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A Postura Dos Alunos Em Sala De Aula

Wesley Alves dos Santos; Alvani Bomfim de Sousa Junior; Marcela Santos de Almeida

Resumo

Neste artigo, buscou-se discutir a postura do aluno no ambiente escolar, sob o olhar da indisciplina, muitas vezes caracterizada pelos profissionais docentes. Contudo, atentou-se para a necessidade de se buscar um entendimento desta problemática, a fim de que os docentes junto a escola possam ter melhores condições de ministrarem suas aulas, alcançando assim a aprendizagem. O problema de comportamento, muitas vezes, perpassa o ambiente escolar que por sua vez acaba refletindo no contexto familiar. Portanto, é necessário um diálogo entre, escola, família e docentes, a fim de buscar uma direção mais significativa. Assim, levantamos algumas questões sob o ponto de vista desse tema, provenientes de situações ocorridas no cotidiano da Escola Municipal José Francisco de Souza, na Cidade de Coronel João Sá – BA. Com isso, constatamos que a busca pelo diálogo e solução imediata para este problema tem sido constante, o que tem tornado o espaço escolar mais significativo para a aprendizagem.

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Como citar este trabalho

SANTOS, Wesley Alves dos; SOUSA JUNIOR, Alvani Bomfim de; ALMEIDA, Marcela Santos de. A POSTURA DOS ALUNOS EM SALA DE AULA. Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2021 . ISSN: 1982-3657. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/331-a-postura-dos-alunos-em-sala-de-aula. Acesso em: 16 out. 2025.

A POSTURA DOS ALUNOS EM SALA DE AULA

1 INTRODUÇÃO

O termo (in)disciplina, foco de reflexão desse artigo, refere-se ao procedimento, ato, ou dito contrário a disciplina, desordem, rebelião. Sendo assim, (in)disciplinado, segundo Ferreira (1986, p. 595) refere-se aquele que “se insurge contra a disciplina.”. Isso tem sido comum nas escolas, que compreende a (in) disciplina, uma manifestação por um indivíduo ou grupo, como um comportamento inadequado, um sinal de rebeldia, intransigência, desacato, o que se traduz na falta de educação ou de respeito fomentada na bagunça ou agitação motora do aluno.

Nos últimos anos o problema de comportamento dos alunos tem levado as escolas a um elevado nível de preocupação. Por se tratar de uma instituição que reúne estudantes de personalidades completamente diferentes (alunos mais calmos, introspectivos, comunicativos e aqueles que seguem rigorosamente as regras do ambiente), ministrar uma simples atividade em sala de aula tem sido cada vez mais difícil o que mostra os reflexos no ensino e aprendizagem do escolar. Para isso, diversos pesquisadores da educação têm buscado aprofundar a discussão quanto ao assunto. O problema de comportamento não tem afetado somente os alunos, mas, devido o estresse, tem afetado nas relações interpessoais, particularmente quando associada a situações de conflito em sala de aula, onde envolve professor, aluno e profissionais, de modo geral. Além de constituir um problema, a indisciplina na escola tem algo a dizer sobre o ambiente escolar e sobre a própria necessidade de avanço pedagógico e institucional.

O problema de comportamento trata-se de uma questão, portanto a ser debatida e investigada amplamente.  Atendendo a esta preocupação, o presente artigo traz uma discussão sob o olhar da postura do aluno no ambiente escolar, e da indisciplina, muitas vezes caracterizada pelos profissionais docentes. Contudo, atentou-se para a necessidade de se buscar um entendimento desta problemática, a fim de que os docentes junto à escola possam ter melhores condições ministrarem suas aulas, alcançando assim a aprendizagem.

Para tanto, iniciamos a discussão partindo de algumas considerações conceituais sobre “o aluno e o ambiente escolar”, para então comentar suas principais causas, “o comportamento do aluno no ambiente escolar”. Ao final, trazemos algumas ponderações sobre a dimensão preventiva em nível de escola, ou seja, “os desafios e as alternativas para superar os conflitos em sala de aula”.

Tal proximidade com a temática possibilitou conhecer os fatos e ouvir relatos dos profissionais que ali atuam e enfrentam questões disciplinares com os alunos, assim sendo possível apontar algumas alternativas que minimizasse tal problema, como até mesmo coibi-lo.

O interesse pelo tema surgiu a partir das diversas observações durante o Estagio Supervisionado. As observações em sala de aula despertaram o interesse de aprofundar o olhar sobre o problema em questão.

A indisciplina no contexto do desenvolvimento cognitivo dos estudantes, pode ser definida como a incongruência entre os critérios e expectativas assumidos pela escola (que refletem o pensamento da comunidade escolar) em termos de comportamento, atitudes, socialização, relacionamentos e desenvolvimento cognitivo e aquilo que demonstram os estudantes, em termos de contexto social.

No cenário de tantas mudanças da escola no século XXI, o conceito de disciplina vai estar fortemente ligado à noção de controle sobre a conduta, contando com diversos aparatos tais como a avaliação educacional, que tem sido uma alternativa para identificar o problema quanto a sua origem, possibilitando trabalha-lo e consequentemente saná-lo. Vemos então que a indisciplina como contraposição de disciplina, pode ser associada, por exemplo, aos sentidos de ausência de conhecimento, ou de conduta contestatória ou divergente dos esquemas de controle social, o que mostra a importância da escolar se aproximar da família e juntos buscarem um diálogo que viabilize ne melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem do escolar .

 

2 O ALUNO, O AMBIENTE ESCOLAR E O PROBLEMA DE COMPORTAMENTO

 

O ambiente escolar e os problemas de comportamento vêm sendo um fato comum e tem sido preocupante. São vários os fatores que tem levam ao mau comportamento, é importante que os professores conheçam a realidade da convivência familiar de cada aluno, para que possam lidar com cada um de forma diferente, pois os problemas de comportamento geralmente ocorrem por causa dos conflitos familiares e emocionais, portanto é necessário que haja uma aproximação entre professor e aluno, para que o ambiente escolar proporcione harmonia.

            Segundo Parrat-Dayan (2008, p.64) “[...] é mais eficaz se aproximar calmamente de um aluno e pedir para retomar seu trabalho que chamar a sua atenção em voz alta na frente de todos. [...]”. Dessa forma a relação professor aluno é a base para o enfrentamento dessas questões, é importante a valorização da escola como ambiente de aprendizagem onde docente e discente permita trocas afetivas e que propõem o desenvolvimento significativo do aluno.

Para Nunes (2008 p.1) “a família constitui o berço do processo de ensino e aprendizagem de todo ser humano e nele o aprendiz está sujeito a ser influenciado decisivamente a ser influenciado decisivamente de forma positiva ou negativa”. A escola recebe uma grande diversidade de alunos, aonde cada um vai se desenvolver de diferente forma, assim a família influencia numa boa formação ou não.

A escola é um ambiente que favorece a convivência dos indivíduos, por isso é fundamental que os professores compreendam os discentes de forma integral, buscando entender sua necessidade de desenvolvimento no nível intelectual, físico, emocional, social, conhecer os interesses, projeto de vida dos seus alunos e apoia-los a alcançar seus objetivos.                                            A escola traz junto ao seu objetivo a formação do caráter, valores e princípios morais onde vai direcionar o aluno a utilizar os conhecimentos aprendidos de maneira eficaz a serem aplicado em meio à sociedade.

Nessa perspectiva, Freire (1996) afirma que a “liberdade sem limite é tão negada quanto à liberdade asfixiada ou castrada, a liberdade de expressão de se poder dizer o que pensa pautado no conhecimento crítico e responsável. O aluno tem que saber que seu comportamento tem limites e que através dos seus conhecimentos e capaz de mudar seus comportamentos, pois tornamos responsáveis durante a trajetória de nossas vidas”.

       E necessário que a escola e a família estejam juntas para um melhor desenvolvimento do educando, nesse sentido a Escola X família é imprescindível na melhoria de qualidade da educação, a família como fator de construção da identidade dos cidadãos firma passearia com a escola para juntas promover o desenvolvimento do educando, buscando condições para uma educação construtiva.

A escola no seu dia a dia deve proporcionar a participação da família em seu contexto, pois as famílias têm que entender que não é só a escola que é responsável pela formação dos seus filhos, e preciso entender o papel de cada um, o papel dos pais e o papel da escola, por muitas das vezes os pais acham que a escola é quem é responsável em educar seus filhos e acabam não cumprindo seu papal. Quando os pais passam a ser participativos nas reuniões e encontros realizados, são estimulados e passam a participar e contribuir na vida escolar e na melhoria no ensino-aprendizagem, quanto maior a participação dos pais na escola, maior é a formalização das relações entre os profissionais da educação e os educandos.

Malavazi (2002), alerta que os pais não podem assumir uma postura de distanciamento da escola e da vida escolar dos seus filhos:

Para muitos, não participar acaba sendo mais interessante uma vez que tem outras atividades que não podem deixar de assumir. Para a escola a ausência da família significa poder decidir sozinha, levando em conta seus próprios interesses. Assim surge a família ausente, ou seja, aquela que transfere algumas responsabilidades que seriam suas para os outros setores que acabam se preocupando, nem sempre de forma adequada, da educação das crianças e adolescente, como as escolinhas de esporte, centros musicais, academias esportivas (p. 223).

 

          É de fundamental importância que os pais façam parte da convivência escolar dos seus filhos, acompanhando-os no processo de ensino aprendizagem, é importante que os pais se sintam acolhidos pela escola para que haja um bom diálogo entre pais e ambiente escolar. Assim, buscarão estratégias persuasivas para a mediação do ensino, e redefinirão a caminhada e descoberta de possíveis soluções que viabilizarão melhor a comunicabilidade social, cultural e pessoal do escolar. 

 

3 O COMPORTAMENTO DO ALUNO E A SALA DE AULA

 

      Atualmente estamos presenciando problemas de comportamentos em sala de aula, onde os alunos têm um baixo rendimento escolar, o mau comportamento faz com que os discentes tenham dificuldade no processo de aprendizagem, os problemas de comportamento tem sido grande preocupação para o ambiente escolar, pois estão sendo vivenciados de forma intensiva no cotidiano escolar.    

Skinner (2003) afirma,

De acordo com a fórmula da substituição de estímulos precisamos eliciar uma resposta antes de condiciona-la. Destarte, todos os reflexos condicionados baseiam-se em reflexos incondicionados. Mas já vimos que as respostas reflexivas são apenas uma parte do comportamento total do organismo. Condicionamento proporciona novos estímulos controladores, mas não pode acrescentar novas respostas. Assim, ao usar o princípio, não estamos presos a uma “teoria de reflexos condicionados” para todo o comportamento (p. 61).

 

       O que se observa é que esse comportamento está relacionado à emoção, e são reflexos que estão ligados aos estímulos ambientais, pois são vários os fatores que levam aos problemas de comportamento. Os problemas de comportamento vêm de diferentes formas, desde a interrupção de uma atividade até agressão verbal e física por isso os professores e pais tem que ficar atentos para agir com esses problemas de comportamentos, pois é necessário que os professores utilizem novos estímulos para converter essas situações, como reavaliar suas metodologias de ensino e proporcionar uma troca de afeto entre professor e aluno, proporcionando confiança entre discentes e docentes.

       Por muitas das vezes os professores e escola não estão preparados para lidar com esses problemas de comportamento e acabam deixando de cumprir seu papel fazendo com que esses problemas só aumentem, os pais acabam deixando a responsabilidade para os professores e os professores acham que a responsabilidade e dos pais, fazendo com que os problemas só aumentem, por tanto e necessário que escola, professor e pais se unam para resolver esses problemas, pois a responsabilidade e de todos.

       O ideal seria as escolas buscarem parcerias com os pais através de reunião e palestras visando um bom desenvolvimento no ensino e aprendizado dos discentes, onde alguns pais acham a escola um lugar onde os filhos vão ter um futuro melhor e outros pais acham que a escola e um depósito onde o filho está guardado em quanto eles trabalham, assim como os alunos vão da credibilidade a escola e vão ter postura se seus pais não dão credibilidade, por isso e importante que a escola possa trabalhar de forma significativa em busca de participação afetivas dos pais na escola.

       Entretanto, Hengemühle (2004) destaca que,

 

A escola se faz com a contribuição de toda a comunidade educativa, um conceito que perpassa toda sua obra, destacando a pessoa do professor, agente principal de todo processo educativo, que internalizam as novas competências e habilidades necessárias à sua função, com a equipe diretiva que coordena e dinamiza o projeto político-pedagógico e com os alunos, foco central da ação educativa, dos conceitos pedagógicos e das estruturas administrativas (p. 12-13).

 

       Diante disso, é indiscutível que a família tem um papel importante no processo de aprendizagem do educando, por isso é fundamental que os pais estejam sempre fazendo parte desse processo, visando sempre o aprendizado do aluno, sendo assim, tem-se que aproximar a cada dia os pais as escolas, para que cada um saiba a importância de sua participação no ambiente escolar, pois e necessários que as famílias estejam cientes do seu papel no processo de ensino-aprendizagem dos seus filhos possibilitando um melhor rendimento.

       Jesus (1996) destaca que

Os pais são os primeiros modelos para os filhos, tendo sobre eles uma influência que os professores não podem ter. A) Não vou defender que há fronteiras rígidas, intransponíveis que marcam os compromissos para com a educação da criança ou jovem entre pais e professores/educadores, mas haverá que reconhecer que nenhum deles substitui o outro em determinados papeis que lhes são específicos. Os pais “tem influência sobre a educação e o desenvolvimento dos filhos que é única e insubstituível. 2)  Por sua vez, os professores e educadores, pela responsabilidade que tem na criação de condições para o desenvolvimento de capacidades, e para a aquisição igualmente a contribuir decisivamente para a formação integral destes (p. 1).                      

 

Dessa forma, os pais são indispensáveis na formação dos seus filhos, pois são eles que influenciam desde cedo na formação dos seus filhos, tornando a base para seu desenvolvimento, por isso é necessário que esse laço afetivo da família não seja abandonado na escola e sim fortalecido, por que pais e professores são responsáveis pela formação do indivíduo em conjunto e não individual, pois não adianta só um fazer sua parte e o não, sempre terá que haver uma relação pais e professor para que haja uma formação significativa.

Portanto, é imprescindível reconhecer o dever de cada um, pois tanto os professores quanto os pais são responsáveis em educar, dessa forma os professores tem que procurar se familiarizar sempre para que seu trabalho não seja em vão, pois nem sempre a família vai estar à disposição, por isso o professor tem que ser persistente para desenvolver um trabalho significativo, visando o respeito entre a comunidade escolar.

 

4 OS DESAFIOS PARA MEDIAR OS CONFLITOS EM SALA DE AULA

Os problemas de comportamento é um grande desafio para os docentes, por que a família não interage com a escola, deixando a responsabilidade no educador, a falta de incentivo da família faz com que os professores se sintam desmotivados, tornando um trabalho sem motivação, é importante intender que cada escola possui uma realidade deferente, tornando problemas diferentes, onde cada aluno ver o mundo de forma diferente e age de forma diferente.

Conforme aponta Vasconcellos (1989, p. 23), “no cotidiano das famílias hoje, sabemos que uns dos grandes entravem para o diálogo é o vício televisivo”, ou seja, simplesmente por comodismo, alienação e/ou medo, se deixando levar pelos programas de televisão, um após outro de forma que podemos observa famílias inteiras que passam horas em frente a televisão quase que sem trocar palavras significativas.

           Neste contexto, a cada dia a família faz com que o diálogo seja perdido possibilitando o mau comportamento, pois os pais não têm autonomia necessária para que haja um bom dialogo familiar, tonando a pratica do mau comportamento no ambiente familiar, é importante que os, pois sejam capazes de impor limites, ajudando seus filhos a ter postura crítica em meio à sociedade, e não deixando a responsabilidade para o professor.

        Silva (2008) afirma que a família e a escola, são duas instituições diretamente ligadas ao ser humano em desenvolvimento, por isso carece interferir de maneira positiva, buscando pontos fundamentais que se efetive este ser de maneira saudável na sociedade presente. 

    Nesse contexto, é necessário entender as novas estruturas familiares, pois a família e a escola devem caminhar juntas, sendo assim, sabemos que essa relação escola e família é uma grande preocupação porque muitos pais não concordam com essa teoria.

     Serrão e Baleeiro (1999) afirmam que “a educação é uma chave que abre a possibilidade de transformar o homem anônimo naquele que sabe que pode escolher, que é sujeito participa de sua reflexão, da reflexão do mundo e da sua própria história”, assumindo a responsabilidade dos seus atos e das mudanças que se fizeram acontecer.   

 

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Essa pesquisa foi realizada na Escola Municipal José Francisco de Souza, localizada no povoado Sanharol, Coronel João Sá-BA.  Para sua realização buscou-se a aplicação dos conceitos fundamentados na teoria e a aplicação do estudo de caso, com intuito de confrontar a teoria a prática. 

A aplicação de questionário sobre o tema “Ambiente Escolar e os Problemas de Comportamento”, possibilitou compreender o entendimento pelo tema sob o olhar e opinião dos diversos entrevistados, ou seja, duas professoras, sendo elas Josefa Ildete Pereira Leandro e Rosilda Ribeiro da Conceição e Josefa Ildete, que é natural de Coronel João Sá, e professora da mesma cidade. Formada em Letras na Universidade FTC, Faculdade de Tecnologia e Ciências, fez Pós-graduação na FANEB, Faculdade do Nordeste da Bahia, tem 09 anos de exercício de profissão na escola José Francisco de Souza, leciona no 2º e 3º ano, contém 10 alunos matriculados no ensino fundamental.

 Rosilda Ribeiro da Conceição é natural de Paripiranga, reside na cidade Coronel João Sá, sua religião é católica, estado civil solteira, sua formação é o Magistério, trabalha no município há 17 anos, nessa escola tem 2 anos de atuação, ensina atualmente 4º e 5º ano, contem 12 alunos matriculados. Essa escola possui 4 salas, 2 banheiros, 1 cantina, tem um grande pátio para lazer.

As professoras mencionaram, que ao logo das suas trajetórias já se depararam com vários problemas de comportamento e que atualmente ainda vivência com essa realidade no ambiente escolar, esses posicionamentos fazem com que o professor use estratégias diferenciadas para que esses discentes se sintam acolhidos pela comunidade, possibilitando que os alunos possam se desenvolver de maneira satisfatória em atividades extraclasse e interclasses.

 Em relação a esses problemas de comportamentos a coordenação e os pais são comunicados já que esses problemas afetam diretamente o processo de ensino e aprendizagem, agressões verbais com colegas e professores, agressões físicas como mordidas e chutes causas danos físicos ou mentais, quando uns alunos agem fora dos padrões de comportamentos elas procuram identificar por quais motivos aqueles alunos estão se manifestando de forma  estressada ou agressiva, mais elas relatam que por várias vezes esses alunos não relatam o que então sentindo, tornando difícil detectar os problemas apresentados em sala, sendo assim necessário adota algumas medidas pois essas medidas possibilitam que esses alunos percebam que seus atos não são corretos, direcionando esses discentes a perceber a importâncias de uma boa convivência em seu dia a dia, influenciando nas relações interpessoais.

 Elas afirmaram que comunicam aos pais e a secretaria de educação para que possam ajudar a solucionar esses problemas quando há dificuldade de resolver esses problemas em sala de aula.  Afirmam que procurou a família por meio do diálogo, orientando como os alunos deve se comportar dentro e fora da escola, tendo como ponto estratégico encaminhar esses alunos para a secretaria de educação quando esses alunos persistem em continuar com essas atitudes.

Na secretaria esses alunos iram desenvolver atividades que chame a atenção desses alunos, nos casos mais extremos a escola lidar com esses problemas promovendo reuniões com os pais e mestres para que os pais se aprimorem e compartilhe interesses e missões tendo em vista benefícios para os alunos, trocando informações e sabendo como estão os comportamentos e as atitudes dos seus filhos em sala de aula, a professora Rosilda afirma que quando comunica aos pais muitos deles falam que não sabe o que faz em relação a esses comportamentos, dessa forma é muito difícil impor regras quando os pais não cumprem com as suas responsabilidades, quando a escola proporciona reuniões nem todos os pais comparece assim a responsabilidade fica só no professor. 

Diante desses desafios, nem a escola e nem o município não tem nenhum profissional com experiência em atendimento educacional, essa ausência faz com que os profissionais da educação busquem alternativas como palestras junto ao conselho tutelar do municipal, para atender e aconselhar os pais ou responsável garantindo assim o direitos das crianças e adolescentes,  a escola adota medidas para acompanhar esses alunos dando assistência psicológicas com profissionais atuando no posto de saúde da cede, a secretaria municipal de educação juntamente com o diretor e coordenador está sempre colaborando e acompanhando dando e assistência e esses alunos com problemas de comportamento, colaborando para que esses alunos passam mudar seus hábitos, tentando estabelecer um vínculo entre família e escola.

Nessa perspectiva, as professoras relatam que a ausência da família faz com que esses problemas só aumentam, já que muitos pais não tem um diálogo em casa sobre o que acontece na escola, e nem vai até a escola procurar saber como está o comportamento dos seus filhos, na maioria das vezes somente o professor procura a família para falar sobre esses transtornos enfrentados em sala de aulas, mas o que acontece na maioria dos casos esses alunos continua com esses problemas, pois tem família que não consegue ter uma boa relação com seus filhos em nem consegue impor regras, sem dialogar esses alunos acabam cometendo os mesmos comportamentos, prejudicando mais ainda esse processo de familiaridade, visto que esses problemas afetam toda comunidade escolar, a conscientização da importância da família no ambiente escolar deve ser trabalha de forma continua, é possível perceber como a família está distanciada da escola, dessa forma é desmotivante para o educador saber que não pode contar com o apoio de algumas famílias para solucionar esses problemas.

 

CONSIDERAÇÕES

O presente trabalho buscou compreender o comportamento do aluno no ambiente escolar. A escola é um ambiente onde deve ser preservado por regras que regulamentem o comportamento e a convivência daqueles que nele estão inseridos.

Portanto, são várias as ocorrências de alunos que descumprem as regras, o que tem levado a escola adotar medidas que possibilitem a aplicação de estratégias pedagógicas que promovam o equilíbrio e desenvolvimento dos alunos de maneira individualizada, sem, entretanto, deixar de estabelecer limites. Uma das medidas adotadas está em aproximar a escola a família, além de capacitar os docentes para mediarem essa relação, assim minimizando e até mesmo coibindo os problemas de comportamento.

Por serem vários os problemas de comportamento, antes de qualquer julgamento, foram importantes avaliar o contexto do desenvolvimento cognitivo e emocional dos alunos da Escola Municipal José Francisco de Souza, localizada em Coronel João Sá – BA. Na busca de mais informações a respeito do tema abordado, aplicou-se a pesquisa de campo e percebeu-se, no decorrer dessa pesquisa, que por meio de diversos profissionais docentes entrevistados, que fizeram o seu melhor para tentar solucionar esses problemas enfrentados em sala de aula diariamente, que elas se envolvem de forma intensiva com todos os alunos, identificado às dificuldades e problemas de comportamento de cada um, favorecendo a aprendizagem dos mesmos, percebe-se que não é uma tarefa fácil, pois nem sempre elas conseguem resolver esses problemas muitas vezes sozinhos, por muitas das vezes é necessário a atuação da família para que esses problemas possa a ser solucionado.

Também, foi possível constatar que nem sempre a família atua como deveria, essa participação é quase ausente no decorrer do ano letivo, nesse sentido as professoras acabam fazendo o que pode para ajudar mais nem sempre é possível fazer com que esses alunos mudem seus hábitos, tornando assim um fracasso no processo de ensino-aprendizagem, pois nem sempre esses alunos conseguem aprender o que deveria.  

Por fim, percebeu-se que a união entre família e escola é imprescindível para que esses problemas de comportamento no ambiente escolar sejam solucionados, a conscientização da importância da participação da família no convívio escolar é essencial para que os pais se sintam motivados a colaborar com a formação dos seus filhos, ajudando assim o educador na tomada de decisões.

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática educativa. São Paulo: Paz e terra, 1996.

HENGEMÜHLE, A. Gestão De Ensino e Pratica Pedagógica 3º. Ed. Petrópolis RJ: vozes. 2004. p. 12-13.

JESUS, Saul Influencia dos Professores Sobre os Alunos. Colecçao cadernos pedagógicos. nº. 34 Porto. Edições Asa, 1996. p.27.

MALAVAZI, M. M. In: FREITAS, L. C. (Org.). AVALIAÇAO: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: insular, 2002.

PARAT-DAYAN, Silvia. Como enfrentar a indisciplina na escola na escola. São Paulo: contexto, 2008.

SERRÃO, M.E BALEEIRO, M.C. Aprendizado a Ser e a Conviver. 2º ed. São Paulo: FTD. 1999.

SILVA, Glaudenice T. da Família e escola: juntas para o fortalecimento de seu papel. 2008.

SKINNER B. F. (2003). Ciências e comportamento humano. Tradução organizada por C.T.R. AZZY, 11 ed. São Paulo. Martins Fontes, 2003. (Original publicação em in 1953).  

 

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