Metadados do trabalho

Mapeamento Da Produção Científica Acerca Do Ensino Do Cuidado Humanizado: Contexto, Fundamentação Teórica E Metodológica

José Dilson Beserra Cavalcanti; Andressa Galindo Alves de Melo Oliveira; Constantin Xypas

O cuidado humanizado tem sido alvo de significativos debates na formação em saúde. As investigações acerca do seu ensino nos permitem compreender a realidade estabelecida no percurso formativo dos enfermeiros, e nos possibilita responder à questão central que norteia este estudo: Como o cuidado humanizado tem sido ensinado nos dias atuais? Dessa maneira, no presente artigo apresentamos um esboço do panorama das diversas produções – teses e dissertações, no período de 2011 a 2020. Para isso, utilizamos a metodologia do mapeamento vertical, objetivando enxergar os problemas analisados, as tendências teórico-metodológicas e as perspectivas para novas pesquisas acerca do ensino da humanização, além de apresentarmos os contextos pedagógicos imbricados no processo de ensino-aprendizagem desse cuidado. Apesar de constatarmos o interesse dos estudos pela temática, observamos uma certa limitação no olhar dessas investigações, as quais fundamentavam o cuidado humanizado exclusivamente nas políticas públicas, além de identificarmos uma tendência principal que emprega esforços para promover mudanças no ensino considerando, na maioria das vezes, apenas o discurso do professor e/ou limitando as experiências dos estudantes sem considerar o que o leva a aprender.

 

Palavras‑chave:  |  DOI: 10.1590/S0104-07072005000300015

Como citar este trabalho

CAVALCANTI, José Dilson Beserra; OLIVEIRA, Andressa Galindo Alves de Melo; XYPAS, Constantin. Mapeamento da Produção Científica Acerca do Ensino do Cuidado Humanizado: Contexto, fundamentação teórica e metodológica. Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2022 . ISSN: 1982-3657. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-07072005000300015. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/432-mapeamento-da-produ%C3%A7%C3%A3o-cient%C3%ADfica-acerca-do-ensino-do-cuidado-humanizado-contexto-fundamenta%C3%A7%C3%A3o-te%C3%B3rica-e-metodol%C3%B3gica. Acesso em: 16 out. 2025.

Mapeamento da Produção Científica Acerca do Ensino do Cuidado Humanizado: Contexto, fundamentação teórica e metodológica

1. INTRODUÇÃO

A humanização do cuidado tem sido alvo de muitas discussões na área da saúde, ganhando força, principalmente, nos debates que o colocam como cerne da profissão de Enfermagem e enfatizam a necessidade de um direcionamento profissional desde o percurso formativo do enfermeiro. Nesse sentido, o cuidado humanizado demanda uma formação profissional qualificada (OLIVEIRA, 2007). Esse aspecto é destacado nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Graduação em Enfermagem (DCN/ENF) que orientam os currículos em todo o país (BRASIL, 2001).

A implementação dessas Diretrizes contribui para a formação de enfermeiros e enfermeiras mais comprometidos com a qualidade desse cuidado integral e humanista (DESLANDE, 2004; MOTTA, 2004; ESPERIDIÃO, 2005). No entanto, é válido ressaltar que o ensino desse cuidado deve ser construído não apenas em uma dimensão cognitiva, mas deve se preocupar também com as experiências dos alunos nas situações de aprendizado e em suas relações com os pacientes (BACKES; LUNARD-FILHO; LUNARD, 2005)

Uma das maneiras de contribuir com essa formação é investigar de forma crítico-reflexiva como se dá o ensino-aprendizagem do cuidado humanizado, visando novas concepções e reflexões, proporcionando o aperfeiçoamento da teoria aplicada à prática (DAMAS, 2004; CASATE, 2006; LIMA, 2007). Desse modo, o presente trabalho buscou investigar como o cuidado humanizado e, mais particularmente, seu ensino, tem sido discutido na rede de produções preexistente. Para isso, optamos pela proposta de mapeamento vertical (CAVALCANTI, 2015) a fim de direcionar um estudo analítico com vistas a elaborar um esboço desse cenário específico.

O estudo em questão é um recorte da pesquisa que está sendo desenvolvida no Programa de Pós-Graduação Educação em Ciências e Matemática (PPGECM) do Centro Acadêmico do Agreste (CAA) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Esta, por sua vez, segue sendo orientada a partir das perspectivas desenvolvidas pelo Núcleo de Pesquisa da Relação ao Saber (NUPERES) da mesma Universidade. Atualmente o NUPERES possui diversas linhas de pesquisa: Abordagens da relação ao saber; A história e epistemologia da noção de relação ao saber (rapport au savoir); O mapeamento em pesquisa educacional; A relação ao saber e a sociologia do êxito improvável. Contudo, aqui destacaremos o mapeamento em pesquisa educacional, sendo esta a linha que mais desenvolveu estudos até o dado momento (BASTOS; CAVALCANTI, 2018; DO VALE; CAVALCANTI; SILVA, 2018; SILVA; CAVALCANTI, DO VALE, 2018). Em um estudo pioneiro, Cavalcanti (2015) além de discorrer sobre a história e a epistemologia da noção de relação ao saber, apresentou sistematicamente a bibliografia sobre a relação ao saber no contexto brasileiro, o que o torna fonte para os demais autores que queiram investigar sobre a noção, bem como para aqueles que desejam desvelar novos caminhos a partir do mapeamento. Dessa maneira, lançamos mão do mapeamento não apenas como uma proposta metodológica, mas como uma ponte que nos permita vislumbrar o conjunto da produção bibliográfica e nos permita alcançar o lado outro de uma rede de pesquisa já existente e que tem grande importância.

Vale salientar que este artigo tem também um significado pessoal, haja vista ser um anseio da pesquisadora aprofundar os seus conhecimentos acerca da temática, anseio esse proveniente de sua trajetória como enfermeira e professora de enfermagem, onde ambas realidades lhes apresentaram claramente uma desarticulação entre o que é proposto no currículo e o que é vivenciado na prática do cuidado humanizado, e lhes instigaram a busca aprofundada de informações a respeito objeto de questionamento, cuja discussão estará amplamente descrita em sua pesquisa de dissertação.

2. RFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Humanização do Cuidado: Uma nova perspectiva para cuidar

A humanização do cuidado tem sido apresentada como centro de debates na área da saúde, e vem sendo fortemente considerada na formação dos profissionais, especialmente de enfermeiros e enfermeiras.

Essa nova perspectiva de cuidado surge após o avanço das tecnologias médicas que emergiram, principalmente a partir da segunda metade do século XX, pois as novas concepções e práticas de cuidado oriundo desse avanço fizeram com que, por muitas vezes o cuidado se tornasse apenas tecnicista (MIRANDA, 2000).

Apesar de sabermos que os recursos tecnológicos contribuíram com o aumento significativo na sobrevida dos pacientes, em contrapartida, passou a existir a mecanização do trabalho das equipes, o que as distanciou do fator humano, causando insatisfação dos pacientes e suas famílias (SALLUM & PARANHOS, 2010).

Nas últimas décadas, porém, o cuidado vem sendo desafiado à ser praticado à luz de uma base humanista de atenção, que busca significado na existência do ser humano. (PAGANINI, 2000). A base para essa nova perspectiva se encontra na teoria do Cuidado Transpessoal desenvolvida por Jean Watson criada entre 1975 e 1979.

Watson propõe uma filosofia e ciência centrada em um cuidado que é mais que uma conduta ou uma realização de tarefas, envolve a compreensão exata dos aspectos da saúde e a relação interpessoal entre enfermeiro e o paciente. (WATSON, 1979). A autora afirma que a teoria do Cuidado Humano está centrada no conceito de cuidado e em pressupostos que trazem o olhar para além do corpo físico (WATSON, 2007). Assim, esse cuidado tenta se sobrepor à valorização da tecnologia, e busca considerar como prioridade o próprio paciente, de modo a estimular o seu protagonismo no processo da própria doença.

Essa perspectiva de cuidado se encontra no cerne da formação do profissional enfermeiro e está inclusa nas diretrizes curriculares que orientam o ensino de enfermagem no Brasil.

 

2.2 A formação dos enfermeiros à luz das Diretrizes Curriculares

 

          Durante muito tempo os currículos dos Cursos de Graduação em Enfermagem eram elencados em modelos norte-americanos e franceses. Após diversas reformulações, o Ministério da Educação, por meio da Resolução nº. 3 CNE/CES de 2000 instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Graduação em Enfermagem (DCN/ENF) com o objetivo de orientar os currículos das Instituições de Ensino Superior (IES) na formação do enfermeiro (BRASIL, 2001). Ainda conforme Brasil (2001):

 

As DCN/ENF instituem que as IES deverão assegurar ao aluno a formação que valorize a dimensão ética e humanista, favorecendo a ele o desenvolvimento de atitudes e valores orientados para a cidadania e solidariedade e assim, prepararem o futuro profissional para o atendimento e compromisso da saúde da população (Brasil, 2001. p. 6). 

 

 

Considerando que os estudantes poderão ser os sujeitos implicados na transformação das práticas de saúde, faz-se necessário que as instituições de ensino fomentem uma formação humanística que transcenda o modelo tradicional de ensino centrado no tecnicismo, a fim de que o enfermeiro em formação seja direcionado a ver para além do corpo e da doença, considerando assim as dimensões subjetivas do indivíduo que demanda o cuidado (CASATE, 2010).

          O modelo tecnicista anteriormente mencionado, apesar de questionado por diversos autores, ainda se faz presente nos contextos formativos e nos leva a refletir sobre a importância de analisar o modo como o cuidado humanizado tem sido transmitido para os estudantes de enfermagem e vivenciado por eles ao longo de sua formação. Dessa maneira, através da proposta metodológica de mapeamento apresentaremos um panorama geral acerca do ensino do cuidado humanizado no tocante a literatura científica brasileira.

 

3. CENÁRIO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA: O MAPEAMENTO VERTICAL COMO ESTUDO ANALÍTICO

O percurso metodológico deste estudo constará do mapeamento na pesquisa educacional conforme desenvolvido por Biembengut (2008) e adaptado por Cavalcanti (2015). De acordo com Biembengut (ibid., p. 71), “cada pesquisa que se desencadeia insere-se em uma rede preexistente e seu valor é relativo à contribuição a essa rede”. Cavalcanti (2015), por sua vez, propõe distinguir dois direcionamentos distintos que designou como mapeamento horizontal e mapeamento vertical. O autor define o mapeamento horizontal como aquele que se concentra mais na observação das produções científicas, cujos questionamentos derivam de perguntas acerca de quantos, quem e onde já fizeram algo a respeito. Portanto, seria um estudo exploratório-descritivo com a finalidade de esboçar um panorama geral da produção científica. 

Já o mapeamento vertical seria relacionado aos questionamentos ‘que avanços foram conseguidos e quais problemas estão em aberto para serem levados adiante’. Nesse caso, não se trataria mais de um estudo exploratório-descritivo, mas de um estudo analítica com a finalidade de delinear cenários específicos da produção científica. Neste teríamos como orientação o que está sob (isto é, os trabalhos já desenvolvidos – indicariam tendências) e o que está sobre (isto é, os trabalhos que podem ser desenvolvidos – indicariam perspectivas) a superfície da literatura científica (CAVALCANTI, ibid. p. 219, grifos do autor). Não obstante, outras questões também poderiam ser tomadas como perspectiva analítica, não se restringindo, assim, o mapeamento vertical apenas ao delineamento de tendências e perspectivas.

Como já mencionamos, no presente trabalho apresentamos os resultados do mapeamento vertical. No entanto, é importante esclarecer que para realização desse mapeamento faz-se necessário a constituição de um corpus de análise que, geralmente, é delimitado a partir das referências repertoriadas em um estudo prévio de mapeamento horizontal. Assim, partimos do estudo exploratório-descritivo tendo como objeto de investigação os trabalhos existentes na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). Delimitamos um período para a pesquisa compreendendo a produção científica produzida de 2011 à 2020.

O estudo exploratório procedeu-se levando em conta os seguintes descritores: ensino do cuidado humanizado, formação de enfermeiros, humanização, humanização do ensino, humanização na formação do enfermeiro. Sendo assim, foram identificadas as produções científicas que se encaixassem nesses critérios. A seguir, realizamos leituras dos títulos, resumos e palavras-chave para então constituirmos nosso corpus de análise, composto por dados como fonte, ano de publicação, títulos, autores, delineamento, natureza e desfecho dos estudos, atentando para as tendências, perspectivas teórico-metodológicas, os problemas analisados, avanços percebidos, e lacunas observadas.  

Os dados obtidos através do mapeamento horizontal nos possibilitou partir das últimas pesquisas e identificar o que já existe sobre a temática, quantos, quem e onde já fizeram algo a respeito. No entanto, foi a partir do mapeamento vertical que enxergamos o que está sob e o que está sobre, indicando as tendências e perspectivas a superfície da literatura científica concernentes ao ensino do cuidado humanizado na última década. Isto posto, nos debruçamos a partir do território de Teses e Dissertações da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertação (BDTD por ser este um portal que reúne estudos de teses e dissertações realizados em universidades e institutos federais do país. Na BDTD foram aplicados 03 (três) filtros: “ensino do cuidado humanizado”; “humanização do ensino”; “humanização na formação”. Assim foram encontrados 14 estudos desenvolvidos entre 2011 e 2020, destes foram selecionados 05 (estudos) que mencionavam em seu título os descritores que aplicamos na busca.

 

 

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Aqui direcionamos nosso olhar para entender como o ensino do cuidado humanizado é discutido e aplicado na formação dos enfermeiros. Portanto, nesse tópico pretendemos identificar alguns aspectos que nos auxiliarão na construção da problemática e da justificava do nosso estudo sobre o ensino do cuidado humanizado.

Nesse momento constituímos o cenário literário dos estudos presentes na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações, através da descrição de dados importantes que compõem as produções selecionadas. Estas informações são relevantes para compreender o contexto no qual se insere o ensino do cuidado humanizado ao longo da última década, considerando as pesquisas realizadas nos programas de pós-graduação brasileira, compreendendo assim, o que Cavalcanti (2015) enfatiza ao afirmar que a produção do conhecimento científico é um processo bastante dinâmico e complexo que constitui uma rede ou programa de pesquisa, onde cada trabalho desenvolvido é uma parte dessa rede ou programa e corrobora para o desenvolvimento posterior de outras pesquisas futuras.

Sendo assim, cada estudo anteriormente realizado e abaixo apresentado contribui significativamente para a construção de nossa problemática e fundamentação. A seguir descreveremos os resultados obtidos a partir dele:

 

 Teses e Dissertações desenvolvidas entre 2011 e 2020, sobre o ensino do cuidado humanizado

Natureza/ Ano

Autores/Instituição

Título

Delineamento

01

Dissertação/2016

Cláudia Maria Fernandes /Universidade Estadual do Ceará

HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE NA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM: Agir pedagógico e desafios na formação do (a) enfermeiro (a)

 

A pesquisa objetiva analisar a formação do graduando em Enfermagem no concernente à articulação teórico-prática da humanização. Participaram trinta e três entre docentes e discentes do curso de Enfermagem. Os dados foram apreendidos por meio de entrevista semiestruturada.

02

Dissertação/2010

Juliana Cristina Casate/ Universidade de São Paulo

A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO NA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO CURSO DE GRADUAÇÃO

Para realização da dissertação foi empregada a metodologia da pesquisa bibliográfica, utilizando como base de dados a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, empregando o termo humanização para busca de estudos desenvolvidos entre os anos de 2000 á 2010

03

Dissertação/2018

Edson Dell Amore Filho/Universidade José do Rosário Vellano-UNIFENAS – Belo Horizonte

AÇÕES PARA RETOMADA DO ENSINO DA HUMANIZAÇÃO NAS ESCOLAS DE MEDICINA: Uma revisão sistemática da literatura, 2010-2016

O estudo objetivou identificar as ações propostas ou desenvolvidas nos cursos de medicina para a retomada da humanização nas práticas médicas, para esta consecução foi feita uma revisão bibliográfica nas seguintes bases de dados: LILACS e PubMed no período de 2010 a 2016

04

Dissertação/2014

Alexandra de Souza/Universidade Federal de São Paulo

FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE NA PERSPECTIVA DO TRABALHO EM EQUIPE E DA INTEGRALIDADE NO CUIDADO: Percepções de Estudantes

O estudo objetivou analisar a formação profissional em saúde na perspectiva da integralidade do cuidado e construir uma matriz que subsidie o planejamento e a avaliação das competências. Para tal, foram analisados os PPCs de 11 cursos de sáude e as Diretrizes Curriculares dos cursos de Saúde, em seguida forma entrevistados 187 alunos

05

Dissertação/2018

Thiago Carvalho Freitas/Universidade Federal do Ceará

INTEGRAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE: Um olhar sobre os projetos pedagógicos dos cursos e a percepção dos docentes

O objetivo desta pesquisa foi analisar a integração da humanização na formação das profissões da saúde, no nível da graduação, em IES públicas de uma cidade universitária do interior do Nordeste brasileiro. Foram realizadas pesquisa documental junto aos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs); e entrevistas semiestruturadas com os docentes.

Fonte: Referências repertoriadas no apêndice

 

Os elementos descritos no quadro acima apresentado evidenciam que os estudos acerca do ensino do cuidado humanizado, encontrados na Biblioteca Digital de teses e Dissertações são exclusivamente dissertações, ou seja, na última década nenhuma tese sobre a temática investigada foi desenvolvida, o que nos leva a um questionamento sobre o porquê de não se intensificarem as pesquisas acerca dessa temática, quando tal problemática ainda se faz presente no contexto educativo da saúde.

 As regiões responsáveis pelo desenvolvimento das pesquisas são as regiões Sudeste e Nordeste, representadas respectivamente pelos estados: Minas Gerais, São Paulo e Ceará, nos Programas de Pós-Graduação do Ensino em Saúde, Pós-Graduação em Saúde da Família e na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Nota-se também que 80% dos estudos apresentaram o termo humanização em seu título e apenas 20% utilizou o termo cuidado integral, por considerá-lo como sinônimo de cuidado humanizado.

Quanto as metodologias adotadas, configuram-se: pesquisa documental dos projetos políticos pedagógicos dos cursos de saúde, seguida de revisão bibliográfica e pesquisas de campo que envolvem docentes e discentes dos cursos de saúde.

Agora direcionamos o foco para apontar, através da análise vertical, os principais problemas investigados, a fundamentação teórica dos estudos envolvidos, o delineamento, os avanços e as perspectivas, estabelecendo as seguintes categorias que serão descritas a seguir:

 

 

4.1 Quais problemas foram estudados?

 

Os problemas mais estudados sobre o ensino do cuidado humanizado fazem menção à reorientação da formação em saúde buscando compreender por que foram criadas novas políticas e diretrizes para os cursos de graduação em saúde no Brasil. Os trabalhos neste sentido tentaram entender como a humanização está incorporada à formação das profissões da saúde a partir do discurso do Projeto Político Pedagógico (SOUZA, 2014; FREITAS, 2018). Os autores supracitados apontam que os Projetos Pedagógicos dos cursos de saúde revelam uma diversidade significativa de formatos, discursos e conteúdos, enfatizando, inclusive, que apresentam-se defasados, com revisões realizadas há mais de 12 anos.

Outros estudos, porém, como os de Casate (2010) e Filho (2018) problematizaram o ensino do cuidado humanizado a partir da produção científica através de revisão bibliográfica. Filho (2018) dedicou-se a ir além e explorar em sua pesquisa as propostas pedagógicas dos cursos de medicina para a retomada da humanização na prática médica e evidenciou que as instituições de ensino de saúde têm buscado a retomada do ensino do humanismo por meio de ações que visam a elaboração de currículos com a introdução de disciplinas específicas que abordem a temática.

Fernandes (2016) questionou a formação do graduando em Enfermagem no concernente à articulação teórico-prática da humanização, a partir das concepções docentes e discentes. A autora dá ênfase as concepções dos sujeitos da pesquisa, ao ser apontado por estes que a humanização presente no plano discursivo deve ser articulada á prática, tanto no âmbito pedagógico quanto como na atenção à saúde, sobretudo, a adoção de posturas humanizadas por parte dos docentes.

 

 

4.2 Fundamentação teórica dos estudos desenvolvidos

 

A fundamentação teórica das pesquisas analisadas apresenta, de forma predominante, um embasamento deontológico, dos quais se destacam a Política Nacional de Humanização (PNH), o Código de ética do Profissional de Enfermagem (CEPE) e até a Constituição Federal de 1989. A seguir apresentamos de forma geral, como as pesquisas costumam olhar para este referencial.

Todas as pesquisas analisadas fundamentam o cuidado humanizado a partir das Políticas Públicas, lançando mão, unanimemente, da Política Nacional de Humanização (PNH) para alicerçar o cuidado. Alguns estudos, ainda, defendem o cuidado humanizado como um direito constitucional (CASATE, 2010; FILHO, 2018; FERNANDES, 2016; SOUZA, 2014), enquanto outros o baseiam no princípio da integralidade do Sistema Único de Saúde (FREITAS, 2018 e CASATE, 2010). No que concerne aos conceitos aplicados ao cuidado humanizado, nota-se que os estudos se utilizam de diferentes e inúmeras referências sem determinar uma fundamentação teórica específica para este.

No que tange ao ensino do cuidado humanizado os trabalhos evidenciaram fundamentar suas análises nos Projetos Políticos Pedagógicos de alguns cursos de Saúde confrontando-os as determinações das Diretrizes Nacionais Curriculares (SOUZA, 2014; FREITAS, 2018). Percebe-se que essas Diretrizes propõem uma formação profissional ampla, que favoreçam além do aspecto cognitivo o desenvolvimento de habilidades técnicas e humanistas.

 

 

4.3 O delineamento dos estudos

 

Todas as pesquisas são de natureza qualitativa, apresentando como proposta metodológica a pesquisa documental (SOUZA, 2014; FREITAS, 2018), seguida da revisão bibliográfica (CASATE, 2010; FILHO, 2018) e pesquisa de campo (FERNANDES, 2016; SOUZA, 2014; FREITAS, 2018).

Fernandes (2016) realizou um estudo de caso delimitado no período de dezembro 2015 a janeiro de 2016, no qual participaram trinta e três (33) sujeitos, sendo, sete (07) docentes e vinte e seis (26) discentes do curso de bacharelado em enfermagem da Universidade Pública do Estado da Paraíba. Os dados foram obtidos por meio de entrevista semiestruturada. A análise do material empírico foi baseada segundo a Análise de Conteúdo.

Casate (2010) e Filho (2018) se utilizaram da revisão bibliográfica como metodologia. Casate, porém realizou suas buscas na base de dados da LILACS no anos de 2000 a 2010, enquanto Filho acrescentou buscas na PubMed e delimitou seus estudos aos anos de 2010 a 2016.

Souza (2014) e Freitas (2018) optaram pela análise documental dos Projetos Políticos Pedagógicos de alguns cursos de saúde somada a entrevista de discentes e docentes. Sendo analisado por Souza (2014) os PPCs de 11 cursos de saúde da UNIFESP, dos princípios do SUS e das DCNs dos cursos de saúde, em seguida, foi aplicado um questionário para 187 estudantes destes cursos que teve como ênfase avaliar o preparo para o trabalho em equipe e a integralidade do cuidado na percepção dos estudantes. Freitas (2018), analisou a integração da humanização na formação das profissões da saúde, no nível da graduação, em Instituições Públicas de uma cidade universitária do interior do Nordeste brasileiro. Foram realizadas pesquisa documental junto aos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs); e entrevistas semiestruturadas com os docentes.

 

 

4.4 Quais avanços foram percebidos?

 

Casate (2010) elucida em seu estudo, que as atuais DCNs têm levado as Instituições de ensino a repensarem seus percursos de formação para transformar o modelo tradicional de ensino, sugerindo desde o início do curso a inserção do estudante nos cenários reais de prática a fim de que vivenciem situações reais com os pacientes, profissionais e as comunidades. A autora afirma que que as metodologias ativas também são estratégias potencializadoras para o ensino do cuidado humanizado como: psicodramas pedagógicos, problematização e trabalhos em pequenos grupos. Essas estratégias, conforme a autora, perpassam o trabalho cognitivo e relacionam as dimensões afetivas e sociais do estudante, enfatizando o desenvolvimento de habilidades reflexivas.

Filho (2018) por sua vez, ao analisar as propostas para retomada do ensino da humanização, nas escolas de medicina, concluiu que muitos autores atribuem a responsabilidade da desumanização ao ensino médico, haja vista que esse tem dedicado parcela significativa do currículo à conteúdos técnicos-científicos. O autor afirma que as modificações para retomada da humanização no contexto de ensino-aprendizagem nas escolas médicas incluem novas disciplinas nos currículos, o uso de atividades lúdicas e atuação em diferentes contextos culturais. Algo que nos chama a atenção na fala do autor é a afirmativa de que há certa dificuldade para se analisar a aplicabilidade das iniciativas por estas demandarem exclusivamente a adesão dos estudantes e professores.

Em seu estudo Souza (2014) constatou que os Projetos Pedagógicos estão alinhados aos princípios norteadores de formação em saúde, no entanto, não se deixa claro “como”, “quando” e “de que forma” trabalha para implementar as propostas de formação, e ao avaliar a percepção dos estudantes sobre o desenvolvimento das competências para a integralidade do cuidado, houve alto índice de concordância e evidenciou que a integralidade do cuidado é um conteúdo previsto no processo de formação. A autora sugere a construção de uma matriz curricular que oriente mudanças, favorecendo atitudes que que mobilizem ações, sentimentos e quebra de paradigmas, afirmando que a partir do momento em que os estudantes se percebem ancorados por estratégias de ensino que consideram suas demandas, eles se veem com um papel importante no cenário de prática.

Fernandes (2016) percebe a polissemia do conceito de cuidado humanizado, ao se pôr em evidência os múltiplos sentidos atribuídos por discentes e docentes. A autora destaca também que foi apontada pelos estudantes a necessidade de articulação teórica e prática da humanização, requisitando-se, sobretudo, a adoção de posturas humanizadas por parte dos docentes. De modo geral a autora elucida uma dicotomia entre os discursos e a postura docente em relação à humanização, bem como a desarticulação do ensino de humanização entre as distintas disciplinas, caracterizando uma fragmentação própria dos currículos estruturados por disciplinas.

Por fim, Freitas (2018) aponta que os PPCs dos cursos de saúde analisados apresentam fundamentos da humanização na PNH, bem como evidenciado na fala dos docentes entrevistados. O autor salienta ideias e discursos úteis para a efetivação do ensino do cuidado humanizado. A primeira ideia é a da necessidade de capacitação e formação dos docentes, este conteúdo foi retomado diversas vezes durante as entrevistas, por quase todos os docentes. A segunda ideia diz respeito ao adoecimento dos alunos de graduação e a urgência em cuidar dos discentes, este foi um conteúdo apresentado por todos os docentes entrevistados, e a terceira ideia (que permeia quase todos os discursos) é a de que “humanizar dá trabalho”, por demandar tratar dos conteúdos de forma diferente do modelo operacional, e é mais exigente porque requer a prática da escuta, do diálogo e do cuidado com o outro. Entretanto os próprios docentes percebem sua importância, concluindo que é possível constatar que “humanizar dá trabalho”, mas vale a pena.

 

 

4.5 Perspectivas

 

Como vimos, todos os estudos fundamentam as discussões acerca do cuidado humanizado a partir da Política Nacional de Humanização, alguns ainda se utilizam dos direitos humanos e de saúde para justificar sua importância, enquanto outros o constituem no princípio de integralidade do SUS, porém, nenhum deles alicerça o conceito em uma base teórica específica, o que pode dificultar a própria discussão do tema na e para a formação em saúde, podendo apresentar limites no que se refere à construção discente de referências teóricas, principalmente, no campo das ciências da saúde, contribuindo até mesmo para certa banalização desse cuidado e a não adesão deste em sua prática acadêmica e profissional. Assim, questionamos: Que humanização ensinar considerando que não há uma compreensão clara sobre a base teórica desse cuidado?

No que tange os métodos de investigação, nota-se que a maioria dos estudos opta pela análise documental dos PPCs, preocupando-se mais efetivamente com o currículo prescrito do que com todas as demais condições existentes no currículo oculto dos estudantes. Das cinco pesquisas analisadas apenas duas oportunizaram aos estudantes apontarem suas insatisfações, no entanto, a própria metodologia limitava a voz destes sujeitos, uma vez que o instrumento de avaliação era predominantemente as entrevistas semiestruturadas com questões limitadas que se restringiam a compreender as concepções dos docentes e discentes acerca do cuidado humanizado e da proposta curricular nos cursos que ensinam/estudam, sem explorar suas experiências com o cuidado humanizado (FERNANDES, 2016; SOUZA, 2014; FREITAS, 2018).

Foi possível perceber que nas pesquisas de revisão bibliográfica (FILHO, 2018; SOUZA, 2014), a análise dos textos estudados pelos autores sugerem modificações nos modelos de ensino e na estrutura curricular do curso, como tentativa de sanar os problemas acerca do ensino do cuidado humanizado. Souza (2014) em sua pesquisa ainda propôs uma matriz de competências para nortear o ensino, como instrumento de fortalecimento e propulsão de práticas pedagógicas. Na pesquisa de Freitas (2018) os próprios professores apontam para a necessidade de capacitação e formação dos docentes, como incentivo e promoção de sua atualização dentro da temática da humanização. Desse modo, se percebe que as pesquisas estão empregando esforços para discutir mudanças curriculares e capacitações docentes, sem olhar atentamente para o estudante e suas experiências e singularidades com o saber humanizado.

Diante do exposto, observamos que outras perspectivas poderiam ser contempladas com novos estudos sobre o ensino do cuidado humanizado, dentre as quais, poderíamos sugerir:

  • Desenvolver estudos de mapeamento mais aprofundados que investiguem a fundamentação teórica do cuidado humanizado;
  • Refletir sobre uma fundamentação teórica para o cuidado humanizado no tocante às ciências da saúde;
  • Analisar as relações que os estudantes de saúde estabelecem com o cuidado humanizado a partir do sentido a ele atribuído;
  • Refletir sobre novas perspectivas de ensino de um cuidado que faça sentido para quem aprende.

Sendo assim, por meio do mapeamento percebemos que a humanização pode ser investigada pensando no cuidado como algo que transcende os aspectos conceituais, abrindo-nos para um novo horizonte que nos possibilitem enxergá-lo para além de um conteúdo programático e cognitivo no tocante a formação profissional do sujeito enfermeiro.

O desenvolvimento de uma pesquisa que tenha como objeto de estudo, analisar esta relação, poderá fomentar discussões teóricas e metodológicas para esta área de estudo, assim como servir de subsídio para estudos que refletirem a humanização como cerne da profissão do enfermeiro, por meio de um exercício subjetivo e singular de experienciar sua própria trajetória.

5. CONCLUSÃO

Em suma, notamos uma baixa quantidade de produções que investigaram o ensino do cuidado humanizado na última década, além dos importantes intervalos constatados entre uma produção e outra. Por se fazer presente no cerne da formação dos estudantes de saúde, entendemos que o cuidado humanizado merece maior problematização, sobretudo acerca de como este tem sido ensinado.

 Na totalidade das produções analisadas neste estudo percebemos que a importância do cuidar humanizado era pautado nas Políticas Públicas, bem como nos direitos à saúde constituído por Lei, todavia, nenhuma delas apresentava uma base teórica para o cuidado, que pudesse corroborar com a sua implementação a partir do sentido a ele atribuído. Sendo assim, o ensino do cuidado humanizado se limitou ao estabelecimento das Diretrizes Curriculares dos cursos de Saúde atrelado aos princípios das Política Nacional de Humanização. Notamos também que a maioria dos estudos apontavam necessidades de reformulações nos currículos, sugerindo a inserção de disciplinas específicas sobre humanização, bem como a articulação destas com as demais disciplinas, haja vista que a problemática indica uma fragmentação dos conteúdos e um distanciamento entre o ensinado e o praticado no contexto formativo dos estudantes.

No que concerne as concepções dos discentes a respeito do currículo prescrito e do currículo vivido, observou-se que suas preocupações muitas vezes estão fortemente dirigidas à execução do cuidado técnico em detrimento do cuidado integral, justificados por alguns pela sobrecarga de conteúdos tecnicistas cobrados em sala e nos estágios. É válido ressaltar que grande parte dos trabalhos sugerem como soluções para os problemas encontrados no ensino do cuidado humanizado, modificações concernentes a atuação docente, como: capacitações a respeito da temática humanização, reorientação da prática pedagógica e outras, focando na maioria das vezes no discurso do professor.

Mediante a análise dos estudos aqui mencionados, chegamos à conclusão de que apesar de surgirem diversos apontamentos para sanar a problemática do ensino do cuidado humanizado, esta continua se perpetuando ao longo dos anos. Isso pode ser explicado pelo fato de que embora autores diferentes discorram e investiguem o problema, este continua sendo visto pela mesma ótica. Contudo, por meio deste mapeamento constatamos que o ensino do cuidado humanizado pode ser investigado pensando na humanização como algo a ser experienciado e não ensinado, haja vista ser uma atitude que demanda uma escolha e não um conteúdo cognitivo. Assim, abre-se um novo questionamento: Qual o sentido do cuidado humanizado para quem o aprende?

 

 

6. REFERÊNCIAS

BACKES, D. S; FILHO, W. D; LUNARDI, V. L. A construção de um processo interdisciplinar de humanização à luz de Freire. Relato de Experiência • Texto contexto - enferm. Disponível em:  https://doi.org/10.1590/S0104-07072005000300015

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: política nacional de humanização [internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2003.

____________ Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES n.3, de 3 novembro de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Enfermagem. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.

CASATE, J. C; CORRÊA A. K. Humanização do atendimento em saúde: conhecimento veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev Latino-Am Enfermagem 2005; 13(1): 105-11.

BASTOS, A. A.; CAVALCANTI, J. D. B. Panorama da produção científica acerca da noção de relação ao saber (Rapport au Savoir) no período de 2015 a 2018. International Journal Education and Teaching – PDVL, v.1, n.3, p. 127-152, 2018.

BASTOS, A. A.; XYPAS, C.; CAVALCANTI, J. D. B. A relação ao saber do filho de um frentista que se tornou doutor em matemática. Educon, v. 13, n. 1, p. 1-13, 2019.

CAVALCANTI, J. D. B. A noção de relação ao saber: história e epistemologia; panorama do cenário francófono e mapeamento de sua utilização na literatura científica brasileira. Doutorado em Ensino das Ciências. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife, 2015.

DESLANDES S. F. Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciênc Saúde Coletiva 2004; 9(1): 7-14.

ESPERIDIÃO E; MUNARI D.B; A formação integral dos profissionais de saúde: possibilidades para a humanização da assistência. Cienc Cuid Saúde 2005; 4(2): 163-70.

MIRANDA J. M. Tecnologia, autonomia e dignidade humana na área da saúde. In: Siqueira JE, Prota L, Zancanaro L, organizadores. Bioética: estudos e reflexões. Londrina (PR): UEL; 2000. p.101-16. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672007000500012 Acesso em: 12 nov. de 2021.

MOTTA M. G. Cuidado humanizado no ensino de enfermagem. Rev Bras Enferm 2004; 57(6): 758-60.

OLIVEIRA S. G. Humanização da assistência: um estudo de caso. Rev Adm Saúde 2007; 55-62. 2007.

RIBEIRO J. P; TAVARES M; ESPERIDIÃO E; MUNARI D.B. Análise das diretrizes curriculares: uma visão humanista na formação do enfermeiro. Rev Enferm UERJ 2005; 13(3): 403-9.

SALLUM, A. M. C.; PARANHOS, W. Y. O enfermeiro e as situações de emergência. 2. ed. São Paulo: editora Atheneu, 2010.

PAGANINI, M. C. Humanização da prática pelo cuidado: um marco de referência para a enfermagem em unidades crÌticas. Cogitare Enferm. 2000; 5(N Esp):73-82.

WATSON J. Watson's theory of human caring and subjective living experience: carative factors/caritas processes as a disciplinary guide to the professional nursing practice. Texto & Contexto Enferm. 2007;16(1):129-35.

 

APÊNDICE – Dissertações Mapeadas

 

2010

 

CASATE. J. C. A humanização do cuidado na formação dos profissionais de Saúde nos cursos de graduação. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – São Paulo, 2010, Dissertação de Mestrado

 

2014

 

SOUZA, A. FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE NA PERSPECTIVA DO TRABALHO EM EQUIPE E DA INTEGRALIDADE NO CUIDADO: Percepções de Estudantes. Programa de PósGraduação em Saúde da da Universidade Federal de São Paulo. 2014

 

2016

 

FERNANDES, C. M.  Humanização em saúde na graduação em enfermagem: agir pedagógico e desafios na formação do (a) enfermeiro (a). Dissertação. Universidade estadual do ceará centro de ciências da saúde curso de mestrado profissional ensino na saúde. Ceará, 2016.

 

2018

 

FREITAS, T. C. INTEGRAÇÃO DA HUMANIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE: Um olhar sobre os projetos pedagógicos dos cursos e a percepção dos docentes. Dissertação. Programa de PósGraduação em Saúde da Família da Universidade Federal do Ceará. 2018

 

2018

 

FILHO, A. AÇÕES PARA RETOMADA DO ENSINO DA HUMANIZAÇÃO NAS ESCOLAS DE MEDICINA: Uma revisão sistemática da literatura, 2010-2016. Dissertação. Programa de Pós-Graduação em Saúde José do Rosário Vellano – UNIFENAS da Universidade Federal do Ceará. 2018

 

 

 

 

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