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Opções Epistemológicas De Caráter Contributivo Para O Combate Ao Racismo

Maria Adriana Pereira dos Santos

O objetivo deste texto é destacar possibilidades epistemológicas em uma perspectiva descolonizadora, através de intelectuais negros(as) referente ao combate ao racismo estrutural. Assim, as bases para apresentação do texto se encontram em pesquisa bibliográfica, refletindo que o estado brasileiro negligenciou as contribuições de tais intelectuais. Portanto, visa contribuir para para que ocorra uma ação descolonizadora de combate ao racismo, em âmbito educacional sistematizado.

 

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Como citar este trabalho

SANTOS, Maria Adriana Pereira dos. Opções epistemológicas de caráter contributivo para o combate ao racismo. Anais do Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade, 2021 . ISSN: 1982-3657. Disponível em: https://www.coloquioeducon.com/hub/anais/206-op%C3%A7%C3%B5es-epistemol%C3%B3gicas-de-car%C3%A1ter-contributivo-para-o-combate-ao-racismo. Acesso em: 16 out. 2025.

Opções epistemológicas de caráter contributivo para o combate ao racismo

A data de treze de maio de 1888 seria para a história do Brasil o dia mais rememorado, caso a formalização da abolição tivesse sido acompanhada por uma série de políticas que garantissem o gozo da liberdade com direitos e processos de estruturação para esse povo liberto, no entanto o processo foi aprovado sem direitos.

A colonização social foi a responsável por produzir historicamente a dominação política, econômica e cultural e subjulgou os povos a uma visão etnocêntrica do mundo. Esse pensamento hegemônico eurocêntrico, colonizador impôs saberes culturais e se qualificou como racista.

A palavra de ordem adotada nesse estudo é “antirracista”, considerando que no decorrer do processo escravocrata houve uma ascenção do racismo que foi naturalizado e consolidado até os dias atuais, sendo contributivos para rediscutir a importância da contribuição de intelectuais negros e negras e dos movimentos sociais dentro do processo de [1]decolonialidade que possam ser relevantes a abordagem desse estudo.

O propósito de tratar com decolonialidade as dimensões epistemológicas e ontológicas do conhecimento trouxeram a tona saberes não hegemônicos, como a contribuição no processo histórico cultural de intelectuais negros e negras de nosso país.

O racismo segundo Almeida (2018) opera-se de forma dinâmica de forma estrutural, assim para preservar essa dinâmica a base da hierarquização das raças se compõe como fundamental para sustentação e reprodução na sociedade.

No Brasil diferente dos Estados Unidos o racismo se apresenta em nível e grau de acordo com o fenótipo do indivíduo, assim segundo Munanga (2019) o racismo é de marca e não de origem, levando a sociedade a denotar graus de importância de acordo com a tonalidade da pele que leva no conjunto o cabelo, nariz e traços fenótipos considerados menosprezados pela sociedade racista.

 Os movimentos sociais tiveram papel fundamental na eminência de se combater o racismo e denunciar os descasos quanto ao tratamento elitista, racista que se deu ao povo de cor preta. Muitos desses intelectuaiais, atualmente estão sendo reconhecidos graças a este movimento e a sua conservação e disseminação na sociedade, originando políticas públicas classificadas como ações afirmativas.

Para abordar a contribuição dos intelectuais negros(as) brasileiros(as) apontamos posições de Franz Fanon em sua obra Pele negra, Máscaras brancas (2008). A seguir iremos mencionar as ações de intelectuais negros e negra como agentes da história, e por conseguinte  a leitura dos textos de Lélia Gonzalez (1983), em consonância com a decolonialidade e a postura de combate ao racismo, onde fica evidenciado o sexismo e o machismo. Por fim relizaremos algumas considerações finais sobre a importância dessas epistemologias e de nos mobiliziarmos como seres antirracistas.

Seguindo o pensamento de  Conceição Evaristo (2008, p. 7), " afirmo que, ao registrar estas histórias, continuo no premeditado ato de traçar uma escrevivencia”, refletimos como um ato emancipatóriao os registros, entoando a  liberdade, a resistência do povo negro em sociedade altamente racista.

A partir do momento  que observamos os índices de “[2]genocídio” negro, de segregação configurada como classe, e que coincidentemente as classes menos favorecidas economicamente e socialmente são em sua maioria negras, devemos nos posicionar como contributivos para a reflexão que vise uma sociedade que preze pela justiça.

 

[1] Interculturalidad y (de) colonialidade: perspectivas críticas y políticas por Catherine Walsh, professora que questiona a centralidade do pensamento hegemônico eurocêntrico. Visão Global, v. 15, n. 1-2,p. 61-74, jan/dez, 2012

[2] Esse termo genocídio reflete a posição epistemológica de Abdias Nascimento (2016), em seu Livro O Genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. Como recusa dos direitos a grupos humanos inteiros.

  1. ENTENDENDO O PROCESSO DE RACISMO POR FANON

 

Fanon nasceu na ilha de Martinica em 1925 e morreu em 1961. Lutou nas forças de resistência na África, estudou psiquiatria e filosofia na França e foi membro da Frente de libertação na Argélia. Lutou bravamente para transformar a vida dos condenados pela instituições coloniais racista. Desmascarando a figura de uma sociedade racista, pois a estrutura a eleva, assim diz Fanon (2008, p 85)

 

Uma sociedade é racista ou não o é, é utópico procurar saber em que um comportamento desumano se diferencia de outro comportamento desumano. Estrutura racista, barreira econômica se origina, entre outras coisas, do medo da concorrência e do desejo de proteger a classe dos brancos. O racismo colonial não difere de poutro racsimo.

 

 

Indubitavelmente a obra de Fanon é riquíssima e possui uma infinidade de abordagens e reflexões, contudo nos limitaremos a apontar dois aspectos expressos ao entendimento do processo de dominação da colonização: O colonizado e o racismo.

Para este autor o racismo e o colonialismo deveriam ser entendidos para uma dinâmica de vida se constituir no mundo, e através da linguagem criamos e vivenciamos os seus significados, assim existe dois extremos: o negro e o branco.  E indaga em o que quer o homem negro? Por isso afirma que para deixar o homem negro "materialmente satisfeito", este homem negro quer embranquecer, e ser branco é como ser rico, bonito ou inteligente (FANON, 2008, p.60)

Lembramos com esse pensamento o que autores brasileiros apontaram em seus textos, desmistificando a democracia racial, e mostrando que a ascenção social não traz a devida recompensa de inserção em todos os aspectos, a cor negra é por si só estigma de segregação racial, mesmo este negro tendo um nível social mais elevado, assim apontou Virginia Leone Bicudo (1947) em suas pesquisas que mostraram que ter nível social econômico elevado não o privava de sofrer as marcas do racismo.

Florestan Fernandes (2008) outro autor que contestou o mito da democracia racial e contrapõs o pensamento de  Gilberto Freire  analisando as raças, conseguindo provar que existe racismo devido a herança escravocrata, expondo que o poder político não procurou dar suporte ao negro. As bases que sustentaram a ideia de amistosas distinguindo-se do racismo apresentado nos Estados Unidos foram duramente atacadas e comprovadas que nós brasileiros não podemos nos comparar a outros povos que sofreram segregação em sua política de estado. Tipo o apartheid.

Fanon (2008) analisa a denegação como algo sintomático em muitos negros. Em seu texto analisa a relação entre brancos e negros sobre a perspectiva do apaixonamento do negro pela cultura do branco, relatando na obra que mulheres negras buscam relacionamentos com brancos, o sonho de se aproximar altamente do mundo branco faz essa mulher não observar proximidade com o negro, causando assim uma certa repulsa ao relacionamento com o outro de sua própria cor, nem imagina que esse branco percebe a mulher negra como uma aventura que não serve para casar.

Já o homem negro quando tem uma condição social elevada busca se aproximar da mulher branca, para o seu ser se tornar cada vez mais branco. Contudo  Fanon mostra que o branco é um ser narcisista, e o ser negro para o negro traz uma espécie de repulsa ou maldição, visto que esse ser criado dentro de uma civilização que em sua linguagem tudo é branco, é passível de compreensão. Pois no imaginário coletivo da sociedade existe o mito do “ negro ruim”.

A estrtura escravista deturpou a representação do negro a uma condição de ser inferior, miticamente asqueroso prevaleceu em todo processo histórico a colonialidade do poder a qual Fanon (2008) e Quijano (2005) colocaram em seus textos. Como uma raça branca sendo superior a todas as demais raças e a negra catastroficamente aleijada por processos civilizatórios que impunham normas de dominação sob o aspecto social, cultural  e político, seria para o negro participar passivamente da estratosfera social da sociedade. 

Bastide e Fernandes (2008) em relação ao preconceito de cor em uma análise da sociedade paulista referente a antiga sociedade de casta colocam uma situação segregação ao racismo referente ao casamento: "o casamento de um indivíduo de nobre sangue com uma mulata podia ser encarado por seus parentes como uma injúria, que lhes causava um geral luto de sentimento, e o marido se julgava no direito de romper os laços matrimoniais com a mulher legítima, desde que suspeitasse, com fundamentos positivos, de sua pureza de sangue". Isso perdurado até meados do séc. XVIII. ..."Só raça boa produzia boa raça" (BASTIDE e FERNANDES. 2008;p. 98).

Esse imaginário coletivo de raça boa é a branca perdura até os dias atuais, as marcas do racismo estão  presentes na sociedade brasileira, quando verificamos a ocupação de postos de trabalho com remuneração elevada na maioria são atribuídas a indivíduos com cor branca,  Assim como a ocupação de vagas em cursos considerados de elite como engenharias, direito e medicina e em moradias consideradas de bairro nobre, e a visualização está na mídia e em todos os espaços de forma geral, contudo ao negro restam visualizações nas prisões, nas favelas, nos cargos de empregos considerados subalternos baixo, criado pela sociedade como inferior como faxineiro, zelador vigia etc. 

No imaginário coletivo da sociedade o mito do "negro ruim", descreveu ao longo do processo histórico uma cultura de desvalorização da pessoa de cor preta, e estigmado esse negro acabou sendo afetado em todos os contextos. Um aspecto grave que insistiu em persisttir na sociedade brasileira foi o genócideo do povo negro, percebido pelos índices de mortalidade e cárcere  dessa gente de cor.

Citando alguns casos:  O caso de Marli Pereira Soares em oututbro de 1979, pois o irmão foi assassinado por policiais militares no bairro Vila Pauline, RJ, Marli bravamente deu a cara a tapa e identificou os assassinos de seu irmão. O caso de Evaldo dos Santos fuzilado no Rio de Janeiro, pelo exército com mais de oitenta disparos em 2013. O enigmático caso  Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro, assassinada em março de 2018; E o caso do design de interiores, Clautenes José dos Santos, assassinado com diversos disparos de arma de fogo em abordagem policial em bairro de Aracaju em 2019, e muitos outros dentro desse contexto.

O movimento social negro sempre pautou em seus  debates essa problemática do genocídeo do povo negro que é algo muito sério e de extrema instancia de insistência. Abdias Nascimento escreveu um livro: Genocídeo do negro brasileiro: processo de um racismo marcado (1978).

A colonização e disseminação da cultura dominante branca impõe ao individuo negro uma série de costumes, renegando a cultura de origem africana, com acordar e falar a linguagem da civilização europeia, um universo simbólico todo branco, a roupa , o cabelo,etc.

É evidenciada uma doutrinação para abandono do orgulho negro desde as cantigas de ninar onde a admiração pelo negro começa  a ser minada, pela apresentação de cantigas como “boi, boi boi da cara preta pega esse menino que tem medo de careta”. “Vem gato preto de cima do telhado, comer essa criança que não quer dormir calado". Denota-se que estas expressões podem ocasionar o amedrontamento e trazer vazão a cor negra como algo assustador.

A tarefa de desmitificação de estereótipos a cor negra é muito árdua, carecendo de uma leitura profunda das marcas do racismo na história, demarcada pelo poder do colonizador para manter seus serviçais por ordem escravocrata.

 

Há o tema do negro e há a vida do negro. Como tema, o negro tem sido, entre nós, objeto de escapelação perpetrada por retratos e pelos chamados antropólogos e sociólogos. Como vida ou realidade efetiva, o negro vem assumindo o seu destino, vem se fazendo a si próprio, segundo lhe têm permitido as condições particulares da sociedade brasileira . Mas uma coisa é o negro tema: outra, o negro vida. (GUERREIRO RAMOS, 1982, p.215,)

 

O autor enfatiza que temos que criar os nossos próprios instrumentos práticos e teóricos. Como forma de esclarecimento ao processo de infiltração desse coletivo de caráter racista. Ramos aborda que existe uma patologia social.

Percebemos em Pele negra, Máscaras brancas o processo psicológico que acarretou ao imaginário coletivo quanto ao tratamento do comportamento humano , quanto a descaracterização do homem negro, enquanto indivíduo, enquanto ser dominado pelos mecanismos que o envolve, a estruturar-se num sistema racista, dominado pela colonialidade através da linguagem e da cultura, esse aspecto o torna naturalmente participante e reprodutor desse mecanismo racista.

 

1. NEGROS E NEGRAS NA INSURGÊNCIA DE INTERPRETAR E COMPOR EPISTEMOLOGIAS

 

Seguindo na perspectiva dos autores abaixo elencados, a educação sistematizada brasileira, por muito tempo inviabilizou os saberes não hegemônicos dos povos negros da sociedade, ao abordarmos a interpretação desses autores no contexto educacional apontamos que por muito tempo essas vozes foram silenciadas e não visibilizadas como interpretação salutar da sociedade brasileira.

Desde muito tempo os movimentos sociais foram os que preservaram autores como Abdias Nascimento, Virgínia Leone Bicudo, Lélia Gonzaléz, Beatriz Nascimento, Eduardo de Oliveira Oliveira, Clovis Moura, Guerreiro Ramos,Carolina Maia de Jesus, Edison Carneiro, Sueli Carneiro, Joel Rufino dos Santos, Neusa Santos,  dentre tantos outros, na eminência de valorizar a cultura étnico racial e denunciar os descasos contra o povo negro.

O genocídeo sempre foi pauta dos movimentos sociais, e destaca-se também o epistemicideo em relaçao aos saberes e a valorização de uma descolonização dos currículos, que a educação primazia pelo estudo ocidental em detrenimento de damais estudos.

Segundo Clovis Moura(1989) "a história do negro no Brasil confunde-se e identifica-se com a formação da própria nação brasileira e acompanha a sua evolução histórica e social. Seguindo esse pensamento podemos analisar que o povo negro esteve como atuante em todos os aspectos da vida política, econômica e social da história do Brasil. E os autores negros(as) salientam a participação na frente de resistência quanto ao tratamento da escravização através do quilombismo como chama Moura, ele descreveu a expansão desse movimento de resistência em todo território brasileiro.

O mais conhecido momento histórico é o de Palmares. Nota-se que se esse processo tivesse sido politizado, o negro se consagraria como um verdadeiro agente de sua história  e as contribuições são em todas as frentes do país. Beatriz Nascimento (2007) enfatizava que deve haver um processo que articule a revisão da história do negro, pois, foi uma história contada pelo viés do colonizador, e outras epistemologias possibilitaria essa ruptura eurocentrada, a valorização da cultura e dos processos da construção da sociedade põe centralidade ao negro na história.

 

Assim é notável que a produção de intelectuais negros e negras desenvolveriam um processo descolonizador nos currículos oficiais em todo sistema educacional brasileiro. Os esforços em torno de mostrar uma visão diferente das destorcidas pela elite branca, colonizadora pautaram a luta de muitos intelectuais , visto que a imagem do negro foi altamente estereotipada como negativa, mas estes negros foram construtores em todos os aspectos da sociedade, como exemplo temos André Rebouças grande engenheiro, e Luiz Gama o advogado que libertou muitos escravos.

Não apresentar o papel ressignificador do negro na sociedade, contribuiu para que este fosse por toda uma vida marginalizado, a quem interessaria disseminar o mito do negro ruim como diz Fanon (2008), em seus textos, e como evocam muitos intelectuais negros(as) brasileiros(as)? Na verdade a ocultação, a sobreposição de conteúdos ocidentais, levaram a permanência da hegemonia da elite branca.

Encontramos registros de ações consistentes pautadas a educação para as relações étnico raciais mais expressivamente a partir do final da decado de 80 para a de 90, antes a educação era completamente eurocentrada. E assim de forma tímida apresentou-se nos currículos  o tema afrodescendente como transversal. Uma maior abordagem das questões afrodescentes foi obtida a partir da promulgação da Lei 10.639/2003 que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996 para incluir como obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira a partir de conteúdos como:

 

[...] estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negrabrasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.(BRASIL, 2003 p.1)

 

A Lei 10.639/2003 é resultado de um amplo debate e movimentação social que apontou para uma política de valorização, difusão da cultura do legado africano em nosso Brasil, esta alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB, incluindo no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", mais tarde foi complementada pela Lei 11.645/2008 que incorporou a educação indígena.

Em 2012, através das cotas procurou-se uma via de acesso da população negra ao ensino superior com a implantação da Lei 12.711/2012. Essas ações afirmativas configuram um marco na história do Brasil, sendo que, esteve sendo reinvindicada desde a época pós abolição com as organizações sociais de movimentos, cuja trajetória sempre lutou pela inclusão da educação, como direito de todos e dever do estado.

Os caminhos e desafios enfrentados para que atualmente a Educação brasileira e a sociedade apresentassem ainda mais igualdade de oportunidades, pois sempre se questionou por parte do movimento negro essas discursões, uma reflexão a cerca das estruturas arraigadas do racismo e das relações de poder hegemônico coloniais e de branquitude como dominante, permite-nos elencar alguns itens que subsidiaram a esse pensamento: Ações de cunho militante que se fizeram presentes na sociedade por todos os tempos; Luta antirracista também provocada por pressões de ordem das organizações dos movimentos sociais e da participação de líderes importantes integrantes desse movimento em espaços de debate e político.

Para as ações de cunho militante temos como exemplo o Teatro Experimental do Negro (TEN) criado em 1944 até meados de 1964 por Abdias Nascimento. Neste teatro o protagonismo negro era vislumbrado como de fator fundamental, de modo a denunciar os problemas vivenciados por estes, além de outras ações como, escolas para alfabetização, debate intelectual, jornais, concurso de beleza, entre outros;

A capacidade de  mobilização data de muito tempo, através da luta negra pela resistência substancial e a existencia de um associativo negro retratado por Domingues:

 

Os negros desenvolveram, desde o período colonial, uma intensa vida assocaitiva. Mesmo quando escravizados, encontraram diversas maneiras de se reunir com seus pares.  Algumas formas organizacionais- como as maltas de capoeira e os terreiros de candomblé - foram perseguidas: outras como as irmandades religiosas sob égide da igreja católica e as agremiações de ajuda mútua, eram toleradas pela sociedade em geral. Todas tinham como objetivo satisfazer necessidades sociais, econômicas, culturais, religiosas e humanas de um segmento populacional que vivia em condições adversas.(DOMINGUES, 2018,p. 113)

 

A imprensa negra também constitui um segmento que evidenciava as ações do povo negro, através da narrativa de fatos ou denúncias, cabe ressaltar a importância da circulação desses jornais como ato militante e agente da ação antirracista contra o preconceito de cor. 

Luta antirracista é assumida por parte dos movimentos sociais por todos os intelectuais negros e negras, assim discutia-se sempre os caminhos e protagonismo do negro no Brasil. A participação em diversas frentes de debates como " A quinzena do negro na USP, organizada e idealizada por Eduardo de Oliveira Oliveira causando um despertar a essa luta antirracista, cita-se ainda a participação em marchas para o combate ao racismo, cuja expresssividade tem-se a Marcha de Zumbi dos Palmares  onde em reconhecimento a importância de Zumbi a data de  sua morte foi transformada, em 1978, no dia nacional da Consciência  Negra.

Digamos que nessas frentes estiveram Abdias Nascimento, Lélia Gonzaléz, Eduardo de Oliveira Oliveira, Beatriz Nascimento dentre tantos outros. A importância de Zumbi como protagonista superou outro mito que foi o da abolição do dia 13 de maio de 1988,  atualmente o dia 20 de novembro é considerado um marco que destacou a importancia do combate ao racismo e a consciência negra,  as escolas são os palcos que mais cultuam essa data, contudo deveria existir um projeto que contemplasse essa temática o ano todo, uma vez que esse dia acaba sendo lembrado e volta a ser esquecido no dia seguinte se não for deveras politizado.

 Devemos observar que o conhecimento epistemológico dos intelectuais negros e negras são aplicáveis aos mais variados temas e debates, e que não foram considerados para a composição do currículo, que sempre esteve pautado no eurcentrismo, desde as instituições federais de ensino até as escolas infantis, visto que por exemplo não incluiu-se a leitura de Carolina Maria de Jesus,  como a obra Quarto de Despejo, que além de tratar de problemas sociais como a favela, os marginalizados, ainda traz questões de cunho político, seria porque a linguagem sairia de uma negra, favelada? como também Lélia Gonzaléz que traz questões importantes ao debate do racismo, machismo,sexismo seria por colocar a linguagem da cultura Africana em questão central, ao inves da supremacia branca?

A dinâmica de estruturas políticas também resultaram em se perpetuar o racismo e a hegemonia da elite branca brasileira, a cada época as devidas lutas foram travadas e questionadas, sendo que não temos a frente de politicas públicas representações negras o suficiente para um embate, citamos como exemplo o período da ditadura militar (1964 à 1985) em comparação para o período da redemocratização do Brasil (A partir de 1985 contudo só concretizada com a constituição de 1988). 

O nosso destino acabou sendo traçado por um grande número de pessoas brancas que claro, perpetuaram o que lhes convinham. Em ações afirmativas de fato para revisão do processo da história, por volta de 2000 com as politicas da Lei 10.639/2003, Lei 11.645/2008, e cotas, Lei 12.711/2012 espera–se que não sejam ameaçadas por retrocessos a cada projeto de governo que surgir.

Segundo Charlot (2013) fatores socioeconômicos como a globalização e a economia neoliberal leva a educação a um produto mercadológico, assim no estudo da relação com o saber, os fatores que incidem no fracasso escolar são complexos e não se deve incidir sobre exclusivamente sobre o sujeito. Para o autor (2013, p.189) “”sempre a sociedade deve operar escolhas entretudo quando pode ser ensinado”

Candau (2016)  propõe pensar a escola a partir da questão cultural, o papel do educador é de fundamental importância nesse processo. De acordo com os novos tempos não cabe mais tratar a educação de forma homogenia, singular.

É preciso afirmar uma cidadania plural que supere a fragmentação e colaborar para um projeto de sociedade em que igualdade e diferença se articulam. Ou seja, reinventar a escola. Trabalhar práticas pedagógicas sob o ponto de vista da questão cultural, abrangendo as questões étnicas e raciais, os grupos de excluídos, emerge nos aprofundarmos na compreensão das relações entre educação e cultura, assim há um cruzamento de culturas, fluido atravessado por tensões e conflitos.

 Infelizmente a maioria dos nossos representantes no congresso se constituiem de brancos e que bom seria se fossem brancos com pensamentos antirracistas. Quiçá pudéssemos nos infiltrar na mémoria de cada cidadão e despertar para uma consciencia antirracista, pois a educação formal fica submetida a um sistema excludente, dificilmente se pensa na diversidade se quem está à frente não se sente parte dela.

 

2. A linguagem de Lélia Gonzaléz no texto a categoria político cultural de Amefricanidade e racismo e sexismo na cultura brasileira

 

Exposições epistemologicas coerentes com a decolonialidade, isso nos lembra Franz Fanon(2008) em  Pele Negra, Mácaras brancas. Gonzaléz nasceu em 01/02/1935 e morreu em 10/07/1994, ativista e  intelectual negra  que denunciou o racismo, o sexismo e o machismo.

Fanon (2008) indaga que o homem negro expressa o processo de denegação da cor negra em detrimento ao apaixonamento pela branca. Lélia Gonzaléz fala do conceito de denegação que traz ao homem a não aceitação de ser negro, isso de forma subjetiva interna ao inconsciente desse homem, como a categoria em supremacia branca detém os meios de se inserir na sociedade de forma hegemônica em todos os campos da sociedade, através da linguagem, como arte, politica, ciência etc, isso implica em que o negro se torne um ser entusiasta do embranquecimento, e ainda há o estigma de ser marginalizado.

Gonzaléz (1983) expõe que essa forma de manter a cultura e contribuição do negro como folclorizada, popular permite que não se dê a devida importância a real representatividade da cultura Afrobrasileira, como na linguagem o bundo quibundo.

O racismo disfarçado é uma abordagem da autora onde ela classifica como racismo por denegação, essa ideologia do branqueamento é veiculada pelos meios de comunicação de massa perpetuando a supremacia da superioridade branca, daí para o negro abre-se o desejo de embranquecer, cujo foi tratado também  por Fanon (2008).

Esse  pensamento entre Lélia Gonzaléz e Fanon se convergem de forma a deixar claro na análise desse processo de denegação a negação da própria raça do negro pelo negro que sempre esteve submetida a um processo bem arquitetado, que partiu do desenvolvimento de se colocar na cor branca como sendo a "verdeira" com prestígio em todos os aspectos sociais, devendo deixar a preta como criteriosamente excludente .

A autora colocou como positiva a segregação racial em países como África do Sul e Estados Unidos, pois diferente do Brasil, na linguagem das crianças está intrinsico o seu pertencimento como originário de uma raça, e a raça negra se tornando mais politizada. No Brasil o famigerado mito da democracia racial impediu esse processo de consciência de raça. Contribuindo para que não se percebesse os mecanismos perversos do racismo e da segregação, que só se faz perceptível ao visualizarmos os espaços destinados a estes.

Os negros acabam reproduzindo e perpetuando a cultura do apaixonamento Ocidental, a linguagem branca predominou em todas as instâncias. Assim a identidade racial ficou fragmentada com a simultanea negação da prórpia raça e da própria cultura.

Antes de ser Lélia Gonzalez a autora era Lélia Almeida, devido ao seu casamento se tornou Lélia Gonzaléz, um casamento marcado pela marca do racismo, pois a família do esposo ao perceber que ela de fato se casara com ele, e não estava em "concubinato", se posicionou contra, e levou a vida deles ao  "verdadeiro inferno", o esposo não resistiu e se suicidou.

Como tantos desafios e estando vivendo em um contexto que passou pela ditadura militar. Esteve em paíse Africanos nessa época. Lélia teve participação ativa como militante no Movimento Negro Unificado (MNU). O que atiçou ainda mais a sua militância e que a tornou essa Lélia Gonzaléz de força e coragem, que denunciou o racismo, o machismo e o sexismo, levando em consideração o contexto histórico no Brasil da de sua época, além da ditadura militar, os estudos lacanianos estiveram presentes em seus estudos e houve também a expansão das universidades particulares.

O olhar de Gonzaléz as heranças culturais do povo brasileiro, como a linguagem, as crenças religiosas, a dança a qualificaram como altamentre descolonizadora. Em  seu artigo A categoria cultural da Amefricanidade 2, a autora discorda da atuação abordada pelos brancos a cultura do negro, ao posicionar a linguagem do negro dando centralidade a contribuição afrodescendente chamando ao nosso idioma portugês de pretuguês, devido a herança desse povo Africano no Brasil.

Em seu texto Racismo e sexismo na cultura brasileira 3 abordando a linguagem popular falada pelo próprio negro e considerando a mulher brasileira como centro de discussão, denunciando a esteriotipação dada ao termo "mulata" e a sua colocação como ser exótico aos serviços eróticos do imagináriuo coletivo branco, e a sua colocação de subalterna em posições de doméstica no mercado de trabalho e salienta o sofrimento dessa gente de cor marcada por processos de desrespeito e ao mesmo tempo tratado como natural tradição:

 

 

"Mas é justamente aquela negra anônima, habitante da periferia, nas baixadas da vida, quem sofre mais tragicamente os efeitos da terrível culpabilidade branca. Exatamente porque é ela que sobrevive na base da prestação de serviço, segurando a barra familiar praticamente sozinha. Isto porque seu homem, seus irmãos ou seus filhos são objeto de perseguição policial sistemática ( esquadrão da morte, "mãos brancas" estão aí matando negros à vontade: observe-se que são negros jovens, com menos de trinta anos, Por outro lado, que se veja quem é a maioria da população carceraria desse país." (GONZALEZ, 1983 p.18)

 

 

            

A sociedade marcada pela opressão e descaso com as vidas negras, infelizmente o estado atua para propagação dessa praga, que vem sendo naturalizada cotidianamente, as abordagens dos intelectuais negros(as) são importantes e nesse entendimento com essas epistemologias a representitividade ultrapassa o plano eurocentrado, pois tal plano encobre, deixa evidente querer a manutenção dos privilegiados do patriarcado e do racismo.

Consequentemente, o povo negro é o mais prejudicado, as evidências de que sempre foram protagonistas, intelectuais pensantes dessa sociedade são sucumbidas pelo poder hegeonico, do saber ocidental como a única forma estética e viável, no entanto como apresentamos, há um grande apagamento das contribuições do povo negro e sua brilhante atuação na sociedade como agente transformador, pensante e importante a construção e ao saber sistematizado.

Sgundo Gomes (201, p.83)  “no caso específico da comunidade negra, é a ecologia do corpo e do gosto estético que vai dar lugar à expressão de “beleza negra”. Como percebemos a marca do racismo, deixa prevalecente maracado essa estética, que foi amplamente distorcida para deixar em evidencia a beleza branca como universal, beleza no sentido de tomada de poder, de trazer,a hegemonia. E  a auora reflete que “a beleza negra possui um grande peso do ponto de vista da fisicalidade, mas vai além desta e ultrapassa. Ela adquire um sentido simbólico e político”.

Portanto, cabe uma nova formação na inclusão de pessoas negras como agentes que transformaram essa sociedade, esse conhecimento que não foi priorizado pela academia, deixando uma lacuna na formação dos jovens, pois essas epistemologias poderiam estar atuante desde a formação básica, ações  afirmativas podem ser constituídas no currículo, como temos a Lei 10.639/03, e a Lei 11.645/2008, levando também a formação superior, pois para ministrar a educação básica os professores de nível superior precisam prover tais questões, esse limite, pode ultrapassar para todas as áreas, pois a construção de uma proposta antirracista se faz na coletividade para todos(as).

Djamila Ribeiro no livro Lugar de Fala  descreve que Lélia Gonzalez tem como proposta a descolonização do conhecimento e refutação de uma neutralidade epistêmica e assim Ribeiro (2017) coloca a necessidade de discutir e desestabilizar a autorização discursiva branca. E coloca que um dos objetivos do feminismo é marcar o lugar de fala de quem o propõe.

 

Muitos autores estão destacando o seu lugar de fala, que culmina com proposições daquilo que se pretende dizer, usando de corência entre o discurso elucidado e sua postura ética, política e social ao tema abordado.  Segundo Schwarcz (2018, p. 47), "esse jogo de ver e não olhar, de identificar ou deixar no anonimato, de nomear ou construir tipos faz parte de uma arquitetura bem urdida pelo conjunto de imagens da escravidão”. A arte de se tornar um ser antirracista permite perceber esse jogo do invisível colocado pela autora que em sua pele branca nos dá esse exemplo tocante.  

Asssim acreditamos que o despertar dessa consciência combina com um olhar descolonizador, que parte de um processo de inserir em todos os espaços da sociedade brasileira a experiência socio-cultural do negro.

O visual conta muito ao primeiro despertar, a referência digamos assim, a representatividade, que por enquanto ainda é representada pela cor branca, pelo eurocentrismo, pelo colonialismo do poder.

Suscitar uma postura antirracista em toda sociedade brasileira parte de permitir se incomodar com o processo de natureza de naturalidade dada ao racismo brasileiro, dando lugar a equidade de oportunidades para todos os povos independente de sua etnia racial ou religiosa.

Por conseguinte ao estudarmos autores e autoras intelectuais negros e negras encontramos dispositivos que desmestifica a supremacia branca, que faz o homem pensar por que se submeteu ao mito da democracia racial até os dias atuais, por que existe a supremacia de um conhecimento em detrenimneto dos demais, por que a literatura do negro não está representada nos espaços de saber como escolas, temos opções epistemológicas ademais para nos limitarmos as imposições do sistema, que engessa a uma hierarquia que causa o sofrimento e o racismo na população brasileira. O genocídeo deve ser encarado como firmeza por todos os espaços de poder e por todos os brasileiros. Para Fanon( 2008):

 

A sociedade, ao contrário dos processos bioquímicos, não escapa à influência           humana, descobrir as diferentes posições que o preto adota diante da civilização branca, o existir do negro... luta para descobrir o sentido da sua identidade negra. A civilização branca, europeia, impuseram ao negro um desvio existencial. (FANON, 2008, p. 30)

 

Como exposto no texto a problemática do racsimo imbuída por um enraizamento estrutural e permanente e insistente na sociedade, pois não se encarou a problemática do racismo, sempre se negou, perceptível no  processo de denegação abordado por autores como Fanon e Gonzaléz . Que o debate não se esgote sem ter transformado cada leitor em um contributivo no processo de combate ao racismo.

As instituições de ensino são fundamentais para que a partir do fomento de uma política pública possa transformar a nossa sociedade. Devido a negligencia com a questão racial, a discussão e eftivação de propsotas inclusivas se pautram tardiamente na educação formal, sendo preciso uma ação pedagógica que leve provoque a sociedade a reflexão.

Portanto, os estudos de intelectuais negros e negras são fundamentais para uma educação das relações étnico raciaisas, pois um combate sistêmico é fundamental no processo educacional brasileiro, pois a sutileza do racismo opera de forma constante, ao longo da  história os principais veículo de comunicação de massa, evidenciaram  a representatividade de forma  positiva as pessoas brancas, toda estética, espaço é voltado ao branco, e as pessoas negras foram descaracterizadas desse processo, sendo que a partir do momento que as pessoas se deparam com a imagem negra de forma positiva, acontece uma transformação na sociedade.

 

 

 

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