Este artigo apresenta pesquisas sobre a relação do uso da criatividade e a escolha de temas para pesquisa em Trabalhos de Conclusão de Curso em universidades, chamados TCCs. A primeira questão a ser verificada é como tem sido utilizada a criatividade na escolha desses temas e como aumentar o potencial criativo e inovador diante de tantas opções que se tem, se considerarmos a multidisciplinaridade e a interrelação de saberes.
Para tanto, é preciso saber o que realmente é Criatividade e como ela pode ser desenvolvida nos mais diferentes âmbitos, seja em casa, no trabalho e na escola. Quando um professor de biologia da escola pede que se faça um trabalho sobre Charles Darwin, por exemplo, o aluno pode apenas contar sobre sua Teoria da Seleção natural nas espécies, mas ele poderia usar a criatividade e além de contar, também pode ilustrar, ou pode criar um poema, ou pode fazer recortes e montar um fanzine, ou ainda pode fazer uma entrevista com seus familiares e amigos sobre o que eles têm para contar do assunto e reunir tudo num vídeo, contar com a história da vida de Darwin, sobre suas coleções de rochas, animais e plantas, especialmente a de besouros, acrescentando informações sobre seus livros, como “A Origem das espécies” (lançado em 1859) e, finalmente, sobre a seleção natural defendida por ele.
Esse exemplo de biologia poderia ser de qualquer outra área, serve apenas para ilustrar o uso da criatividade, então, você começa a pensar se realmente consegue usar a criatividade em seu trabalho ou nas suas atividades cotidianas ou escolares. Na primeira parte deste artigo, técnicas são apresentadas para que ela seja potencializada, em seguida essa criatividade é levada ao campo das artes visuais, para a compreensão do que seria um Processo criativo, com principais autores que vem estudando o assunto há décadas. A terceira parte é uma aplicação direta sobre estudo da criatividade, cujo objetivo é entender como ela tem sido utilizada na escolha de temas de trabalho de conclusão de Graduação para um curso historicamente conhecido por ser criativo.
Os dados analisados a partir do levantamento de dados dos TCCs defendidos por alunos do Curso-Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Federal de Sergipe, desde 2013 até 2020, considera a área de abrangência e os classifica em temáticas afins, para então apresentar em qual grau a criatividade foi utilizada nesse período, com sugestões para sua potencialização, que poderia, inclusive, ser seguida por outras áreas do conhecimento.
1.Técnicas para potencializar a Criatividade
A primeira coisa a saber sobre criatividade é que não existem “acertos”, pois um “erro” pode se tornar um sucesso, depende do grau de ser criativo, de pensar diferente, de aceitar o desafio e não ter medo de tentar.
Isso é o que diz Judkins (2017, p.10-13), complementando que ser criativo é ser um iniciante para sempre! Isso significa que o talento para determinada coisa que as pessoas insistem em valorizar, na verdade menospreza todo o tempo em que se trabalhou em sua habilidade, ou seja, uma inclinação inicial para fazer determinada coisa, como um desenho por exemplo, muitas vezes é confundida com a habilidade de treinar muitas horas para se conseguir fazer esse desenho. “Você quer ser um escritor? Pare de esperar por sua grande ideia- comece a escrever” (p.30), para o autor, ser iniciante quer dizer sempre começar, pois há sempre algo a aprender. E quando menos se espera, estará cheio de ideias. Outra palavra importante nessa equação é “comprometimento”.
Ser criativo é buscar a expressão mesmo na imperfeição. Quando Phillip Starck projetou um espremedor de limão em forma de nave espacial, ninguém o condenou por não funcionar porque o objeto de design representava a inovação, isso era mais importante que a função. Duvide também do que você sabe, isso pode ajudá-lo a buscar outros tipos de conhecimento, de investigar e, ao fazer isso, novas ideias surgem.
Observe o mundo, como as coisas acontecem, muitas invenções ocorreram quando o criativo estava observando a natureza, por exemplo muitos compositores se inspiraram no canto dos pássaros, o trem-bala japonês foi inspirado no martim-pescador, o estetoscópio foi inventado quando Jorn Utzon observava uma criança colocar o ouvido na ponta de um galho seco oco, diversos projetos de arquitetura foram baseados em formas da natureza (plantas, conchas, sombras...).
Ainda para Judkins (2017,p.69), a psicologia chama a taxa de sucesso de “Princípio 10-90”, quer dizer que “Dez porcento da vida é o que acontece com você, e 90% é decidido pela forma como você reage ao que acontece om você.” Por isso é importante que se compreenda que a animação, uma atitude positiva, otimista, para fazer acontecer da melhor forma, pode estar diretamente ligado ao quão criativo você é para lidar com esses 10%.
Muitas vezes, a criatividade pode estar em não ter objetivo claro na realização de algo, explorar o experimento, sem se preocupar com o resultado. Como por exemplo, o escritor William Burroughs, que “se tornou um dos mais influentes escritores da cultura moderna” (JUDKINS, 2017. p.103). Ele iniciava um livro sem ter em mente quais seriam seus personagens ou sobre o que escreveria, em seu processo criativo utilizava uma técnica de colagem em que recortava de jornais e revistas frases que eram coladas juntas, de forma aleatória, e novos caminhos se abriam para ele e o resultado era uma quebra no romance linear (com início, meio e fim). Um de seus pensamentos é “Nada existe até ou ao menos que seja observado. Um artista faz algo existir ao observá-lo” (p.139).
Para ser uma pessoa mais criativa, devemos também praticar, como qualquer outra atividade, na arte é preciso praticar atividades afins como desenhar, pintar, esculpir..., no esporte é preciso praticar qual seja ele, andar de bicicleta, dirigir automóveis... tudo se aprender, mas se fica melhor com a prática. Pereira Filho (2005, p.53-65) diz que para ser criativo é preciso errar e aprender com o erro, é preciso tolerar a ambiguidade, abandonar preconceitos e estereótipos, assim se pode buscar a inovação. A técnica heurística (tentativa e erro) é uma das mais conhecidas e se resume em 4 etapas (especificar a situação; construir um modelo que represente a situação; experimentar as soluções- e se não houver resultados, voltar para a etapa anterior; formular a solução). Outra técnica é o brainstorming, que consiste basicamente em eliminar as críticas, tentar dar soluções mesmo aquelas que aparentemente não são adequadas, colocar para fora uma “chuva de ideias”, depois associar essas ideias. A Sinética é uma técnica que combina ideias de diferentes condições, por exemplo, faz analogia entre fatos, pessoas, tecnologias.
A criatividade pode e deve acontecer em qualquer área de trabalho ou de estudo, para entendê-la como um processo (ou buscar um caminho, como o fez o escritor mencionado anteriormente), o próximo tópico deste artigo vai trazer mais referências para aumentar ainda mais essa compreensão para o campo das artes.
2. O processo criativo em Artes
Você já desenhou uma imagem de cabeça pra baixo? Já desenhou um objeto ou pessoa sem olhar para o papel? Essas são atividades propostas por Edwards (2004) para aumentar o nível de observação no desenho. Sua teoria está voltada para os aspectos cognitivos, ou seja, para desenvolver o lado direito do cérebro, que é responsável não só pela criatividade, mas pelas emoções, e tem sido utilizado para melhorar o desempenho de muitas empresas e instituições que nada tem a ver com Artes. O que queremos dizer é que a criatividade é uma habilidade que pode ser desenvolvida e que é essencial para o sucesso de qualquer atividade.
Para Ostrower (2020), em seu livro intitulado “Criatividade e Processos criativos”, busca interligar dois níveis potenciais da criatividade: o individual e o cultural. Ela traz relatos de sua experiência profissional enquanto artista e professora de arte, tentando compreender os problemas criativos em geral. Afirma que “a cultura serve de referência a tudo que o indivíduo é, faz, comunica” (p.12), como elabora novas atitudes e comportamentos e, finalmente, como cria. O interessante em sua obra é que, em certo ponto, se remete à memória como responsável pela ordenação das nossas vivências do passado, mas cheia de associações, as quais podem levar a um mundo de fantasia. Esse mundo está interligado com nossos sentimentos (expectativas, medos, desejos, “prioridades”, processos afetivos). Segundo ela:
O potencial criador elabora-se nos múltiplos níveis do ser sensível-cultural-consciente do homem, e se faz presente nos múltiplos caminhos em que o homem procura captar e configurar as realidades de vida. Os caminhos podem cristalizar-se e as vivências podem integrar-se em formas de comunicação, em ordenações concluídas, mas a criatividade como potência se refaz sempre. A produtividade do homem, em vez de esgotar-se, liberando-se, amplia-se.” (p.27)
Quer dizer que, se a atividade do homem está inserida numa realidade social, então a sua criatividade depende no grau de interação com essa cultura, convém a nós perceber os recursos espirituais e materiais que são parte do contexto de vida que experimentamos.
Voltando o olhar da criatividade ao campo das Artes. Quando se fala em artistas criativos, tomemos dois artistas de tempos distintos, Leonardo Da Vinci (1452-1519) e Andy Warhol (1928-1987).
Leonardo Da Vinci é considerado um excepcional criativo, unia a sensibilidade artística com a inteligência do pesquisador científico, tudo o que se falar sobre este gênio ainda é pouco para defini-lo, contudo a cultura renascentista possibilitou que ele assimilasse certas condições importantes de vivência e experiência. Ostrower (2020, p.46) traz uma citação do que dizia Leonardo Da Vinci: “ Todo conhecimento nosso origina-se em nossas percepções”. E complementa:
Há em Leonardo Da Vinci uma tal unidade de vida e de vivência, do saber e sentir, as atividades artísticas e científicas interpenetrando-se em todos os níveis de consciência e umas enriquecendo as outras...
Já referente à relação com a criatividade de Andy Warhol, o pesquisador Judkins descreve bem (2017, p.110):
A cabeça aberta de Andy Warhol refletia-se na forma que seu estúdio operava. A porta estava sempre aberta. Qualquer um podia entrar e falar com ele, fazer sugestões e até mesmo ajudar a fazer suas obras. Não havia privacidade. Nada de área de trabalho individuais. Tudo estava aberto para todos verem.
Agindo assim, o artista pode receber ideias até mesmo radicais em que ele nunca ousaria pensar e pode funcionar. Outra questão é interagir com outras áreas do saber. Warhol protegia uma banda musical (Velvet Underground) que sempre praticavam em seu estúdio, ele fazia com que todos tivessem algo a oferecer, todos estavam abertos a novas possibilidades – que é um ponto a favor da criatividade pulsante e em movimento.
Anotar, cortar-colar, desenhar ou pintar tudo o que vê, um pouquinho a cada dia, mesmo que saiba que não vai usar no momento é um outro caminho que também costuma funcionar para o processo criativo em artes mais individual.
Um exemplo disso é o Curso online sobre “Caderno criativo” da artista visual Karishma Chugani, que consideramos, basicamente, um atalho para dar um start em sua criatividade a partir de uma nova visão do mundo. Ela propõe a criação de um caderno criativo em que você se sujeita a “errar”, através de desenhos, recortes, colagens e pinturas de todo tipo de material que esteja disponível ao seu redor, na sua cidade. Ela propõe que se tenha “caixas” para guardar diversos materiais, por exemplo, pedaços de tecidos com estampas que lhe agradam, recortes de jornal ou revistas sobre determinada questão ou elemento/objeto, adesivos, bem como realizar estudos de lettering e costuras, todas as técnicas artísticas (guache, aquarela, pastel, nanquim, colagem, etc.) são permitidas. Tais caixas servem como uma espécie de um armário em que você pode recorrer a qualquer momento para sua criação (CURSO Domèstika, anotações de aula de Adriana Dantas Nogueira, 2021).
Outra dica de Karishma Chigani é trazer à tona seus medos, desenhe um dragão, um monstro, materializando suas emoções mais difíceis, isso vai quebrar a ideia de buscar o sempre perfeito e deixar experimentar, seja o seu experimento. Orson Wells disse: “Eu sempre fui mais interessado no experimento do que no resultado” (JUDKINS, 2017, p. 223), isto significa uma valorização do processo, do como fazer.
Outra forma de buscar a criatividade é exercitar suas ideias, existem, inclusive, bloquinhos de “exercícios para criatividade” (TADEU, 2018), uma espécie de baralho de cartas, em que você pode extrair uma carta por dia e responder a uma determinada questão da carta, por exemplo, “Se você combinasse dois objetos diferentes, como um sofá e uma cama, teria um sofá-cama. Olhe ao seu redor e junte dois objetos, dando a eles uma nova função”, “Enumere três invenções bem criativas. Por que você as considera criativas?”, “Abra o Instagram, pegue as três primeiras imagens que aparecem de pessoas diferentes e crie uma história a partir delas”, entre outras. Crie um caderno somente para anotar suas ideias.
Ostrower (2016), em seu outro livro intitulado “Acasos e criação artística”, também defende ser possível uma espécie de “metodologia da criatividade”, com a ajuda de medição de fatores de originalidade, através dos métodos já mencionados como o brainstorming, porém essa metodologia precisa ser vista num contexto mais amplo do que ocorre atualmente, que é “o do indivíduo no coletivo”, ou seja, a busca dessa criatividade deveria ser realizada através da sensibilidade do indivíduo, tratando-se de uma ação espontânea, em que os conhecimentos são carregados de uma experiência emocional. Uma definição mais completa que já vimos sobre o “ser criativo” , simplista e ao mesmo tempo profunda, a autora diz: “É como se janelas se abrissem sobre novos horizontes do possível” (p.302).
As disciplinas da área de Desenho e Pintura, ministradas no Curso de Artes Visuais da UFS, pela Profa. Adriana Dantas, apresentam um recurso que propõe a utilização da criatividade, no intuito de “abrir janelas para novos horizontes”, a partir da elaboração de sketchbooks (cadernos de desenho, cadernos de esboços, cadernos gráficos), em que cada aluno pode “extrapolar” a utilização das técnicas de desenho e pintura aprendidas nas aulas e mesclar com informações externas, para atender um determinado “tema”, por exemplo, realizar um sketchbook sobre figura humana, ele pode inserir o que aprendeu em sala de aula acrescentando outras informações que julgar que fazem sentido sob seu ponto de vista, sem preocupar-se em estar “perfeito”, utilizando, inclusive outras técnicas, como colagem. Isso permite que o aluno possa se desvincular um pouco das “regras” formais de notas/avaliações das disciplinas, focando em sua criatividade, pois o valor desse trabalho vem apenas para somar à avaliação oficial.
Ao mencionar o Curso de Artes Visuais da UFS, as questões sobre criatividade podem ser desdobradas agora na análise da escolha dos temas desenvolvidos pelos graduandos em seus TCCs, como apresentado no seguinte tópico.
3. Levantamento e Organização de dados referentes às temáticas escolhidas para TCCs de Artes Visuais na UFS
Quando o aluno começa a pensar sobre o que pode pesquisar em seu TCC, geralmente, ele busca referências em conteúdo de disciplinas que mais teve afinidade ao longo de seu curso, ou pede auxílio de professores para melhor definir seu objeto de estudo, pois muitas vezes o aluno pode chegar com muitas ideias de grande abrangência que até poderiam ser desenvolvidas em nível de mestrado ou doutorado, cabe ao orientador encaminhá-lo e ajustar a temática de modo que seja exequível no período que o curso lhe impõe.
No Curso de Artes Visuais da UFS, o TCC está dividido em TCC1 e TCC2, cada um no período de um semestre. No primeiro, o aluno chega com muitas dúvidas, é onde ele deve escolher a temática a ser desenvolvida e realizar o seu anteprojeto, com definição de objetivos, justificativa, metodologia, fundamentação teórica inicial, referencial bibliográfico e cronograma de trabalho que deve ser pensado inclusive em função do que ele pretende realizar no segundo período da pesquisa (TCC2).
Verificar as normas da ABNT referentes a metodologia científica mais atualizadas, bem como as normas específicas de seu curso, se existem regras pré-definidas quanto a inserção de logo da Universidade, como deve ser a formatação do texto, as páginas pré-textuais, anexos e apêndices, lista de figuras, entre outros, tudo isso é importante para uma ótima organização do seu material de pesquisa.
A metodologia utilizada para esta pesquisa, inicia-se com o levantamento das informações relacionadas à escolha das temáticas de TCC, buscando as atas finais de defesa do Departamento de Artes Visuais, com a devida aprovação da banca, assinadas pelos membros avaliadores de cada trabalho final, bem como através dos dados existentes na PLATAFORMA LATTES dos professores do mesmo departamento (consulta entre 10 /07/2021 e 11/08/2021).
Com base nisso, duas legendas foram criadas, a primeira direciona cada TCC analisado para a abrangência geográfica, como: o âmbito Local (representando trabalhos cuja pesquisa se deu majoritariamente dentro do Estado de Sergipe e/ou no universo que deriva dele), Nacional (referente ao território brasileiro, por exemplo, artistas reconhecidos nacionalmente, pesquisas sobre a arte em outros Estados, entre outros) ou Global (objetos de estudos que são referências mundiais, artistas reconhecidos internacionalmente, bem como estudiosos e filósofos da arte).
A segunda legenda organiza os títulos segundo a área temática, considerando que um tema pode estar envolvido em uma, duas ou mais áreas de conhecimento, pois tal legenda é meramente um caminho para reunir trabalhos que são afins ou que possuem pesquisas num campo do saber mais ou menos próximos, como a seguir:
Legenda 1 - Abrangência do Objeto/Universo de Estudo
L – Local (Estado de Sergipe)
N – Nacional (Brasil)
G – Global (internacional)
Legenda 2 – Principal Área temática/ relação multidisciplinar
- Arte e Arquitetura/Urbanismo
- Arte e História
- Arte e Educação/Ensino
- Arte e Filosofia/Estética
- Arte – Moda
- Arte - Desenho
- Arte - Pintura
- Arte – Gravura/Xilo
- Arte – Cinema/Audiovisual/Fotografia
- Arte – Design/HQ
- Arte – Dança/Teatro
- Arte – Música
- Arte – Escultura
- Arte – Artesanato/arte popular
- Arte- Outros (Performance, Museologia, Publicidade, Literatura, Religião, Meio ambiente, etc.)
A partir dessa definição, 120 trabalhos de TCCs foram analisados quanto a essas duas legendas, organizados por ordem cronológica a cada ano, a partir de 2013 até 2020. Os títulos dos trabalhos, por vezes, são bem “descritivos”, outras vezes são mais “românticos”, para estes últimos foi necessário entrar em contato diretamente com um dos avaliadores ou orientador do trabalho para entender sobre qual temática estava mais relacionado.
A tabela seguinte apresenta, para cada ano, os títulos dos TCCs analisados, seguidos da data de defesa, depois as legendas correspondentes a abrangência geográfica e, em seguida, a área temática a qual o trabalho está inserido (em ordem: Título. Data de defesa. Legenda: abrangência/ área temática). Alguns desses trabalhos foram considerados em mais de uma área de abrangência e de temática por sua natureza multidisciplinar, a saber:
ANO 2013 - Total monografias: 9
A memória oral: o reisado de seu Jorge em São Cristóvão. 06 de fevereiro 2013. Legenda: L/B -K
“Tudo em volta é só beleza... 100 anos de Luiz Gonzaga” – Proposta de cartilha para a prática de mediação cultural da Galeria de Artes do SESC/SE. 06 de fevereiro 2013. Legenda: L/L
Flor do Mangue: jogo didático como estratégia complementar de ensino de Artes e meio ambiente (Frans Krajcberg). 08 de maio 2013. Legenda: N/C
Análise da obra Fonte da Rampa do mercado dentro do contexto urbano da cidade de Salvador. 09 de maio de 2013. Legenda: N/M
As relações entre moda e artes plásticas a partir das obras de Edouard Monet e Keith Haring. 21 de maio de 2013. Legenda: G/E-G
Graffiti: uma abordagem estética e social. 06 de junho 2013. Legenda: G/F-G
Antigas esculturas da Etnia Yorubá no Ensino Médio de Artes- Proposta didática no Colégio Estadual Prof. Nilson Socorro. 09 de outubro 2013. Legenda: N-L/C
A arte abstrata de Fayga Ostrower e a transformação de sua obra através da técnica da gravura. 14 de outubro 2013. Legenda:N/H
A arte das bonecas de pano. 18 de outubro 2013. Legenda: N/N
ANO 2014 – Total monografias: 11
“A MÚMIA, 1999” artes visuais e cinematografia no Antigo Egito. 25 de fevereiro de 2014. Legenda:N/I
Parafusos: a arte visual do grupo folclórico na construção de uma identidade cultural. 26 de fevereiro 2014. Legenda:L/K
O combustível das ilusões: criação e utilização dos elementos do desfile da escola de Samba – o Carnaval 2013 da Amantes do Samba de Estância/SE. 27 de fevereiro 2014. Legenda:L/K
Argila e papel marchê: experimentos de uma nova mistura. 28 de fevereiro 2014. Legenda:N/M
Arte, Mídia e Publicidade – estudo de caso da Campanha United Colors of Benetton de Oliviero Toscani. 14 de março 2014. Legenda:G/O
A arte ilusionista de Vik Muniz: um estudo de caso do documentário “Lixo extraordinário”. 14 de março 2014. Legenda:N/M-G
Fábio Sampaio: o estado da poética. 14 de março de 2014. Legenda:L/G
Beto Pezão: o artista artesão. 01 de agosto 2014. Legenda:L/M-N
A revalorização do painel de Jenner Augusto. 02 de outubro 2014. Legenda:L/G
A representação popular na pintura de Félix Mendes. 02 de outubro 2014. Legenda: L/G
Pintura regionalista: catadoras de mangaba de Sergipe. ?-?-2014. Legenda:L/G
ANO 2015– Total monografias: 13
Cor, emoção e sensibilidade na pintura de paisagem do artista plástico sergipano Cleber Tintiliano. 18 de dezembro de 2015. Legenda: L/G
Desenho: a atualidade do véu de Albert. 09 de dezembro de 2015. Legenda:G/F
“HQ PRA QUÊ?”- utilização de histórias em quadrinhos no ensino médio. 13 de março de 2015. Legenda:N/J-C
Um exemplar Beranger no acervo do Museu Histórico de Sergipe. 10 de março de 2015. Legenda:N-L/O
J. Mérito, Prazer em Conhecê-lo. 25 de fevereiro de 2015. Legenda: L/O
O papel da música e do desenho na educação de adolescentes. 24 de fevereiro de 2015. Legenda:N/F-L-C
“De Fibra e Dignidade, os Garis e Margaridas”. 15 de dezembro de 2015. Legenda:N/O
Análise da imagem do Senhor Morto em Terracota da Igreja Nossa Senhora do Socorro em Tomar do Geru/SE. 15 de dezembro de 2015. Legenda:L/M
Tempo, amor e tradição: treze anos com Antônio. 18 de março de 2015. Legenda:L/O
Noivas de Antônio: uma reflexão sobre o feminismo. 13 de março de 2015. Legenda:N/O
O muralismo de Jenner Augusto: arte, além do horizonte. 13 de março de 2015. Legenda:L/G
Performance: uma forma de educar. 12 de fevereiro de 2015. Legenda:G/O-C
Arte e Deficiência visual. 16 de dezembro 2015. Legenda: G/O
ANO 2016– Total monografias: 12
Memorial descritivo sobre um Desenho do Complexo Franciscano de S. Cristóvão, SE. 25 de maio 2016. Legenda:L/F
Trajetórias refletidas: o curso de licenciatura em Artes Visuais da UFS e a professora Dra Francisca Argentina Gois Barros. 03 de junho de 2016. Legenda:L/C
Anselmo Seixas: fragmentos de uma história. 14 de junho de 2016. Legenda:L/O
A poética de Ismael Nery a partir de Murilo Mendes. 15 de junho de 2016. Legenda:N/G
Pintura e poesia: artes homólogas ou díspares. 09 de novembro de 2016. Legenda:N/G-O
Xilogravuras do artista plástico Elias Santos: um olhar sobre o cangaço. 11 de novembro de 2016. Legenda:L/H
Pintura regionalista: os fios que tecem a memória de Joel Dantas. 17 de novembro de 2016. Legenda:L/G
A concepção da arte do cineasta Tim Burton. 21 de novembro de 2016. Legenda:G/I
A arte reciclada de Willy Valenzuela em terras de Aracaju. 21 de novembro de 2016. Legenda:L/M
Feira de Laranjeiras: memorial descritivo. 22 de novembro de 2016. Legenda:L/G
Descobrindo os caminhos das histórias em quadrinhos na escola. ?-?-2016. Legenda:N/J
Arte e Mito: Aristóteles e a mimese do exemplo. ?-?-2016. Legenda: G/D
ANO 2017– Total monografias: 24
A transversalidade da educação ambiental no ensino fundamental de artes do Colégio de Aplicação/ UFS. 30 de março de 2017. Legenda:L/C-O
O texto bíblico em quadrinhos: artes, adaptação e aplicabilidade nos estudos devocionais. 19 de abril de 2017. Legenda:N/J
O Brasil na paleta de Nicolas- Antoine Taunay. 03 de maio de 2017. Legenda:N/G
Delacroix e o Romantismo francês. 05 de maio 2017. Legenda:G/G
Cinema na Educação: uma proposta para o uso de filmes cinematográficos no ensino de Arte. 08 de maio de 2017. Legenda:N/C-I
O desuso da chita na quadrilha junina Século XX. 09 de maio de 2017. Legenda:N/K
A arte da performance. 09 de maio de 2017. Legenda:G/O
A escultura Judite de Estância-Sergipe. 09 de maio de 2017. Legenda:L/M
“Da caverna ao futuro: uma viagem pelas civilizações” (Memorial Descritivo). 09 de maio de 2017. Legenda:G/M
A dança dos parafusos da cidade de Lagarto/SE e os Sufis da Konya. 09 de maio de 2017. Legenda:L/K
Arte/ moda; moda/ arte: a obra de Andy Warhol como inspiração para o design de moda. Memorial Descritivo. 11 de maio de 2017. Legenda:G/E
As Artes visuais no Carnaval. 16 de maio de 2017. Legenda:G/O
O mercado de artes em Sergipe. 17 de maio de 2017. Legenda:L/G
A mulher na arte sergipana. 17 de maio de 2017. Legenda:L/O
Desumanização na Arte: a contestação da figura humana no surrealismo modernista. 03 de outubro 2017. Legenda:G/G
Mobiliário urbano da Praça Fausto Cardoso. 03 de outubro 2017. Legenda:L/A
A influência do Sumi-ê no jogo Okami. 03 de outubro 2017. Legenda:G/G
O papel das Artes Visuais na Educação Básica Brasileira. 04 de outubro 2017. Legenda:N/C
A educação inclusiva e o ensino da arte. 04 de outubro 2017. Legenda:N/C
Grafite como arte: Gustavo Pandolfo e Otávio. 05 de outubro 2017. Legenda:G/G
Estudo do Desenho a Grafite – Memórias do Avô. 25 de outubro 2017. Legenda:L/F
Projeto "LABORARTE". ?-?-2017. Legenda:L/O
Otávio Luiz Cabral Ferreira: arte e fé. ?-?-2017. Legenda: L/M-O
ANO 2018– Total monografias: 17
Arte e Moral: a finalidade da arte na pena voltariana. 26 de março 2018. Legenda:G/D
Azulejo português em estância: a Lei do Tombamento. 23 de maio 2018. Legenda:L/A
A Arte do bordado. 12 de abril 2018. Legenda:N/E
A inclusão do aluno com Síndrome de Down: sua participação nas aulas de Artes. 16 de abril 2018. Legenda:G/C
O livro didático de Artes para o ensino Médio. 16 de abril 2018. Legenda:N/C
Mamulengo cheiroso – 40 anos de Tradição. 18 de abril 2018. Legenda:L/K
Educação e Violência de gênero na Arte sequencial gráfica: Malu, Memórias de uma Trans. 03 de agosto 2018. Legenda:N/J-O
Frida Kahlo- uma pintora por seus próprios méritos. 23 de agosto de 2018. Legenda:G/G
Educação ambiental: práticas experimentais nas aulas de Artes numa escola de rede pública de Sergipe. 13 de setembro 2018. Legenda:L/C-O
A Flor da Pele: Corpo como suporte da Arte e a construção social da Tatuagem. 19 de setembro 2018. Legenda:N/F
Estudo da pintura a guache “Retrato de uma bailarina”. 19 de setembro 2018. Legenda:L/G
Narrativas sobre o ensino de arte na rede pública de Sergipe. 26 de setembro 2018. Legenda:L/C
O ensino de artes na Educação de Jovens e Adultos: Relato de experiência acadêmica na UFS/SE. 26 de setembro 2018. Legenda:L/C
Arte em Cerâmica: Otávio Luiz Cabral Ferreira. 26 de setembro 2018. Legenda:L/M
Hoje tem modelagem em porcelana fria? Tem sim, senhor!. 19 de novembro de 2018. Legenda:L/M
A polivalência e o perfil dos professores de Artes das escolas públicas de Ensino Fundamental Maior em São Cristóvão, Sergipe. ?-?-2018. Legenda:
Questionar e observar o nosso mundo são, talvez, pontos essenciais para potencializar sua criatividade. Tais ações precisam de um pouco de solidão, um pouco de diversão, um pouco de liberdade, um pouco de coragem... mas precisam de um começo.
Aspectos individuais e coletivos, aprendizado do meio cultural, assimilar as experiências espirituais e materiais, relacionar sensibilidade e conhecimento científico, trabalhar a intuição e a percepção, fazer “diferente”, técnicas criativas, questionar realidades... essas e outras coisas mais que foram mencionadas neste artigo podem ser importantes, mas “começar” está na base para se conseguir desenvolver seu potencial criativo.
Relacionar sua área principal de conhecimento com outras é um caminho possível para ganhar em termos de criatividade, pois se consegue pensar em situações diferentes daquelas em que está acostumado ou que sempre tem enfrentado, o que enriquece ainda mais em se tratando de uma monografia, que é exatamente o resultado dessa pesquisa de relações.
As maiores porcentagens referentes à escolha das áreas temáticas para pesquisa de TCCs no Curso de Artes Visuais, entre 2013 e 2020, foram expressas, primeiro, em “Arte-Pintura”, o qual necessita de continuidade dessa investigação para saber os reais fatores dessa escolha frequente; em segundo lugar, a área “Arte e Educação/Ensino”, reforçando o caráter da licenciatura do Curso e, em terceiro, a área “Artes-outros”, um resultado muito bom ao se considerar que há maior potencial criativo para relações de diferentes contextos/saberes culturais.
EDWARDS, Betty. Desenhando com o lado direito do cérebro. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
JUDKINS, Rod. A arte da Criatividade. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.
KELLEY, Tom. Confiança criativa: libere sua criatividade e implemente suas ideias. Rio de Janeiro: Alta Books, 2019.
OSTROWER, Fayga. Acasos e criação artística. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013. 1ª reimpressão 2016.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e Processos de Criação. 30ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2014. 6ª Reimpressão, 2020.
PEREIRA Filho, Rodolfo. Criatividade e modelos mentais. Rio de Janeiro: Qualitymark/Petrobrás, 2005.
TADEU, Paulo. Exercícios de criatividade. São Paulo: Matrix, 2018.
Outros
ATAS de Defesa de Trabalhos de Conclusão de Curso do Departamento de Artes Visuais e Design- Curso de Artes Visuais, Universidade Federal de Sergipe. Anos 2013 a 2020.
CURSO Domèstika “Caderno criativo” – por Karishma Chugani, s/d. Anotações de aula por Adriana Dantas Nogueira, 2021.
PLATAFORMA LATTES. CNPq. http://lattes.cnpq.br. Acesso entre 10/07/2021-10/08/2021.