Metadados do trabalho

A Atuação Do Neuropsicopedagogo Na Aquisição Da Consciência Fonológica: Um Estudo De Caso Com O Teste Idea (2020)

Analice Alves Marinho Santos

O presente trabalho consiste em um relato de experiência que possui como objetivo geral descrever a realização da aplicação do teste IDEA. Os objetivos específicos são: averiguar o desenvolvimento do processo de alfabetização do aluno; explicar a importância dos testes IDEA para averiguarmos o desenvolvimento da consciência fonológica; discutir a importância da intervenção do neuropsicopedagogo para a aquisição da consciência foológica. A intervenção do Protocolo IDEA (2020) consistiu na intervenção do instrumento em um sujeito de sete anos, com o objetivo avaliar o desenvolvimento da consciência fonológica do testando. Foram realizados quatro testes do referido exame, com resultados apresentados ao longo deste escrito e, com os resultados, destacamos a solidificação do processo de alfabetização do indivíduo, observando adequação de aprendizagem de acordo com a sua faixa etária. Neste artigo também apresentamos discussões acerca da neuropsicopedagogia enquanto um campo de estudos e da importância da intervenção do neuropsicopedagogo em espaços institucionais, de forma a auxiliar alunos e professores no processo de aprendizagem.

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Como citar este trabalho

SANTOS, Analice Alves Marinho. A atuação do Neuropsicopedagogo na aquisição da consciência fonológica: um Estudo de Caso com o Teste Idea (2020). Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2021 . ISSN: 1982-3657. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/301-a-atua%C3%A7%C3%A3o-do-neuropsicopedagogo-na-aquisi%C3%A7%C3%A3o-da-consci%C3%AAncia-fonol%C3%B3gica-um-estudo-de-caso-com-o-teste-idea-2020. Acesso em: 16 out. 2025.

A atuação do Neuropsicopedagogo na aquisição da consciência fonológica: um Estudo de Caso com o Teste Idea (2020)

Introdução

Neste artigo, descrevemos os procedimentos utilizados na aplicação do Teste IDEA com uma criança de sete anos, estudante do Ensino Fundamental I, em uma escola particular da cidade de Aracaju. Visando preservar a identidade do aluno, nos referimos ao mesmo como M.

A nossa intervenção com o aluno foi realizada em um trabalho avaliativo da disciplina “Alfabetização: da consciência fonológica à literacia” ministrada pela professora Doutora Ângela Chuvas Naschold (CERES/UFRN) na Especialização em Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Especial na Perspectiva da Inclusão (CERES/UFRN).

A escolha do aluno deu-se por meio da proximidade com um dos aplicadores e a intervenção ocorreu em dois espaços na cidade de Aracaju (SE): escolas e residência do aluno, em um espaço organizado para realizar o teste. Em todas as aplicações, asseguramos deixar o aluno confortável frente a realização dos testes, realizando intervalos quando o mesmo se distraía ou demonstrava-se cansado.

Seguindo esses procedimentos, a pesquisa que empreendemos é de caráter bibliográfico e de campo e, nela, atingimos os seguintes objetivos: descrever a realização da aplicação do teste IDEA; averiguar o desenvolvimento do processo de alfabetização do aluno; explicar a importância dos testes IDEA para averiguarmos o desenvolvimento da consciência fonológica; discutir a importância da intervenção pedagógica frente a aprendizagem.

Para atingirmos a esses objetivos, dividimos este artigo em quatro seções: 2. “A atuação do neuropsicopedagogo no espaço escolar e institucional”; 3.“Da alfabetização a consciência fonológica: a importância da escolarização nos anos iniciais”; 4. “Os caminhos da Pesquisa e resultados encontrados”; e, por fim, as Considerações Finais.

Para construirmos a discussão bibliográfica deste artigo, temos como aporte teórico Stanislas Dehaene (2012); Rita Margarida Toller Russo (2018);Ângela Chuvas Naschold (2020).

Ressaltamos a importância desta pesquisa para divulgar a atuação do neuropsicopedagogo frente ao desenvolvimento da consciência fonológica, destacando os procedimentos e resultados encontrados na intervenção realizada.Nesse sentido, nada mais justo então, do que buscar ferramentas para não só diagnosticar como compreender o processo alfabetizador de cada aluno: são essas considerações que pautaram o desenho e realização deste trabalho.

O estudo possui relevância científica, onde possibilita a disseminação de uma prática exitosa, como fonte capaz de solidificar o conhecimento acadêmico. Ainda é possível inferir sobre as margens criativas de replicagem e novas estruturas para outros estudos. O alcance ainda chega a possuir relevância social, convidando a profissionais, estudantes e demais membros da sociedade a repensarem em discussões pertinentes dentro da temática.

 

 

 

2. A atuação do neuropsicopedagogo no espaço escolar e institucional

 

No Brasil, os estudos da Neuropsicopedagogia são recentes: as primeiras pesquisas foram empreendidas no Rio Grande do Sul (PUC/UFGRS) na primeira década do século XXI. De Acordo com Angelita Fulle et all (2018), as primeiras pesquisas sobre os estudos neuropsicopedagógicos tiveram como premissa a necessidade de se analisar o conhecimento da estrutura biológica cerebral e desenvolvimento neuropsicológico para o processo de aprendizagem.

Em relação a fundamentação teórica da neuropsicopedagogia, de acordo com o Código de Ética Técnico Profissional da Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia (SBNPp), no artigo 10, afirma-se que:

 

A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos conhecimentos da Neurociências aplicada à educação, com interfaces da Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional.(SBNPp, 2020, p.6).

 

Nessa perspectiva transdisciplinar, a neuropsicopedagogia abrange três grandes áreas, a saber: psicologia, neurologia e psicopedagogia. Isso deve ao fato de que, na neuropsicopedagogia, essas três áreas se influenciam e constituem através da aprendizagem, um processo complexo no qual existem trocas com o meio e registro de impressões.

A constituição e influência dessas áreas ocorre por meio das especificidades de cada assim, assim: a psicologia é a área responsável por fatores psicológicos, mentais; a neurologia contribui com aspecto biológico quanto ao funcionamento do cérebro (levando em conta que o mesmo possui uma grande interação com o meio físico e social) e, por fim, a psicopedagogia contribui com o aprimoramento e desenvolvimento cognitivo, ajudando a desenvolver áreas em que tiveram alguma lesão que comprometeram o seu desenvolvimento.Com base nessas especificidades, afirmamos que essas áreas auxiliam o profissional da área a compreender que, no processo de aprendizagem de um sujeito, não existe apenas um caminho, pois ele não pode é limitado.

Sobre isso, César Augusto e Fabiane Bridi, explicam aos leitores que, no processo de aprendizagem, que ocorre ao longo da vida, existe um sujeito que, à partir de sua relação com o ambiente em que vive, pode ser comparado, metaforicamente, com um mapa: “existem inúmeras possibilidades de rotas e caminhos, sendo que apenas, alguns, estão assinalados”. (AUGUSTO;BRIDI, 2016,p.26).

Por essas rotas e caminhos desconhecidos é necessário um trabalho em conjunto entre neurologia, psicologia e psicopedagogia, afinal, o sistema neurológico é responsável também por aspectos psicológicos e esses processos podem afetar o desenvolvimento neurológico, necessitando assim de um trabalho psicopedagógico.

Ao explicar a importância da intervenção neuropsicopedagógica, os autores afirmam que os processos neurológicos determinam os elementos psicológicos na aprendizagem, pois existe uma relação entre o sistema neural com o ambiente. Essa relação ocorre, por exemplo, por meio das funções executivas, responsáveis pelo pensamento, cognição, linguagem, processamento de informações e raciocínio. (AUGUSTO;BRIDI, 2016).

Dessa forma, a neuropsicopedagogia estuda o processo de aprendizagem, desenvolvendo ações que levam em consideração aspectos relacionados aos mecanismos anatômicos e fisiológicos relacionados ao processo de atenção (seleção, foco, execução, alternância e sustentação); desenvolvimento da linguagem oral e escrita; dificuldades perceptivas nos transtornos de aprendizagem; desenvolvimento de estratégias e habilidades motoras; aspectos funcionais da memória e aprendizagem; e, por fim, o comportamento motivacional frente a aprendizagem. (RUSSO, 2018).

Diante dessas necessidades, o neuropsicopedagogo é o profissional que não apenas conhece o funcionamento do sistema nervoso durante a aprendizagem, mas, para além disso, é aquele que possui o conhecimento de como intervir na aprendizagem, de forma a auxiliar professores e alunos.

Ao descrever a atuação do neuropsicopedagogo institucional, Rita Russo e Angelita Fulle afirmam que esse profissional pode atuar tanto em Escolas, quanto em Centros de Educação, Instituições de Ensino Superior e no Terceiro Setor. Dessa forma, cabe ao neuropsicopedagogo analisar a relação entre o funcionamento do sistema nervoso e da aprendizagem humana em uma perspectiva de uma reintegração pessoal social e educacional. (FULLE;RUSSO, 2018).

Em sua atuação, o neuropsicopedagogo tem a função de provocar uma mudança sobre o processo de aprendizagem através do conhecimento acerca do funcionamento cognitivo e comportamental do sujeito aprendente. Nesse sentido, a atuação desse profissional é frente a utilização de metodologias diferenciadas e diversificadas estratégias cognitivas ou metacognitivas frente a possíveis transtornos e/ou dificuldades de aprendizagem.

Frente a todos esses campos de atuações, podemos nos questionar: de que forma ocorre a intervenção do neuropsicopedagogo? De acordo com Fuller et all, a atuação desse profissional ocorre por meio de uma demanda específica (escola, familiares, professores) na qual, a partir de contextos definidos, o profissional irá exercer a observação frente a aspectos inerentes da aprendizagem e, com os resultados, detectar as possíveis dificuldades visando reintegrar o sujeito aprendente em seu lócus social, pessoal e escolar. Dessa forma, a intervenção deve realizas as seguintes ações: identificar, traçar objetivos, definir e selecionar as atividades de intervenção.

Além disso, segundo os autores, o neuropsicopedagogo deve intervir de forma a prevenir e reintegrar o sujeito aprendente através da realização de uma investigação (das queixas e contexto),sondagem/triagem acadêmica e de materiais próprios (embasados teoricamente e padronizados), elaboração de um plano de intervenção (metas iniciais, intermediárias e finais), orientações a professores, pais e gestão escolar, emissão de um parecer neuropsicopedagógico e, quando necessário, encaminhar a outros profissionais. (FULLE; RUSSO, 2018).

Quando falamos em intervenção neuropsicopedagógica adotamos como premissa o respeito aos aspectos maturais dos aprendentes, desenvolvendo intervenções e fazendo o uso de instrumentos neuropsicopedagógicos pra auxiliar no rastreamento e intervenção precoce, independente do diagnóstico definitivo acerca de um possível transtorno de aprendizagem. Nesse sentido, cabe ao neuropsicopedagogo intervir de forma a remediar e reintegrar, potencializando os processos cognitivos, trazendo benefícios que auxiliem no desenvolvimento de habilidades fundamentais. (FULLER et all, 2018).

 

 

3.A Consciência Fonológica nos anos iniciais: a ação da família e da escola no processo de alfabetização.

 

Pensarmos em Educação é irmos para além do processo formal de aquisição de conhecimentos como a língua portuguesa, matemática, ciências naturais e outras. Esse processo é considerado importante para a formação humana, refletindo diretamente nas sociedades. Educar se tornou, portanto, um ato social, político, formativo, comunitário e de bem estar. Ao longo da construção da humanidade, são notórias as mudanças as quais este fenômeno percebeu, ganhando novos status e novas maneiras de atuação e reformulação (DIAS; PINTO, 2019).

Dessa forma, ter acesso aos processos educativos é necessário para o desenvolvimento dos sujeitos e das sociedades. A porta de entrada neste mundo plural e diverso é através do convívio familiar. Santos (2018) aponta as aprendizagens obtidas no seio da família, como ponte de acesso a educação formal escolar.

Este ambiente, por mais não didático que pareça, oferta uma gama de aprendizagens funcionais para o convívio do sujeito. Além disso, neste contexto, o apoio destes responsáveis também configura em um importante laço dentro da inserção do menor na comunidade escolar.

Quando a criança entra para fazer parte de uma unidade de ensino se inicia portanto a aquisição da alfabetização, processo responsável pela construção e aperfeiçoamento das habilidades de leitura e escrita. Marques & Marandino (2018) entretanto, estabelecem a indispensabilidade de repensar esta alfabetização, sendo esta para além das habilidades científicas. Dentro deste cenário é possível utilizar de estratégias e metodologias de vivências da infância, aproximando os conteúdos as vivências de cada um dos sujeitos: esse mecanismo envolve não só o corpo docente, como se pensa para além dos muros da escola.

O próprio mecanismo da alfabetização já promove novos olhares com base na realidade atual. É o que afirma Pereira (2018):

 

O novo paradigma da alfabetização supõe a ampliação das aprendizagens semióticas, passando a incluir um amplo repertório de modos de representação da informação, bem assim como a implementação de práticas de aprendizagem que deem conta das capacidades semióticas informalmente desenvolvidas na e para a infância, expandindo-as.(PEREIRA, 2018,p. 29)

 

 

Por máximo que estas considerações sejam empolgantes e necessárias reiteramos a necessidade de alertarmos para um quadro alarmante. A realidade brasileira aponta a presença de 11 milhões de analfabetos no Brasil, uma redução na representação de porcentagem de 6,8 para 6,6 em 2019. A pesquisa ainda apontou que são brasileira (o)s acima de 15 anos que se encaixam nesta contagem (BRASIL, 2019).

As causas responsáveis por estes números são muitas, contudo Costa, Figueiredo e Cossetin (2021) descrevem dificuldades que estão expostas na própria Política Nacional de Alfabetização (PNA). Ainda existem ações e modelos pouco funcionais, engendrando em um contexto que deveria se atentar a diversidade e singularidades dos envolvidos.

Por meio de estudos da Neuroeducação, encontramos ferramentas potencializadoras do processo de alfabetização, embasando em metodologias adequadas em sala de aula. Dessa forma, pensar a alfabetização como um fenômeno diversificado se faz necessário. Assim como afirmam Fortunato et al., (2018) é preciso adaptar estratégias e avaliações conforme as necessidades dos sujeitos e é com o auxílio dessas posturas onde a Educação encontra as pontes necessárias para adentrar nos sujeitos.

 

 

 4. Os Caminhos da Pesquisa e Resultados encontrados

 

Nesta seção, destacamos os procedimentos metodológicos da intervenção realizada com o Protocolo IDEA no aluno “L”, de sete anos, residente na cidade de Aracaju-SE e estudante de instituição particular, cursando o Ensino Infantil II. Afirmamos que toda a discussão aqui realizada foi autorizada pelos pais do aluno através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Utilizar dessa ação permite a construção de estudos como este, preservando a identidade dos envolvidos. Outro ponto a ser ressaltado diz respeito a realização da atividade de maneira presencial, respeitando as normas sanitárias estabelecidas em decorrência da pandemia da Covid-19.

O protocolo Instrumento Diagnóstico das Etapas Iniciais da Alfabetização, abreviadamente IDEIA, é um kit com diversos materiais de aplicação com distintas necessidades e averiguações. Suas atividades consistem em avaliar aspectos da leitura, escrita, bem como outras variantes como habilidades mentais, inferências sobre sentidos e afins. Cada uma dessas atividades descreve seus objetivos, contendo um caderno de aplicação, formas de registro e avaliação (NASCHOULD, 2020).

Ao classificarmos este artigo como um relato de experiência, os compreendemos como uma modalidade cuja se obtém como ideia principal a descrição de uma determinada prática acadêmica, enaltecendo os resultados e discussões em forma de relatório.

Para empreendermos a intervenção com o Protocolo Idea, temos como base os aportes teóricos de Stanislas Dehaene acerca dos mecanismos da leitura. Em sua obra, “Os neurônios da leitura” (2012), o autor afirma que atrás de cada leitor, existe uma “mecânica neuronal admirável de precisão e eficácia”. (DEHAENE, 2012, p.25).

De acordo com o autor, o processo de aprendizagem da leitura não é inato, sendo também uma atividade cultural. Nesse sentido, o autor representa a leitura como uma invenção cultural que se insere na margem da reciclagem neuronal, ou seja, o processo que o cérebro, enquanto um órgão fortemente estruturado, faz o novo com o velho, destacando que o nosso cérebro apesar de não ser feito para a leitura, ele se reconverteu.

Nessa reconversão, Stanislas informa que, no processo de leitura, ocorrem as seguintes etapas: reconhecimento (de uma palavra), análise (das letras), descoberta (das combinações) e, por fim, associação dos sons e sentidos. Dessa forma, segundo o autor,ao vermos uma palavra, a mesma é esfacelada em milhares de fragmentos e reconhecida por um fotorreceptor. (DEHAENE, 2012, p.26).

Por meio desse reconhecimento, Stanislas afirma que “[...] a leitura não é, senão,uma sucessão de tomadas do texto que são apreendidas palavra por palavra”. (DEHAENE, 2012, p.27). Dessa forma, para o autor, ler é saber identificar todas as palavras, independente da invariância receptiva (tamanho, posição e forma das palavras).

Com base nesse pressuposto teórico foram realizados três encontros presenciais no mês de junho de 2021, utilizando a gravação como veículo de registro dos resultados colhidos de forma a viabilizar a construção dos pontos de discussão. Os testes selecionados, conforme orientação, foram respectivamente: Teste das letras, Palavras e Frases (Teste 4), Teste de Leitura de Palavras e Frases (Teste 6), Teste de Teoria da Mente (Teste 11) e por último o Teste de Escrita de Palavras e Frases (Teste 7). Uma ressalva que destacamos diz respeito a aplicação deste último instrumento, realizada na casa do testando com auxílio de outras pessoas para realização e captação dos resultados.

O sujeito deste estudo, “M”, possui sete anos, se encontra no ensino fundamental de uma instituição privada. A seguir, detalhamos como funciona cada um dos testes realizados, como se deu o desempenho do participante assim como implicações suscitadas por meio de discussão embasada na literatura pertinente.

A aplicação do Protocolo IDEA ocorreu em ambientes conhecidos por “M” e contou com a participação de dois pesquisadores: um repassava as orientações necessárias e outro anotava os resultados obtidos. Para realizarmos a filmagem do teste, contávamos com o auxílio de um professor da escola em que os testes foram realizados. Todos os testes foram realizados em espaços adequados e foram realizados após o estudo e análise do Protocolo IDEA pelos pesquisadores e orientações da professora Ângela Chuvas Naschold.

Destacamos que nas aplicações, explicamos para a criança tratar-se de um jogo com as palavras, caracterizado por brincadeiras e perguntas. Em alguns momentos, quando percebemos que o aluno se sentia incomodado com a quantidade de perguntas, paramos os testes e prosseguimos em um outro momento adequado. Em todos os momentos também aplicamos o discurso motivacional com o aprendente, de forma amigável e firme, explicando o mesmo que estava tudo bem não lembrar-se de algumas palavras.

A primeira aplicação ocorreu por meio do Teste das Letras, Palavras e Frases (Teste 4) dividido em duas etapas. A primeira consiste no reconhecimento das vinte e seis letras do alfabeto, ditas em voz alta. A seguir é necessário relatar uma palavra a qual se inicie com a mesma letra apresentada. O segundo momento é dirigido para a repetição de frases, onde se observa a capacidade de compreender a estrutura das frases, os sons respectivos e os significados implicados (NASCHOULD, 2020).

Em relação a primeira parte do teste, a mesma visa verificar o conhecimento da criança do nome das letras e palavras que iniciam pela mesma letra. Durante o teste foi obtido um total de 44 acertos (de um total de 52 números de acertos possíveis), correspondendo a um escore 8 conforme o instrumento. Vale ressaltar que o testando acertou o reconhecimento de todas as letras, incluindo W e Y, apesar da sua recente inserção no idioma da língua portuguesa.

Entretanto, o mesmo não conseguiu relatar exemplos de palavras nas letras J, X e B. Ao contrário dos outros testes, a aplicação do teste 4 foi realizada em dois momentos diferentes, em uma escola de educação infantil. Durante a aplicação da primeira parte do instrumento, o testando se apresentou tranquilo e bem atento ao teste.

Por se tratar de um teste longo, na medida em que os aplicadores chegavam ao final da primeira parte, o participante se mostrava bastante incomodado com as perguntas. Devido a isso, preferimos realizar a segunda parte horas depois. É necessário, todavia, registrarmos que as condições de realização do teste se deram em decorrência das mudanças sociais ocasionadas por meio da pandemia da Covid-19.  

Mesmo proporcionando tentativas para melhorar o ambiente encontrado para aplicação dos testes, acreditamos que esse aspecto pode ter influenciado o testando a não recordar exemplos de algumas palavras. Essa hipótese pode ser levada em conta uma vez que todas as letras do alfabeto foram respondidas de maneira prontamente.

Seguindo para a segunda etapa do teste, o objetivo é verificar a capacidade metalinguística de analisar e refletir de forma consciente sobre a estrutura fonológica (sons da fala) da linguagem oral sem envolver o significado das palavras”.(NASCHOLD, 2020,p.23).

Visando atingir esse objetivo, a segunda parte possui quatro etapas: na primeira, é preciso nomear o número de palavras em uma frase; na segunda, nomear o número de sílabas de uma palavra; na terceira, nomear a sílaba e o fonema inicial de palavras propostas; e, por fim, na quarta, nomear a sílaba mais forte. (NASCHOLD,2020).

Durante a aplicação da segunda etapa, nas questões referentes aos primeiros itens do teste não houve acertos (o testando compreendeu que deveria ser feito a contagem de sílabas, mesmo a aplicadora reiterando com o exemplo citado no instrumento). Baseado na percepção anterior, no item seguinte, com um grau de dificuldade um pouco maior do que o anterior, houve o acerto de três questões (pontuando 3 pontos).

Na etapa de nomear a sílaba e o fonema principal, o testando conseguiu um acerto (pontuando 4 pontos), onde a aplicação dos dois seguintes seguiu comprometida pelas questões citadas anteriormente. Já na quarta etapa, houve também um acerto, totalizando em 5 pontos de escore final (de um total de dez pontos possíveis em caso de todos os acertos). Com base no cálculo descrito na errata do teste para a pontuação final de ambas as partes do teste, o avaliando ficou com um escore final de 6,5 (de um total de dez pontos).

Observando todas nuances apresentadas, incluindo as características escolares do testando, se nota um potencial a aquisição completa da leitura. Conforme Martins, Carvalho e Dangió (2018) ao longo do tempo se percebe mudanças drásticas na forma de aprendizagem e ensino da leitura. Analisando todo este longo percurso histórico, levar em considerações outros pontos enriquem o conhecimento sobre a referida temática.

Além do mais, quando se leva em consideração estes aspectos, encontram razões que justifiquem a individualidade deste mecanismo. A leitura passa a ser parte do sujeito, de sua própria individualidade, do seu cotidiano, das suas visões e de si mesmo. Então, é relevante reiterar e sempre recordar do caminho particular a qual cada um irá trilhar para a aquisição completa da leitura.

Estudos como o de Hermann & Sisla (2019) chamam atenção para uma questão importante: as práticas pedagógicas precisam se reinventar. Ou seja, excluir modelos rotuladores e excludentes que dificultam o processo de ensino-aprendizagem. Pensar por exemplo, na importância do desenvolvimento da consciência fonológica e toda a particularidade presente na leitura é fundamental.

Um outro desafio diz respeito ainda sobre as novas modalidades de tecnologias virtuais, cada vez mais presentes no cotidiano da vida humana. Sobre este ponto em específico, é bastante coerente apresentar o que diz Mineiro, Benfica e Cardoso (2012):

 

A nossa hipótese é a de que esse leitor dispõe de um tempo virtual e que sua leitura é feita nos espaços intersticiais, entre uma atividade com a qual está envolvido e outra para a qual é atraído. O computador é para ele, ao mesmo tempo, instrumento de trabalho, meio de comunicação, recurso de informação e uma fonte de (hiper)textos. Como entretenimento, sua leitura é tão nervosa e saltitante quanto são as demais demandas e atividades de sua vida cotidiana. (MINEIRO; BENFICA;CARDOSO, 2012,p. 113).

 

 

A realidade atual, portanto, apresenta novos desafios dentro do ensino e aprendizagem do ler. Cabe então a construção de diálogos mais profundos e críticos, de forma a se pensar em como a presença desses novos artifícios podem ser benéficos ou maléficos para cada experiência escolar.

A segunda aplicação correspondeu ao Teste de Leitura de Palavras e Frases (Teste 6), responsável pela verificação do nível de leitura dos indivíduos. A aplicação corresponde na apresentação de uma logo tipo de um produto comercial famoso, palavras e uma frase, onde após a percepção visual é pedido que seja falado em voz alta como se lê.(NASCHOULD, 2020).

Com base no desempenho do testando na atividade observamos que ele se encontra em uma fase de solidificação para a alfabetização total (compreendendo o termo utilizado no instrumento como classificação pelos escores obtidos): nas dez etapas que compõe a avaliação se alcançou seis acertos como escore final, compreendendo o logotipo de uma marca de refrigerante (escrito como “Caco Calo”), quatro palavras (“lua, mola, fofoca, caderno”) e a frase final (“O Caderno é da Felícia”).

Destacamos, nos resultados encontrados, o processo de construção da habilidade de recodificação fonológica, compreendendo o processo entre as letras e sons, geradora da leitura. Diante da apresentação da primeira palavra, mesmo com uma logo bastante conhecida e que faz parte do cotidiano do testando, o mesmo consegue distinguir as diferenças as mudanças das letras e consequentemente dos sons.

As palavras que o sujeito demonstrou dificuldades foram: tábua (lida como tabúa), mosquito (não conseguindo decifrar como se lê a sílaba “qui”), apontador e artesanato (não conseguiu juntar as sílabas e formar a palavra).

Identificamos nesses resultados um aspecto interessante: a partir do momento em que eram apresentadas palavras que possuem mais sílabas, a exemplo de “mosquito” “apontador” “artesanato”, o testando apresentava dificuldade. Identificamos a compreensão das sílabas, entretanto ele não conseguia uni-las para a compreensão da palavra.

Diante disso,  identificamos que ainda é preciso trabalhar a capacidade de junção e memorização para o nível de alfabetização total. Maluf & Sargiani (2015) relatam sobre esta questão, apontando como um problema recorrente no processo de consciência fonológica. Nesse caso, existe a falta da correspondência da compreensão dos sinais gráficos, sons e a combinação dos mesmos para a leitura total.

As causas de dificuldades apresentadas no cotidiano da sala de aula podem ser diversas. Em algumas situações são identificadas questões cognitivas, onde falhas na visualização e percepção podem justificar essa barreira. Ou até mesmo a questão pode passar longe desta ideia, compreendendo em apenas uma má interpretação no momento. Essas são apenas duas das respostas a uma demanda que pode se tornar complexa. O professor, como profissional principal, trabalhando no cerne desta questão precisa averiguar com cuidado e atenção (SANTOS, 2019).

Cunha, Martins e Capellini (2017) relatam a necessidade de um trabalho desde as primeiras séries para a regressão de dificuldades na leitura. Muitas vezes a capacidade de decodificação se torna prejudicada a medida que se tem contato com textos maiores e mais profundos. Uma alternativa para evitar a passagem deste problema ano após ano escolar e consequentemente o aumento e redução da capacidade leitora ilustra o fortalecimento da leitura logo no início da trajetória escolar. Além disso, professores e demais agentes do campo educacional devem buscar formas de formação constante, afim de identificar as variáveis classificadas como barreiras do ato de ler.

Pensando ainda em uma visão ampliada do ato de leitura, bem como os demais mecanismos de aprendizagens envolventes neste cenário é possível relatar a ideia construída e disseminada por Flores (2018):

 

Enfim, quando se trata da leitura e seu aprendizado, não é possível confiná-la ao cérebro do indivíduo, como uma habilidade individual, estritamente, intelectual, uma vez que a natureza dessa atividade sociocognitiva envolve o psicológico, é evidente, mas também o social, o contextual. Em famílias de leitores, a facilidade é, em geral, maior, todavia aprender a ler é um direito de todos, sendo necessário fazer todo o esforço possível para franquear o acesso à leitura a todos os iniciantes, de todos os grupos sociais. (FLORES, 2018, p. 156)

 

 

A próxima constatação que utilizamos nesta experiência é nomeada de Teste da Teoria da Mente, ou seja, as habilidades sobre pensamento, interação social, contatos e demais aspectos subjetivos são averiguados neste experimento (NASCHOULD, 2020).

Na parte inicial do exame apresentamos uma caixa de chicletes ao testando. Questionado sobre qual seria o conteúdo da caixa o mesmo confirma esperar encontrar dentro do recipiente vários chicletes.Após a averiguação de outro conteúdo interiormente, o testando diz não recordar do nome do objeto. Questionado sobre o que as demais crianças responderiam sendo submetidas ao mesmo teste, foi relatado que elas também responderiam ser chicletes.

Passando para a segunda etapa do teste, ao ser apresentado a uma caixa de chocolates o testando não identificou qual seria seu conteúdo, entretanto, relatou não acreditar conter “biscoitos” nela. Como esse teste foi feito posteriormente ao do chiclete, o testando já imaginou que seria realizado a mesma situação anterior. Acreditamos que a não identificação do conteúdo ocorreu devido ao desconhecimento do testando da referida marca de chocolate utilizada, pois o mesmo demostra preferência por outras marcas de chocolates.

Ao final, o testando obteve escore total oito (dentro de uma escala até dez, sendo o valor máximo atribuído pelo teste). Conforme Kidd e Castano (2013) a teoria da mente apresenta os aspectos subjetivos dos indivíduos conforme as experiências vivenciadas. Dessa forma, diante do processo de socialização e aprendizagem do sujeito existem situações as quais possuem o objetivo de questionar sobre a forma a qual o outro é afetado perante nossas ações. A partir daí, é possível a identificação de crenças, valores, visões de mundo as quais constituem a nossa personalidade.

Diante dos resultados apresentados, o testando apresentou algumas dificuldades relacionadas a nomeação dos objetos encontrados na caixa, bem como a identificação da marca de chocolates. Apesar de contornar recordando do sentido no primeiro caso e também pelo tipo de chocolate apresentado não fazer parte da sua realidade é possível inferir sobre resultados importantes.

Identificamos que o testando consegue realizar a habilidade de se colocar no lugar do outro, crendo que outra criança relataria as mesmas respostas. Dessa forma, desenvolver habilidades relacionadas ao pensamento, ideia, desejos e afins corroboram com a aquisição da compreensão leitora.

Essa compreensão colabora em inúmeras funções para o desenvolvimento humano. Conforme Brito (2010):

 

Assim, os diversos textos passam a ter várias atribuições no seio da vida social. São vistos como ficcionais, despertam emoções, suscitam o prazer do texto e constituem, geralmente, não imitações da vida, mas metáforas da vida, que conduzem a uma melhor compreensão desta. (BRITO, 2010, p. 31)

 

A aquisição da leitura aproxima o sujeito do meio, colocando como protagonista das suas próprias histórias. Assim como existe o despertar para características afetivas/emocionais do sujeito, existem outras questões importantes.

Como afirma Silva & Derin (2020) por meio da leitura o indivíduo tem acesso a transformações pessoais e no meio em que se encontra inserido. Dessa forma, é possível desenvolver aspectos importantes como o pensamento, raciocínio, memoria e afins. Todos esses elementos são fundamentais para a convivência em sociedade e para a formação humana. A criticidade pode ser um dos meios alcançados, permitindo aos indivíduos avaliações coerentes e necessárias sobre seu agir no mundo e aos demais.

Nesse sentido, Andrade (2015) ainda reitera:

 

No ensino fundamental, as crianças pensam por pseudoconceitos e adquirem muitos conceitos ensinados pelos adultos. A leitura literária na fase escolar também contribui para a formação de conceitos, pois, ao atribuir um sentido ao texto, a criança dialoga com o autor e adquire conceitos que influenciam a sua forma de olhar o mundo e no amadurecimento de conceitos, que acontece na adolescência. A leitura de um livro de literatura possibilita que o ser humano saia de uma situação concreta para o pensamento abstrato completo, em que a imaginação e a fantasia abrem as portas para o pensamento subjetivo e elaborado (ANDRADE, 2015,p. 125).

 

 

Sobre o último teste, de início, não havia a programação antecipada da aplicação do teste devido aos acordos realizados na disciplina. Diante do imprevisto, o teste foi aplicado por uma professora de Educação Infantil, próxima da rede familiar do aluno e em sua casa. Antes da aplicação, foram repassadas todas as instruções e o próprio teste IDEA. Toda a aplicação foi filmada, excluindo o material após o registro dos resultados, conforme estabelecido nas diretrizes éticas do TCLE.

Para este teste o avaliando acertou dois dos dez itens do instrumento, equivalendo seu escore a fase pré alfabética. Ocorreram acertos das três primeiras palavras, onde as mesmas compreendem o uso de poucas sílabas. É necessário ressaltamos, entretanto, que o testando conseguia repetir todas as palavras, após o comando da aplicadora. Durante esta repetição foi relatado o desconhecimento do significado de palavras como “poleiro” e “tamanduá”.

Com o decorrer do teste o sujeito troca algumas sílabas como “labis” ao invés de “lápis” e “bipoca” no lugar de “pipoca”. Já nas demais palavras com maior formação de letras e na frase final, o mesmo iniciava, entretanto descrevia não saber continuar. Destaca-se a dificuldade com a palavra felicidade, ocorrendo um fato inusitado. Muitas vezes o testando repetia as sílabas durante a escrita, entretanto, permaneciam dificuldades para o estabelecimento da relação grafofonológica.

Com base nos resultados encontrados, Dehaene (2012) relata sobre a importância do estabelecimento da relação grafema e fonema. Esse mecanismo não acontece de maneira individualizada, mas sim de uma relação rápida e forte no espaço denominado de “caixa das letras”. É pelo estabelecimento deste percurso que os sujeitos conseguem alcançar a leitura plena, levando em consideração os processos individuais do aprendizado.

5. Considerações Finais

Ao discutirmos o papel do neuropsicopedagogo frente a aquisição da consciência fonológica é importante para refletirmos sobre a necessidade de uma mudança no processo de aprendizagem através do conhecimento acerca do funcionamento cognitivo e comportamental do sujeito aprendente. Nesse sentido, a atuação desse profissional é frente a utilização de metodologias diferenciadas e diversificadas estratégias cognitivas ou metacognitivas frente a possíveis transtornos e/ou dificuldades de aprendizagem.

Nessa atuação, o neuropsicopedagogo é o profissional que não apenas conhece o funcionamento do sistema nervoso durante a aprendizagem, mas, para além disso, é aquele que possui o conhecimento de como intervir na aprendizagem, de forma a auxiliar professores e alunos.

Ao apresentarmos os resultados do Teste Idea do sujeito “M”, discutimos como a alfabetização compreende em um processo diverso e singular. É preciso pensar na pluralidade deste fenômeno tão essencial para a formação humana, sendo preciso reconhecer não só as potencialidades da educação como as limitações ainda existentes neste aprender.

Nesse sentido, diante de possiveis dificuldades de aprendizagem na alfabetização, o Teste Idea possui um arcabouço de atividades completas que auxiliam no desenvolvimento da consciênia fonológica através de metodologias lúdicas que podem ser realizadas pelo professor e neuropsicopedagogo.

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