Metadados do trabalho

Adequação De Observação De Aula Em Tempos De Covid-19 E Pós-Pandemia: Mudanças Na Disciplina De Estágio Supervisionado De Inglês Na Educação A Distância

Izabel Silva Souza Dambrosio

Neste estudo propõe-se discutir algumas mudanças de adequação ao ensino na disciplina de Estágio Supervisionado de inglês II no curso de Letras-Inglês do ensino superior na modalidade de Educação a Distância (EaD) de uma universidade pública. Por meio de reflexões oriundas dos depoimentos dos alunos da disciplina, foram trazidos registros para a compreensão de alguns assuntos, tais como: a discussão sobre o papel da tecnologia digital, diferentes olhares sobre a aula assíncrona e o papel da EaD no período pandêmico e pós-pandêmico do Covid-19. O texto conclui que mudanças oriundas da pandemia trouxeram novas experiências não somente para a referida disciplina, mas para o contexto educacional com propostas de mudança na configuração de ensino que abrange o Ensino Híbrido e a ascensão da EaD.

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Como citar este trabalho

DAMBROSIO, Izabel Silva Souza. Adequação de observação de aula em tempos de Covid-19 e pós-pandemia: mudanças na disciplina de Estágio Supervisionado de inglês na Educação a Distância. Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2022 . ISSN: 1982-3657. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/437-adequa%C3%A7%C3%A3o-de-observa%C3%A7%C3%A3o-de-aula-em-tempos-de-covid-19-e-p%C3%B3s-pandemia-mudan%C3%A7as-na-disciplina-de-est%C3%A1gio-supervisionado-de-ingl%C3%AAs-na-educa%C3%A7%C3%A3o-a-dist%C3%A2ncia. Acesso em: 16 out. 2025.

Adequação de observação de aula em tempos de Covid-19 e pós-pandemia: mudanças na disciplina de Estágio Supervisionado de inglês na Educação a Distância

O período de pandemia Covid-19, declarado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e descrito pelo Ministério da Saúde[1] impactou inúmeras atividades laborais causando e criando diferentes formas de viabilização de trabalhos em diversos ramos, inclusive na educacional. Novas descobertas, desenvolvimento de novos saberes, a reinvenção do saber-fazer, e até mesmo o próprio caos fez com que o homem fosse ao encontro com o inesperado. O inesperado que desmantelou sociedades e se tornou uma a ameaça a vida de inúmeros seres humanos: O Covid-19.

Com toda a transformação que passamos e ainda estamos passando no período pós-pandêmico, a educação encontrou novos rumos com as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), seja no ensino público, privado, na Educação Básica ou na Superior. As diferentes formas encontradas trouxeram desafios e mudanças na área de aprendizado, desenvolvimento de competências e habilidades tecnológicas, entre outras para as classes docente e discente. Estamos envoltos em questões que nos conduzem a reflexões após este período de distanciamento físico.

Tendo em vista tantas mudanças, a temática aqui tratada está ancorada no ramo educacional, com destaque para o ensino superior, sendo o ensino de Educação a Distância (EaD) o enfoque, e mais específico, a disciplina de Estágio Supervisionado em inglês II em uma universidade pública.

A Universidade, criou o Centro de Educação Superior, que é a instituição responsável pelo ensino superior à distância cujo modelo de ensino é híbrido[2] (encontros presenciais e online). Todavia, no período pandêmico os encontros presenciais foram suspensos e as aulas seguiram o modelo online.

Este ensaio foi desenvolvido com o objetivo de trazer reflexões sobre os relatos de experiência de estagiários sobre a observação e regência de classe da já referida disciplina com a experiência advinda do novo molde de observação de aulas assíncronas[3] no período em que o curso de EaD ainda não retomou as observações de aula presenciais, ou seja, até o período 2022.2.

O ensaio está pautado metodologicamente em uma investigação de abordagem qualitativa de cunho interpretativista, visto que se enquadra em uma abordagem naturalista, cujo cenário natural é o escolar para a construção da coleta de dados. A pesquisa qualitativa, de acordo com Minayo (1995), tem como características a flexibilidade, a abertura, a capacidade de interação e observação com os indivíduos investigados. As supracitadas características estão inseridas neste estudo.

De acordo com Pozzebon e Petrini (2003, p.2) a pesquisa interpretativista “supõem que a realidade só pode ser apreciada através de construções sociais, tais como símbolos [...]. Estudos interpretativos geralmente tentam compreender os fenômenos através dos significados que os atores sociais atribuem a eles”. A proposta de investigação está alinhada com o referido pensamento, pois investigar a realidade escolar, lidar com atores sociais que estão observando aulas, neste caso a remota, e traduzir o significado atribuído a experiência destes sujeitos, reflete em demonstrar ações educacionais que são importantes de serem compreendidas para a academia científica.

  Referindo-se agora a coleta de dados, essa se deu por meio de orientações e a entrega do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), e seguiu o código de ética assegurando o sigilo de identidade dos participantes.

Anteriormente a pandemia, os alunos em Estágio Supervisionado I e II, vivenciaram a escola física que fornece experiências sensoriais mais reais (ouvir, ler, ver e falar na presença física) e diferem da relação à distância e na relação com o aprendizado. No laboratório de observação presencial podiam observar fatores tais como: a interação de aula professor x aluno, aluno x aluno, aluno x professor; feedback do professor x aluno e vice-versa; compreensão do conteúdo por parte dos alunos; organização de situação de aprendizado; aprendizagem colaborativa; tempo de resposta; mudanças comportamentais etc. No entanto, com a pandemia, o modelo de observação e regência mudou havendo uma redução de carga horária e de atividades.

Mais uma vez a Tecnologia Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) se tornou uma aliada, possibilitou a viabilização de observação de aulas para os alunos de estágio supervisionado. Como seria poder observar aulas sem o acontecimento das aulas presenciais? Sendo assim, discute-se sobre o pape da tecnologia digital, diferentes olhares sobre a aula assíncrona e o papel da EaD no período pandêmico e ainda pós-pandêmico.

 

[1] De acordo com o Ministério da Saúde o coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias de elevada transmissibilidade e de distribuição global. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Se espalhou por vários países e requer isolamento físico social. O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus descoberto em amostras de lavado broncoalveolar obtidas de pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, China. Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos e foi anunciado como emergência global no dia 11 de março de 2020 com a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus /. Acesso em: 08 fev. 2022.

[2] Mesclagem da metodologia do ensino tradicional com o ensino online

[3] Aulas não veiculadas em tempo real

As Tecnologias Digitais e suas especificidades: aulas síncronas e assíncronas

 

            Diante das temáticas trazidas, inicia-se a discussão sobre o papel fundamental das tecnologias digitais que em pleno séc. XXI potencializa a propagação da comunicação que aumenta cotidianamente com o avanço de tecnologia de ponta com os aparelhos tais como os smartphones, tablets, notebooks, o desenvolvimento de aplicativos, das plataformas digitais a presença da Inteligência Artificial (IA) e outros.

            Segundo Kenski (2003) as tecnologias digitais,

[...] oferecem novos desafios. As novas possibilidades de acesso à informação, interação e de comunicação, proporcionadas pelos computadores (e todos os seus periféricos, as redes virtuais e todas as mídias), dão origem a novas formas de aprendizagem. São comportamentos, valores e atitudes requeridas socialmente neste novo estágio de desenvolvimento da sociedade.

 

            As tecnologias digitais trazem novos engajamentos, produtos, especificidades em seu amplo universo de formas de comunicação, e ao abordar sobre comunicação, trata-se aqui em específico das aulas síncronas e assíncronas. De acordo com Wong & Hyland (2017) na aula síncrona, a comunicação é transmitida em tempo real e a aula assíncrona é de interações onde não se faz necessário que docentes e discentes estejam conectados em tempo real, de modo simultâneo; como um exemplo, temos as videoaulas gravadas, possibilitando a visualização em outro momento. Mendonça, Adreatta e Schlude (2021, p.35), trazem detalhes pertinentes a definição de aulas síncronas e assíncronas

A atividade síncrona está lá, quando combinamos um encontro ao mesmo tempo, e não nos enganemos: no mesmo espaço virtual. Em atividades síncronas, as pessoas precisam estar juntas num link, pelas mesmas horas. Não estão, é certo, no mesmo território (e essa é uma vantagem procurada por aqueles e aquelas que precisam disso), mas precisam estar presentes e em interação, por isso pode-se considerar inadequado dizer “presencial” em contraponto ao que está mediado por computador. Presenças são exigidas quando atuamos sincronamente. Já o tempo assíncrono é aquele em que as atividades estão solicitadas, mas as pessoas não precisam estar juntas no mesmo link ao mesmo tempo. Podem produzir em tempos diferidos, desde que tenham informações essenciais para que tudo funcione bem: instruções claras, prazos estipulados, horário e esquema de entrega.

 

Ambas são constituídas de contribuições diferentes para atender as necessidades de diferentes públicos e manter negociações sociais acontecendo.

O modo assíncrono, segundo as palavras de Gakonga (2012)

permitiu para professores e alunos que é possível ter maior tempo para organização, preparação, dar respostas e fazer perguntas. Além do mais, professores e alunos eram capazes de participar de seu aprendizado de acordo com sua carga horária, permitindo um maior aprofundamento no estudo e reflexão. (GAKONGA, 2012 apud WONG & HYLAND, 2017, p.219, tradução própria)[1]

 

Outrossim, as características de aulas assíncronas são diferentes das aulas síncronas e presenciais. Os supracitados estudiosos apontaram características similares, porém também ilustraram com informações diferentes e específicas.

Tratando-se das aulas em Estágio Supervisionado II, a observação de aula deu-se pela viabilização das tecnologias digitais por meio de aulas assíncronas, transmitidas pela plataforma da Secretaria de Educação de Sergipe (SEDUC) por meio do programa Estude em Casa[2]. O Programa promoveu aulas gravadas pela plataforma tecnológica AulaFlix, disponibilizada para os alunos da rede pública de maneira gratuita e livre.

Diante dessa realidade, possibilitar que aulas pudessem ter continuidade mesmo que não abarcassem de forma ampla todos os requisitos que uma aula presencial tem a possibilitar, diga-se que sua contribuição, suas caraterísticas e papel são fundamentais para o mundo acadêmico.

A Tecnologia Digital de Informação e Comunicação (TDIC) cumpre papel de disseminar a informação, a comunicação, o conhecimento e outros, e desta forma “impõe novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender. É preciso estar em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo” (KENSKI, 2012, p.30).

A adaptação ou não ao novo irá variar de pessoa para pessoa, do perfil apresentado por cada participante deste trabalho e da maneira que irá se relacionar com o conteúdo dentro do espaço de aprendizagem.

A percepção dos participantes irá demandar da experiência individual que estará presente na próxima seção.

 

A Percepção de discentes de Estágio Supervisionado diante das aulas assíncronas

 

Antes de dar início a análise das percepções dos participantes, faz-se mister destacar o conceito atribuído por estágio. De acordo com Pimenta e Lima (2004), compreende-se que estágio é a parte investigativa, atividade de contribuição na formação do profissional que estará inserido no campo de conhecimento atrelando a teoria à prática. Esse campo contribuirá para realizar suas reflexões teóricas, análise crítica e servirá de início para a construção de sua formação.

Durante as aulas de Estágio Supervisionado II, a observação de aulas do ensino fundamental e médio com a elaboração de relatórios fez parte do planejamento de aula, contudo a adaptação ao novo impôs uma nova forma de comportamento de aprendizado.

Relatos como os do quadro 1 a seguir, refletem diferenciadas reflexões pautadas nas vivências individuais. A reflexão baseada na experiência indica aprendizado significativo, capaz de provocar transformação (FREIRE, 2016).

 

Quadro 1 – Depoimentos diante do Estágio Supervisionado em inglês II

Alunos

Depoimentos

A1

Minha experiência no Estágio Supervisionado de Língua Inglesa II foi meio frustrante, sem interação, não tive a possibilidade de vivenciar a experiência, de presenciar o cotidiano na escola, não pude experimentar, continuo querendo saber: como será o ambiente da sala de aula, as interações alunos e professores, as metodologias aplicadas, a maneira como os alunos participariam da aula, tudo isso eu ainda tenho curiosidade, mas a pandemia não me permitiu vivenciar dessa maneira, tivemos que nos adaptar às mudanças.

 

A2

Apesar de não ter havido contato direto com os alunos, as observações puderam ser feitas com êxito e muito pôde ser percebido. Foram realizadas 4 (quatro) observações de aula sendo duas para o ensino fundamental, 7º e 9º anos, respectivamente, e duas para o ensino médio, 1º e 2º anos, respectivamente e relatórios sobre tais observações com considerações pertinentes. Os planos de aula e aula assíncrona desenvolvidos não foram aplicados em uma turma específica, apenas fictícia, mas através das observações, eles puderam ser aplicados para a realidade atual de aulas remotas e foram montados a partir das necessidades percebidas nas observações de aula.

 

A3

É inegável a importância do "Estude em casa" na mediada em que propicia ao aluno a possibilidade de ter acesso aos conteúdos, no contexto da pandemia do Novo Coronavírus; entretanto, é preciso compreender que se trata de uma ferramenta a mais para as atividades remotas, e não de uma aula propriamente dita. Logo, faz-se necessário a mediação docente, tende em vista que os vídeos oferecem o conteúdo, porém não são capazes de colocar o aluno no centro do processo ensino-aprendizagem. Outro ponto de relevante atenção dentro do programa "Estude em casa" diz respeito às metodologias ativas. Neste critério, a aula em questão, mais uma vez, recai sobre o aspecto tradicionalista. Ainda que tente criar habilidades para que o aluno possa utilizar os gêneros textuais na língua inglesa; a aula assume uma postura tradicional, pois é centrada no docente, não há uma problematização do conteúdo, o aluno não é instigado a ser protagonista do seu próprio aprendizado; ou seja, não se percebe a presença das metodologias ativas neste formato.

A4

Por conta de período em que estamos vivenciando, não foi possível fazer observação de aulas de forma presencial, todavia nossa coordenadora da disciplina de Estágio Supervisionado de Língua Inglesa II nos orientou a observar as aulas disponibilizadas pela Secretaria do Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (SEDUC) de Sergipe, que podem ser acessadas por meio da plataforma “Estude em Casa” também. Foi disponibilizado um roteiro de observação em que tínhamos que observar se a aula seguia o que o Currículo de Sergipe determina para aquele determinado ano letivo, por exemplo, e várias outras questões. Observei que as aulas são didáticas e que os professores interagem com os alunos para que, mesmo à distância, possa estimular os alunos a continuar a assistir às demais aulas.

 

A5

Cabe então notar que os estágios do curso foram realizados durante a pandemia e, em razão disso, as atividades (de observação, regência, avaliação etc.) tiveram de ser realizadas remotamente. Essa condição mostra que elas não foram realizadas em condições tais como aquelas que tipicamente se fazem em estágios de licenciatura, os quais incluem observação da escola e a comunidade em que ela está inserida, análise de seu Projeto Político Pedagógico (PPP), observação de aulas presenciais, regência e avaliação do processo com alunos reais, por exemplo [...]. Todavia, um fator preponderante foi, certamente, a limitação do escopo de análise que se poderia fazer do processo, sobretudo pela ausência de estudantes e, consequentemente, do feedback (retorno) deles. Na condição de aluno-professor, meu grande dilema resumia-se a engajar-se em uma prática de ensino-aprendizagem, aparentemente, sem discência de fato, já que nas aulas de observação (a partir de videoaulas, no modelo assíncrono) e na produção delas não se tinha acesso aos alunos, tampouco à sua evolução durante o processo.

 

Fonte: depoimentos extraídos dos trabalhos das aulas de Estágio Supervisionado de Inglês II. Elaborado pela pesquisadora. D’Ambrosio, Izabel, 2022.

 

                Observando-se os depoimentos traçados no quadro 1 destacam-se as unidades de registro como a ausência em vivenciar a sala de aula presencial e sua atmosfera, assim como os componentes de interação entre alunos e aluno x professor. Conforme depoimento dos (as) alunos (as) A1 e A5, a não vivência de elementos que deveriam fazer parte de uma aula não deixaram outra opção, a não ser a de se adaptar ao novo modelo, a nova realidade. A importância da observação perante a interação sob o olhar referente à particularidade de sala de aula com ênfase nas “instruções para a tarefa, chamada à ordem, avaliação de sua aprendizagem, reforço, motivação etc. (TARDIF, LESSARD, p.246, 2014) não aconteceram, assim como “[...] passar os olhos sobre o grupo, movimentar-se frequentemente para conduzir a atividade grupal [...]” (TARDIF, LESSARD, p.246, 2014). Essas práticas possuem sua importância, porém o professor teve que aprender a lidar com as formas interativas virtuais para dar continuidade a suas ações sem que algumas fossem aplicadas e outras redefinidas.

            O aprender a lidar com a sala de aula online para o estagiário se atém a perspectiva de observação para a realidade de aula remota ou Ensino Remoto Emergencial (ERE)[3], sugerindo uma adaptação ao contexto.

O termo adaptar-se é um outro registro pertinente que cabe discussão, que remete ao pensamento de Woods (2017), ao apontar o 'ajuste situacional' em reação ao e a capacidade de adaptação do ser humano a situações inesperadas. O ser humano se reinventa, se adapta e se transforma no tipo de pessoa de acordo com o que a situação requer dele. O momento de ERE fez com que professores e alunos se adaptassem e se ajustassem ao momento atípico. Essa configuração de ensino trouxe desafios e mudanças a educação e promoveu uma adaptação a todos os outros setores de esfera social.

Perseguindo esse raciocínio, Recuero (2009) relata sobre as constantes mudanças no meio e nas redes sociais proporcionando o surgimento de novos padrões estruturais e a adaptação dos indivíduos a novos tempos. Em suas palavras,

as pessoas adaptaram-se aos novos tempos, utilizando a rede para formar novos padrões de interação e criando novas formas de sociabilidade e novas organizações sociais. Como essas formas de adaptação e auto-organização são baseadas em interação e comunicação, é preciso que exista circularidade nessas informações, para que os processos sociais coletivos possam manter a estrutura social e as interações possam continuar acontecendo. (RECUERO, 2009, p.89).

 

            Destarte, essas formas circularam as informações, compartilhamento de conhecimento de modo a manter o sistema funcionando e incrementando um novo modelo de ensino, mesmo que emergencial.

            A temática sobre metodologias ativas e o protagonismo juvenil forma outros tópicos levantados.

As metodologias ativas “dão ênfase ao papel protagonista do aluno, ao envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo, experimentando, desenhando, criando com orientação do professor [...]” (MORAN; BACICH, 2018, p.4). Sendo assim, não foi possível ser observada a participação ativa dos alunos na construção do processo no modelo de aula assíncrona, conforme relatado por A3. No entanto, o protagonismo do aluno é um fator possível de acontecer, pois depende da autonomia, do interesse do aluno por meio de assistir, se dedicar ao aprendizado veiculado por videoaula e adquirir conhecimento. Um dos papéis do estudante online é de ser ativo em seu aprendizado, refletir sobre ele e gerenciar seu tempo de aprendizado (HYLAND; WONG, 2017).

            Incentivar a autonomia do aluno também é papel do educador. Freire (2016) ressalta sobre esse papel por meio do exercício do bom-senso a ser trabalhado pelo profissional. Ter um bom alinhamento de suas funções (estabelecer tarefas, cobrá-las, etc.) enquanto educador, e estabelecer uma coerência com a autonomia, individualidade do aluno são aspectos importantes a serem delineados. Tal pensamento reforça o protagonismo juvenil e descentralização de aula no professor.

Ressaltado o aspecto de centralização do professor, essa característica, não necessariamente precisa ser uma característica de aula assíncrona. A3 enfatiza a questão da aula ter sido tradicionalista. A imagem central do vídeo foi sim a do professor, mas este pode modular a aula com estratégias[4], metodologias que não enfoquem em seu papel central, mas delegar funções aos alunos objetivando torná-los participativos, porém o observador não terá como saber se isto aconteceu ou não. O professor é capaz de motivar, e gerar uma interação online, criando uma sintonia que faça com que o aluno fique atento e ‘sintonizado’, motivando-o a estar assistindo e se sentir inserido nela. Gerar situação problema, é outra característica da metodologia ativa, proporcionar reflexão e consequentemente impulsionar o aluno a resolver situações. Todo esse cenário pode fazer parte do aprendizado por meio de aulas gravadas. Entretanto, conforme mencionado referente a evolução dos alunos, com a observação de aula assíncrona pela Aulaflix não é possível acompanhar essa evolução.

            Com o registro final, a regência de aula, foi possível de ser realizada nos mesmos moldes de aula assíncrona, por meio de observação de Aulaflix, elaboração de relatórios e o uso de tecnologia digital afim de que os alunos da disciplina elaborassem reflexões e colocassem em prática o aprendizado adquirido. Os participantes planejaram e elaboraram uma aula assíncrona seguindo os moldes da Aulaflix e foram avaliados por toda a trajetória: leituras, relatórios, observação, planejamento e gravação de aula.

A realização dessa prática é importante e vital para as reflexões de transformações diárias do saber-fazer do professor (PIMENTA 1996; TARDIF, 2014), para a didática do professor que é significante no processo de ensino-aprendizagem. Cabe destacar que essa prática, segundo Freire (2016), precisa ser reflexiva, e em suas palavras: “É pensando criticamente sobre a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática” (FREIRE, p.40, 2016).

Diante da reflexão citada pelos participantes, observa-se a questão de frustração, de mudança para o universo online e a importância da presença da tecnologia digital que promoveu um novo olhar e molde de educação, diga-se o ERE.  O ERE promoveu diversificadas dinâmicas no processo de ensino-aprendizagem (aula síncrona, assíncrona, aulas pelo whatsapp, pelo google meet, zoom etc.), que permearam o ensino nessa fase.

            Segundo as palavras de Shön (2000), descritas no livro de formação docente da UNESP (2011), o teórico

salienta a necessidade de uma educação que valorize a prática e, em seu estudo, focaliza situações em que a resolução de ocorrências em serviço faz-se necessária. O autor não ignora, entretanto, as forças institucionais que restringem, muitas vezes, a prática da reflexão por aqueles que nela se encontram. (MESSIAS, p.44, 2011)

 

            Ambos os teóricos, corroboram com o mesmo pensamento ao relatar a importância da reflexão sobre a prática. É a partir da reflexão que surgem novas ressignificações, perspectivas, ideias, estratégias, abordagens etc. e, assim, a reinvenção e um aprofundamento nas bases teóricas e práticas na arte de ensinar, independentemente de ser presencial ou não.

           

O Papel da Educação a Distância

 

            A EaD, possui papel fundamental na formação de profissionais e

é a modalidade educacional na qual a mediação didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares ou tempos diversos. Esta definição está presente no Decreto 5.622, de 19.12.2005 (que revoga o Decreto 2.494/98), que regulamenta o Art. 80 da Lei 9.394/96 (LDB). (MEC online)[5]

 

            O seu papel, desde os primórdios anos de 1904 no Brasil com o registro, na primeira edição da seção de classificados do Jornal do Brasil (ALVES, 2011), vem cumprindo um importante papel social e econômico. Houve uma evolução em seus formatos de disseminação e principalmente com a abertura da Universidade Aberta do Brasil (UAB) em 2005.

            Conforme dados[6] do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação e Cultura (MEC) no período da pandemia do Covid-19, no ano de 2020, o aumento nas inscrições nos cursos de EaD foi superior ao de curso de modalidade presencial. O Instituto Nacional de Estudo e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em 2020 relatou que mais de 8,6 milhões de matrículas foram registradas pelo Censo da Educação Superior.

            Essa realidade reflete socialmente no aumento de profissionais com curso superior e contribui para a conjugação dos alicerces acadêmicos impulsionando a aprendizagem ubíqua. Uma tendência na ampliação da modalidade EaD e do Ensino Híbrido (blended learning) é um reflexo do pós-pandemia. O Gráfico 1 a seguir, demonstra essas possíveis mudanças:

Gráfico 1: Visões sobre o futuro da educação pós-pandemia

Fonte: Censo EaD 2020

            As propostas mudanças são reflexo da situação de adaptação demonstrada por Woods (2017) que relata que o ser humano se adapta ao inesperado, denominado a esta de ‘ajuste situacional’, e é capaz de se transformar de acordo com a necessidade da situação. O termo ‘ajuste situacional’, é reflexo de uma situação vivenciada pelos seres humanos no pós-pandemia.

O gráfico demonstra dados de 38,1% com a expansão do Ensino Híbrido como opcional, uma mudança como tantas outras que já existiram e irão existir no universo educacional.

Discutindo-se sobre a perspectiva relatada no gráfico, aborda-se algumas sínteses do conceito de ensino híbrido.

 

O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência. (CHRISTENSEN, HORN & STAKER, 2013, p.7).

 

            Essa é a modalidade dos cursos enquanto período normal, ou seja, não contextualizada no ERE permitindo ao alunado a possibilidade de dois mundos, o presencial e o online, e assim conviver com todas as possibilidades.

Outro índice demonstrado pelo gráfico, é o de que a oferta em EaD irá aumentar em 42,9%. Vislumbra-se com os dados apresentados reais mais perspectivas de transformações na educação envolvendo o universo online.

            Bacich e Moran (2015), em seu artigo intitulado Aprender e ensinar com foco na educação híbrida, ressaltam que

A educação híbrida precisa ser pensada no âmbito de modelos curriculares que propõem mudanças, privilegiando a aprendizagem ativa dos alunos — individualmente e em grupo, escolhendo-se fundamentalmente dois caminhos: um mais suave, de mudanças progressivas, e outro mais amplo, de mudanças profundas.

 

            Os caminhos, sejam eles suaves ou amplos, englobam reajustes físicos, curriculares, estruturais, emocionais etc. Entretanto, sem as reflexões e mudanças necessárias, o ensino híbrido representará apenas um cooptação feita pela pedagogia tradicional, sem trazer nenhum ganho positivo no processo de ensino e aprendizagem. Faz-se necessário que o fazer pedagógico seja repensado, incluindo as metodologias de ensino e as formas de avaliação adotadas.

 

[1] No original: “allowed teacher educators to better organize, prepare, and deliver their answers and ask questions. In addition teachers students were able to to actively participate in their own learning acoording to their own time constraints, thereby allowing them more time for reflection [...]. (WONG & HYLAND, 2017, p. 219)

[3] O Ensino Remoto Emergencial tratado por Arruda (2020) por Educação Remota Emergencial sendo “apresentada em tempo semelhante à educação presencial, como a transmissão em horários específicos das aulas dos professores, nos formatos de lives. Tal transmissão permitiria a colaboração e participação de todos de forma simultânea, mas pode envolver a gravação das atividades para serem acompanhadas por alunos sem condições de assistir aos materiais naquele momento”. (ARRUDA, 2020, p. 266)

 

[4] Estratégias: do grego estrategía e do latim strategia é a arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos. O termo estratégia, é adotado como a arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando à efetivação da ensinagem. (ANASTASIOU, 2004)

 

A disciplina de Estágio Supervisionado em inglês II passou por mudanças no período pandêmico e ainda no pós-pandêmico, configurando as aulas assíncronas como parte de continuação de sua atividade acadêmica.

            As reflexões oriundas dos depoimentos dos alunos que vivenciaram um período atípico da disciplina trouxeram registros para a compreensão de alguns assuntos, tais como: a discussão sobre o papel da tecnologia digital, diferentes olhares sobre a aula assíncrona e o papel da EaD no período pandêmico de Covid-19 e pós-pandêmico.

            Nesse contexto, atribui-se a prática do estágio em sua nova configuração uma experiência atípica para a bagagem formativa dos estagiários, mas que contribuiu para o aprimoramento de conhecimento e reflexões críticas diferenciadas do contexto presencial.

O texto conclui que mudanças oriundas da pandemia trouxeram novas vivências não somente para a referida disciplina, mas para o contexto educacional com propostas de mudança na configuração de ensino que abrange o Ensino Híbrido e a ascensão da EaD.

 

[1] Doutoranda em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Mestra em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Especialista em Ensino de Língua Inglesa e Novas Tecnologias pela Estácio de Sá. Professora da Educação Básica SEED/SE. Membro do Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Tecnologia (NUCA/UFS). Contato:beldambrosio66@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8609-4946

[2] De acordo com o Ministério da Saúde o coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias de elevada transmissibilidade e de distribuição global. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Se espalhou por vários países e requer isolamento físico social. O SARS-CoV-2 é um betacoronavírus descoberto em amostras de lavado broncoalveolar obtidas de pacientes com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, China. Pertence ao subgênero Sarbecovírus da família Coronaviridae é o sétimo coronavírus conhecido a infectar seres humanos e foi anunciado como emergência global no dia 11 de março de 2020 com a declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/o-que-e-o-coronavirus /. Acesso em: 08 fev. 2022.

[3] Mesclagem da metodologia do ensino tradicional com o ensino online

[4] Aulas não veiculadas em tempo real

[5] No original: “allowed teacher educators to better organize, prepare, and deliver their answers and ask questions. In addition teachers students were able to to actively participate in their own learning acoording to their own time constraints, thereby allowing them more time for reflection [...]. (WONG & HYLAND, 2017, p. 219)

[6] Disponível em: https://www.seduc.se.gov.br/estudeemcasa/#/

[7] O Ensino Remoto Emergencial tratado por Arruda (2020) por Educação Remota Emergencial sendo “apresentada em tempo semelhante à educação presencial, como a transmissão em horários específicos das aulas dos professores, nos formatos de lives. Tal transmissão permitiria a colaboração e participação de todos de forma simultânea, mas pode envolver a gravação das atividades para serem acompanhadas por alunos sem condições de assistir aos materiais naquele momento”. (ARRUDA, 2020, p. 266)

[8] Estratégias: do grego estrategía e do latim strategia é a arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos. O termo estratégia, é adotado como a arte de aplicar ou explorar os meios e condições favoráveis e disponíveis, visando à efetivação da ensinagem. (ANASTASIOU, 2004)

[9] Disponível em: http://portal.mec.gov.br/instituicoes-credenciadas/educacao-superior-a-distancia. Acesso em 14 jul. 2022.

[10] Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2022-02/censo-matriculas-em-cursos-superiores-de-ead-superam-presenciais. Acesso em 14 jul. 2022.

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