INTRODUÇÃO
Sabe-se que o aprendizado se dá em vários espaços e de diversas formas, consideramos que o letramento pode ocorrer da mesma maneira. Logo, tomaremos a teoria de Paulo Freire que entende a educação a partir da lógica da autonomia para compreendermos o letramento num espaço de ensino não-formal.
O presente artigo trata sobre um relato de experiência de letramento na Igreja Messiânica, no qual utilizamos o pensamento de Paulo Freire para que esse processo de aprendizado seja significativo para os sujeitos envolvidos nesta pesquisa. O estudo tem como problemática: Como o letramento pode ser significativo num espaço de ensino não-formal? Considera-se que, seguindo a teoria de Paulo Freire, bem como a partir das vivências dessas pessoas podemos realizar um letramento que possibilite uma aprendizagem significativa.
A investigação tem como objetivo geral: Compreender a importância do letramento no espaço de ensino-não formal. Tendo como objetivos específicos: Entender o espaço de ensino não-formal como multiferrencial; realizar o letramento na Igreja Messiânica; propiciar uma aprendizagem significativa para os sujeitos a partir de letramento; entender o letramento através da teoria de Paulo Freire.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, oral e qualitativa com o uso de roda de conversa sobre as narrativas e vivências desses sujeitos, para através delas realizarmos o letramento.
O artigo é dividido em três seções. A primeira trata sobre letramento x Freire, em que especifica a leitura de mundo e a leitura da palavra. A segunda seção traz as narrativas dos sujeitos dessa pesquisa e a terceira evidencia a experiência do letramento na Igreja Messiânica contextualizando também o espaço.
Desse modo, percebemos a importância da prática do letramento para o exercício da cidadania das pessoas envolvidas, dando dignidade, esperança e novas perspectivas de vida que até então não tinham.
LETRAMENTO X FREIRE
Antes de falarmos em letramento, é necessário pensarmos sobre os motivos que fazem pessoas a não serem e a nem buscarem ser letradas? Sabemos que a escrita é um importante demarcador de status em nossa sociedade. Posto isso, observa-se que vários fatores levam os sujeitos a se afastarem da escola e um deles é justamente a busca pela sobrevivência, em que tem que optar por trabalho, abandonando o estudo, apesar da maioria das vezes reconhecerem à sua relevância. E o que levam pessoas a buscarem outros espaços formativos ao invés da escola?
Tomando como base tais prerrogativas, consideramos que a escola ainda é um espaço excludente e por conta disso, muitas pessoas pedem auxílios as instituições não-formais de aprendizagem para conseguirem alcançar seu objetivo que é justamente saber ler e escrever.
Nesta perspectiva é singular que o letramento seja o mais significativo possível e não mera repetição de palavras. Por essa razão, retomamos a teoria de Paulo Freire para discutirmos sobre letramento.
Freire (2005, p. 09) salienta que, “a leitura do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da escolarização, foi a leitura da “palavramundo”.
Por essa razão, Freire defende que antes mesmo da palavra, é necessário a leitura do mundo em que o outro ou nós estamos vivenciando. Ler e reler o seu mundo e depois aplicá-lo na leitura da palavra. Nesse sentido, conota-se como uma forma de contextualização, ou seja, primeiramente um, logo após o outro (leitura e palavra).
De acordo com dicionário Melhoramentos: dicionário de língua portuguesa, (2009, p.22;111.), os significados de aprender, é: “Ficar sabendo, reter na memória, tomar reconhecimento de”. E ensinar: “Instruir sobre. Transmitir conhecimentos a; educar, dar aulas”. Entendemos que aprender é um ato individual entre as pessoas diante do processo de aprendizagem. Porém, ensinar, poderá ser entendido como uma ação que atingirá grupos de indivíduos em um determinado número, ou seja, coletivos.
NARRATIVAS ENTRELAÇADAS
Todas as narrativas entrelaçadas permitem-nos compreender a importância da educação em espaços informais, pois, entende-se que esses sujeitos que muitas das vezes têm interesse em estar inseridos em espaços formais. Logo, na maioria dos casos, as narrativas apresentadas recordam basicamente o passado vividos por esses sujeitos que são oriundos de classe baixa, negra e que são advindas do interior do estado, demonstrando que tinham e têm poucas oportunidades de estudo. As duas senhoras membras da igreja Messiânica, procuraram à ministra responsável da unidade religiosa para permitirem a elas aprenderem a ler e a escrever, no sentido de realizar os seus desejos e sonhos de ler os Livros Sagrados (Escritos Divinos). A seguir apresentaremos um breve relato que os sujeitos nos relataram por meio do dispositivo celular, demarcando a oralidade de cada sujeito. Sendo assim, o texto a seguir tem: Rose Vania Moura Menezes / 2021. Moradora da Fazenda Grande III, Salvador – Bahia. Por convite da ministra responsável da Igreja Messiânica para participar do Curso Pós-Outorga. A citada é membra da igreja e se permitiu a aprender a ler e a escrever com a professora Denise Santana.
Maria Domingas da Conceição nos relatou que é Moradora de Salvador, tem 72 anos de idade. A sua mãe trouxe-a para Salvador ainda menina. Uma senhora dona Amélia que não está mais em nosso meio, é falecida. Frequentava a Escola Cosme de Farias, no Bairro da Barroquinha – Salvador/Ba. Relatou para sua mãe o que tinha acontecido com Maria Domingas. Quando era menina, rabiscou na sua blusa em volta dos seios, quando chegou em casa a senhora Amélia a xingou, deu uma surra e disse que ela não estava na escola e sim com os meninos, proibindo-a de frequentar a escola, deixando-a sem estudar.
Porém, a oralidade de dona Amélia diante da mãe de Maria Domingas foi fator determinante para ela não frequentar a escola. O que causa um “sofrimento” no decorrer de sua vida. Por ser membra da igreja, reconhece que a sua fé é que a fortalece no decorrer de sua vida, acredita que fará uma experiência de fé, em que será lida por si mesma. Gostaria de aprender a ler e a escrever para realizar as leituras dos Escritos Divinos.
Será importante remetermos ao Livro: Os Novos Tempos, o seguinte capítulo “A Prudência, A Sabedoria e as Dificuldades Insolúveis”. Meishu-Sama salienta que: “É importante saber como a Lei atua em qualquer situação e procurar ajustar-se a ela, manter-se alerta e capacitar-se a adaptação necessária. (MEISHU-SAMA, 2019, p.47).
Refletimos, quando as pessoas buscam saberes significativos, eles fazem descobertas necessárias para o seu crescimento pessoal e profissional, dessa forma poderá contribuir para a nossa sociedade.
Remeteu-se a uma memória que era necessário pegar água no Corpo de Bombeiros, situado no bairro da Barroquinha – Salvador / Ba. A época de “menina” jogava capoeira, quando a fila estava grande, essa fila era para pegar água. Nesse período apareceu um sargento da polícia militar que a indagou: “se ela praticava algum esporte?” Tinha um sonho de “ser polícia feminina”. “Você mora onde?” ela ensinou a ele, e o sargento compareceu na casa de dona Amélia, ele gostaria de pagar um colégio para ter aulas de capoeira. O sargento dialogou a seu favor, porém foi colocado para sair da residência de dona Amélia. Contudo, Maria Domingas foi proibida de ir pegar água. Nunca mais o sargento foi visto. Reconhece que se fosse polícia feminina, não estaria aqui. Tem agradecimento por tudo que aprendeu com dona Amélia.
Nessa perspectiva, tem a participação ativa na instituição religiosa, a responsável pela unidade religiosa a convidou para frequentar às aulas, reconhece que encontrou a professora (Denise Santana) que tem paciência para ensinar a ler e escrever, ensinando, onde Meishu-Sama a deu de presente esse momento. Tem fé e certeza que irá aprender a ler e a escrever.
A senhora Rose Vânia, na sua adolescência não aprendeu a ler e escrever, porque morava na roça e trabalhava com seus pais na lavoura. No período, os pais não tinham estudos e não achavam importante a filha ir em busca do conhecimento. Obedecia aos seus pais, não estudava. Ela salienta que sente uma profunda tristeza por não ter frequentado a escola.
“A escola é uma organização e, como tal, estudar a sua complexidade, sua missão e as suas crenças representa um passo importante na busca de novos valores que possam ampliar os seus espaços institucionais[...]” (AMORIM, 2007, p.7).
Sendo a escola um espaço multirreferencial de saberes e aprendizagens, através dos relatos orais, cabe a todos que estão inseridos no espaço escolar, despertar para as
transformações culturais, sociais e econômicas. Precisamos repensar a escola voltada para as mudanças que estão ocorrendo ao nosso redor e no mundo real.
Percebemos que as histórias de vida que pertencemos estão entrelaçadas com as nossas vivências, o nosso “Eu”. Porém o processo ensino-aprendizagem está associado ao “sonho”, dos indivíduos. O resgate da memória dos membros da Messiânica das reflexões é pertinente para os espaços não-formais, esses diálogos servirão de caminhos, portanto, compreendemos que a educação é o alicerce importante na vida dos seres humanos.
Daniel Neto Reis. Soube que sou professora, um certo dia, perguntou-me se eu possuía uns livros que pudesse doá-lo. Nasceu na cidade de Formosa, na Bahia, tem 70 anos de idade. Atualmente, mora no Condomínio Morada Bela, em Sete de Abril – Salvador /Ba. O pai faleceu quando o senhor Daniel era jovem, aos 18 anos de idade procurou tirar os documentos com intuito de procurar emprego nas grandes empresas, o gerente da empresa observou a carteira de trabalho e o indagou: - Daniel, você tem alguma profissão? Qual o seu grau de escolaridade? Senhor Daniel, respondeu que não possuía experiência no trabalho, e em relação aos estudos, estudou até o quarto ano primário. O gerente aconselhou que o senhor Daniel fosse estudar e retornasse para empresa que guardaria uma vaga de emprego para ele.
Ao sair da empresa, pensativo e lembrou de sua irmã, que tem formação de professora, em seus diálogos, falava: - “filho” estude que o amanhã o espera. Achava a fala da irmã forte, quase chorei, me emocionei e lembrei das boas palavras de minha irmã. Em São Paulo, encontrou um trabalho em uma firma, falou com o engenheiro que gostaria de estudar, começou estudar em Madureira Ginasial e não concluiu.
Em Salvador, o senhor Daniel depois de muito tempo, há dois anos organizou uma biblioteca na kombi com livros que adquiriu de doações, procurou estudar. Conheceu a professora Denise Santana, sua vizinha, que deu apoio com doações dos livros. Gostaria de continuar os estudos. A nossa aproximação foi através dos livros. Onde irei abraçar os meus estudos, tem sonho de cursar uma universidade. Rememorando sua experiência a partir de 13 agosto 2021, ele nos disse por meio da oralidade que:
- Sou músico, tenho carteira de compositor, tenho músicas gravadas, disco de forró pé de serra, toco pandeiro, triângulo, zabumba violão, gostaria de realizar uma apresentação musical, tocar pessoalmente. Sou motorista, fui primeiro, segundo e terceiro degraus, tenho carteira de carreteiro, trabalhei 36 anos nas estradas do Brasil, fui assaltado, tombei a carreta na BR, fiquei no meio das ferragens. Dessa maneira foi a minha trajetória. (Daniel Neto Reis, 2021).
De acordo com as reflexões deste trabalho fica evidente que a possibilidade de se desenvolver práticas pedagógicas da educação musical no ensino - aprendizagem que pode contribuir para o despertar dos educandos para os seus dons artísticos.
Experiências em composição podem levar os alunos a desenvolverem sua própria voz nessa forma de discurso simbólico. Durante esse processo, ideias musicais podem ser transformadas, assumindo novos níveis expressivos e significados, articulando assim sua vida intelectual e afetiva. (FRANÇA; SWANWICK, 2002, p.10).
Os autores supracitados ressaltam que a educação musical deve permitir espaços significativos onde os educandos possam contribuir as suas potencialidades musicais articulando experiências de vida e do seu cotidiano.
SEMIÓTICA NO DIA A DIA E NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO DOS ESTUDANTES
Muito se discute acerca das questões contemporâneas e das formas de símbolos e de imagens nos dias atuais. A semiótica, por sua vez, traz informações simples e sólidas em compreender a leitura e a compreensão dos símbolos, dos gestos e das imagens no cotidiano dos estudantes.
Porém, é necessário entendermos que “A Semiótica é a ciência que tem por objeto de investigação todas as linguagens possíveis, ou seja, que tem por objetivo o exame dos modos de constituição de todo e qualquer fenômeno como fenômeno de produção de significação o e de sentido.” (SANTAELLA, 1994. p.1). Levando isso em consideração, percebe-se que, toda forma de linguagem que nos cerca tem um significado e um sentido, logo, às linguagens verbais e não verbais também se resumem a uma forma de produção de sentido, ou seja, orienta o ser humano nas suas amplas dimensões pessoais, culturais e intelectuais.
Nessa perspectiva, pode-se notar no dia a dia um crescente número de imagens e símbolos que nos cercam, o exemplo disso são os sinais de trânsito. Nota-se que, o ser humano, em especial, os estudantes do 6º ano, mesmo não tendo uma base sólida de estudo, vai perceber que o sinal de trânsito nos orienta e dá sentido como vamos prosseguir. O verde em movimento, o amarelo em atenção e o vermelho uma breve parada.
Para tanto, “o signo é uma coisa que representa uma outra coisa: seu objeto. Ele só pode funcionar como signo se carregar esse poder de representar, substituir uma outra coisa diferente dele. Ora, o signo não é o objeto.” (SANTAELLA, 1994. p.12). Um exemplo de signo é um desenho de um semáforo com todas as cores que mencionei acima. Nesse sentido, Santaella (1994) ressalta que o signo só existe se houver o objeto, ou seja, sem o objeto é impossível existir o signo.
Portanto, com as argumentações expostas e com as informações e definições de Lúcia Santaella, o signo, a semiótica estão presentes no cotidiano dos alunos e faz parte da vida intelectual e cultural deles. Sendo assim, a semiótica é imprescindível na sociedade contemporânea, uma vez que a utilizamos e nem sequer sabemos disso para fins pessoais e culturais. Então, o professor do ensino fundamental deve promover e trabalhar de forma lúdica o que seu aluno deve aprender. Porque, muitas coisas estão bem próximas deles, e é possível vincular o seu cotidiano com o que vai ser trabalhado em sala ou na sua informalidade. Dessa maneira, o processo de ensino e aprendizagem deve ser feito a partir da vivência e da realidade desses estudantes, para que possam aprender e a se desenvolver.
LEITURA E ESCRITA E AS SUAS RELAÇÕES NO CONTEXTO ESCOLAR
A leitura e a produção de um texto deverão fazer parte do repertório social e cultural de cada discente. Nesse sentido, a educação como prática emancipadora deve discutir e promover o aprendizado do aluno através dos textos que possam despertar a imaginação, meramente, através dos textos verbais, não verbais, mistos e orais.
As intuições educacionais não estão priorizando os aportes essenciais para formar um aluno. Esses aportes essenciais se tratam de debates, indagações e criticidades. Ou seja, é preciso formar um cidadão crítico e reflexivo, mas para isso, é necessário priorizar a leitura dos textos em questão e da escrita com suas respectivas contribuições, levando-se em consideração o contexto em qual o aluno está inserido.
Nessa perspectiva, a leitura cumpre uma função primordial na vida das pessoas de modo social e cultural. “A leitura, portanto, não é uma questão de tudo ou nada, é uma questão de natureza, de condições, de modos, de relação, de trabalho, de produção de sentidos em uma palavra de historicidade”. (ORLANDI, 2001, p. 9).
Brandão (1994) aponta que:
A concepção de leitura como um processo de enunciação se inscreve num quadro teórico mais amplo que considera como fundamental o caráter dialógico da linguagem e, consequentemente, sua dimensão social e histórica. A leitura como atividade de linguagem é uma prática social de alcance político. Ao promover a interação entre indivíduos, a leitura, compreendida não só como leitura da palavra, mas também como leitura de mundo, deve ser atividade constitutiva de sujeitos capazes de interligar o mundo e nele atuar como cidadãos (BRANDÃO, 1994, p. 89).
Em concordância com Brandão (1994), no mundo contemporâneo, caracterizado pelo avanço tecnológico, e com que a informação chega até nós, a leitura e a produção de um texto não estão basicamente em apenas um papel, mas sim, no cotidiano das pessoas; nas ruas, nas praças, nas escolas, no trabalho, nas igrejas, e nas novas tecnologias. Dessa forma, não há como falar em leitura e produção textual e não mencionar as multiplicidades da linguagem. Bagno (2014, p. 58) enfatiza, “A linguagem é a faculdade cognitiva da espécie humana que permite a cada indivíduo representar/expressar simbolicamente sua experiência de vida, assim como adquirir, processar, produzir e transmitir conhecimento.”
Todavia, a linguagem está associada aos acontecimentos comunicativos; ou seja, onde há pessoas para se comunicar, há linguagem. A atividade de leitura não pode representar o mero cumprimento de uma obrigação curricular; ao contrário, deve promover a emancipação do aluno para que ele possa interagir de maneira consciente, crítica e transformadora, em busca da superação das desigualdades sociais. Para tanto, a linguagem é mostrada em multifacetadas; linguagem verbal, linguagem não verbal e linguagem mista.
A linguagem verbal apresenta características escritas, ou seja, faz uso das palavras para se comunicar. Além de ser representada pela escrita, a linguagem verbal também pode ser oral ou sinalizada [a língua dos surdos] (BAGNO, 2014). Já a linguagem não verbal tem por características o uso da linguagem de sinais, as placas, sinais de trânsito, linguagem corporal, uma figura, a expressão facial, um gesto, a pintura, a dança, a linguagem musical, a linguagem teatral e dentre outros. No entanto, a linguagem mista é caracterizada pelas duas linguagens, simultaneamente, tanto a linguagem verbal e não verbal.
Nesse sentido, as linguagens permitem e possibilitam que os sujeitos utilizem recursos estilísticos da imaginação, curiosidade e interpretação que a própria linguagem oferece. Com o auxílio do professor, os alunos perceberão a importância da leitura e da escrita, uma vez que, já está presente no dia a dia desses sujeitos, principalmente, nas novas tecnologias. Ademais, Freire (2005) enfatiza que, a leitura do mundo e a leitura da palavra estão dinamicamente juntas. O comando da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e de temas significativos à experiência dos discentes.
É nesse propósito que Santana; Santana (2020, p.119) abordam que “Processos Metodológicos para o estudo do Samba de Roda no ensino da Educação de Jovens e Adultos – EJA.” Que as possibilidades de ensino – aprendizagem, possibilitam os sujeitos para uma prática com ludicidade e capazes para contribuir com a sociedade.
Portanto, para que a equipe pedagógica vincule os conteúdos aos acontecimentos sociais e culturais dos alunos, e para que haja uma aprendizagem significativa e colaborativa dos alunos é necessário indagar e mostrar a importância da escrita. Nesse sentido, permite-se a assimilação e a aproximação dos estudantes para dentro da unidade escolar.
EDUCAÇÃO INFORMAL
Refletimos neste trabalho os espaços não-formais diversos lugares com contribuições de conhecimentos como por exemplo: igrejas, associação de moradores, clubes. (RE)construtores de saberes e relatos de vidas e experiências significativas. Para melhor entendimento, o mundo da educação está associado a ensinar, aprender, discentes, docentes, avaliação parcial, livros, cadernos, avaliações finais, e que muitas das vezes a “educação” é um mundo desconhecido, no contexto da escola. O conhecimento e o saber estão distantes de alguns indivíduos.
Por que não aproveitar a experiência que têm os alunos de viver em áreas da cidade descuidadas pelo poder público para discutir, o exemplo, a poluição dos riachos e dos córregos e os baixos níveis de bem estar das populações, os lixões e os ricos que oferecem à saúde das gentes. (FREIRE, 1966).
Podemos rememorar ao assunto, em que a educação informal as pessoas aprendem conforme suas vivências pessoais e culturais, experiências de vida. Corroboramos com Freire que a educação informal está relacionada com as experiências dos estudantes, ou seja, leitura que fazem do mundo.
Segundo Laraia:
O homem é o resultado do meio cultural em que foi socializado. Ele é um herdeiro de um longo processo acumulativo, que reflete o conhecimento e a experiência adquiridas pelas numeradas e criativas desse patrimônio cultural que permite as inovações e as invenções. (LARAIA, 2003, p 45)
Portanto, a reflexão sobre cultura, entendemos que seja um conjunto de valores materiais e imateriais criados pela sociedade através de suas experiências, vivências individuais, coletivas, educação e arte.
No texto Pedagogia da Pobreza, Arroyo (1991, p.27) nos esclarece que “uma escola possível seria uma escola que levasse em conta as peculiaridades e carências da nova clientela e a elas se adaptasse nas metodologias, nos conteúdos, e na organização do processo pedagógico”.
Devemos articular o conteúdo com a realidade do educando, buscando o seu cotidiano, e vivências de acordo com a vida e o mundo. Em suma, a partir de uma diversidade de comunicação e diálogo dos educandos estaremos vivenciando uma aprendizagem significativa.
Muito se discute que na esfera educacional, mas percebemos inúmeras possibilidades dos sujeitos, alcançarem níveis de conhecimentos quando as pessoas se agrupam para produzir na unidade escolar, em um espaço multirreferencial, objetivando tornar o ensino mais prazeroso, porém aumentando o interesse dos educandos.
Para Amorim (2007), um ser que sabe criar, recriar e transformar as coisas do mundo, pois, apenas como elas estão, não atendem às necessidades filosóficas e materiais do homem pós-moderno.
Ressalta-se que em uma sociedade rica em múltiplos olhares que gera serviços para à população diante do mundo globalizado. Sendo assim, Santana; Santana; Bandeira (2020, p. 07) salientam que “a linguagem está associada aos acontecimentos comunicativos; ou seja, onde há pessoas para se comunicar, há linguagem”. Precisamos ter interações na construção e superação de nossa visão de reflexão nas alternativas do ensino-aprendizagem. Por isso, será necessário ofertar aos indivíduos espaços multirreferenciais, neste sentido o ser humano tem capacidade de desenvolver novos conhecimentos que trazem consigo, corroborando para educação informal, consolidando para a efetivação do diálogo transformador, em que possa superar os obstáculos existentes.
A Educação de Jovens e Adultos sempre foi relegada as políticas educacionais voltadas para o âmbito externo, apesar de essa propor atender pessoas que foram excluídas do processo ensino aprendizagem por algum motivo. Conforme a própria LDB (1996), no artigo 37:
A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria”. Essa definição da EJA, nos esclarece o potencial de educação inclusiva e compensatória que essa modalidade de ensino possui. (BRASIL, 1996).
Vários têm sido os efeitos da globalização no papel do Estado no processo ensino aprendizagem e na implementação da política de educação, principalmente na Educação de Jovens e Adultos. Discutir sobre os efeitos da globalização na Educação é importante, como sinaliza Carlos Alberto Torres.
Carlos Alberto Torres, em seu artigo (2003) “Política para educação de adultos e globalização”, discute sobre políticas chaves para a área de educação de adultos. Observa-se que nos últimos séculos a Educação de jovens e adultos não vem sendo priorizada. Isso deve-se a uma série de fatores.
O autor ressalta que a Educação de jovens e adultos é voltada para um público menos favorecido que, por sua vez pode ser manipulado. Além disso, tornou-se um ensino de menor prestígio comparado a outras modalidades, seja do ensino formal ou não-formal. Essa modalidade de ensino pode ser tomada como uma forma do governo ganhar legitimidade, sendo observada como parte de um novo movimento social.
Torres mostra também que a Educação de jovens e adultos deve ser compreendida como promoção e inclusão social. “Cidadãos analfabetos, ou aqueles sem educação básica completa, deveriam ter oportunidades de escolaridade”. (TORRES, 2003, p. 62). É necessário perceber as complexidades existentes nesta modalidade de ensino, observando suas peculiaridades.
Ao longo do texto, o autor apresenta uma breve contextualização do movimento antiglobalização, sinalizando a Educação de jovens e adultos nesse panorama, evidenciando que tanto essa como a Educação Básica são controladas pelas agências oficiais e definidas por políticas específicas do Estado.
Nota-se que hoje no contexto da globalização neoliberal, as políticas educacionais e diretrizes vêm sendo promovidas com base nas agendas de organizações multinacionais, como Banco Mundial, FMI, entre outros. O que indica a tendência à privatização e descentralização da Educação pública. Podemos constatar isso: Mudanças nas políticas sociais e de reestruturação pública apontam para menos investimento na legitimidade política do Estado- o que tem resultado em um processo de privatização dos serviços públicos. Assim, Torres assinala que os efeitos do processo de globalização podem ser sentidos nas políticas educacionais por todo o mundo, afetando diretamente a Educação de Jovens e Adultos.
O autor evidencia também que há uma mudança na percepção da Educação de jovens e adultos que antes era compreendida como treinamento da força de trabalho (industrial). Com o advento dos avanços tecnológicos que provocaram a redução de empregos bem pagos e qualificados direcionando o ensino para treinamento técnico e de emprego.
Por sua vez, a Educação de jovens e adultos irá acompanhar os movimentos sociais que se inserem na globalização. Nota-se que as medidas educacionais estabelecidas principalmente nos países mais pobres são voltadas para Educação básica ficando a Educação de jovens e adultos em segundo plano.
Dessa forma, Carlos Alberto Torres assinala que apesar dos rumos que a Educação de jovens e adultos vem tomando, acredita-se que através dos movimentos sociais que podem promover estratégias de luta que visem favorecer as camadas menos favorecidas, possam reverter ou minimizar os efeitos do panorama político, econômico e social que se estabeleceu por conta do processo de globalização. Percebe-se assim, que além de ser uma política educacional, a EJA é principalmente uma política social, no momento em que propicia o acesso para que os alunos melhorem suas condições de trabalho, sua qualidade de vida e com isso sejam respeitados na sociedade.
MULTILETRAMENTOS NA ESCOLA
Diante das leituras do texto (Pedagogia dos multiletramentos: diversidades cultural e de linguagens na escola) de Roxane Rojo, observamos o quanto é interessante trabalharmos com multiletramentos, diante da realidade das culturas e vivências dos estudantes, a partir do cotidiano.
Portanto, no mundo globalizado, com variedades de relação pessoal e coletiva, percebemos a intolerância presente na convivência da multiplicidade cultural. Sendo um dos desafios do ensino-aprendizagem, porém, são as nossas práticas escolares que através das produções textuais e de leituras. Vale ressaltarmos que os educandos cada vez mais estão em espaços colaborativos e interativos por meio das tic's. Será necessário modificar os nossos hábitos profissionais no ensinar e aprender.
Para tanto, o multiletramento pode ser entendido como múltiplas formas de ensinar e aprender por meio das linguagens verbal, sonora, visual, espacial e dentre outras formas de se entreter, abranger e acoplar novas possibilidades de aprendizagens.
Rojo e Moura (2012) sinalizam sobre o Multiletramento, abarcando numa esfera social e cultural, possibilitando uma nova estética e meio de aprendizagem no campo educacional, sobretudo nos espaços formais e informais. Para os autores o:
[...] conceito de letramento (múltiplos), que não faz senão apontar para a multiplicidade e variedade das práticas letradas, valorizadas ou não nas sociedades em geral, o conceito de multiletramentos – é bom enfatizar – aponta para dois tipos específicos e importantes de multiplicidade presentes em nossas sociedades, principalmente urbanas, na contemporaneidade: a multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos quais ela se informa e se comunica (ROJO; MOURA, 2012, p. 13).
Rojo e Moura (2012) elucidam e nos informam a importância do multiletramento na sociedade contemporânea e a inserção dessa modalidade na educação, ainda enfatiza que a presença do multiletramento abrange todas as idades, uma vez que essa forma multiletrada permeia todo o escopo da sociedade, todavia relaciona-se a cultura e o social em qual o sujeito está inserido. Então, as práticas sociais e culturais relativizam de acordo com a necessidade de interação, comunicação, ou seja, de variadas formas e meios. Com base na reflexão de Bomfim; Sousa:
A educação como um dos pilares mais importantes da humanidade deve servir de alicerce para a construção de um projeto de desenvolvimento econômico que venha também inserir o indivíduo no mercado de trabalho e promova sua ascensão social”. (BOMFIM; SOUSA, 2016, p.75)
Na atualidade, quando se fala em educação, nos remetemos às rápidas transformações ocorridas nas inovações e avanços tecnológicos, sendo a educação um caminho para a construção de informações e aprendizagens na vida dos sujeitos.
Ainda de acordo com Amorim (2007), como a ciência também a questão da cultura tem um sentido marcante no meio educacional. Que os espaços da escola permitam aprendizagens significativas aos educandos.
LETRAMENTO NA IGREJA MESSIÂNICA
O lócus da pesquisa está situado no bairro de Fazenda Grande II – Cajazeiras- Salvador / Ba. Por Cajazeiras ser considerada o maior bairro da América Latina, segundo registro do último censo demográfico do IBGE (2010), o número é de apenas 132.266 habitantes, pela alta movimentação do comércio de ‘Cajacity’, na região já existiu um cartão de crédito local denominado “Cajazeiras Card”. Por quatro fazendas: Fazenda Grande, Fazenda Cajazeiras, Fazenda Boa União e Chácara Nogueira. Cajazeiras é conhecido pela “Pedra de Xangô”, sendo próximo do “Penicão” e Rótula da Feirinha, por ser um bairro da periferia de Salvador, contém diversas histórias pertinentes aos antepassados dos habitantes.
Antes de falarmos sobre a experiência do letramento realizada na Igreja Messiânica, é necessário conhecermos um pouco desse espaço não-formal de ensino, mas que pode ser compreendido como um lócus multirreferencial de aprendizagem. Burnham (2012) ressalta essa questão sinalizando que os espaços multirreferenciais devem ser ambientes de resistência da segregação cognitiva. Neste sentido, tomamos a Igreja Messiânica a partir desta perspectiva.
A partir das informações descritas, percebe-se que os espaços informais são preponderantes e objetos também de investigação, logo, entende-se que a prática do letramento percorre a vida social, cultural e no contexto familiar. Sendo assim, Buzato (2006, p. 05) destaca que:
O letramento, ou mais precisamente, os letramentos são práticas sociais e culturais que têm sentidos específicos e finalidades específicas dentro de um grupo social, ajudam a manter a coesão e a identidade do grupo, são apreendidas em eventos coletivos de uso da leitura e da escrita, e por isso são diferentes em diferentes contextos socioculturais.
Buzato (2006) ressalta a importância do auxílio do grupo e das especificidades destes grupos, porque traz um sentido, uma finalidade de compreender e manter a identidade desse grupo. Além do mais, percebe-se que é de suma importância a ligação entre o que vai ser trabalhado e aplicado em diferentes contextos do aluno.
A Base Nacional Comum Curricular (2017) explicita que, tanto a área de humanidades quanto a área de linguagens são de suma importância para campo educacional, porque envolvem valores culturais, emocionais e sociais.
As atividades humanas realizam-se nas práticas sociais, mediadas por diferentes linguagens: verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e, contemporaneamente, digital. Por meio dessas práticas, as pessoas interagem consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas interações, estão imbricados conhecimentos, atitudes e valores culturais, morais e éticos (BRASIL, 2017, p. 61).
Para tanto, na era digital, e com o avanço das novas tecnologias, a proposta de se trabalhar as formas multimodais no século XXI tende a ser um avanço, mas é preciso ressaltar, consideravelmente, a instrução e a sistematização dos professores, ou seja, curso de capacitação (formação continuada).
Tardiff (2002) ratifica que a sistematização do saber docente, deve ir de encontro das experiências em sua plenitude, e por ser heterogênea há uma conciliação entre o espaço formal e informal, sendo assim, configuram-se essenciais para reflexão e possíveis soluções para enfrentamento de um problema sistematizado na sociedade contemporânea.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Diante da pesquisa analisada, verificamos através dos relatos pessoais dos sujeitos entrevistados, que o tempo histórico deixaram marcas em suas vidas. O diálogo aproxima o conhecimento e a reaproximação de seu cotidiano valorizando a subjetividade.
Na busca dos desafios, devemos trabalhar nas perspectivas do avanço do conhecimento dos sujeitos para que eles busquem a interação com a sociedade. Dessa forma, procuramos desenvolver uma aprendizagem dinâmica, considerando os relatos individuais dos participantes dessa pesquisa.
FIGURA 1 - Escritas na Colcha.
Fonte: Arquivo pessoal, 2021.
FIGURA 2 - Escritas na Colcha.
Fonte: Arquivo pessoal, 2021.
FIGURA 3 - Escritas na Colcha.
Fonte: Arquivo pessoal, 2021.
FIGURA 4 - Escritas na Colcha.
Fonte: Arquivo pessoal, 2021
FIGURA 5 - Escritas na Colcha.
Fonte: Arquivo pessoal, 2021
Todavia, a metáfora utilizada na “Escritas na Colcha de Retalho” na pesquisa são construções de sentidos o que os sujeitos trazem consigo experiências de vida no seu caminhar das aprendizagens. Enfim, as considerações acima mostram que em qualquer espaço os sujeitos devem e podem ser alfabetizados; ler e escrever, não havendo limites para o ensino-aprendizagem. Portando, devemos nos permitir e auxiliar no conhecimento do indivíduo para que ele desenvolva sua própria escrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das informações descritas, conclui-se que os espaços não-formais também são objetos multirreferenciais de aprendizagem, os quais podem ser entendidos como espaços de resistência e de segregação.
O diálogo, a participação, a observação fazem parte desse estudo, pois assim foi possível fazer tais descobertas. Logo, é necessário, domínio, criticidade e reflexão sobre cada problema apontado. Entendemos que essa dinâmica de dialogar que Paulo Freire tanto defende é de suma importância, pois aproxima a sociedade, o profissional da educação, tanto em espaços formais e não-formais para a realidade que muitas das vezes está bem próximo de nós. Sendo assim, a analise dessa pesquisa foi de grande importância e impactou os participantes da pesquisa.
Entende-se que, a leitura e a escrita foram uma espécie de aproximação. O letramento o qual nos referimos aqui trouxe muita alegria para os participantes. Foi como uma mãe dando um brinquedo ao filho e eles se sentissem felizes no mundinho deles, foi assim que esses sujeitos se sentiram ao começar a rabiscar e fazer o alfabeto sozinhos sem olhar para o que os professores os propuseram.
Embora ainda seja deficitário o número de profissionais capacitados para essa forma de ensinar, acreditamos que isso seja um diferencial para atingir as mais camadas e/ou grupos que mais necessitam de um acolhimento.
Assim devemos compreender que a escola é o espaço educacional que servirá na ampliação do conhecimento dos sujeitos que estão inseridos no ambiente institucional, que se discutam a ética, as normas e desenvolva caminhos enriquecedores que permita que a comunidade escolar esteja na missão do resgate dialógico dos educandos e vivências culturais.
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