1 INTRODUÇÃO
Com o objetivo de implementar ações para apoiar os estudantes no desenvolvimento e aprimoramento de soft skills, o curso de Sistemas de Informação, ofertado na modalidade a distância, por uma universidade comunitária, sem fins lucrativos, localizada no Leste de Minas Gerais, lançou a formação Desafios de Aprendizagem. Essa proposta teve como objetivo proporcionar aos estudantes uma maior autonomia para estudos e o desenvolvimento de hábitos de autoaprendizagem.
As soft skills, ou habilidades comportamentais, estão sendo cada vez mais sendo valorizadas no mercado de trabalho. Em outubro de 2020, o Fórum Econômico Mundial divulgou o relatório The future of jobs (World Economic Forum, 2020) sobre o futuro do trabalho em que considera que as habilidades comportamentais atualmente estão entre os requisitos mais importantes para se manter no mercado de trabalho, dado o acelerado cenário de mudanças das organizações. Dentre as quinze habilidades apontadas como mais importantes para se manter no mercado de trabalho, a segunda delas é a que está relacionada à estratégias de autoaprendizagem.
A UNESCO também apresenta em seu documento Educação para a Cidadania Global (UNESCO, 2015), a importância de preparar os estudantes para além do desenvolvimento de habilidades técnicas (hard skills). Dessa forma, desenvolver habilidades que favoreçam a autoaprendizagem é uma necessidade das instituições de ensino, sendo o protagonismo estudantil fundamental para preparação de profissionais agentes de mudança e de transformações positivas na sociedade.
O presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência da formação denominada Desafios de Aprendizagem, que teve o intuito de fomentar o protagonismo estudantil nos processos de ensino-aprendizagem, com vistas a promover a autonomia individual e a evolução da cultura de autoaprendizagem.
Além desta introdução, o artigo está dividido nas seções de referencial teórico, metodologia, resultados/discussão e conclusões, apresentados a seguir.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN´s) para o Ensino Superior, versam sobre o perfil do egresso que os cursos de graduação devem desenvolver. Considerando esse perfil, o Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, definiu como perfil para os seus egressos, conforme Projeto Pedagógico do Curso (PPC):
O perfil almejado para os egressos do Curso de Sistemas de Informação abarca o desenvolvimento da autonomia intelectual, a busca pela aprendizagem continuada e por uma atuação empreendedora, abrangente e cooperativa compreendendo a atuação profissional em suas dimensões técnicas, científicas, econômicas, sociais, ambientais e éticas no atendimento às demandas sociais da região onde atua, do Brasil e do mundo, sendo ampliado em função de novas demandas apresentadas pelo mercado do trabalho (PPC, p. 37, 2020) .
O Ministério da Educação (MEC) por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e da Diretoria de Avaliação da Educação Superior (Daes), publicaram em Outubro de 2017, a última edição do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação (Presencial e a Distância), contendo três dimensões para avaliação, sendo elas: Dimensão 1 - Organização Didático-Pedagógica com peso 30; A Dimensão 2 - Corpo Docente e Tutorial com peso 40, e a Dimensão 3 - Infraestrutura com peso 30 (INEP, 2017).
Na dimensão 1 - Organização Didático-Pedagógica, consta um indicador específico para avaliar o perfil do egresso, sendo o Indicador 1.3 - Perfil profissional do egresso, com a seguinte redação para nota máxima 5 (cinco):
O perfil profissional do egresso consta no PPC, está de acordo com as DCN (quando houver), expressa as competências a serem desenvolvidas pelo discente e as articula com necessidades locais e regionais, sendo ampliado em função de novas demandas apresentadas pelo mundo do trabalho. (INEP, 2017, p. 10).
Atentos às novas demandas apresentadas pelo mundo do trabalho, conforme menciona o indicador, o Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, proporcionou aos estudantes os Desafios de Aprendizagem.
A proposta dos Desafios de Aprendizagem consiste, por meio dos desafios propostos, impulsionar a aprendizagem e o desejo natural de aprender, promovendo a autonomia individual e a evolução da cultura de autoaprendizagem. E ainda proporcionar o desenvolvimento do ofício de estudante, conforme propõe Coulon (2008). Além de favorecer o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias às novas demandas apresentadas pelo mundo do trabalho.
Zabala (2010, p. 09), aponta em seu livro: Como aprender e ensinar competências que “o conceito de competência se difundiu no ensino de maneira muito acelerada. Como muitas outras ideias, encontrou, no mundo educacional, terreno fértil para o seu desenvolvimento”. Dessa forma, o autor pontua que o ensino baseado em competências favorece o desenvolvimento de uma “formação integral, justa e para toda a vida” (ZABALA, 2010, p. 09). O que corrobora a proposta para os Desafios de Aprendizagem, que foi proporcionar aos estudantes o desenvolvimento de competências e habilidades para a vida, como as soft skills, tão requeridas na contemporaneidade. Zabala (2010, p. 11), aborda que a competência
no âmbito da educação escolar, deve identificar o que qualquer pessoa necessita para responder aos problemas aos quais será exposta ao longo da vida. Portanto, a competência consistirá na intervenção eficaz nos diferentes âmbitos da vida, mediante ações nas quais se mobilizam, ao mesmo tempo e de maneira inter-relacionada, componentes atitudinais, procedimentais e conceituais.
Alain Coulon (2008), no livro A condição de estudante: a entrada na vida universitária, enfatiza que, o estudante ao ingressar na universidade precisa deixar a cultura de estudante do ensino médio, para encaixar-se como estudante universitário, pois o universo acadêmico possui diversos códigos e desafios que ele terá que se ambientar, e por meio desses desenvolverá o ofício de estudante que “[...] consiste em aprender os inúmeros códigos que balizam a vida intelectual e proceder de maneira que os professores, que são também os seus avaliadores, reconheçam que eles aprenderam um domínio suficiente para exercê-lo” (COULON, 2008, p. 41). e caso o estudante não se habitue, poderá levar o ingressante a um provável fracasso.
Se o fracasso e o abandono são numerosos ao longo do primeiro ano é precisamente porque a adequação entre as exigências acadêmicas, em termos de conteúdos intelectuais, métodos de exposição do saber e dos conhecimentos [...] ainda não aconteceu. O aluno deve adaptar-se aos códigos do ensino superior, aprender a utilizar suas instituições e a assimilar suas rotinas (COULON, 2008, p. 32).
O autor explica ainda que os estudantes precisam afiliar-se ao mundo universitário, que consiste em “naturalizar e incorporar práticas e modos de funcionamento correntes na universidade que antes não faziam parte dos hábitos dos novos estudantes” (COULON, 2008, p. 261) e neste extenso processo para obter a afiliação, os estudantes passam ainda pelo tempo do estranhamento e o tempo da aprendizagem.
O tempo do estranhamento consiste no tempo vivido pelos estudantes no início da experiência acadêmica, a fase de ambientação aos novos requisitos e exigências do mundo universitário, dentre eles, a cobrança pelo domínio da linguagem culta e, portanto, dificuldades na escrita, leitura e interpretação de textos, entre outros. Segundo o autor, isso é muito preocupante, pois a “prática de leitura” é considerada por esse autor como “um dos instrumentos privilegiados, senão o mais importante, do ofício de estudante” (COULON, 2008, p. 113, grifo do autor).
Outra dificuldade dos estudantes é a concentração nas aulas. Coulon (2008, p. 114) explica: “concentrar-se não é uma disposição natural que possuímos ou não. Isto é objeto de uma aprendizagem técnica que faz parte das diversas aprendizagens requeridas para o exercício do ofício de estudante. A concentração é uma atividade reflexiva [...]”.
O tempo da aprendizagem compreende do período de acomodação à nova realidade encarada pelos estudantes frente aos desafios e problemas que lhes são impostos. É uma fase de ambiguidades que o autor denomina de “tempo da aprendizagem para deixar bem marcado sua verdadeira natureza, que consiste em aprender os rudimentos do ofício: de debutante, o estudante se torna aprendiz” (COULON, 2008, p. 147). Assim, em decorrência da adaptação a este período, o estudante vai se tornando, aos poucos, familiarizado com as rotinas da universidade, vai se adaptando às exigências específicas e ao trabalho intelectual, o que o torna, a cada dia, mais pertencente a esse universo acadêmico.
Então, após passar pelo tempo do estranhamento e o tempo da aprendizagem, o estudante chega ao tempo da afiliação, quando ele torna-se familiarizado ao ambiente universitário; já não o considera mais estranho e hostil. Nesse tempo da afiliação, o estudante torna-se membro, consegue operar com variadas regras que organizam a vida social e intelectual sobre as tarefas acadêmicas (COULON, 2008). Nas palavras do autor,
esta afiliação caracteriza um membro, alguém que partilha a linguagem comum do grupo com o qual ele quer viver, pois as perspectivas dos indivíduos são recíprocas e eles partilham a mesma interpretação mediana, razoável dos acontecimentos que os rodeia. Um estudante tornou-se competente quando sabe identificar os códigos implícitos do trabalho intelectual, quando escuta o que não foi dito, quando vê o que não está explícito, quando transforma em rotina o que antes lhe era estranho e exterior (COULON, 2008, p. 262).
Assim, para o autor, a afiliação constrói novos hábitos na vida do estudante que possibilitam que identifiquemos que, ao passar pelos três tempos, ele desenvolve uma aprendizagem baseada na autonomia, consegue vencer todas as etapas e desafios que este ofício de estudante lhe propõe, para obter sucesso na carreira acadêmica. Coulon (2008, p. 32) pontua que “ter sucesso significa que fomos reconhecidos como socialmente competentes, que os saberes que adquirimos foram legitimados”. O autor afirma, ainda, que na universidade são estabelecidas novas relações de saber.
Dessa forma, apresentamos a seguir como os Desafios de Aprendizagem foram planejados para desenvolverem novas relações de saber dos estudantes, fomentar o protagonismo estudantil nos processos de ensino-aprendizagem e o desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de novas habilidades e competências tão requeridas na atualidade.
3 METODOLOGIA
Este artigo apresenta-se como um relato de experiência, de abordagem qualitativa e descritiva, com base na análise no planejamento pedagógico, nos relatos dos estudantes durante a participação e reflexão aos Desafios de Aprendizagem propostos e análise do formulário de avaliação respondido no final do projeto. Tal experiência deve-se à participação das autoras como proponentes para os Desafios de Aprendizagem relatados. Este trabalho classifica-se como pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em material anteriormente publicado (GIL, 2010) e nas observações.
A partir de um planejamento interdisciplinar e por meio de uma parceria entre o curso de Sistemas de Informação e a agência experimental universitária dos cursos da área de comunicação e artes, houve a criação de narrativa, associada ao contexto das abelhas e colméias, como símbolos de comunidades colaborativas e de gestão organizada. Com esse contexto foram produzidos os materiais gráficos, identidade visual, cenários e personagens para o desenvolvimento da formação, planejada para oferta durante quatro semanas, no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso.
A metodologia utilizada para o desenvolvimento dos desafios de aprendizagem consistiu de uma nova forma de organização da prática educativa. No planejamento da ação foram utilizadas estratégias de desafios semanais, onde os estudantes tinham opções de escolhas de qual atividade ele desejava realizar, de forma livre e autônoma, registrando o resultado em um fórum de discussão no Ambiente Virtual de Aprendizagem. A conclusão da atividade era reconhecida com a entrega de um selo virtual e com uma pontuação registrada em um placar semanal.
3.1 DESAFIOS DE APRENDIZAGEM
A definição da temática ocorreu a partir da escolha dos alunos do curso de graduação de Sistemas de Informação que participam do Projeto Desenvolva. Esse projeto visa implementar ações para apoiar os estudantes no desenvolvimento e aprimoramento de soft skills, tendo em vista a importância das habilidades comportamentais para a formação dos estudantes.
Os Desafios de Aprendizagem foram planejados para acontecerem em quatro semanas, abordando quatro temáticas, a saber:
- Hábitos de meta-aprendizagem;
- Hábitos de organização;
- Hábitos de autocuidado; e
- Hábitos de colaboração.
Para cada desafio foram apresentadas quatro opções de atividades, em que os estudantes podiam escolher de qual participar, de maneira livre e autônoma. A ação não foi vinculada às disciplinas do curso e a participação dos alunos ocorreu de forma voluntária. O desenvolvimento das atividades aconteceu no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso e contou com a participação de 20 estudantes.
A seguir apresentamos a organização para cada um dos Desafios de Aprendizagem, que foram organizados no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso, liberando um desafio por semana, no qual os estudantes podiam escolher qual desafio escolher para responderem. Para cada desafio foram disponibilizados links de conteúdos para subsidiar as reflexões propostas. Os registros das participações foram realizados em fóruns no Ambiente Virtual de Aprendizagem do curso.
3.1.1 HÁBITOS DE META-APRENDIZAGEM
N |
DESAFIO |
PROPOSTA |
Links de conteúdos |
HÁBITOS DE META-APRENDIZAGEM Meta-aprendizagem significa entender como funciona seu processo de aprendizado, o que você quer ou precisa aprender, porque você deseja aprender isso e como fazê-lo. |
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1 |
HÁBITOS DE META-APRENDIZAGEM |
Reflita sobre as aprendizagens realizadas no decorrer da sua vida. Escolha algo que você tem orgulho de ter aprendido e descreva como foi o seu processo de aprendizagem. Por que você considera que teve êxito nessa aprendizagem? Compartilhe três elementos que foram essenciais neste processo. |
Como aprender a aprender: 7 dicas para melhorar seu aprendizado Inspire-se: https://escolaconquer.com.br/blog/como-aprender-a-aprender-7-dicas-para-melhorar-seu-aprendizado/ |
2 |
HÁBITOS DE META-APRENDIZAGEM |
Descreva sobre algum novo conteúdo ou habilidade que você deseja aprender. Reflita sobre as estratégias que você pode usar para essa aprendizagem/habilidade. Comente sobre três estratégias de conhecimento que você pretende buscar para atingir o seu objetivo. |
7 dicas para otimizar os estudos em cursos online Inspire-se: https://escolaconquer.com.br/blog/7-dicas-para-otimizar-os-estudos-em-cursos-online/ |
3 |
HÁBITOS DE META-APRENDIZAGEM |
Existem diferentes estilos de aprendizagem, baseados nas maneiras que uma pessoa se desenvolve melhor para aprender o que lhe é proposto. Acesse o link https://www.seufuturo.com/teste-de-estilo-de-aprendizagem/ e faça o teste para descobrir o seu estilo. Descreva um exemplo de como o seu estilo de aprendizagem tem favorecido os seus estudos. |
Estilos de aprendizagem Inspire-se: |
4 |
HÁBITOS DE META-APRENDIZAGEM |
Para aproveitar ao máximo sua trilha de aprendizado, você precisa expandir seu olhar a respeito do quê, porquê e como aprender, reflita sobre isso e crie e compartilhe um mapa de aprendizado, seguindo as instruções propostas em: https://alexbretas11.medium.com/desafio-1-escolha-o-que-aprender-e-desenhe-um-mapa-9103d7a5cad6 |
Como fazer um plano de estudos eficiente em 4 passos Inspire-se: https://escolaconquer.com.br/blog/como-fazer-um-plano-de-estudos-eficiente-em-4-passos/ |
3.1.2 HÁBITOS DE ORGANIZAÇÃO
N |
DESAFIO |
PROPOSTA |
Links de conteúdos |
HÁBITOS DE ORGANIZAÇÃO Organizar o aprendizado significa construir hábitos para processar e sistematizar o que você está estudando. Dessa forma, facilita e sistematiza o acesso aos seus principais insights, além de combiná-los de modo a criar algo novo. |
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5 |
HÁBITOS DE ORGANIZAÇÃO |
Faça uma reflexão sobre a organização da sua rotina diária. Como você organiza a sua agenda diária de atividades de estudos? Compartilhe três estratégias. |
Como fazer um Plano de Estudos Perfeito! Inspire-se: https://estudareaprender.com/como-fazer-plano-de-estudos-perfeito/ |
6 |
HÁBITOS DE ORGANIZAÇÃO |
Que aplicativos podem lhe ajudar na organização da rotina? Faça uma pesquisa e compartilhe dois aplicativos que você considera mais interessantes, explique os motivos. |
Gestão do tempo e a técnica pomodoro Inspire-se: |
7 |
HÁBITOS DE ORGANIZAÇÃO |
Que aplicativos estão roubando a sua atenção? Como você pode controlar o uso desses aplicativos? Reflita sobre essas questões e compartilhe suas reflexões e maneiras para evitar a perda de atenção e foco nos estudos. |
Como saber o tempo de uso de apps Inspire-se: 8 técnicas simples, e que funcionam, para você treinar o seu foco Inspire-se: https://escolaconquer.com.br/blog/8-tecnicas-simples-e-que-funcionam-para-voce-treinar-o-seu-foco/ |
8 |
HÁBITOS DE ORGANIZAÇÃO |
Você sabia que hábitos de sono influenciam a aprendizagem? Faça uma reflexão sobre como está o seu sono. Você tem dormido o suficiente? Descreva sobre isso e compartilhe uma ação que você considera efetiva para uma noite saudável de sono. |
Formas de estimular a inteligência durante o sono Inspire-se: https://www.personare.com.br/formas-de-estimular-a-inteligencia-durante-o-sono-m47510 |
3.1.3 HÁBITOS DE AUTOCUIDADO
N |
DESAFIO |
PROPOSTA |
Links de conteúdos |
HÁBITOS DE AUTOCUIDADO Seguir uma trilha de aprendizagem pode, às vezes, exigir grande esforço mental. Portanto, hábitos de autocuidado são fundamentais para que você se permita dar pausas e se reencontrar na jornada. Acredite, tais ações podem favorecer o aprendizado. https://www.unimedfortaleza.com.br/blog/cuidar-de-voce/autocuidado-como-cuidar-da-saude-mental |
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9 |
HÁBITOS DE AUTOCUIDADO |
Quais são seus hobbies? Você tem buscado distrair a sua mente? De que forma? Reflita sobre essas questões e compartilhe sobre alguma atividade de lazer, distração ou passatempo que você gosta. |
Estimule seu cérebro criativo descansando ativamente Inspire-se: |
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HÁBITOS DE AUTOCUIDADO |
Você sabia que a alimentação está relacionada com a aprendizagem? Reflita sobre a sua alimentação. Seus hábitos estão bons ou podem ser melhorados? Compartilhe as suas reflexões e experiências. |
5 CONCLUSÃO
Compartilhamos neste artigo a experiência da realização dos Desafios de Aprendizagem. A avaliação do processo ocorreu de maneira formativa e como estratégia de feedback aos alunos foi preparado um podcast semanal, denominado de Zum Zum Zum da Semana, abordando as atividades realizadas pelos estudantes. A ação não foi vinculada às disciplinas do curso e a participação dos alunos ocorreu de forma voluntária. Outro aspecto inovador é que a partir dessa experiência consideramos que a estratégia pode ser adotada como um framework (estrutura) para o desenvolvimento de desafios relacionados a novas temáticas, tais como liderança, criatividade, resolução de problemas, dentre outras. Com base na análise das respostas dos estudantes, considera-se que a participação foi significativa. Os relatos dos estudantes demonstram tanto o reconhecimento de hábitos que favorecem suas aprendizagens, quanto a identificação de outros que precisam ser desenvolvidos. Dessa forma, concluímos que os Desafios de Aprendizagem atingiram os objetivos propostos com base nas respostas dos estudantes do formulário de avaliação do projeto, pois proporcionaram aos estudantes oportunidades de reflexão sobre os estudos e os seus hábitos de aprendizagem, favorecendo a relação com o saber e o desenvolvimento e/ou aperfeiçoamento de novas competências e habilidades. Consideramos que a experiência apresentada foi exitosa e inovadora. Exitosa devido ser uma atividade sem vínculos com as disciplinas do curso e ter 22% de adesão e participação dos estudantes. Inovadora devido ao formato dos Desafios de Aprendizagem e os recursos utilizados para o desenvolvimento como opção de escolha para as respostas e o uso de podcast para os feedbacks formativos semanais aos estudantes.
Aos estudantes que participaram dos Desafios de Aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. INEP/MEC - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação Presencial e a Distância. Brasília, 2017. COULON, Alain. A condição de estudante: a entrada na vida universitária. Salvador: EDUFBA, 2008. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo, v. 5, 2010. UNESCO. Educação para a cidadania global (ECG): a abordagem da UNESCO. 2015. Disponível em: <http://www.unesco.org/new/fileadmin/MULTIMEDIA/FIELD/Brasilia/pdf/brz_ed_global_citizenchip_brochure_pt_2015.pdf>. Acesso em: 16 jul. 2021. UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE/UNIVALE. PPC – Projeto Pedagógico do Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação. Governador Valadares, MG, 2020. World Economic Forum. The Future of Jobs Report 2020. 2020. Disponível em: <http://www3.weforum.org/docs/WEF_Future_of_Jobs_2020.pdf.>. Acesso em: 16 jul. 2021. ZABALA, Antoni. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed, 2010.
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