realidades distintas possuem suas limitações, uma mais que as outras, sendo assim generalizar um objetivo e aplicá-lo de forma universal pode ser desigual visto que as realidades se distinguem e para manter um contato e melhorar a institucionalização é preciso analisar sua individualidade e delimitação.
Após a pesquisa se conclui que a grande dificuldade é manter um contato uno e alinhar as diversas realidades para que todas experimentem de um mundo sustentável, sendo assim a muitos caminhos a serem traçados ainda pela ONU afim de que posteriormente se concretize os objetivos da Agenda 2030.
A pesquisa busca identificar a relação da Agenda 2030 da ONU com a construção social do modelo de desenvolvimento sustentável na perspectiva sociológica de Berger e Luckmann através de meios e maneiras de comportamento e como atingir as expectativas e objetivos da Agenda por meio das relações humanas apresentadas e estudadas pelos sociológicos.
Objetivou refletir o processo de socialização na contemporaneidade no que tange a organização das instituições, utilizando como parâmetro a construção social de um modelo sustentável proposto pela agenda 2030, realizando a respectiva análise a partir das considerações teóricas de Peter Berger e Thomas Luckmann no tocante a socialização.
Em uma perspectiva colaborativa, a sistematização das principais tendências relacionadas a temática e expostas na pesquisa, pretendem a construção de novas metas e apontamentos para continuidade de indagações acercado tema delimitado.
Sendo assim, identifica-se com a pesquisa que para haver a efetivação da grandiosa proposta da Agenda 2030 é indispensável o estudo do comportamento humano e se faz necessário entender e conhecer como o homem se desenvolve na sociedade, visto que os objetivos da Agenda 2030 dependem de atitudes humanas para o fim de desenvolvimento sustentável, assim como propõe os estudos de Berger e Luckmann nos respectivos capítulos analisados neste artigo.
Ademais, tangendo para tudo o que se diz respeito a constitucionalização, institucionalização e a construção da sociedade contemporânea para a construção social sustentável esperada com o cumprimento dos objetivos e tão aguardada pelo ano de 2030.
Agradeço a Deus, a organização do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade e ao programa de doutorado de Ciências Sociais Aplicadas da UNICENTRO (Universidade do Centro Oeste) e ao programa de doutorado de direito da Universidade Nova Lisboa de Portugal, a UEPG, ao Tribunal de Justiça e ao Tribunal de Contas do Paraná por esta obra que visa uma singela contribuição ao conhecimento e a ciência.
Este artigo destina-se a revista.
Solicito analise e publicação o mais breve possível.
BERGER, P.L.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. 2ª Ed. Lisboa: Dina livros, 2004.
JAMES, W. The Meaning of Truth (1909). New York: Longmans, Green, 2002.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 43-44.
ONU. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável: 3 Saúde e Bem-Estar. [21 –]. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/3. Acesso em: 26. abr. 2022.
SETTON, Maria da Graça Jacintho. A particularidade do processo de socialização contemporâneo. Tempo Social Revista de Sociologia da USP [online]. 2006. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/ts/a/twH6WL5fr5GVw8rb37FSZNR/?lang=pt> Acesso em: 25 abr.2022.
SUNIM, Haemin. As coisas que você só vê quando desacelera. 1ª Ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.